Final de férias, novo ano e divagações

Postado em 26 de janeiro de 2014 por Vitória Barim Pacela – 2 Comentários

Olá, pessoas! Finalmente vou escrever o meu primeiro post de 2014, quando já correram 26 dias desse ano… não sei como fiquei tanto tempo sem postar… Ou, talvez eu saiba, sim.

Comecei o ano em família em um sítio em Itu, foi bem divertido. E logo no início, fui pra Campinas encontrar os amigos da OBMEP e afins, eu não via alguns deles há muito tempo, acho que um pouco mais de um ano, foi bem legal também.

Mas desde então, não parei de estudar. Eu não sou daquelas que têm rotina, uma vez, pouco antes de começar o Ensino Médio, fiz uma tabela da semana toda, dividi as matérias que estudaria e os períodos de descanso. Quanta inocência, nunca peguei naquilo, o papel deve estar até hoje esquecido no fundo de alguma gaveta por aí. Acho que sou muito imprestável pra essas coisas, no horário de Biologia eu tenho vontade de estudar História e fico enrolando até acabar o tempo e me arrepender, pois é…

Enfim, voltando ao foco, gosto de ir a fundo nas coisas, até enjoar delas. Por exemplo, eu postava 20 mensagens em um dia no fórum e depois ficava o resto da semana sem entrar. Foi assim que, desde final do ano passado, comecei a terminar matérias e estudar pra Unicamp, não parei pra fazer outra coisa até o dia 14. Nesse mesmo dia, dei continuidade nos relatórios do IYPT e… bem, to fazendo isso até agora.

Também comecei a estudar Cálculo, to revezando entre as duas coisas, até que cheguei à crise “cansei de estudar, agora vou comer banana com aveia e mel porque não tem paçoca em casa sou saudável” e comecei a escrever este post, então espero que ele seja bem longo, hahaha, a não ser que fique chato.

Hoje é o meu último dia de férias e nesses 26 dias já tive um prefácio do agito que terei neste ano. É meio depressivo chegar ao terceiro, parece que ainda tenho uma infinidade de coisas a fazer e meu tempo acabou, que to apegada e acomodada com a vida de agora, com a família e os amigos daqui, e que não vai ser fácil deixar tudo e começar do zero em outro lugar… mas ao mesmo tempo, deve ser muito bom se livrar de algumas pressões e essas coisas de sempre.

Não dá pra acreditar que daqui a menos de três meses ~ eu ~ terei 17 anos. Dezessete anos. Quando eu era pequena, olhava pras pessoas de 12 anos como elas tivessem 18, e pras de 18 como se elas tivessem 30. Mas parece que eu ainda tenho cara de criança e… (?) Agora não tem nenhuma turma mais velha do que a nossa na escola, definitivamente, como dizem, somos os exemplos pros mais novos, isso é estranho. Mesmo. Ainda no ano passado eu estava à tarde na escola e praticamente uma sala toda da 5ª série me parou perguntando se eu era a Vitória Pacela, a menina que passou na olimpíada de geografia e que é o exemplo deles. Isso é legal, mas bizarro também, porque… eu não chego nem perto de ser um exemplo, hahaha.

Mas vamos lá, ainda estou esperando os resultados dos quais tinha comentado no outro post, mas espero que todos saiam até o final de fevereiro. Foi aberto na minha cidade o Anglo, e vou participar das aulas de cursinho que tiverem à tarde lá. Gostei da escola, a diretora gostou das minhas medalhas e me deu bolsa. To me sentindo mais segura fazendo isso, porque to muito desgastada de matérias que não são meu forte, nem minha prioridade, acho que ao menos ter aulas a mais e professores que ajudam vai tirar um pouco dessa tensão.

Ah, tem a OBB também! Nunca participei da olimpíada, na verdade, pretendia participar neste ano, mais pra eu tentar desenvolver meu gosto pela Biologia do que qualquer outra coisa. E justo no dia em que eu tinha recrutado uma interessada pra olimpíada, descobri que as verbas foram suspensas. Espero que consigam o apoio de volta, estou divulgando o abaixo assinado por onde posso.

O que mais? Não gosto do ENEM, mas passei em Engenharia Elétrica e Engenharia Física na UFSCar pelo Sisu, que são os cursos que quero mesmo, e isso me acalmou um pouco pro ano que vem.

Não li metade dos livros que pretendia nessas férias, nem comecei nenhuma série, que frustrada.

Meu amigo começou um blog comigo, já que gostamos de escrever, mas infelizmente, também não deu tempo de postar lá, quando tiver mais posts, posso divulgar aqui.

Tive uns momentos nostálgicos do ano passado, revi muitas fotos, o vídeo do EHH que a Renata fez, e as gravações minhas e do Fernando da Viagem do Conhecimento, com a entrevista do daltônico, nosso trio cantando The Only Exception, o Fernando tocando Stairway to Heaven no piano, as apresentações do AfroReggae, o Wilker tocando A Thousand Years com o irmão dele no violão e violino, a melhor máfia do mundo, e o governadôh. Enquanto ainda não temos o vídeo do completo da Viagem, quero fazer um vídeo reunindo todas as nossas gravações.

Bom, é isso! :) O ano tá aí, um livro aberto do qual morro de vontade de ler sua última frase.

Até mais, see YA.

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2013

Postado em 30 de dezembro de 2013 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

Comecei 2013 sabendo do número de resoluções que teria de tomar e com a promessa de ser um ano melhor do que 2012 (ou melhor, que não fosse tão ruim como 2012, prometi que nada me abalaria). E 2013 acabou sendo o melhor ano da minha vida!

Consegui tomar decisões logo no começo e mudei bastante. Por exemplo, considerando-se os estudos agora parece que meu empenho nunca é o suficiente, sempre tenho uma ânsia por mais, percebi que alguns minutos podem fazer a diferença e que um pequeno deslize poderia atrapalhar todas as minhas metas.

Mas tal começo não foi nem um pouco fácil, comecei colocando em dia toda a matéria do 1º ano, eu estava mesmo muito atrasada! E isso significa devorar livros imensos, que eu deveria ter consumido durante o ano todo, em alguns dias. É, muito desespero. Mas consegui! (:

Recebi a notícia de que tinha mudado de polo no PIC, nada teria me deixado pior. Mas isso de certa forma contribuiu para que eu me dedicasse mais a olimpíadas, porque queria rever com alguma frequência alguns amigos. A decisão de participar de todas as olimpíadas que desse conta já estava feita desde o ano passado, eu queria experimentar tudo de novo que me aparecesse pela frente.  E lá vamos nós, passar pelas classes divulgando as próximas olimpíadas; ir praticamente todo dia à coordenação para falar de inscrições, provas, interessados, datas; acabar implorando pra podermos nos inscrever em mais do que uma competição de cada disciplina, porque tinham imposto esse limite; planejar viagens; pedir declarações de transporte na secretaria; ir à prefeitura pedir apoio; pedir para alguns professores fazerem o favor de corrigirem algumas provas; ligar trocentas vezes na escola à tarde para a organização de alguma coisa; fazer projetos voluntários. Criamos o Clube de Matemática, em que passávamos a matéria do PIC na escola, resolvíamos provas de algumas olimpíadas e alguns problemas diferentes. Era aos domingos, na Escola da Família, mas foi bem legal, durou o primeiro semestre todo. No segundo semestre comecei a dar aulas de física, não foram tão bem sucedidas como o Clube de Matemática, mas também foi bom ajudar desse jeito.

Em termos de conquistas olímpicas, eu realmente não esperava tanto de mim, estava fazendo de tudo, mas não acreditava que as coisas dariam tão certo. A primeira prova que fiz foi a Viagem do Conhecimento, que me trouxe também o primeiro e melhor resultado do ano! Então eu não lembro a ordem dos outros, mas fui para o EHH, nossa Tríplice VAV foi finalista na ONHB, ganhei ouro na OMU, ouro na OBA, bronze na OBMEP. Ainda estou esperando resultados que vêm no próximo ano… espero algo na OBFEP, não tenho esperanças pra OPF e provavelmente vou pegar a terceira menção seguida na OBL, droga, parece que não teve evolução — desse jeito parece que sou fria quanto isso, mas eu realmente queria muito ir pra segunda fase , maldito seja aquele sudoku que errei =/. Ainda tem o resultado do Virando Bixo, do MYC e precisamos enviar novamente os relatórios do IYPT. A próxima prova que farei será da Unicamp — aaah, como a vida é tranquila sem provas! ^^

E caramba, é incrível como UM ano que passa faz tanta diferença numa pessoa. Me (ênclise, I don’t care about you!) reaproximei de amigos antigos, consegui equilibrar tudo o que fazia, mudei minha cabeça, mudei meus gostos, conheci pessoas, conheci lugares, andei de avião haha, deixei a música (às vezes temos que fazer alguns sacrifícios para alcançar objetivos maiores =/ mas ainda pretendo voltar), fiz dois cursos online, viajei bem mais do que nos outros anos, me envolvi com livros, assisti séries, um anime, comecei a praticar alguma atividade física, postei no fórum (quase metade do que terminei no ano passado, mas tá valendo), tirei título de eleitora e comecei a acompanhar melhor política, fui a alguns encontros do grupo de debates, a um encontro do clube do livro, um da casa do escritor, entrei aqui \o/

Assim espero pelo 2014 mais esperançosa do que estava pelo 2013. Não fiz uma lista de metas, mas tudo se resume a tentar melhorar. Quero fazer um projeto mais organizado na escola, com olimpíadas e aulas preparatórias. Já fiz a minha lista de olimpíadas que pretendo participar, a intenção era de diminuí-la, mas não funcionou muito bem… O ano que vem é o último do EM, o último na minha cidade, o último com a minha família, o último para participar de olimpíadas. No ano passado eu mal podia esperar para sair da escola, mas agora estou apegada a tudo que se liga à minha vida do jeito que está agora.

Queria agradecer novamente às pessoas que fizeram de 2013 o meu ano e desejar um Feliz Ano Novo a todos. 😀

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Pessoas

Postado em 19 de dezembro de 2013 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

Acho que cai bem especialmente no fim do ano um post sobre pessoas. Afinal, a vida (ao menos a minha) é movida por pessoas e suas ações, e minha trajetória nas olimpíadas também.

Pra começar, pessoas que me inspiram. Acho que as primeiras pessoas a realmente me inspiraram foram as do BHH (um chat da OBMEP), João Lucas, Mateus… depois os tops da OBMEP, como a Maria Clara. Então eu conheci outras olimpíadas e soube de pessoas incríveis, Murilo, Gustavo Haddad… Finalmente, descobri o OC e as pessoas daqui me inspiraram e inspiram muito, Bárbara, Ivan… sem eles eu nem estaria aqui agora, haha, e os posts também me motivaram muito!

Agora, falando sobre outro tipo de inspiração: os organizadores de olimpíadas. Todos os que conheci foram muito carinhosos e incentivadores. Na Viagem do Conhecimento tinham as Gabis, o Dante… que são muito, muito legais! A Cristina, coordenadora da ONHB, também é muito simpática, motivadora e humilde. Na OBFEP, quando pedimos para fazerem um polo em Campinas, a Wilma foi muito atenciosa, conseguiu e ainda me desejou boa sorte pela persistência. E na OBMEP, a Claudia é a encarnação da bondade, haha. Quero ser assim algum dia, ajudar alguém, inspirar alguém, motivar alguém… deve ser muito gratificante!

Mudando o foco, sobre as pessoas que me ajudam e me suportam. Meus pais me levaram para tudo quanto é lugar pra fazer provas e vestibulares, não posso deixar de agradecê-los. E meu irmão que me acompanha em tudo e às vezes é o único que me coloca na realidade “Vitória você não vai dar conta de tudo isso de uma vez só”.

Depois, os meus amigos que aguentam toooodas as minhas lamentações, pessimismos por causa de provas, situações ruins, que enfrentaram tudo comigo nesse ano e ainda ficam fazendo gabaritos em hangouts pra provas que não têm. Esses são o João e o Marcos. Mas também tem o restante dos amigos incríveis que fazem tudo valer a pena! (:

Também tem o pessoal da escola que é legal comigo. A Simone, que me acompanha desde a 5ª série (ah céus, desde quando eu era uma pirralha ambulante, que vergonha! Hahaha), que nem é mais minha professora, mas lê todas as redações que faço e dá dicas (: A Solange que sempre me ajuda quando preciso, por mais que esteja ocupada, e ainda me consola quando to triste, haha (: O pessoal da limpeza que me tá junto comigo desde a 5ª série, a D. Divina, o Seu Zé… desde a primeira OBMEP que fiz eles perguntam na saída “Foi bem? Tava difícil? Tenho certeza de que você vai ganhar” (: A Heloá, que foi a primeira pessoa a dar total atenção e crédito às olimpíadas, que depois se entusiasmou ainda mais quando fomos pra Viagem do Conhecimento, e que também me ouve sempre que preciso (: O Carlão que foi o primeiro a incentivar a participação na OBMEP e foi quem desenvolveu meu gosto pela matemática (: As pessoas que dão atenção pros meus projetos e aulas, Carol, Portuga, Xandy… (:

Bem, eu realmente não seria nada sem essas pessoas, provavelmente não teria me levantado em alguma queda; mas felizmente, sempre tinha alguém pra me manter em pé! 😀 Queria deixar aqui meus agradecimentos por tudo isso.

 

Vou aproveitar o post pra falar sobre o dia-a-dia, faz tempo que não faço isso. Peguei bronze na OBMEP. De novo. É como se eu não tivesse avançado, mas considerando que antigamente eu pensava que não medalharia no Nível 3… tudo bem, vou considerar, mas trabalhar muito, muito, pra algo melhor no ano que vem.

A premiação da OMU foi muito divertida, conversei com várias pessoas lá e conheci pessoalmente o ***JESUS***, aka Lucas. Depois fiz o Virando Bixo e adorei a redação, mas minha prova foi regular, então talvez não dê…

Também to fazendo o IYPT — com minha equipe inter-estadual — e realmente espero que a gente passe pra final, porque tá sendo muito trabalhoso, na véspera de enviar os relatórios preliminares, tinha acabado de voltar de viagem da Unicamp, fiquei acordada até às 2h e acordei às 6h do outro dia pra ir à aula — tá, sou fraquinha pra essas coisas, não estranhem.

E essas férias estão sendo preciosas pra mim, estou colocando em dia os livros de vestibular e tentando adiantar algumas matérias. Apliquei pro MYC, parece muito divertido e difícil, mas não custa tentar (: A Natália (hey, Nat-nat o/) da Viagem do Conhecimento também tá aplicando, seria demais se nós duas fôssemos, até porque estaríamos na mesma equipe.

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Escolhas

Postado em 26 de novembro de 2013 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

O ano passado foi bem complicado pra mim, por diversas razões, mas parte significante delas remetia à escola, aos estudos e consequentemente ao meu futuro.

E tudo isso podia ser resumido em uma palavra: escolhas. Primeiro, a escolha da escola. Eu estava muito indecisa sobre o que seria prioridade para mim, olimpíadas, vestibular, ou até mesmo coisas menores que não deviam estar confundindo a minha cabeça, como cotas. É, quando se trata de decisões, coisas mínimas podem influenciar…

Eu estava muito insatisfeita com o sistema da minha escola e queria mudar. Mas deveria considerar que se fosse a uma escola particular, perderia a OBMEP — coloquei muito peso nisso, sim, porque a OBMEP representa, além dos meus estudos, a minha vida sócia l—, além de que as escolas particulares da minha pequena cidade não são lá impressionantes… e as outras escolas públicas estavam no mesmo nível da minha, se não piores. E também não compensaria repetir um ano para entrar na escola federal da cidade vizinha.

Fato é que me demorei muito nessa escolha. Pedia opiniões a todos, minha cabeça estava uma verdadeira Torre de Babel! E cada dia a mais nessa demora significava um dia a mais de sofrimento e inquietação. 2012 acabou e eu não tinha a mínima noção de como seria meu 2013.

Por fim, cheguei a comprar uniforme de outra escola e tive que trocá-lo depois. Chantagens me influenciaram, eu não me orgulho disso. Mas o que importa é que a escolha feita! Porque a conclusão a que cheguei foi que é possível alcançar o mesmo feito por vários caminhos diferentes. As escolhas em si não são importantes, mas sim o empenho dedicado à consequência de cada uma delas.

Acabei ficando na mesma escola. Fiz todo aquele rebuliço para permanecer na mesma situação. Porém, não é a mesma escola que eu não queria ficar de modo algum: agora eu estava em outra sala (2º B ♥), com outros professores e principalmente, novas atitudes. A promessa que tinha feito a mim mesma no Ano Novo era de que nada me faria cair.

E funcionou! Não vou dizer que não tentei essas estratégias no ano passado, como aproveitar aulas “vagas” para se afundar nos livros… Mas o jeito que encarei as coisas foi diferente: ao passo que antes eu via os problemas e ficava louca com eles, hoje eu trabalho na tentativa de solucioná-los.

Aliás, que meu amigo estará usando essa estratégia, saindo de uma escola boa e indo para outra “não tão boa” (?) para aproveitar essas aulas vagas estudando o que ele realmente precisa.

Estou escrevendo isso para quem sabe ajudar alguém. Claro, esse foi só um exemplo dentre vários outros que presenciei principalmente neste ano, mas espero realmente poder ajudar alguém com isso, é algo que seria útil nessa minha fase. E bem, acho que escrever isso também ajuda a reafirmar o que penso, porque com tudo o que vem acontecendo, novas oportunidades surgindo, as escolhas voltam a querer me deixar indecisa, haha.

Ah, eu costumava (costumo) entrar no site do OC todo dia e esperava sempre ter um post do Vida de Olímpico para ler, mas agora percebo o quanto é difícil manter esse fluxo, haha. É algo como 15 minutos que acaba voando sem percebermos…

Sábado (7) será a premiação da OMU, estou ansiosa, principalmente porque percebi que o limite regional da OMU é bem grande, tem premiados até do Rio de Janeiro! No mesmo sábado terei a Segunda Fase do Virando Bixo, espero não precisar correr tanto para dar conta de ambos os compromissos…

Até mais, pessoal!

______

Aproveitando a oportunidade, vou deixar aqui alguns links dos vídeos do meu amigo Incrível, enjoy it!

http://www.youtube.com/watch?v=NeGGPCM8OL8

http://www.youtube.com/watch?v=6hyiiuEVgiA

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Final de semana

Postado em 26 de outubro de 2013 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

Acho que esta montagem mal feita do meu amigo define bem o meu último fim de semana:

montagem

Aquele tão esperado final de semana, com ONHB e OBFEP! Saímos de Pinhal atrasados, eu estava enfartando por não poder dar voltas pela Unicamp, ir à boa e velha cantina e ver o pessoal no IMECC; além da preocupação de chegar atrasada pra prova. Realmente, não deu tempo de fazer nada, chegamos, trombei com um poste de tanta pressa, falei rapidamente com os meus amigos e já entramos na sala 18 do PB 2… – Oh PB 2, por que tantos círculos?

Devíamos estar na sala no máximo às 8h30, então começaram a entregar os materiais, água, prova… comecei a ficar preocupada, a prova iria até às 12h, mas pretendíamos sair às 11h30 para chegarmos com certa segurança ao Cotuca (que fica um tanto quanto longe da Unicamp) para a OBFEP. Bem, a prova deveria começar às 9h, mas houve atraso devido à entrega dos materiais e nosso prazo também foi estendido. Fomos bem na prova, arriscaria até mesmo dizer que foi a prova mais legal que já fiz! Discutimos bastante no começo, levantamos os pontos principais e começamos nosso texto que fluía, fluía… e não acabava mais! Entregamos a prova às 12h, com aproximadamente meia hora de antecedência, descemos as escadas circulares correndo, pegamos os livros e tiramos a foto oficial.

foto oficial

Foto oficial – Tríplice VAV

Encontramos a professora, o professor de física e meu amigo já no pátio. Meu amigo com todos os suprimentos necessários roubados do PIC, hahahaha, X-bacons, brownies (eu disse BROWNIES!) e Coca-Cola.  Tudo, é claro, em uma combinação perfeita com o doce de leite de Viçosa, o melhor do Brasil, trazido especialmente pelo meu outro amigo (tráfico olímpico mode on o/). Enquanto isso, como não seria tão legal levar pacotes de café de Pinhal, levei cartõezinhos que esqueci de entregar. Parabéns, Vitória! – só agora lembrei que poderia ter levado Itubaina…

Voltando ao foco, conseguimos chegar ao Cotuca com uma boa antecedência e a prova foi um pouco chata… É a segunda olimpíada de física que participo e acho bem mais difícil do que a OPF, ainda que menos concorrida.  A prova foi mais fácil do que a do ano passado (que só vi online) e a experimental estava bem simples, mas muito, muito, muito, muito, muuuuuuuito chata! Tínhamos um suporte, uma régua com furos, transferidores, ganchos e pesos. Mas meu transferidor não estava encaixando no suporte, e depois de muito esforço para que ele se encaixasse, começava a cair e não equilibrava. Tive que fazer umas gambiarras com outras réguas para conseguir medir com mais facilidade… Gastei muito tempo nisso, mas é a parte da prova em que coloco fé… espero ao menos conseguir alguma medalha, porque lá se foi a minha tarde perfeita…

Como lição para o próximo ano, se eu passar para a final da ONHB novamente, abrirei mão de qualquer olimpíada caso elas coincidam. A ONHB tem um espírito muito bom, pessoas de todo o Brasil estão lá, apenas esperando para serem conhecidas, hahaha. Teria valido mais a pena ter ficado lá, aproveitado o clima, passeado pela Unicamp… Mesmo que a OBFEP valha mais uma medalha, não faria isso de novo, mal tive tempo de despedir de meus amigos…

OBFEP

“mal tive tempo de despedir dos meus amigos…”

 

Domingo.

Dessa vez saímos mais cedo, chegamos ao Guarani e ainda tinham poucas equipes. Logo no início tivemos o show de rock, que fazia uma linha do tempo (nada menos comum para uma olimpíada de história) com as principais músicas e bandas, foi muito divertido!

premiação

Então a cerimônia começou com os depoimentos de organizadores e professores. A coordenadora da olimpíada – assim como muitos coordenadores que tenho conhecido –  é muito legal, nossa musa, haha!O depoimento da professora de Roraima também foi emocionante, ela representou cada batalha de qualquer finalista.

Depois houve o anúncio dos finalistas, nossa barriga gelava cada vez que falavam “São Paulo”. Mas ficamos só na menção honrosa mesmo e o ano que vem está aí (literalmente, está logo aí) para tentarmos de novo. Fiquei muito feliz pelos meus amigos que ganharam prata :)

A despedida foi a parte mais difícil… Eu tinha finalmente conhecido meu amigo pessoalmente (aquele que comentei em um outro post, o que ficou meu amigo através do grupo do facebook que discutia a Viagem do Conhecimento) e não estava disposta a voltar à incerteza de não saber quando nos veríamos… Também conheci pessoalmente o Jackson, finalista de 2010 e 2011 da Viagem do Conhecimento 😀 Eu tinha falado com ele logo após receber os resultados, para conhecer melhor a final da Viagem do Conhecimento.

 

Já que entramos nesse assunto… foi divulgado mais um vídeo da final da Viagem do Conhecimento! *–* Na minha opinião, esse foi o melhor até agora, não deixem de assistir. Vontade imensa de voltar ao  24 de abril!

Ah, também recebi mensagens muito fofinhas de amigos nesse final de semana, sobre como eu evoluí… fiquei toda emotiva com essas mensagens, haha, mas acho que realmente mudei bastante de uns tempos pra cá :)

Hoje farei o ENEM, não me preparei especificamente para esse vestibular e acho que nunca farei isso… De qualquer modo, boa sorte a quem participar!

See ya.

 

– Já tinha me esquecido, ganhei ouro na OMU! 😀 😀 A premiação será em dezembro e eu finalmente vou poder voltar à Unicamp com calma!

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Idas e vindas

Postado em 11 de outubro de 2013 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

Meu último post foi há algum tempo, e desde então muita coisa aconteceu: alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo…  O resultado da ONHB saiu no dia 26 e minha equipe foi classificada para a final! \o/ Esse provavelmente foi o maior alto, fiquei muito feliz, vi que tanto esforço realmente vale a pena, não importa o que ninguém diga. Além disso, vou voltar pra Unicamp e finalmente vou conhecer pessoalmente alguns amigos e rever ainda outros.

Aí no dia 30 eu recebi o resultado e não fui finalista do Jovens Embaixadores… Confesso que fiquei bem triste, colocava bastante esperança no programa, ou mais, colocava parte do meu futuro nas mãos desse resultado… ainda que soubesse que isso não é algo que exatamente depende de mim. Na verdade, antes mesmo de me inscrever, era preocupada com o critério da renda, mas como as coisas foram fluindo e comecei a conhecer melhor o projeto, acabei esperançosa demais. Bem, mas não para por aí, ano que vem tentarei de novo! Afinal, valeu muito ter participado, conheci pessoas incríveis, aperferçoei-me (digamos, viciei) ainda mais um pouquinho no meu inglês e tive mais contato com um “futuro social”.

Social… ciências humanas… ah, também passei alguns dias pensando nisso.  Eu realmente gosto de humanas, e a partir deste ano meu gosto fica cada vez maior. Fiquei muito preocupada pensando como será minha vida se eu realmente fizer Engenharia Física. Exatas é a minha paixão de infância, mas talvez eu enjoe se não tiver nada “humano” pra equilibrar. E quanto à profissão? Sempre tive a pretensão – ainda que clichê, válida e ardente – de mudar o mundo. Já estou tentando, começando, que seja. E foi isso que tirou minha incerteza: meus objetivos não dependem de minha profissão, posso me envolver em projetos sociais, por exemplo. Espero que isso seja útil para alguém, porque cheguei à essa conclusão com um amigo que passava o mesmo que eu e é horrível ter essa incerteza…

Voltando aos problemas: a final da ONHB cai no mesmo dia da OBFEP, como já estava previsto e já tínhamos enviado e-mails, porém, sem receber respostas. Com um pouco de persistência, conseguimos um polo da OBFEP em Campinas (Wilma, somos eternamente gratos a você!) e vamos conseguir fazer as duas olimpíadas no mesmo dia =)

Porém, tivemos outras dificuldades relacionadas ao transporte e à escola. Minha escola não tem tradição olímpica e temos que nadar contra a correnteza para podermos participar. E essa correnteza é forte… envolve toda a “hierarquia” da escola, além da falta de interesse da maioria… Por isso às vezes dá vontade de desistir, como se não a pressão nos estudos por si só não bastasse. Isso não é uma crítica (ainda farei um post sobre escolas e escolhas), mas os moldes da escola pública são rígidos e restritos;  Às vezes interesses pessoais se misturam ao meio de trabalho e em outras, pode ser simplesmente má fé. Felizmente, ainda há pessoas ótimas que nos ajudam nesses casos, tanto a vencer a correnteza, quanto a suportar a pressão que vem depois.

Por fim, a parte boa desses dias de novo. No sábado fiz a OMU na Unicamp e no domingo a OPF em Rio Claro. Foi ótimo sentir de novo que valia a pena. Vi amigos, conheci outros, e viajei. E ainda me senti aliviada por essas olimpíadas terem passado, haha. Acho que tenho boas chances na OMU, minha meta é voltar pra lá em dezembro na premiação. Quanto à OPF, fiquei satisfeita com meu desempenho, não fico arrependida pelo que fiz ou não fiz (ok, só de ter derrubado um pouco da água da experimental, haha), mas sinceramente acho que não serei premiada… BTW, estamos trabalhando em soluções pras OPFs passadas, esperamos terminar até o final do ano.

Faltam 9 dias pra final da ONHB!

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Resultados, provas e resultados

Postado em 19 de setembro de 2013 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

Oi, tudo bem? Não posto sobre o que ando fazendo desde as férias, e muita coisa aconteceu até então: o primeiro resultado que recebi foi o da OMU, passei para a Terceira Fase com nota máxima, o que pode me ajudar bastante na classificação geral, já que consideram a nota das duas últimas fases. Passei para a Segunda Fase da OPF também, mas farei a prova em Rio Claro e não conhecerei o ITA… estou trabalhando para ser premiada, mas sei que é um pouco complicado…

Perdi a OPM porque tinha PIC no dia, do mesmo que perdi a OBF desde a Primeira Fase, pois todas as fases coincidiam com os encontros, mas nesse caso fiquei bem mais arrependida. Ganhei medalha de ouro na OBA 😀 Fiz as provas do Youth Ambassadors  e estou aguardando os resultados, esse projeto é muito legal! Também estou fazendo a ONHB e estamos na 5ª fase, agora só precisamos de um pouco de sorte (devido ao sistema de correção por pares da tarefa) para chegarmos à fase presencial na Unicamp.

E finalmente, fiz a Segunda Fase da OBMEP! Embora tenha conseguido realizar todo o meu cronograma de estudos, também consegui passar pelo pico máximo de preocupação, medo e angústia com as coisas da ONHB e do YA na véspera da OBMEP; mas isso não foi o que me atrapalhou… A prova estava mais difícil e cansativa em relação aos anos passados, fiquei sem tempo e já me acostumei com a ideia de passar bem longe da medalha de ouro (e dos amigos, e do Rio de Janeiro, e do Windsor, e)…

Agora vou me focar na OPF, OBFEP e OMU, além dos problemas do IYPT. A partir do final de outubro, meu calendário olímpico será trocado pelo calendário vestibulando.

BTW, o vídeo da cerimônia de premiação da Viagem do Conhecimento foi divulgado, espero que ele toque o coração de vocês assim como tocou o meu ♥. É ótimo ouvir a voz dessas pessoas que não vemos há tanto tempo, sentir exatamente as mesmas sensações que senti há 5 meses, relembrar de tudo e imaginar reencontros :) Nem imagino quando o vídeo longo e oficial for divulgado, hahaha.

Enquanto me preparava para as provas do YA, resolvi ler um caderninho que tinha, inspirado no Caderninho da Bel. A proposta é todo dia, antes de dormir, escrevermos em um caderninho alguma coisa que aprendemos durante o dia. Fiz essa “terapia” durante aproximadamente um mês, no começo realmente foi difícil, tinha preguiça de escrever e não sabia exatamente o que poderia contar como aprendizado; mas depois que se entra no ritmo é difícil parar, e eu ainda tinha uma motivação extra, já que escrevia em inglês e isso funcionava como um treinamento para mim. Parei de escrever (por causa da pressa com o ritmo de estudos) exatamente um dia depois da prova da Segunda Fase da Viagem do Conhecimento – “Mas você nunca se cansa de falar dessa olimpíada?” “Não, uma vez Viagem do Conhecimento, sempre Viagem do Conhecimento!” – e é interessante reparar nas minhas expectativas e emoções pós-prova, hahaha, eu nunca imaginaria que daria certo.

Até breve!

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Viagem do Conhecimento – II

Postado em 7 de setembro de 2013 por Vitória Barim Pacela – 2 Comentários

Já tinha conversado com todos os outros finalistas – exceto a Vik que não estava no grupo do facebook – e estava ansiosa para conhecê-los. Encontrei a outra Vic (nós Vitórias ainda vamos dominar o mundo \o/) já no aeroporto e também comecei a perceber que até mesmo a relação com os pais e professores dos outros alunos é muito intensa, e isso foi bem legal.

Quando chegamos ao hotel tudo foi muito rápido, conheci a Gabi e a equipe organizadora, fiquei encantada com o quarto, andei o hotel inteiro com a Vic, ficamos meia hora apreciando a vista da cobertura e encarando a nossa utópica realidade (o que se repetiu ainda muitas vezes), encontrei a Vik no quarto da minha professora, vi o Fernando e a Júlia chegarem… até o jantar de abertura, quando conhecemos o restante do pessoal. O início foi bem engraçado, não sabíamos como nos cumprimentar, hahahaha, principalmente eu paulista que não estou acostumada com dois beijinhos e quase sofri um acidente no meio disso.

No começo do jantar tivemos uma brincadeirinha em que tínhamos que encontrar nossos lugares da mesa reconhecendo nossos interesses em fichinhas que tínhamos preenchido  antes.  Depois ficamos sabendo como tudo funcionava lá, já dava para perceber quanto amor havia envolvido no projeto e ainda soubemos que teríamos a presença do Laurentino Gomes no dia seguinte, e que seria necessário nos acostumar com tantas câmeras.

101

Minha ficha de interesses :)

Eu não fui para o Rio com a intenção de ficar entre os primeiros lugares, pois estar lá já era um prêmio e queria aproveitá-lo ao máximo, não me preocuparia em dormir cedo, por exemplo. Mas ao final do jantar a maioria já tinha se recolhido, e embora não fosse tão cedo, o turbilhão de pensamentos que me invadiam com essa abertura de um novo mundo demoraram a me deixar dormir.

No dia seguinte acordei muito cedo, afinal, havia Concentração às 6h45 para depois fazermos a prova de múltipla escolha. Então já saímos às ruas cariocas com toda a equipe de  professores e o Laurentino, aprendi muito, e o melhor, comecei a ver toda a área de humanas, com outros olhos, olhos de aventureiros. As marcas de um passado explorado, da Colônia, da chegada da família real portuguesa, da república… e o melhor: os detalhes!  As diversas comparações entre as imagens que eram feitas ao vivo, a Praça XV de Novembro, coração do Rio de Janeiro, o chafariz, o Paço Imperial, a Rua Direita… e construções que eu provavelmente nem notaria se não estivesse com os historiadores . A estreita Rua do Ouvidor, a Avenida Rio Branco, a Confeitaria Colombo (que não entramos para não babarmos porque não tínhamos tempo), o Largo Carioca, a Cinelândia… Além, é claro, da paradinha na biblioteca, que não podia ser melhor com tantas pessoas fãs de livros.

Rua do Ouvidor

Rua do Ouvidor

Mal almoçamos (literalmente, os garçons tiravam nosso prato ser termos comido um quarto dele), mal tivemos nosso tempo realmente livre para conversar (exceto pelos momentos na van)… e já saímos para um destino surpresa. No dia anterior tínhamos sido avisados de que devíamos estar com calças compridas e blusa, já imaginava que exploraríamos a selva, hahaha. Mas fomos à Petrobras! Foi uma experiência incrível conhecer de perto essa empresa tão grande, o processo petrolífero e o lugar em si.

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Petrobras

Depois partiríamos para a surpresa de novo… se no Matthew não tivesse deixado que escapar que conheceríamos o AfroReggae. Sim, aquele projeto que deixou as comunidades pacíficas e levou educação e cultura para várias regiões. Foi o passeio que nos motivou, que nos inspirou e nos emocionou, é essa a diferença que queremos fazer no Brasil, vimos aquelas crianças cantando e dançando sorrindo, cantamos e dançamos também. E o Fernando ainda tocou Satairway to Heaven no piano do estúdio que tinha lá :)

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Pessoas incríveis no AfroReggae

Não tínhamos encontrado nossos pais e professores desde cedo, mas nos vimos na churrascaria de Copacabana, altos papos sobre comidas, cidades, política, música… Quando voltamos ao hotel, o combinado era de todos se reunirem na cobertura, mas no final só eu, a Vic e o Fernando fomos, e acho que foi muito mais relaxante e divertido do que dormir para a prova, haha.

E já estávamos no último dia, o dia em que queremos fazer tudo para não nos arrependermos de não termos feito algo. Feita a dissertação, fomos para o Corcovado *-* A parte turística que todos desejavam, conversamos com um chinês no trenzinho e encontramos o mundo todo vendo o Cristo. Foi um tanto quanto corrido, tínhamos a atividade de campo para fazer e a minha entrevista também foi lá. Eu tive ainda algo mais interessante, o homem que tirou o projeto do Cristo da gaveta é meu conterrâneo, minha escola inclusive o homenageia com seu nome.

Almoçamos em Copacabana, o Erechim conseguiu comer 1,2 kg de comida, e eu dois pratos de sobremesa. Fomos ao Pão de Açúcar, foi um dos meus passeios favoritos, estávamos sem pressa, pudemos interagir bastante, andar de bondinho, além de o lugar ser maravilhoso.

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Nosso cartão-postal: Pão de Açúcar

Depois já tivemos a premiação, a parte mais emocionante, por ser já uma despedida… As palavras do Dante, das Gabis, do Caco e do Matthew foram emocionantes, vimos como essas pessoas são boas e têm que trabalhar duro e com amor para manter um projeto desse porte.

A divulgação dos três primeiros colocados seria uma surpresa para nós, todos ao mesmo tempo em que eram humildes, tinham muito conhecimento. Mas realmente foi merecido, Viktoria, Natália e Daniel foram os destaques.

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Premiação :D

Depois de jantarmos e assinarmos todos os “álbuns”, como prometido, jogamos o 1º lugar, Vik, na piscina, e todos pulamos depois 😀 Também nos reunimos no quarto para jogarmos Máfia – a melhor Máfia de todos os tempos, com as melhores histórias e personagens! – e nos despedirmos melhor… o que significa que ficamos enrolando lá embaixo na recepção, dando abraços coletivos , fazendo promessas de que viajaríamos juntos muito mais vezes  e imaginando como seria ficar mais um mês lá.

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Máfia

Cada um tinha um horário de voo, o meu era um dos primeiros, então quando acabei de me despedir, arrumei minha mala e fui tomar café da manhã. Mas a Viagem do Conhecimento, como o Dante disse no jantar de abertura, nunca acaba, ela vai nos influenciar pelo resto de nossas vidas e faremos de tudo para mantermos o projeto em pé.

Quando terminei a Segunda Fase, entrei no grupo do OC no facebook para discutir sobre a prova, e lá mesmo fiz amizades, se não fosse por isso, nem conheceria um de meus melhores amigos, e  foi assim que a Viagem do Conhecimento começou a influenciar a minha vida…

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Viagem do Conhecimento

Postado em 22 de agosto de 2013 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

Voltando para casa com meu irmão em um domingo sem graça por diversos motivos, meus pais, como imaginava, não estão em casa. Retomo minhas atividades normalmente, ligo o computador, verifico algumas coisas… Quando minha mãe chega, pergunta se alguém ligou e eu digo que não. Alguns minutos depois o telefone toca e ela me manda atender: “É a Vitória? Vitória, aqui é a Gabi e eu trabalho na Viagem do Conhecimento. Você fez a prova, o Desafio?” “Eu fiz…” “E você lembra se foi bem? Lembra do seu desempenho?” “Eu… ah, eu até que fui bem… mas… é muita concorrência, né? São muitas pessoas inteligentes, o Brasil é muito grande… nossa, é, fui bem, mas é bem concorrida mesmo” “Vitória, você é uma das finalistas do Desafio National Geographic!!” “Eu…? Aaaaaaaaaahhh… Eu sou…? Meeeeesmo? Aaaaaaaaaaaahhhh…” Olho ao meu redor e vejo minha mãe me olhando como quem já sabia de tudo, porque a Gabi tinha ligado antes, quando estava na escola dando aulas no Clube de Matemática, um assunto pra outro post. Bem, eu não sabia o que fazer, se ria, se chorava, se gritava… o que eu devia fazer? Aliás, ainda estava ao telefone, e fiquei mais uns 20 minutos lá depois disso, hahaha.

Começo a falar – provavelmente frases inacabadas e sem muito sentido – com a voz entrecortada, misturando todas as minhas emoções. “Vitória, você tá chorando??” “Eu… acho… que to, haha” “Vitória, aproveite esse momento, como está a sua família? Pode comemorar!” É, eu realmente precisava dessa autorização!

E foi assim. Tinha feito a prova no começo do mês e os resultados sairiam no site na próxima terça-feira. Queria ver os nomes que estariam lá, com o mínimo de esperança possível de o meu estar entre eles. A esperança era pouca realmente por causa da concorrência, além de que eu tinha comparado respostas e textos com alguns amigos e imaginava que qualquer um tinha mais chances que eu.

Por pouco eu deixaria essa prova passar, porque a escola arranjou transporte de última hora… Participei do Desafio pela primeira vez em 2011, na 8ª série, cheguei à fase regional, mas… apenas à regional. Isso foi bom, adquiri bastante experiência. Certa vez vi o vídeo da fase final e fiquei muito admirada, queria muito estar entre aqueles 20 alunos (que com o tempo passaram a ser 13), mas parecia muito utópico… Voltei a fazer a 1ª Fase no ano passado, 1º ano do EM. Sendo classificada, tinha as férias todas para estudar, já que a fase regional seria só em março do outro ano. Embora tenha estudado um pouco do conteúdo de geografia, sabia que esse não era o foco, então li algumas reportagens da Revista National Geographic e procurei me manter por dentro das atualidades. O que me garantiu mesmo na final foi a minha redação.

Bem, voltando àquele domingo, a Gabi disse que enviaria um e-mail com mais instruções no dia seguinte. Eis que tinha uma olimpíada naquele dia, um motivo para esfriar minha cabeça… ou não. Comecei a procurar provas reais (estou falando sério) de que não estava vivendo um sonho, e isso até foi bom porque me lembrou do que li em O Mundo de Sofia, um de meus livros favoritos. Certificada de que era realidade, talvez aquilo fosse trote… Realmente, aquela Gabi era simpática demais! E esse e-mail não chegava nunca…

Volto da olimpíada que tive já à noite, e advinha? Lá estava o e-mail, exatamente na caixa de spams! Ufa, não era um trote!

Aquele um mês (sim, por isso digo que a Viagem do Conhecimento é a olimpíada mais organizada da qual participei, fomos avisados com um mês exato de antecedência!) foi ao mesmo tempo demorado e rápido. Demorado porque eu estava muuuuuuuuuuuuuuuuuito ansiosa para conhecer tudo e todos. Rápido porque queria conhecer bastante o Rio de Janeiro e todas as edições anteriores da Viagem do Conhecimento antes de ir para lá, e realmente era muita coisa!

Antes de irmos, fizemos vídeos. Lá, fizemos Diários de Bordo; tudo para deixar a experiência visivelmente registrada. Tudo foi maravilhoso e só me dei conta de que tudo aquilo era real quando olhei pela janela de meu quarto no hotel e vi aquele movimento característico do Rio: táxis amarelos transitando, pessoas atravessando as ruas em conjuntos, prédios altíssimos juntos a arquiteturas clássicas e uma breve vista para o mar. Falando nisso, foi divulgado o vídeo em que o Laurentino Gomes leu para nós um trecho de 1889, uma ótima lembrança.

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EHH

Postado em 15 de agosto de 2013 por Vitória Barim Pacela – 2 Comentários

Terça-feira fez uma semana que voltei do EH2 (e ainda estou com a pulseirinha do hotel, haha). É, o EH2 (exceto por algum incidente pessoal e pelo meu moletom não ter o cordão comprido) foi perfeito! 😀 Nada melhor do que acordar 5h, tomar banho até dar 5h30 para podermos descer e ir para o outro prédio conversar e jogar máfia até às 7h, para depois do café fazer qualquer coisa no parque, como jogar golf (uhules \o/). E então, as palestras… algumas delas superaram as minhas expectativas, enquanto outras não foram tudo o que eu imaginava, mas ao menos dava pra pensar no problema do dia, haha.

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Café da manhã com o pessoal do RS

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Máfia!

Uma coisa muito interessante é que são nesses encontros que descobrimos o verdadeiro significado da disciplina que estudamos. Ou, ao menos é como acontece comigo: foi na fase final da Viagem do Conhecimento que passei a ver a área de humanas com olhos totalmente diferentes; e foi no EHH, com palestras fascinantes e tanta persistência no problema do dia que vi a verdadeira magia da matemática. Quando comecei a participar das olimpíadas e estudar com afinco, minha percepção acerca das matérias já havia melhorado muito, mas esses encontros trazem muita novidade, seja por termos bons profissionais nos dando exemplos, ou pelas boas companhias desfrutando dos mesmos momentos, cada um com seu jeitinho diferente, mas que têm muito mais em comum conosco do que pessoas de nossa própria escola/cidade.

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Depois da palestra, lanche, depois palestra, depois almoço, depois palestra, depois lanche, depois palestra, depois… (adivinhe?) tempo livre! Também tivemos jogos noturnos que deveriam ser assustadores, karaokê, Calipso observação astronômica, briga de galo piscina, elevador espaçonave… Até dar 22h e eu ficar presa pra fora do 601 a sirene começar a tocar: toque de recolher. Poxa, sinto falta até da sirene…970682_608663272507070_1460476816_n

No último dia, tivemos um número incontável de piadinhas com o meu nome a baladinha, quando O Balão Mágico foi interrompido pela sirene e fomos obrigados a nos apressar para conseguirmos nos despedir de todos, o que claro, foi impossível e nem nossos choros afrouxaram a regra… Pois é, mas ao menos compensei uma parte de tudo isso quando perdi o medo de vagar pelos quartos das meninas, que por sinal, ficam em um prédio separado dos meninos. Sem contar a depressão, aquela deve ter sido a melhor noite, não deixei ninguém dormir, MUAHAHAHA.

Agora só me resta ralar para ir ao 4º EH2 e para outras olimpíadas reencontrar os amigos… E ter esperanças para rever os outros que foram para escolas particulares ou pra faculdade.

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