Pensamento de derrota

Postado em 5 de março de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Já me surpreendi com gente que, apesar de ser mais jovem do que eu, já conquistou muito mais coisas do que eu em determinadas áreas. Na minha IJSO, o Gustavo Haddad estava ainda na 8ª série, e conseguiu o primeiro ouro do país. Na minha turma do ITA, um dos meus colegas entrou com apenas 15 anos, tendo completado todo o Ensino Médio. Já vi gente do Brasil pegar ouro na IMO ainda no 2º ano.

Em algum momento, já achei que competições muito grandes fossem unicamente voltadas para os melhores, ou os mais velhos, ou os mais experientes. Minha experiência de vida mostrou o contrário: dadas as mesmas condições de esforço e dedicação, mesmo o ser que aparenta ter alguma desvantagem pode sair na frente de gente dita mais “experiente”.

Enfim, queria deixar claro que, por mais que você ande contra a maré, você não pode achar que irá perder, ou de fato irá. Ir para uma competição achando que irá perder é meio caminho de volta para casa. Pode ser que haja muita gente que estudou ou treinou até mais que você antes de alguma competição, mas a sua confiança pode ser diferencial ao competir com tais pessoas.

Muitos jogadores de tênis experientes perdem para amadores quando desacreditam que podem ganhar, mesmo tendo treinado muito mais que os amadores. Se os seus esforços fizeram você chegar onde você chegou, nunca deixe de acreditar que você pode fazer mais e ir mais longe, pois você pode.

Não há por que temer o que não aconteceu. O pensamento da vitória pode não fazê-lo ganhar, mas o pensamento da derrota certamente o fará perder.

O ano não começa hoje

Postado em 25 de fevereiro de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Há quem diga que o ano só comece depois do carnaval ou depois das férias. Dá até pena.

Você tem 24 horas no seu dia, eventuais períodos de folga (fins de semana, feriados e férias) e, possivelmente, todas as ferramentas necessárias para fazer todo tipo de tarefa. É muito tempo, só saber administrar.

Enfim, logo mais começa meu ano LETIVO aqui na COMP, e também começam/retornam as aulas em diversos lugares. Para todos nesta situação, bom início a todos nós. Se suas aulas (ou seu trabalho) ainda não voltaram das férias, aproveite estes dias para organizar tudo que puder e recuperar as energias. Se suas aulas já voltaram, espero que esteja gostando do que já está vendo, ou que tenha aproveitado este fim de semana. O meu foi ótimo.

E mais três dias para acabar o mês. Tenho muito que escrever/digitar até lá. Até mais!

Figurinhas repetidas

Postado em 17 de fevereiro de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Estou com alguns itens tecnológicos novos em mãos (caros, por sinal). No entanto, a parte mais chata de se fazer upgrades no seu computador é ter de arrumar uma quantidade gigantesca de coisas para nada dar problema ou ficar chiando. E nisso, estou arrumando mais de sete anos de arquivos nos mais diversos lugares.

Arrumar todos me fez ver que minha vida digital, online ou vivida na frente de um computador é gigantesca, e só tenderá a aumentar. Apesar do drama que alguns fazem, se o tempo gasto junto a um computador, a um livro ou mesmo frente à TV for sabiamente gasto, então há um investimento, e não haveria problema nisso.

Fora isso, dado que passei por várias trocas de computador e notebook, tive de fazer vários backups. E cada vez que você se acomoda ao trocar seus arquivos de lugar, eles viram uma bola de neve. E entre seus arquivos mais valiosos e únicos, você verá uma quantidade gigantesca de figurinhas repetidas.

Dentre estas figurinhas repetidas (ou nem tanto), você poderá ver uma série de coisas. Um monte de rascunhos com versões inacabadas de textos e trabalhos a serem entregues, imagens baixadas sem razão aparente, arquivos desatualizados de setup, a versão mais horrível possível de uma música que você gostava, etc. No geral, estas coisas estão para ocupar espaço, mas você já se apegou a elas alguma vez.

Mas dentre as várias figurinhas repetidas, você vai encontrando algumas mais valiosas. Uma foto com seu melhor amigo, um trabalho que recebeu nota dez, uma música especial, o que for. Estas figurinhas são aquelas que trazem à tona algumas das memórias mais significativas para você.

Faço então um pedido: tente se lembrar de coisas realmente antigas, porém valiosas demais para você esquecer. Você até se espanta com o grau de nostalgia você consegue atingir de uma só vez.

Eu lembro de algumas.

A primeira música que baixei num computador (antigo o bastante para 20GB de memória ser muito e internet discada ser moda) foi “Put Your Records On”, da Corinne Bailey Rae.

Meu primeiro videogame foi o Super Mega Drive 3, e minha fita de jogo preferida era Ultimate Mortal Kombat 3.

Um grande amigo que ainda mantém contato me conheceu numa desavença da 1ª série, por conta de um bebedouro. Na 3ª série, ganhamos moral e nota extra por termos entregue cartas um para o outro via correio por conta de uma tarefa, sendo que (ainda) moramos a menos de 200m um do outro.

Tive de mudar de sala no meio da minha 2ª série. No primeiro dia da mudança, eu não conseguia copiar ou fazer nada que minha professora passava na lousa, e ela olhava para mim como se eu fosse o ser mais burro da sala (isso na 2ª série era muito triste). No segundo dia, no entanto, ela passou algumas tarefas de Matemática (you know, somas e subtrações), e eu consegui fazer tudo tão rápido que ela logo mudou de opinião. Eu ainda amei a minha 2ª série.

Voltando agora aos dias atuais.

Haverá figurinhas tão valiosas que nem compensa deixá-las no álbum, pois dá vontade de levar para todo canto, colar no caderno e mostrar pra todo mundo. Como uma memória realmente valiosa que você não esquece por nada deste mundo.

Mas pode ser que haja muita figurinha repetida no meio delas, e que só ocuparão espaço. Troque-as por outras que estiver faltando. Renove-se sempre um pouco mais a cada dia.

O dia X

Postado em 15 de fevereiro de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Existirá uma (ou, comumente, mais de uma) parte do ano em que, de uma agenda composta apenas por atividades esperadas, você se vê envolto em um terrorismo de coisas que fogem mais facilmente do seu controle. Este momento é também conhecido por marcar todos os eventos num único horário, ou por ter quatro provas difíceis num único dia (já vivi isso). Chamemos estes momentos de X.

Não estou me referindo aos momentos em que começa a dar tudo errado, pois isso pode ocorrer mesmo em uma agenda comum. Falo dos dias em que você tem um milhão de atividades e quase nenhum espaço em sua agenda. Dependendo da sua organização, no entanto, pode ser que dê tudo errado num dia X. Mas enfim.

Por experiência, sei que uma parcela das atividades de um dia X não precisavam acontecer no dia X. No entanto, é fácil se acomodar com agendas amenas, e costuma ser mais cômodo adiar. Ou esperar chegar em cima do prazo limite.

Anyway, um período X não será 100% evitável. Quando for assim, é melhor evitar que tudo dê errado. São apenas períodos, então eles terão fim. Se forem atividades demais, peça ajuda. Não tarde muito as horas de sono nem remedie atividades: mesmo as menores podem se tornar decisivas, em se tratando de X.

No mais, pense no fim de todas estas atividades, e quão tranquilo você ficará após todas terem acabado. Fim de semestre, semana de provas, entrega de trabalhos, atividades em geral, sempre existem aos montes. Mas têm fim.

Re-cap 1

Postado em 14 de fevereiro de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Esta semana teve carnaval. A melhor parte dele foi ter passado boa parte do tempo em Lins com muita gente junta (muita gente do OC, BTW). Deu para nadar, tirar fotos, passear de bike, tomar sorvete, caiacar com chuva e ver um filme tão ruim que só deu para aguentar rindo. Teve guerra de travesseiro, mousse de limão, Cleverbot, BEN e até noite do terror.

Mas fevereiro não pode acabar ainda. Tem muito ainda para acontecer, e o ITA volta em pouco mais de dez dias. Estou ajeitando algumas fotos para um álbum aqui no meu blog, e deixar algumas na barra lateral para colorir os posts mais preto-e-branco que costumam sair.

Ainda preciso ajeitar o OC e marcar mais algumas coisas. Logo as aulas voltam com tudo, e daí as olimpíadas começam a liberar datas e provas feito loucas (isso me deu uma boa ideia para um próximo post). Fora isso, faltam mais algumas coisas para escrever e arrumar em diversas áreas. Daí eu posso começar meu ano letivo.

Para quem estiver perto de começar um novo ciclo (dado o início do ano pós-carnaval), lembre que nada parecerá tão legal assim no começo. Mas procurando o que fazer e seguindo o caminho certo, a coisa melhora e muito.

Terei mais alguns momentos de descanso, mas logo voltarei ao meu 100%. Hora de alongar alguns músculos, fazer os últimos check-ups e botar a mão na massa!

Janeiro – Fevereiro

Postado em 7 de fevereiro de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Janeiro foi um mês bem longo e divertido. Primeiramente, os números do início do ano:

Conheci o Brilliant, e consegui nível e pontuação para uma Lanyard de nível 5 (foi difícil, mas foi divertido) e uma camiseta. Comecei a passar as primeiras anotações de Física para PDF (muitas das quais pretendo colocar aqui assim que prontas). Conheci um iteano da T-66, com o qual conversei e pedi autógrafos de livros muito legais que ele fez (logo farei um post sobre ele), e dei um de presente para um professor muito querido (que me fez conhecê-lo).

Comecei um blog, e fico feliz por ter conseguido audiência (muito obrigado a todos vocês) e matéria para vários posts. Fora isso, consegui concluir e ver meu primeiro artigo (sobre olimpíadas) publicado na Prime Saber. Comecei um curso no Coursera sobre Teoria dos Jogos (involve bastante lógica, mas achei muito útil e simples), que pretendo acabar antes das minhas aulas voltarem.

Organizei em locais separados os meus papéis dos dois últimos anos de FUND. Fiz meu primeiro CV (mais para deixar preparado mesmo). Conversei sobre uma parceria muito legal que estou arranjando para o site (logo saberão), que pretende trazer boas novidades. Vi e revi amigos, e tirei um pouco da minha saudade. Fui ao pronto-socorro, pude dirigir um pouco, troquei meus óculos e joguei muito Star Wars.

E etcetera. Agora para o resto deste mês:

Há vários PDFs a serem acabados. Pretendo acabar um paper que estou tentando publicar, e um relatório que preciso entregar. Escreverei mais, e postarei bastante coisa aqui no blog.  Resolverei mais algumas questões do Brilliant, acabarei algumas inscrições, marcarei algumas consultas de costume, arrumarei mais alguns papéis, lerei alguns livros, limparei alguns arquivos do meu note, marcarei conversas, e voltarei ao ITA. Mas voltarei sem dever tarefas que já me prometi fazer.

E etcetera. Ainda temos algumas semanas até o fim de fevereiro, e vai acontecer coisa pra caramba. Sei que gostei de janeiro por conta de tudo que pude fazer. Fevereiro já é mais sério, mas dará pra fazer muito.

Time Out

Postado em 4 de fevereiro de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Férias existem por um motivo. Tirando casos mais extremos de pessoas altamente produtivas, ninguém consegue manter um rendimento apreciável por muito tempo. Mesmo durante uma semana corrida, você tem de descobrir quando pausar um pouco.

Lembro do meu tempo no Objetivo quando, por mais que eu quisesse abrir um livro, a informação passava pela minha cabeça e saía sem dar efeito algum. Mesmo em tempos de grandes olimpíadas pela frente, acabava meu dia mais cedo e descansava. Era isso, ou então eu não renderia pelo resto da semana, o que seria um pouco pior.

No ITA, a dose de cansaço costuma ser um pouco maior, com picos desagradáveis em semanas de prova. E como é um tanto comum ficar até mais tarde estudando, dormir se tornava arriscado quando havia prova logo de manhã (sério). Era chegar em casa e despencar. Acabei não tendo um horário de sono decente, mas rendia bem.

Enfim, quanto maior os esforços que você coloca, mais desgaste você tem, e mais descansado seu corpo deve estar para aguentar seu próprio ritmo. Se sua alimentação e suas horas de sono não forem capazes de recuperarem seu desgaste diário, isso é ruim.

Um dia mal dormido ou recuperado pelo sono é péssimo para a sua saúde. Um corpo desgastado mostra tão pouca vitalidade que a pessoa parece estar sobrevivendo, e não vivendo. Dá para sentir que alguém não tem toda a energia que poderia dar, pois ela parece não estar 100% naquele lugar. E um corpo desgastado dá boas vindas a qualquer doença oportuna, como uma gripe.

Cuidar de suas horas de sono fazem parte dos cuidados mínimos que seu corpo espera de você. Espera-se em torno de 6 a 8 horas de sono, mas os desgastes diários podem pedir mais de 10 horas de sono para se recuperar. E se o seu corpo não está se recuperando, ele dará sinais claros disso. Isso quando não há um letreiro luminoso piscando todo dia.

Se o descanso esperado não for possível, saiba dar pausas no seu dia. Dê um tempo maior para seu almoço, ou um tempo sentado ou deitado antes de estudar ou de fazer uma atividade muito grande. Alongue seus músculos de vez em quando, mesmo que não faça grandes atividades físicas, para ajudar na circulação e na transpiração.

Se até as pausas forem difíceis de serem dadas, tire coisas do seu dia. Tente dar menos peso à sua carga horária, ou tire alguma atividade extra que não esteja valendo a pena. Se o que já faz normalmente estiver lhe cansando demais, saiba pedir ajuda a mais pessoas. Você não precisa passar por tudo sozinho.

E se, mesmo assim, acabar cansado demais, aproveite fins de semana e feriados para não fazer nada. Sempre que der, também, tire férias e pare. Você não precisa forçar seu mês de férias para ir a uma praia e voltar tostado se apenas quer dormir um pouco.

No mais, saiba se desligar de suas atividades diárias. Tire um tempo num parque ou saia para se divertir. Mas não seja boêmio demais: busque um equilíbrio. Dá sim para se divertir, estudar, trabalhar e descansar com as 24 horas do seu dia. Só se organizar.

Redações

Postado em 2 de fevereiro de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – 2 Comentários

Após ser incitado a escrever redações, algo evidente em minha vida foi que eu prefiro escrever a ler. Nada contra os livros, mas sei que eu não me dou bem com eles. Mas sei também que eu não escrevo bem (como disse antes, minha redação é 7.5), e também sei que isso não me impede de continuar escrevendo (este blog, por exemplo).

Enfim, o ponto em que quero tocar é sobre qual seria o melhor jeito de escrever uma redação. Ou um essay, um artigo, uma notícia, o que for. Quero conversar sobre como escrever o melhor texto possível para uma outra pessoa que o ler.

Separarei os textos em dois tipos: textos pessoais e textos impessoais. Sei que podem existir mais formatos de texto, mas estes são os mais comuns: ou você fala sobre si mesmo, ou você fala sobre outra coisa. As dicas, no entanto, podem valer para ambos.

Para um texto impessoal, é muito útil que você saiba sobre o que estiver para escrever. Parece óbvio, eu sei, mas há quem não tenha a mínima noção sobre aquilo que escreve. Não só isso: é útil também que você tenha todo o seu pensamento voltado para o texto que estiver escrevendo. No caso da maioria dos posts que faço, tento escrever com o mínimo de barulho ou de interrupções (vlogs, questões, procrastinações em geral), para ter certeza sobre o que estou escrevendo.

Se for escrever sobre uma mosca na Tasmânia, saiba mais sobre ela (nome científico, hábitos e habitat, etc). Se for escrever sobre o analfabetismo no Brasil, veja causas e soluções eficientes para este problema, baseados no seu estudo diário e no que você costuma ouvir em mídias e conversas. Se for escrever sobre você, todo autoconhecimento ajuda.

Para um texto pessoal, saiba se envolver de positividade. Já vi textos escritos por pessoas que não estavam se sentindo bem com elas mesmas naquele momento, e eles foram coisas muito depressivas de se ver. Se precisar escrever sobre sua história, tente se lembrar das vitórias mais importantes que teve, mesmo aquelas que não pareçam tão grandiosas. Isso é útil até para os dias em que estiver para baixo, ou que tiver recebido uma notícia não muito legal.

Aproveite o tempo que tiver para se lembrar de tudo que puder ajudar o seu texto a ficar bom. Você pode descobrir que a tal mosca produz uma substância muito útil para fabricar remédios, uma ONG que conseguiu mudar os paradigmas da educação numa comunidade ou um dia que foi salvo graças a coisas que só você sabia fazer. Se tiver apenas alguns minutos para isso (como num SAT ou num vestibular), pense na mensagem central que irá passar, e estruture as coisas enquanto escreve.

Lembre sempre do centro das atenções do seu texto. Mesmo num texto sobre você, dificilmente será algo superficial demais. Num texto sobre sua história, dê foco àquelas que melhor valorizarão sua imagem ao leitor-alvo. Se for escrever sobre temas mais polêmicos, cuidado com os exemplos que usar, para não fugir do tema central.

No mais, escreva da forma mais sincera possível. Lembre de exemplos que você já viu ou vivenciou, pois será algo muito mais tranquilo sobre o qual escrever. E lembre sempre que, por mais que você acabe olhando para o seu texto e desejando que certos parágrafos nunca tivessem sido escritos, aquele texto foi escrito com muita sinceridade, e você de fato quis passar aquela mensagem.

Lembro do texto que escrevi sobre a WoPhO pouco meses depois de seu estatuto ser criado. Eu já me prometi reescrevê-lo, pois ele ficou desatualizado (ele não ficou atemporal). Vejam que ele é o texto mais entusiasmado que já escrevi, e também um daqueles que eu imagino mais “vergonha alheia” ever. Mas não me arrependo dele, pois sei que os leitores do OC acessam o texto para entender a competição, sei que é um dos primeiros links ao pesquisar “WoPhO” no Google, e sei que o escrevi de coração (*snif*).

No mais, você só aprenderá a escrever bem escrevendo. Quer treinar redações sem rascunho? Faça isso. Um blog ou um tumblr pode tirar um pouco as falhas da primeira redação. Quer escrever textos mais embasados? Leia mais sobre o que lhe interessar.

Ah, escrevo isso em nome da redação que pretendo escrever como a melhor dentre todas que já fiz, e para a qual quero olhar daqui a algumas décadas e chorar enquanto leio. Sim. E prometo colocá-la aqui para vocês também lerem.

Ah, começou fevereiro, YAY! Dizem que mês de carnaval ainda não é o início do ano de fato. Balela. O que pretendem fazer de interessante? Deixe um comentário lá em cima.

Quietude

Postado em 30 de janeiro de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Não sei se é uma impressão só minha, mas há uma naturalidade maior em certas pessoas na hora de conversar. Não digo em termos de eloquência (habilidade de convencimento pela fala, para mim, acima do normal), o que eu considero uma das coisas mais incríveis em certas pessoas (que nunca treinaram para isso). Não digo em termos de uma conversa entre amigos de longa data (na qual um quer mais é que o outro fique quieto). Falo de conversas normais entre duas pessoas feitas sem compromisso ou até sem necessidade, algo que não se pode prever nem treinar com antecedência.

Nesse tipo de conversa, eu consigo ver de modo bem melhor se uma pessoa é mesmo de falar ou não. Eu sei, a princípio, que eu não sou de conversar. Adoro rodas de amigos, adoro conversas com repertório prévio (mesmo um pitch na frente de uma banca de jurados vai de boa), mas passo a maior parte das minhas conversas quieto.

Ser quieto não é algo que some assim do nada. Você pode até se policiar, mas isso não é tão simples de mudar. Já vi seres de eloquência invejável que são quietos, e já vi quem conversasse muito bem, mas não falava nada numa roda. E já conversei com alguém quieto, e vi boa parte da conversa se perder num silêncio que não deveria existir.

Quem é de conversar consegue, com a mínima noção de uma pessoa, manter toda uma conversa sem perder o fôlego. E ela sempre consegue achar repertório, e uma conversa de cinco minutos vira uma coisa muito mais entretida que dura mais de uma hora. Quanto mais a pessoa for de falar, mais a conversa demora, pois o interesse nela só aumenta. Já tive esse tipo de conversa, e achei incrível.

Mas por que estou falando de quietude? Porque eu, como um ser (por default) quieto, sei que você perde muita coisa quando fica calado.

Não é questão de não querer falar. Pelo contrário, você quer falar muito. Você não quer que a pessoa saia de lá sem você ter dito tudo que queria do jeito que queria. Posso estar me referindo a conversas, mas isso pode se aplicar facilmente à entrevista mais importante da sua vida: por mais que haja um repertório, é uma conversa, e fica sempre melhor se for conduzida assim.

Ficar quieto não é legal, não quando a conversa é relevante. E o que fazer quando isso acontece?

Como disse, seres quietos não vão deixar isso tão cedo, mas dá para se policiar.

Não há conversa inesperada para ambos os interlocutores (se alguma delas deu essa impressão, lembre os motivos de ela ter acontecido). Se você for abordado inesperadamente, a pessoa provavelmente terá, no mínimo, um motivo para conversar. Se você for abordar alguém, vá preparado com aquilo que precisa ser falado.

Veja também se a quietude não é apenas questão de timidez. A timidez é uma coisa muito mais tranquila de lidar, pois ela costuma ser mais um medo do que uma reação natural. Existem jeitos diversos de lidar com esse “frio na barriga” ou medo de rejeição. Eu tenho um que costuma funcionar.

Quando estou prestes a fazer alguma coisa, mas o pensamento presente não é tão favorável, eu tento me imaginar fazendo esta coisa (como um discurso). Se ela for rápida (como uma injeção, por que não?), tento me imaginar após a coisa acontecer. Se eu consigo pensar nesta coisa acontecendo, eu consigo imaginar, pelo menos, como ela vai começar.

Daí, respiro um pouco mais profundamente, ignoro todos os pensamentos negativos que eu tiver, desligo meus pensamentos, e vou. E só tento religá-los quando a coisa de fato começar (ou acabar).

Ser quieto é uma coisa ruim, eu sei. Mas isso não deve te impedir de falar aquilo que você precisa falar. Não gosto quando parece que faltou falar alguma coisa, mas é legal pra caramba quando uma conversa parece ter sido a melhor coisa do seu dia.

Artigo publicado (!)

Postado em 29 de janeiro de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Olá, pessoal. Escrevo este post para falar que um artigo que vim escrevendo desde o início de minhas férias de verão foi publicado. Sim. Estive escrevendo um artigo durante um bom tempo nestas férias, e me chega por email que ele está em circulação nos metrôs.

Tenho um monte de pessoas para agradecer. Um monte mesmo. Mas não é a hora nem o lugar certos, ainda. Falarei mais sobre o que foi escrever este artigo.

Durante o Laboratório Estudar de dezembro (procure pela melhor semana de exames), conversando sobre olimpíadas com o pessoal durante um happy hour. Nisso, foi sugerido que eu escrevesse um artigo sobre olimpíadas. Parei por alguns segundos, pensando “por que não?”, e disse que topava.

Nisso, planejei o artigo com o pessoal do OC. Era uma época de vestibulares e applications, então muitos só puderam revisar algumas coisas. Escrevi no mínimo umas dez versões diferentes dele, pois não sabia por onde começar, nem como. Mas, em algum determinado momento, consegui concluir um conjunto de parágrafos num formato legal.

Mas eu não tenho habilidade com bons textos (minha professora de redação me motivava muito a escrever, mas ela sabia que eu era um aluno 7.5). Logo fui pedindo a ajuda e a opinião de várias pessoas (como a Roberta, que me ajudou muito a revisar o texto quantas vezes fosse necessário), consertando erros e detalhes aqui e ali. Demorou um tempo, passei o ano novo revisando, mas consegui completar o artigo. Ficou maior do que eu esperava, mas ficou bom, disso eu sabia.

Nisso, repassei para quem tinha me sugerido escrever o artigo (Rodrigo Brito, um cara super legal). Nisso, ele me passou para um outro contato, ligado à redação de um jornal. Pouco tempo depois, tive uma resposta super legal deste contato, que me propôs publicar o artigo num jornal gratuito distribuído nos metrôs.

Mandei um email procurando notícias do meu artigo, e então recebo uma resposta dizendo que ele foi publicado, e já está em circulação! YAY!

O jornal é o Prime Saber, e está sendo distribuído nos metrôs de São Paulo esta semana. Não consigo encontrar versões online dele, mas recebi um PDF, e dele fiz uma imagem muito legal para vocês verem. Deixei ele junto a uma página de mídias, para vocês verem (a figura ficou muito pesada para deixar na homepage).

Como proposta extra, fui convidado pela editora para escrever, sempre que possível, uma coluna sobre olimpíadas para o jornal. Simplesmente adorei!

Esse artigo foi escrito, certamente, por mais de um par de mãos. Para todos que me ajudaram e me ajudaram na escrita dele, tentarei agradecer pessoalmente. Para quem ainda não viu, veja o artigo no link acima.

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