Um pouco do passado: IYPT
Uma olimpíada que certamente marca a vida de uma pessoa é certamente o IYPT. Ela não é a minha olimpíada favorita (se tivesse de escolher uma, provavelmente morreria sem escolher, pois não gostaria de ver nenhuma olimpíada de lado), mas está no Top 10 fácil, relaxem.
Falarei aqui somente do IYPT 2010, pois foi um passado que eu vivi. Se quiser saber mais sobre os IYPT’s seguintes (e muito possivelmente também os anteriores), vejam o blog da Bárbara.
Por que este post? Principalmente porque a Bárbara fez pouca coisa sobre aquele ano (o IYPTBR só veio depois, e ela só se animou com o IYPT em 2011), e porque é necessário um registro daquele ano que seja digno do retorno da competição. Enfim, ele será enviesado para meu time, inevitavelmente, mas falarei um pouco do resto todo para vocês, prometo. Então vamos lá!
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Primeiro, até pouco mais de duas semanas antes da Fase Nacional do IYPT Brasil 2010 (que, a partir de agora, chamarei apenas de IYPT), não sabia que iria participar de coisa alguma, e estava muito bem com isso.
Os times classificados do Objetivo se prepararam durante as férias e até mesmo um pouco antes (foi nas férias de 2010 que conheci o Francesco), e este período era justamente aquele no qual estava treinando para minha IPhO. Fiquei super feliz com o convite do time do Victor Rosa (e da Luciana Marques, da Mariko Hanashiro, do Gustavo Iha e da Carla Bove – “Os Bósons de Gauge”, ou só Bósons) logo que começaram as inscrições, mas minha cabeça estava 100% na IPhO, então prontamente disse não, e eles entenderam (e agradeço muito por isso).
Mas o IYPT seria depois da IPhO, então ainda haveria ainda um tempo no qual eu poderia fazer experimentos e participar da competição bem mais tranquilo no pós-IPhO. Ainda sim, disse não, pois não tinha começado meu estudo para os vestibulares ainda (a não ser por simulados do ITA, estava bem atrás do pessoal da minha sala). Já sabia que não iria applicar, então este era o foco naquele semestre.
No entanto, cerca de duas semanas antes da Fase Nacional, com os times já decididos e afins, algumas coisas começaram a dar errado com o time do Francesco.
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O Francesco Perrotti tinha se unido a dois amigos nas férias e formou um time, do qual era capitão (o nome era “Quarta Dimensione Viator”, uma brisa de um integrante do time na hora da inscrição, segundo o Francesco). Tudo ia bem, e as apresentações estavam sendo escritas tranquilamente, quando um dos integrantes brigou com o Francesco, e saiu da equipe.
O mínimo para participar do IYPT é ter um time com líder (professor/monitor) e três integrantes, e o time do Francesco estava com dois. Para ajudar, o membro que sobrou (não lembro o nome deles) não queria participar, pois estava como “laranja”, apenas para suprir a necessidade de membros (algo muito comum quando apenas alguns membros de um time estão de fato participando do IYPT, o que é muito fácil de perceber até na Final). Agora, o time do Francesco tinha apenas um membro.
Ele entrou em um leve desespero, e logo chegou ao pessoal da OBF lá do Objetivo perguntado se alguém poderia ajudar a completar o time dele, ou então ele seria desclassificado. Nisso, ele chegou ao Matheus Tulio, ao Gabriel Lisboa e a mim.
Eu ainda não sabia dizer se conseguiria participar, mas o Gabriel e o Tulio facilmente toparam, e foram tentar me convencer a ir para o time do Francesco também. O Tulio insistia para que eu participasse porque o Francesco era um experimental muito bom, e que, se não fosse para participar em nome do IYPT ou de alguma medalha, que fosse em nome do Francesco e de todo trabalho que ele teve até aquele momento.
A coisa agora estava bem mais moral do que qualquer outra coisa, então decidi participar do time dele. E então faltavam 10 dias para o IYPT. E muitos problemas ainda estavam sem apresentação.
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Fiquei encarregado de dois problemas, os quais eu poderia abordar da forma que eu bem entendesse: um era o 2, “Padrão Brilhante”, de Ótica, e o outro era o 12, “Toalha Molhada”, envolvendo ondas de choque (e toalhas, claro – acabei levando uma para o IYPT).
Tive um feriado muito desejável no 7 de setembro para começar os problemas, mas daí sobrou uma semana para a competição. Nisso eu tinha de estudar para as provas da semana, tinha de faltar aulas para fazer os experimentos, e todas as outras coisas que já deveriam ter sido treinadas até aquele ponto.
Lembro até que, na sexta-feira da apresentação oficial dos times, eu só voltei para casa quando a parte mais chata do problema do Padrão Brilhante fazia sentido. Nisso, eram quase 17h, então peguei um trânsito infernal e ainda tinha de me arrumar para a Abertura (fiz isso em tempo recorde). Ainda bem que meus pais me levaram para a Poli. Aquela semana foi um terrorismo.
-(A partir deste ponto, se ainda não souber a mecânica do IYPT, vá ao blog da Bárbara)-
Deu para sentir uma pressão bem menor lá na Poli, após ver alguns jurados, o pessoal da b8 (de volta) e alguns rostos conhecidos dos times convocados (como o do pessoal do Objetivo Aquarius). No entanto, as apresentações não estavam prontas até aquela hora. Nisso, tive de dormir umas 2~3 horas antes de ir para a UNIP no primeiro Fight, discutindo os detalhes com o Francesco via Skype (a ligação foi horrível, mas deu para deixar alguma coisa pronta, eu acho).
Ah, e apesar de termos entrado no time do Francesco, não estávamos no Booklet. Just saying.
Nisso, começava o primeiro dia de competição. Como o Objetivo tinha mais times (Santos, Aquarius e São Paulo), fomos escolhidos como cabeças-de-chave (agora a escolha se dá por ordem de pontuação nos relatórios). O nosso maior medo era que, até o primeiro Fight, ninguém nunca tinha participado de um PF na vida. A gente ficou com mais medo de estar fazendo a coisa errada do que de apresentar/opor/avaliar.
No entanto, depois do primeiro problema daquela sala (“Bolas de Aço”, com o Francesco de relator), tudo ficou mais tranquilo. Já conseguíamos ter alguma ideia dos outros times e sabíamos, enfim, como funcionava um Fight. O resto foi mais razoável de encarar, sem dúvida.
Não vou me lembrar mais dos problemas daquela sala (borrão total), mas lembro que fizemos uma oponência bem meia boca. O fim do 1º PF tinha eu como avaliador (what?). Descobri que era bem tranquilo avaliar (para mim), mas você precisava fazer as perguntas certas para derrubar os outros times e mostrar que dominava bem o problema. Eu lembro que tinha tirado dois 10 como avaliador, e juro que foi a coisa mais legal EVER.
Na UNIP, de manhã, estava havendo alguma reunião dos professores para divulgação do sistema Objetivo, e alguns dos meus professores estavam lá de manhã. Lembro que o Polako e o Abreu tinham ido ver os PFs bem na minha avaliação, e depois fui procurar eles para dizer como tinha ido. Lembro de ter abraçado o Polako muito forte, de tão feliz que eu tava.
Após o almoço, ajeitamos mais algumas coisas e fomos para o segundo PF. Enfrentaríamos novamente um time do Mater Amabilis (acho que era o pessoal do “Buraco Negro”), que achávamos que iria nos dar muita dor de cabeça (alguém tinha feito um background check, e o capitão deles tinha sido o 1º treineiro de Bio em 2010). Acabaram sendo um time bem fraco que afundaria neste PF.
Novamente, borrões para dois dos três PFs. Só lembro que tinha sido opositor do Buraco Negro e tinha ido muito mal, pois não consegui ser mau na hora. Só lembro que o que salvou a gente (e disparou nossa pontuação) foi a apresentação do Tulio do “Gerador de Kelvin”, no qual ele apresentava um vídeo em câmera lenta como “superacelerado”, mas que acabou mostrando uma teoria tão bonita para os jurados que saímos de lá com alguns 10 tranquilamente (lembro que ele tinha mostrado uma força coulombiana lá, e estava até daora, mas não estava dimensionalmente correta, e eu falei “O expoente é 3/2”, daí ficou certinha).
O Buraco Negro daria bem menos dor de cabeça que o outro time do Mater Amabilis (o “Inverted Arrow of Time”, ou também o maldito IAT…), que nos enfrentaria no dia seguinte.
Detalhe: era o único aluno naquele dia que não estava usando um terno (estava com um agasalho azul e uma calça como se fosse um dia comum). Eu me senti muito errado, mas não havia código de vestimenta, então tudo bem.
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No 3º PF, fui oponente da “Avatar”, a única equipe de escola pública, no problema da Toalha. Minha nota foi muito aquém do esperado, pois tinha sido muito mau com a relatora (estava fazendo várias perguntas tentando tirar alguma teoria dos poucos slides que ela mostrou, mas ela não sabia dizer nada, e no que eu insistia em explicar mais a pergunta, eu estava agindo como um ser muito arrogante pros jurados).
Depois, fui relator do Padrão Brilhante, com o IAT de opositor. O Lucas, o único membro de um time de cinco, era um cara muito bom de dialética e convencimento, e era um ser muito chato em coisas altamente pouco relevantes para o problema (apareciam perguntas como “Por que você não usou luz colorida?” quando o problema pedia luz monocromática). Acabei sendo levado pelo papinho chato dele, e os jurados também (as perguntas dos jurados eram iguais às dele, e a maioria era para mim, pois ele tinha mudado tanto as perguntas que era óbvio que não dava para responder – ele fazia uma pergunta sem você ter respondido a anterior, e se você não respondesse, ele insistia na pergunta, para deixar claro que você não sabia respondê-la), e minha nota foi baixa, enquanto a deles disparou.
O terceiro problema daquela sala foi o “Anemômetro de Papel”, apresentado pelo Lucas. O Tulio foi avaliador deles, mas acabou tirando uma nota meio baixa. Como eles foram oponentes da Avatar, e eles não se opuseram a nada do que o Lucas falou, ele saiu com uma nota gigante de relator, que disparou o time deles para a primeira posição, e iriam apresentar o “Canhão Eletromagnético”.
Dado que os Bósons não tinham passado por equipes muito fortes, eles ficaram com a segunda posição, e iriam apresentar o problema do “Gelo”. Surpreendentemente, nós ficamos em terceiro lugar! Estávamos ultra felizes em saber que iríamos para a Final (só um pouco tristes em saber que enfrentaríamos o Lucas), e tínhamos de nos preparar para os problemas que viriam a seguir. Iríamos apresentar o problema do “Gerador de Kelvin”.
No domingo, lembro que foi um momento no qual eu acabei vendo a irmã do Francesco, a Giulianna Perrotti, por mais tempo naquele IYPT, sendo “espiã” dos outros times, trazendo mensagens de encorajamento e comemorando muito junto com a gente. Ainda mantenho contato tanto com o Cesco quanto com a Giuli.
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Enfim, a Final. Após os vários períodos prévios de preparação entre os times finalistas e a Final (juntamente com o “karatê”, criado pelo Victor Rosa), ela chegou. Para o nosso time, decidimos que haveria um membro por problema na Final (eu seria avaliador do Canhão, o Cesco seria oponente do Gelo, e o Tulio apresentaria o Gerador de Kelvin novamente). Seriam dois times do Objetivo contra um do Mater Amabilis.
Cada problema tem seus detalhes, então se preparem.
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Primeiro, o Canhão. Nenhum dos times do Objetivo tinha visto aquele problema, então corremos atrás de toda teoria que pudesse ajudar ambos os times. Como eu seria avaliador, eu não precisaria demonstrar muito conhecimento, mas até mesmo os Bósons sabiam que eu seria muito melhor como oponente do Lucas (mesmo eu sendo ainda um ser ultra tímido, eu ainda faria perguntas mais decisivas naquele momento, pois eu sabia que o Lucas manjava pouco de Física). Até tentamos trocar os times junto ao Márcio, mas estaríamos infringindo as regras, então ficou por isso mesmo.
A apresentação do Lucas foi até que boa, mas a teoria foi muito genérica, e eles tinham explorado muito pouco do Magnetismo. Anotei muitos pontos falhos na apresentação dele, e até tentaria passá-los para o Victor (o opositor do Lucas), mas, novamente, contra as regras. Basicamente, mesmo após ter mostrado alguns tópicos teóricos ao Victor antes da Final, eu sabia que ele ficaria sem ação.
Ele sabia muito pouco de Magnetismo para brigar de frente com ele. Ele não derrubou os argumentos do Lucas em momento algum, e acabou se ferrando muito com os jurados, pois acabou dando brecha para muita pergunta que ele fez ao Lucas e não sabia responder o porquê (coisas até meio básicas do Magnetismo). Eles se ferraram muito com isso.
Minha avaliação foi muito daora. Fiz perguntas que tentaram deixar o lado do Victor mais ameno, mas que eu ainda precisava fazer, e fiz uma pergunta de Magnetismo que eu sabia que o Lucas iria responder errado. A minha avaliação mostrou os pontos falhos dos dois (slides de tamanhos comparáveis para oponente e relator) e mostrou que o Lucas falou besteira na pergunta. Não tinha ainda o truque do “a apresentação foi inconclusiva” ou algo do gênero naquele IYPT, então tinha acabado por aí. E tinha acabado com dois segundos restantes. O público ainda não aplaudia na Final, mas o professor da Bárbara foi o único que vi aplaudindo após minha apresentação (ainda considero ele pra caramba por isso).
Tínhamos comemorado muito depois, não só porque a avaliação foi a melhor daquele IYPT, mas também porque os jurados não arriscaram fazer perguntas para mim.
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Pouco tempo depois, o problema do Gelo. Sabíamos quem iria apresentar (o Gustavo – Iha – dos Bósons), e sabíamos também que ele apresentaria uma teoria completamente bizarra pro problema (a famosa “superfície quase líquida”). O Francesco foi o oponente dele. Sabíamos que os atritos da discussão seriam muito maiores, pois já sabíamos da apresentação dele (e do artigo no qual ele acabou baseando a apresentação dele – que não mostrava nada dessa “superfície”).
Ele fez a apresentação dele, que estava bem feita no Powerpoint, mas muito cheia de problemas no resto. O Francesco foi guiando as perguntas dele de acordo com o que íamos escrevendo. Tínhamos aprendido, após o Lucas e o 3º PF, que podíamos nos comunicar por papeizinhos, e fizemos isso de forma genial com o Francesco, pois as perguntas deixavam o Iha muito nervoso.
O mais engraçado da discussão dos dois foi quando o Gabriel tinha jogado um “Então você acredita em tudo que você leu (no artigo)?”, pois o Iha estava se defendendo muito com o artigo, e então o Francesco fala “Então você acredita em tudo que você LÊ?”. A gente desmoralizou o Iha na hora, mas passamos uma impressão meio errada também.
O problema é que acabou vindo muito jurado perguntar coisas teóricas para o Francesco, algumas que ninguém sabia como responder (coisas como “substância amorfa”, tópico que só aquele jurado sabia), mas ainda acabamos por responder muito bem algumas outras. Tínhamos saído bem daquele fight, mas o Lucas ainda tinha saído ileso da discussão estranha (mesmo tendo queimado o tempo de apresentação como avaliador). Já sabíamos que os Bósons dificilmente iriam ganhar de nós, mas ainda faltava sermos relatores (papel com maior peso), e o Lucas seria nosso oponente.
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O Matheus fez, de modo geral, uma apresentação bem parecida com a que tinha feito no 2º PF, mas agora tínhamos pouco espaço para erros (nunca mandei tanto papelzinho para ele, muitos deles escritos “Fica calmo!”). Desta vez, os jurados tinham percebido que o vídeo estava em câmera lenta. O Lucas deu pouco espaço para discussão de teoria, como sempre, e fez pergunta sobre pergunta para deixar o Tulio nervoso, como fez comigo.
A discussão entre o Tulio e o Lucas, por menos que ela tenha acrescentado, foi a mais acirrada de todo o IYPT. Diferente de mim, o Tulio ficava puto bem mais rápido, e ele perdia o controle de uma forma que até mesmo retomava o controle do Fight (que se perdia muito fácil com as perguntas sem sentido do Lucas). Por mais que eu entregasse papeizinhos, o Tulio lia só alguns (o chão ao redor dele estava branco de papéis na discussão com o Lucas).
Sem dúvida, o ápice da discussão foi quando, após o Tulio ter perdido o controle, ele aumentou o tom de voz (o Lucas acabou deixando, pois sabia que o Tulio estava se queimando com isso) e questionou “Você está me fazendo esta pergunta do secador toda hora. Então me responde: qual a importância do secador? Vai, me fala!” (Ah, as perguntas envolvendo secador eram “você usou um secador para diminuir a umidade do ar?” e “qual a importância do secador no experimento?”). Nisso, o Lucas acaba cedendo e responde “Ah, não sei!”. Todos racharam muito de rir naquela hora!
Por mais que tivéssemos mostrado que ele não sabia do que estava falando, deixamos as perguntas relevantes passarem sem resposta ou com resposta incompleta/errada. Perdemos muitos pontos com isso, mas o Lucas ainda tinha saído de lá com muitos pontos. A Luciana tinha avaliado, mas acabou citando muito sobre a discussão e não tanto sobre a teoria, então acabou perdendo muitos pontos.
O legal deste fight (lembrado muito bem pela querida Carla Bove) foi a jurada que perguntou sobre a sílica gel, uma das perguntas mais repetidas pelo Lucas ao Tulio (deixada sem resposta por não parecer obviamente relevante). A jurada perguntou “Quanto de silica gel seria necessário para secar uma sala”, e o Lucas responde “Ah, não sei, mas deve ser um monte.” Todos racharam muito de rir!
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Resultados intermediários de equipes das quais me lembram: como deixamos razoavelmente claro que o Buraco Negro não tinha feito boas abordagens dos problemas que eles tinham abordado em ambos os fights, não ganharam nada. O time da Bárbara Cruvinel (que postou lindamente este link no IYPT BR) ganhou um bronze com uma pequena diferença de pontos em relação a nós (esperávamos, após as notas baixas do 3º fight, que o time dela fosse passar).
O time da Avatar ficou entre os últimos colocados, mas foi chamado para receber um prêmio especial como única escola pública da competição. Tanto em 2010 como em 2011 (participando novamente e ganhando novamente este prêmio), todo o pessoal do Objetivo aplaudiu o time deles de pé, acompanhados depois por toda a plateia.
Resultados finais: os Bósons ficaram em terceiro lugar, e nós ficamos em segundo lugar. O que nos deixou mais putos foi que o Lucas acabou sendo a maior nota em todos os problemas (tinha jurado muito baba ovo pra ele).
Ainda sim, segundo lugar, e uma medalha de Prata que jamais imaginávamos ganhar, dado que nossas apresentações foram iniciadas uma semana antes. E ainda saímos como campeões morais (como o Felipe Vignon, ex-participante da internacional, nos disse, se fosse na internacional, teríamos ganhado).
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Após isso, todos do Objetivo se juntaram, e fomos tomar sorvete e comemorar os resultados (dois times da Salinha com Prata e indo para a Final logo no retorno do IYPT). Descobri também que o Vignon (um dos 10 como avaliador no primeiro PF) também tinha me dado 10 na Final (foi daora, também).
Acabamos nos divertindo muito, saímos de lá com uma medalha de Prata (2º lugar, de fato) muito foda, uma experiência sem igual, e uma paixão estranha por esta coisa chamada IYPT, algo que nem imaginaria ter 10 dias antes da Fase Nacional.
(Post com mais de 3000 palavras, BTW. No entanto, que ele sirva como relato oficial do IYPT 2010)