Ah, o COB…

Postado em 4 de janeiro de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Antiga imagem da OBA

Para aqueles que nunca viram esse logo antes, esta era a imagem impressa junto com as letras da OBA. Era, pois agora o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), ligado apenas aos Jogos Olímpicos, decidiu tirá-lo do site de divulgação deles ano passado.

Já fizemos algum debate desses nas comunidades do OC assim que as primeiras notícias saíram, por volta de outubro. Resultado da discussão: é besteira o que eles estão tentando, e se continuassem com a aparente palhaçada, não chegariam a lugar algum (já não chega um supermercado local ter ganhado causa em 2008 por mencionar “olimpíadas” em suas propagandas) . E daí chegou esta notícia há algumas horas, entre outras copiadas e coladas em todos os lugares. E as discussões voltaram lá nas comunidades.

Finalmente resolveram atacar a OBM e sua Semana Olímpica. Eu veria esse ataque como uma coisa comum já deles, se não fosse pelo fato de a Semana Olímpica ser feita nas férias de janeiro, enquanto os Jogos Olímpicos são feitos em julho. What the heck?

Alguns amigos já mencionaram as conhecidas piadas em cima dos nomes que iriam no lugar, como “Gincana”. Mas isso não vem ao caso.

Em termos de conquistas, nós alunos olímpicos fazemos muito mais barulho, nacional e internacionalmente, do que qualquer participação brasileira em Jogos Olímpicos, ou ao menos tenho esta impressão. Não desvalorizo os atletas que nos representam lá fora, de modo algum, pois alguns fazem rifa para conseguir viajar e representar o Brasil, e apenas assistimos na TV cobrando deles o melhor resultado (e agora, COB?)

Em termos de relevância, por mais que a educação ainda esteja engatinhando quando países do mundo todo parecem correr contra o tempo, é por meio da nossa participação olímpica que podemos bater de frente com essas potências. O estudo, o compartilhamento de conhecimento e todo um conjunto claro de bons valores são transmitidos ao se participar de olimpíadas científicas.

Em termos de tradição, desde a nossa primeira olimpíada aqui no país (a OPM, já em sua 36ª edição), alguns poucos se esforçam para ver alunos com cada vez mais brilho nos olhos e vontade de estudar. Desde os esforços do Shigueo Watanabe, tirando dinheiro do próprio bolso para ver a OPM acontecer, até as homenagens feitas nas cerimônias de premiação para professores e entusiastas da Educação e da Ciência – elas existem por mais de um motivo.

O termo “olimpíada” utilizado nestas competições está lá para inspirar. Uma medalha que se conquiste é a representação física de todo um conjunto de esforços enfim valorizados, e que o olímpico levará para o resto de sua vida. Desde a Antiguidade, uma olimpíada representava todo um conjunto de esforços de atletas e países para mostrar sua cultura e excelência frente aos melhores dos melhores. Se o Brasil investe nelas, é por acreditar que há muito a se valorizar no país.

Para finalizar, se for possível transmitir uma mensagem diretamente ao COB e a estas procurações:

Por mais esforços que vocês coloquem para ver estes impedimentos acontecerem, não haverá quem efetivamente o valorize, mesmo entre vocês. Se vocês ainda não fazem mídia sobre isso, é porque vocês não confiam plenamente que isso possa funcionar. Se vocês acham que o termo “olimpíada” causa efetivamente alguma dúvida na cabeça de alguém, não causa. Mudar as coisas que só poderão fazer algum sentido em 2016 e num espaço específico demais do ano não me parece correto agora, mais de três anos antes. Se vocês conseguirem de fato fazer volume e ganhar causa (campo no qual vocês já perderam mais de uma vez), eu deixarei de acreditar num bom futuro para o país, pois não saberei o que os nossos líderes valorizam, mas saberei, com certeza, o que eles não valorizam.

Sinto que vocês nunca viram com quanto amor e dedicação um organizador de olimpíadas constrói estes eventos, muitas vezes do zero e sem ajuda alguma. Ou nunca viram a felicidade nos rostos de um aluno buscando sua medalha. Ou quanto esforço um aluno faz para chegar a uma olimpíada internacional. Ou mesmo nunca viram o nosso site, e quanta gente realmente boa o acessa e nos manda as mensagens mais motivadoras possíveis, por um trabalho que fazemos de coração.

Resoluções

Postado em 1 de janeiro de 2013 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Boa parte das tarefas que normalmente nos propomos a fazer em nossas listinhas de fim de ano começaram, ou assim espero que aconteça. Seja uma nova dieta, academia, um novo livro/mangá para ler, uma nova série para assistir ou um hobby qualquer para começar e se divertir. Gostamos de fazer planos, pois isso nos trará alguma responsabilidade em mãos.

Estar de férias seria algo muito mais legal, se não fosse por elas, as tarefas inacabadas. Não que sejam ruins, mas lembrarão você de que o mundo não para, e você também não, como o Ivan comentou em outro post (muito interessante, BTW).

A maioria dos meus amigos (também blogueiros) aqui do site estão com algum afazer em mãos, ou essays inacabados, mas certamente preocupações. É a época da vida acadêmica em que você muda radicalmente seus pensamentos, pois é quando começam a sair os resultados de vestibulares e applications, e muitas das carreiras dão seu primeiro grande passo.

No meu caso, vou logo mais para o terceiro ano da universidade. Em praticamente todos os cursos com 3 anos de duração ou mais, é nele que ocorre a maior das transições dentro do curso. Para futuros engenheiros (meu caso), é agora que começa o Curso Profissional, e então as aulas mais voltadas à teoria se tornam mais práticas e específicas. Para futuros médicos, acaba também a parte básica e já se aborda tópicos mais ligados a especializações e afins. Cursos como ADM ou Economia já pedem estágios obrigatórios a essa altura, e é também agora que muitos intercâmbios e estágios no exterior ocorrem (como em RI). Para quem ingressa na universidade sem decidir o curso, é também o momento de rumar para um caminho certo.

Enfim, começa mais um ano cheio de transições. No entanto, antes de tudo, começa mais um ano. Como vi no Projeto Impulso (mais especificamente aqui), 2013 é o primeiro ano desde 1987 com os quatro dígitos diferentes, e também o primeiro de 3 anos com exatamente 3 fatores primos em sua decomposição:

2013 = 3*11*61

2014 = 2*19*53

2015 = 5*13*31

Isso é algo comum de se fazer no início de cada ano, pois o ano de uma olimpíada de Matemática pode dar uma brecha para qualquer tipo de questão (mesmo na IMO). Enfim, o ano está cheio de coisas para adiantar, e mais um monte para descobrir. Uma delas é organizar os arquivos do meu computador e do meu quarto (com tudo que usei para ler/estudar em 2012), que complica bastante quando você vai adiando (ou juntando com os arquivos dos demais anos, ou com um backup).

Enfim, uma série de coisas esperam para serem iniciadas e, espero eu, terminadas.

E você, o que planejou fazer agora em 2013?

E o blog começa

Postado em 31 de dezembro de 2012 por Cassio dos Santos Sousa – Seja o primeiro a comentar

Olá a todos. Ainda estou descobrindo alguns plugins e funcionalidades para este WordPress. Sempre gostei de ver as mensagens dos meus amigos, e sempre acabo tendo um tempo a mais no meu dia para postar alguma coisa no meu Twitter (@cassiossousa) ou no meu Facebook, então apenas aliaria algumas das coisas que já faço num só lugar.

Também sei que criar um blog só meu seria inevitável. Tem muita coisa que eu fiz e faço que poderia ajudar a todos os olímpicos que começam suas jornadas, ou mesmo servir de apoio a todos que acabarem lendo, mesmo vivendo bem menos olimpíadas que antes.

No entanto, sei que, até eu me formar ou até mesmo um pouco depois, será inevitável que eu cuidarei do site junto com o pessoal. Ele ainda tem muito o que crescer, e tudo que faço nele apenas me deixa mais feliz, pois ele está aqui para quem quiser e precisar, assim como nós.

E vi coisas em olimpíadas que continuam me animando depois de todo esse tempo. E coisas que podem facilitar muito o caminho de quem está começando, dado que fiz de um jeito inadequado ou completamente na pressa. Enfim, há coisas a serem ditas, fora o que acontece ao longo do meu dia, que pode servir de lição a todos que o lerem.

Então é isso. Começarei a escrever sobre minha vida como universitário, olímpico e tudo mais que se adequar a mim. Se quiserem se juntar a mim, fiquem à vontade.

Ano novo, blog novo. Desejo um ótimo começo de 2013 a todos.

E como estou tentando colocar na assinatura do meu site: Enjoy the ride!