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Ordem

Posted in Sem categoria on janeiro 8th, 2013 by Cassio dos Santos Sousa – Be the first to comment

Comecei a arrumar as folhas do ano passado, já comprando um par de pastas (a outra é para as folhas de 2011). Muito daquilo pode ou não ser útil, rascunho ou lixo, mas tudo que não for uma folha branca tem alguma boa razão para estar lá, então guardo de tudo.

Duvidei por muito tempo da importância de, no mínimo, uma área de trabalho organizada (ou também bagunçada da maneira certa, pois a organização é subjetiva). Achava besteira deixar organizados folhas, arquivos e pastas numa estante, no meu desktop, na minha mesa ou onde quer que eu de fato estudasse. Aí parei para ver o que acontecia.

Se precisava estudar, seja na minha cama ou na minha mesa, era bem possível – dada a bagunça – que eu simplesmente empurrasse tudo para o lugar mais cômodo (até o chão era uma saída). Daí eu estudava, fazia o que eu tivesse de fazer, e a bagunça ficava lá. E nela toda uma ordenação (ou bagunça organizada) acabava se perdendo, pois acabaria colocando ela na posição original de qualquer jeito.

Com o meu desktop, costumava ser pior. E não espero que isso aconteça apenas comigo: se ele começava a ficar cheio, eu simplesmente pegava todos os arquivos que fossem mais comuns entre si, e daí colocava tudo numa pasta (ou então simplesmente esvaziava tudo colocando em uma pasta só, algo um pouco pior). E então nunca mais sabia o que era novo e o que era repetido, e um espaço gigantesco era ocupado desnecessariamente.

Aí decidi reorganizar minhas pastas no notebook (algo que achava mais fácil). No entanto, acabei deixando passar um backup num HD externo, e aí não tinha mais noção de onde ficava nada. Ao menos consegui reorganizar minhas músicas todas, separadas por artista, ano, título do disco, número da faixa e o que mais precisasse, também trocando meu Media Player (o melhor que achei foi o Media Monkey) para me ajudar. E não poderia parar.

O que você chama de ordem é um equilíbrio estável. Contrariando as expectativas de um mínimo, a entropia tende a crescer muito mais fácil e rápido do que qualquer coisa. E pode ser necessário muito esforço para manter este mínimo.

No exemplo das músicas, se eu baixasse alguma música sem arrumar artista, ano, cd, nome e número da faixa, não demoraria muito para voltar ao estágio de desordem. Mas a música é boa, e você só quer ouvir, para que guardar direitinho…

No entanto, algo é certo: a ordem é a melhor coisa que você pode ter para si. Uma mesa sempre limpa e desocupada para você pensar e repensar seus projetos, um par de sandálias perto da cama, um item aleatório que você consegue dizer onde está sem pensar duas vezes: por menos que você dê valor, será uma dor de cabeça a menos.

Não estou dizendo que você precisa ser metódico para deixar suas coisas em ordem. É questão de ceder um pequeno esforço a mais em cima de cada passo do seu dia: colocar as folhas da sua mesa num outro lugar antes de dormir, tirar do quarto uma roupa suja que encontrar, deixar coisas de uso mais constante sempre próximas uma da outra, etc.

Não é sempre que irá acontecer, mas há a possibilidade de tudo dar subitamente errado no seu dia. Você pode acordar atrasado num dia de prova, bater o dedinho na quina da mesa, pegar uma gripe do pessoal da rua, enfim, pode dar tudo errado. Saber onde estão as chaves de casa, onde você deixou seus remédios ou mesmo para quem ligar salva seu dia.

E você precisará ter ordem na situação. Ou você pode perder a cabeça, ou uma grande oportunidade, o que seria evitado com alguns poucos atos e minutos. Lembre sempre que a urgência deixa seu instinto de sobrevivência a milhão, e você pode acabar derrubando tudo como um animal enfurecido se a situação pedir.

O Ivan comentou há pouco que um dia pode ter horas o bastante para se fazer aquilo que gosta sem perder sono ou refeições para isso. E a chave disso é a ordem. É saber para onde direcionar seu foco e suas energias para uma atividade desejada. É ter a noção de timing para acabar as coisas bem antes do prazo, já pensando nas emergências. Porque tudo está em ordem, e assim precisa ficar.

Há muita coisa que puxa sua atenção. Mas você tem que ter controle do que está acontecendo, para em nome dele produzir, render, descansar e se divertir.

Parece incrível a quantidade de coisas que a pessoa X faz.

O X pode ser você.

Interesses

Posted in Sem categoria on janeiro 7th, 2013 by Cassio dos Santos Sousa – 1 Comment

Grandes dilemas com os quais convivo envolvem jogos de interesse, principalmente em termos de carreira. Algo muito interessante aparece no meio do seu caminho, puxa sua atenção, e você começa a investir um pouco (do seu tempo, dinheiro ou ambos) nele.

Não posso mentir: existem muito mais coisas chamando nossa atenção do que nunca. Você pode até tirar os outdoors daqui de São Paulo, mas as propagandas estão ficando cada vez mais apelativas. Até aquelas do YouTube estão sabendo tirar cada vez mais sua atenção nos cinco segundos que eles normalmente tem. Celulares e smartphones estão cada vez mais cheios de acessórios e funcionalidades em formatos cada vez mais chamativos, para que você compre sempre mais e mais deles.

Atividades extracurriculares são outras das coisas mais cheias de apelos: seja uma olimpíada, um clube Glee da vida ou o que for, todo tempo livre presente na vida de um estudante ou de um adolescente (aqui, até 25 anos é tempo) será coberto por coisas de seu interesse. E esse interesse, se acabar coletivo, acabará por perpetuar pela própria força da atividade. E claro, toda atividade neste meio acaba levando você para frente, seja por facilitar uma application, seja por fazer você estudar, seja por descontrair e distrair.

Enfim, há muita coisa em nossa vida que nos puxará interesse, muita mesmo. No entanto, cada um desses interesses pede algum investimento (de tempo, dinheiro ou seja o que for), e nem sempre há moedas de troca suficientes para se cobrir todos eles. Se eles pedirem muito dinheiro, é muito fácil de ele acabar (principalmente para universitários). Se eles pedirem muito tempo, é muito fácil de você se acabar (seu corpo possui necessidades básicas a serem supridas, como boas horas de sono – e não se compensa tão facilmente uma noite mal dormida). Claro que existem exceções (você pode ser rico ou um super herói), mas não será possível abraçar todo esse “mundo” de interesses que nos rodeiam, ou não de forma proveitosa.

No entanto, se as atividades não forem destrutivas ou perigosas, muitos destes interesses oferecem um “test-drive”, um período e/ou uma versão mais simples/barata/fácil/grátis que consiga ser suficiente para você ver se são de fato interessantes. E durante o test-drive, você pode analisar custos, verificar parcerias, apertar botões, etc, e então tirar conclusões. Sempre aproveite o período de testes, pois talvez o interesse seja de fato algo a levar investimento, ou então esconda algo não muito legal de se levar.

Mesmo assim, haverá um determinado interesse que não terá test-drive, e que poderá ser um grande investimento de risco. Dentre eles, estão muitas das chamadas oportunidades, chances únicas de você obter um item ou fazer determinada atividade relevante (note) com os recursos que você tem, e para elas darei um foco maior.

Nem sempre será possível identificar uma oportunidade. No entanto, quando você puder observá-la, ela fará você pensar. Algumas serão de fácil (ou mesmo facílima, trivial) decisão, e você iniciará por seu caminho sem olhar para trás. Mas haverá outras, de real risco, que farão você pensar duas vezes. Seja um “dobro ou nada”, uma mudança abrupta de carreira, uma escolha de curso ou o que for, haverá algo a se escolher, mas haverá um risco ou rejeição a se aceitar.

Conforme se caminha na vida, o caminho das oportunidades diminui ou afunila bastante, e apenas você será responsável por decidir seguir ou não por elas. Não haverá quem diga se o caminho é certo ou errado: como eu tomo para mim, não há caminhos errados, há caminhos que não levam para um certo fim (todo caminho levará você para algum lugar, mas não necessariamente suprirá seus interesses).

É nesse “pensar duas vezes”, no entanto, que a mágica realmente acontece.

Acho difícil alguém nunca ter passado por um dilema. Como disse no início, estamos cada vez mais rodeados de interesses, mas nem sempre há moedas suficientes para investir. Mas nem sempre é possível fazer uma escolha plena, pois junto com as oportunidades, pode haver muita pressão externa. E, como o Ivan comentou, um caminho mais tortuoso não poderá levar mais culpados além de quem decidiu atravessá-lo. E como fazer essa decisão? Eu sinceramente não sei.

Mas sei que nem toda oportunidade é aproveitável de uma só forma. Também sei que nem toda oportunidade é um caminho sem volta, e que, se você acabar se ferindo (figurativamente, mas espero que não severamente) no caminho, o tempo é perfeito para cicatrizar tudo. O caminho alternativo deixado para trás ficará lá, e não poderá impedir você de aproveitar o melhor do caminho que você escolheu. E posso dar alguns conselhos, de quem já quebrou muito a cabeça com dilemas.

Não faça escolhas de cabeça cheia. Se estiver estressado, cansado, ocupado e/ou pressionado demais, por menos tempo que sobre para fazer uma decisão, tente meditar e respirar um pouco mais profundamente antes de escolher. É nesse momento que sua cabeça acaba te enganando com facilidade.

Não deixe pessoas tomarem decisões por você. O caminho é seu, e a culpa será sua.

E, após decidir, aproveite ao máximo mesmo. Não sei se fiz o melhor conjunto de escolhas até agora, mas sei que vivi o melhor de muitas delas, e aprendi sempre um pouco mais com cada caminho e oportunidade.

Não dá para viver e ficar se lamentando. Eu escolhi viver.

Resoluções

Posted in Sem categoria on janeiro 1st, 2013 by Cassio dos Santos Sousa – Be the first to comment

Boa parte das tarefas que normalmente nos propomos a fazer em nossas listinhas de fim de ano começaram, ou assim espero que aconteça. Seja uma nova dieta, academia, um novo livro/mangá para ler, uma nova série para assistir ou um hobby qualquer para começar e se divertir. Gostamos de fazer planos, pois isso nos trará alguma responsabilidade em mãos.

Estar de férias seria algo muito mais legal, se não fosse por elas, as tarefas inacabadas. Não que sejam ruins, mas lembrarão você de que o mundo não para, e você também não, como o Ivan comentou em outro post (muito interessante, BTW).

A maioria dos meus amigos (também blogueiros) aqui do site estão com algum afazer em mãos, ou essays inacabados, mas certamente preocupações. É a época da vida acadêmica em que você muda radicalmente seus pensamentos, pois é quando começam a sair os resultados de vestibulares e applications, e muitas das carreiras dão seu primeiro grande passo.

No meu caso, vou logo mais para o terceiro ano da universidade. Em praticamente todos os cursos com 3 anos de duração ou mais, é nele que ocorre a maior das transições dentro do curso. Para futuros engenheiros (meu caso), é agora que começa o Curso Profissional, e então as aulas mais voltadas à teoria se tornam mais práticas e específicas. Para futuros médicos, acaba também a parte básica e já se aborda tópicos mais ligados a especializações e afins. Cursos como ADM ou Economia já pedem estágios obrigatórios a essa altura, e é também agora que muitos intercâmbios e estágios no exterior ocorrem (como em RI). Para quem ingressa na universidade sem decidir o curso, é também o momento de rumar para um caminho certo.

Enfim, começa mais um ano cheio de transições. No entanto, antes de tudo, começa mais um ano. Como vi no Projeto Impulso (mais especificamente aqui), 2013 é o primeiro ano desde 1987 com os quatro dígitos diferentes, e também o primeiro de 3 anos com exatamente 3 fatores primos em sua decomposição:

2013 = 3*11*61

2014 = 2*19*53

2015 = 5*13*31

Isso é algo comum de se fazer no início de cada ano, pois o ano de uma olimpíada de Matemática pode dar uma brecha para qualquer tipo de questão (mesmo na IMO). Enfim, o ano está cheio de coisas para adiantar, e mais um monte para descobrir. Uma delas é organizar os arquivos do meu computador e do meu quarto (com tudo que usei para ler/estudar em 2012), que complica bastante quando você vai adiando (ou juntando com os arquivos dos demais anos, ou com um backup).

Enfim, uma série de coisas esperam para serem iniciadas e, espero eu, terminadas.

E você, o que planejou fazer agora em 2013?

E o blog começa

Posted in Sem categoria on dezembro 31st, 2012 by Cassio dos Santos Sousa – Be the first to comment

Olá a todos. Ainda estou descobrindo alguns plugins e funcionalidades para este WordPress. Sempre gostei de ver as mensagens dos meus amigos, e sempre acabo tendo um tempo a mais no meu dia para postar alguma coisa no meu Twitter (@cassiossousa) ou no meu Facebook, então apenas aliaria algumas das coisas que já faço num só lugar.

Também sei que criar um blog só meu seria inevitável. Tem muita coisa que eu fiz e faço que poderia ajudar a todos os olímpicos que começam suas jornadas, ou mesmo servir de apoio a todos que acabarem lendo, mesmo vivendo bem menos olimpíadas que antes.

No entanto, sei que, até eu me formar ou até mesmo um pouco depois, será inevitável que eu cuidarei do site junto com o pessoal. Ele ainda tem muito o que crescer, e tudo que faço nele apenas me deixa mais feliz, pois ele está aqui para quem quiser e precisar, assim como nós.

E vi coisas em olimpíadas que continuam me animando depois de todo esse tempo. E coisas que podem facilitar muito o caminho de quem está começando, dado que fiz de um jeito inadequado ou completamente na pressa. Enfim, há coisas a serem ditas, fora o que acontece ao longo do meu dia, que pode servir de lição a todos que o lerem.

Então é isso. Começarei a escrever sobre minha vida como universitário, olímpico e tudo mais que se adequar a mim. Se quiserem se juntar a mim, fiquem à vontade.

Ano novo, blog novo. Desejo um ótimo começo de 2013 a todos.

E como estou tentando colocar na assinatura do meu site: Enjoy the ride!