Viagem do Conhecimento

Um ano que passou e a melhor máfia do mundo

Posted in Viagem do Conhecimento on maio 11th, 2014 by Vitória Barim Pacela – 6 Comments

Estou para fazer o post da máfia há muito, muito tempo, com base no post da partida favorita de máfia do Ivan e da sugestão que a Natália me deu. Mas eu nunca encontrava tempo pra isso, e conforme aconteciam outras coisas, eu postava aqui, e… nunca procrastinei tanto na minha vida (nem mesmo pra estudar invariantes, ainda que os enunciados bizarros do Fomin estavam me forçando a não estudar: amebas marcianas, doutores Pardais, dragões com vida infinita — não estou brincando, enquanto a espada cortava 4 cabeças, nasciam mais 1985 –, e camelos no jogo de xadrez ).

Então eu percebi que a final da Viagem do Conhecimento completaria um ano no dia 24 de abril, e que eu poderia enrolar pra fazer isso (porque é claro que a melhor partida de máfia foi na Viagem do Conhecimento) somente até o dia 27 (quando tudo “terminou”). Pois é, não funcionou… Mas vamos lá, tenho muitos clichês pra escrever! Lembro dos vídeos que eu fiquei fazendo na escola pra enviar à organização antes da viagem, de como tudo passou muito rápido e de como transformamos três dias em trinta. Parece que todo mundo já está mais ou menos com a vida encaminhada agora, mas a melhor parte é que o grupo que criamos foi muito unido, eu lembro de que no ano passado combinávamos de ter ao menos um representante nosso em cada final de olimpíada, e agora não tem nada melhor do que ver que as coisas estão dando certo pra cada um… seja na Vik, que já passou na faculdade de medicina que ela queria, no Romero que está indo representar o Brasil na astronomia, ou pelo Daniel que tem vários projetos que vão longe.

Contudo, vamos voltar àquela última noite, em que mudamos algumas mães de quarto só pra podermos ter nosso momento “estamos todos exaustos, mas vamos ficar falando até a hora de ir embora”. Não foi a melhor máfia do mundo por ser lotada de estratégias ou nada do tipo, na verdade, ninguém lá sabia jogar direito e não tínhamos nenhum personagem a mais além de vítimas, assassinos e médico(s?). Como a sorte me condena, não passei de uma vítima figurante… e acusada!

Aquela foi a melhor máfia do mundo por causa do enredo — que acho que ninguém entendeu direito até agora. O Daniel foi o deus-governador-juiz-líder-revolucionário mais criativo de todos, tivemos muitas mortes acidentais pela Faixa de Gaza, manipulações pela imprensa, Balanços Gerais, movimentos suspeitos provenientes de pessoas quase se pegando suspeitas, e manifestações populares de cúmplices de crimes. É difícil lembrar do jogo em si e tive que pedir ajuda pros meus amiguinhos pra ter certeza de até onde as coisas estavam só na minha imaginação, mas o Erechim era o detetive (a vida realmente dá voltas, ele era o assassino que me acusava na rodada de introdução), a Ana e a Natália eram as assassinas das quais ninguém suspeitava, o Fernando era o câmera, o Romero era o bom cidadão/Datena. A Ana estava ao meu lado e eu não sentia nenhum movimento, enquanto uma vez ela tentou virar o jogo e dizer que sentiu meus movimentos; a Natália estava quietinha e ninguém suspeitava dela… adivinhem quem ganhou, haha (é pra adivinhar mesmo, porque ninguém tem certeza).

Bem, antes de começarem as despedidas nós jogamos mais umas duas vezes, simulamos conflitos indígenas, mas nenhuma partida ganha daquela do “govenadô”. Acho que não compensa incluir mais descrições no texto, então aqui embaixo está o vídeo com um trecho da partida. Aproveitei e reuni com alguns outros vídeos aleatórios e legais meus e do Fernando, só que a qualidade deles não ficou muito boa porque passamos o dia todo tirando fotos e as baterias das câmeras de todos estavam fracas.

2013

Posted in EHH, IYPT, OBMEP, ONHB, Viagem do Conhecimento, Virando Bixo on dezembro 30th, 2013 by Vitória Barim Pacela – Be the first to comment

Comecei 2013 sabendo do número de resoluções que teria de tomar e com a promessa de ser um ano melhor do que 2012 (ou melhor, que não fosse tão ruim como 2012, prometi que nada me abalaria). E 2013 acabou sendo o melhor ano da minha vida!

Consegui tomar decisões logo no começo e mudei bastante. Por exemplo, considerando-se os estudos agora parece que meu empenho nunca é o suficiente, sempre tenho uma ânsia por mais, percebi que alguns minutos podem fazer a diferença e que um pequeno deslize poderia atrapalhar todas as minhas metas.

Mas tal começo não foi nem um pouco fácil, comecei colocando em dia toda a matéria do 1º ano, eu estava mesmo muito atrasada! E isso significa devorar livros imensos, que eu deveria ter consumido durante o ano todo, em alguns dias. É, muito desespero. Mas consegui! (:

Recebi a notícia de que tinha mudado de polo no PIC, nada teria me deixado pior. Mas isso de certa forma contribuiu para que eu me dedicasse mais a olimpíadas, porque queria rever com alguma frequência alguns amigos. A decisão de participar de todas as olimpíadas que desse conta já estava feita desde o ano passado, eu queria experimentar tudo de novo que me aparecesse pela frente.  E lá vamos nós, passar pelas classes divulgando as próximas olimpíadas; ir praticamente todo dia à coordenação para falar de inscrições, provas, interessados, datas; acabar implorando pra podermos nos inscrever em mais do que uma competição de cada disciplina, porque tinham imposto esse limite; planejar viagens; pedir declarações de transporte na secretaria; ir à prefeitura pedir apoio; pedir para alguns professores fazerem o favor de corrigirem algumas provas; ligar trocentas vezes na escola à tarde para a organização de alguma coisa; fazer projetos voluntários. Criamos o Clube de Matemática, em que passávamos a matéria do PIC na escola, resolvíamos provas de algumas olimpíadas e alguns problemas diferentes. Era aos domingos, na Escola da Família, mas foi bem legal, durou o primeiro semestre todo. No segundo semestre comecei a dar aulas de física, não foram tão bem sucedidas como o Clube de Matemática, mas também foi bom ajudar desse jeito.

Em termos de conquistas olímpicas, eu realmente não esperava tanto de mim, estava fazendo de tudo, mas não acreditava que as coisas dariam tão certo. A primeira prova que fiz foi a Viagem do Conhecimento, que me trouxe também o primeiro e melhor resultado do ano! Então eu não lembro a ordem dos outros, mas fui para o EHH, nossa Tríplice VAV foi finalista na ONHB, ganhei ouro na OMU, ouro na OBA, bronze na OBMEP. Ainda estou esperando resultados que vêm no próximo ano… espero algo na OBFEP, não tenho esperanças pra OPF e provavelmente vou pegar a terceira menção seguida na OBL, droga, parece que não teve evolução — desse jeito parece que sou fria quanto isso, mas eu realmente queria muito ir pra segunda fase , maldito seja aquele sudoku que errei =/. Ainda tem o resultado do Virando Bixo, do MYC e precisamos enviar novamente os relatórios do IYPT. A próxima prova que farei será da Unicamp — aaah, como a vida é tranquila sem provas! ^^

E caramba, é incrível como UM ano que passa faz tanta diferença numa pessoa. Me (ênclise, I don’t care about you!) reaproximei de amigos antigos, consegui equilibrar tudo o que fazia, mudei minha cabeça, mudei meus gostos, conheci pessoas, conheci lugares, andei de avião haha, deixei a música (às vezes temos que fazer alguns sacrifícios para alcançar objetivos maiores =/ mas ainda pretendo voltar), fiz dois cursos online, viajei bem mais do que nos outros anos, me envolvi com livros, assisti séries, um anime, comecei a praticar alguma atividade física, postei no fórum (quase metade do que terminei no ano passado, mas tá valendo), tirei título de eleitora e comecei a acompanhar melhor política, fui a alguns encontros do grupo de debates, a um encontro do clube do livro, um da casa do escritor, entrei aqui \o/

Assim espero pelo 2014 mais esperançosa do que estava pelo 2013. Não fiz uma lista de metas, mas tudo se resume a tentar melhorar. Quero fazer um projeto mais organizado na escola, com olimpíadas e aulas preparatórias. Já fiz a minha lista de olimpíadas que pretendo participar, a intenção era de diminuí-la, mas não funcionou muito bem… O ano que vem é o último do EM, o último na minha cidade, o último com a minha família, o último para participar de olimpíadas. No ano passado eu mal podia esperar para sair da escola, mas agora estou apegada a tudo que se liga à minha vida do jeito que está agora.

Queria agradecer novamente às pessoas que fizeram de 2013 o meu ano e desejar um Feliz Ano Novo a todos. 😀

Viagem do Conhecimento – II

Posted in Viagem do Conhecimento on setembro 7th, 2013 by Vitória Barim Pacela – 2 Comments

Já tinha conversado com todos os outros finalistas – exceto a Vik que não estava no grupo do facebook – e estava ansiosa para conhecê-los. Encontrei a outra Vic (nós Vitórias ainda vamos dominar o mundo \o/) já no aeroporto e também comecei a perceber que até mesmo a relação com os pais e professores dos outros alunos é muito intensa, e isso foi bem legal.

Quando chegamos ao hotel tudo foi muito rápido, conheci a Gabi e a equipe organizadora, fiquei encantada com o quarto, andei o hotel inteiro com a Vic, ficamos meia hora apreciando a vista da cobertura e encarando a nossa utópica realidade (o que se repetiu ainda muitas vezes), encontrei a Vik no quarto da minha professora, vi o Fernando e a Júlia chegarem… até o jantar de abertura, quando conhecemos o restante do pessoal. O início foi bem engraçado, não sabíamos como nos cumprimentar, hahahaha, principalmente eu paulista que não estou acostumada com dois beijinhos e quase sofri um acidente no meio disso.

No começo do jantar tivemos uma brincadeirinha em que tínhamos que encontrar nossos lugares da mesa reconhecendo nossos interesses em fichinhas que tínhamos preenchido  antes.  Depois ficamos sabendo como tudo funcionava lá, já dava para perceber quanto amor havia envolvido no projeto e ainda soubemos que teríamos a presença do Laurentino Gomes no dia seguinte, e que seria necessário nos acostumar com tantas câmeras.

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Minha ficha de interesses :)

Eu não fui para o Rio com a intenção de ficar entre os primeiros lugares, pois estar lá já era um prêmio e queria aproveitá-lo ao máximo, não me preocuparia em dormir cedo, por exemplo. Mas ao final do jantar a maioria já tinha se recolhido, e embora não fosse tão cedo, o turbilhão de pensamentos que me invadiam com essa abertura de um novo mundo demoraram a me deixar dormir.

No dia seguinte acordei muito cedo, afinal, havia Concentração às 6h45 para depois fazermos a prova de múltipla escolha. Então já saímos às ruas cariocas com toda a equipe de  professores e o Laurentino, aprendi muito, e o melhor, comecei a ver toda a área de humanas, com outros olhos, olhos de aventureiros. As marcas de um passado explorado, da Colônia, da chegada da família real portuguesa, da república… e o melhor: os detalhes!  As diversas comparações entre as imagens que eram feitas ao vivo, a Praça XV de Novembro, coração do Rio de Janeiro, o chafariz, o Paço Imperial, a Rua Direita… e construções que eu provavelmente nem notaria se não estivesse com os historiadores . A estreita Rua do Ouvidor, a Avenida Rio Branco, a Confeitaria Colombo (que não entramos para não babarmos porque não tínhamos tempo), o Largo Carioca, a Cinelândia… Além, é claro, da paradinha na biblioteca, que não podia ser melhor com tantas pessoas fãs de livros.

Rua do Ouvidor

Rua do Ouvidor

Mal almoçamos (literalmente, os garçons tiravam nosso prato ser termos comido um quarto dele), mal tivemos nosso tempo realmente livre para conversar (exceto pelos momentos na van)… e já saímos para um destino surpresa. No dia anterior tínhamos sido avisados de que devíamos estar com calças compridas e blusa, já imaginava que exploraríamos a selva, hahaha. Mas fomos à Petrobras! Foi uma experiência incrível conhecer de perto essa empresa tão grande, o processo petrolífero e o lugar em si.

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Petrobras

Depois partiríamos para a surpresa de novo… se no Matthew não tivesse deixado que escapar que conheceríamos o AfroReggae. Sim, aquele projeto que deixou as comunidades pacíficas e levou educação e cultura para várias regiões. Foi o passeio que nos motivou, que nos inspirou e nos emocionou, é essa a diferença que queremos fazer no Brasil, vimos aquelas crianças cantando e dançando sorrindo, cantamos e dançamos também. E o Fernando ainda tocou Satairway to Heaven no piano do estúdio que tinha lá :)

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Pessoas incríveis no AfroReggae

Não tínhamos encontrado nossos pais e professores desde cedo, mas nos vimos na churrascaria de Copacabana, altos papos sobre comidas, cidades, política, música… Quando voltamos ao hotel, o combinado era de todos se reunirem na cobertura, mas no final só eu, a Vic e o Fernando fomos, e acho que foi muito mais relaxante e divertido do que dormir para a prova, haha.

E já estávamos no último dia, o dia em que queremos fazer tudo para não nos arrependermos de não termos feito algo. Feita a dissertação, fomos para o Corcovado *-* A parte turística que todos desejavam, conversamos com um chinês no trenzinho e encontramos o mundo todo vendo o Cristo. Foi um tanto quanto corrido, tínhamos a atividade de campo para fazer e a minha entrevista também foi lá. Eu tive ainda algo mais interessante, o homem que tirou o projeto do Cristo da gaveta é meu conterrâneo, minha escola inclusive o homenageia com seu nome.

Almoçamos em Copacabana, o Erechim conseguiu comer 1,2 kg de comida, e eu dois pratos de sobremesa. Fomos ao Pão de Açúcar, foi um dos meus passeios favoritos, estávamos sem pressa, pudemos interagir bastante, andar de bondinho, além de o lugar ser maravilhoso.

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Nosso cartão-postal: Pão de Açúcar

Depois já tivemos a premiação, a parte mais emocionante, por ser já uma despedida… As palavras do Dante, das Gabis, do Caco e do Matthew foram emocionantes, vimos como essas pessoas são boas e têm que trabalhar duro e com amor para manter um projeto desse porte.

A divulgação dos três primeiros colocados seria uma surpresa para nós, todos ao mesmo tempo em que eram humildes, tinham muito conhecimento. Mas realmente foi merecido, Viktoria, Natália e Daniel foram os destaques.

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Premiação :D

Depois de jantarmos e assinarmos todos os “álbuns”, como prometido, jogamos o 1º lugar, Vik, na piscina, e todos pulamos depois 😀 Também nos reunimos no quarto para jogarmos Máfia – a melhor Máfia de todos os tempos, com as melhores histórias e personagens! – e nos despedirmos melhor… o que significa que ficamos enrolando lá embaixo na recepção, dando abraços coletivos , fazendo promessas de que viajaríamos juntos muito mais vezes  e imaginando como seria ficar mais um mês lá.

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Máfia

Cada um tinha um horário de voo, o meu era um dos primeiros, então quando acabei de me despedir, arrumei minha mala e fui tomar café da manhã. Mas a Viagem do Conhecimento, como o Dante disse no jantar de abertura, nunca acaba, ela vai nos influenciar pelo resto de nossas vidas e faremos de tudo para mantermos o projeto em pé.

Quando terminei a Segunda Fase, entrei no grupo do OC no facebook para discutir sobre a prova, e lá mesmo fiz amizades, se não fosse por isso, nem conheceria um de meus melhores amigos, e  foi assim que a Viagem do Conhecimento começou a influenciar a minha vida…

Viagem do Conhecimento

Posted in Viagem do Conhecimento on agosto 22nd, 2013 by Vitória Barim Pacela – Be the first to comment

Voltando para casa com meu irmão em um domingo sem graça por diversos motivos, meus pais, como imaginava, não estão em casa. Retomo minhas atividades normalmente, ligo o computador, verifico algumas coisas… Quando minha mãe chega, pergunta se alguém ligou e eu digo que não. Alguns minutos depois o telefone toca e ela me manda atender: “É a Vitória? Vitória, aqui é a Gabi e eu trabalho na Viagem do Conhecimento. Você fez a prova, o Desafio?” “Eu fiz…” “E você lembra se foi bem? Lembra do seu desempenho?” “Eu… ah, eu até que fui bem… mas… é muita concorrência, né? São muitas pessoas inteligentes, o Brasil é muito grande… nossa, é, fui bem, mas é bem concorrida mesmo” “Vitória, você é uma das finalistas do Desafio National Geographic!!” “Eu…? Aaaaaaaaaahhh… Eu sou…? Meeeeesmo? Aaaaaaaaaaaahhhh…” Olho ao meu redor e vejo minha mãe me olhando como quem já sabia de tudo, porque a Gabi tinha ligado antes, quando estava na escola dando aulas no Clube de Matemática, um assunto pra outro post. Bem, eu não sabia o que fazer, se ria, se chorava, se gritava… o que eu devia fazer? Aliás, ainda estava ao telefone, e fiquei mais uns 20 minutos lá depois disso, hahaha.

Começo a falar – provavelmente frases inacabadas e sem muito sentido – com a voz entrecortada, misturando todas as minhas emoções. “Vitória, você tá chorando??” “Eu… acho… que to, haha” “Vitória, aproveite esse momento, como está a sua família? Pode comemorar!” É, eu realmente precisava dessa autorização!

E foi assim. Tinha feito a prova no começo do mês e os resultados sairiam no site na próxima terça-feira. Queria ver os nomes que estariam lá, com o mínimo de esperança possível de o meu estar entre eles. A esperança era pouca realmente por causa da concorrência, além de que eu tinha comparado respostas e textos com alguns amigos e imaginava que qualquer um tinha mais chances que eu.

Por pouco eu deixaria essa prova passar, porque a escola arranjou transporte de última hora… Participei do Desafio pela primeira vez em 2011, na 8ª série, cheguei à fase regional, mas… apenas à regional. Isso foi bom, adquiri bastante experiência. Certa vez vi o vídeo da fase final e fiquei muito admirada, queria muito estar entre aqueles 20 alunos (que com o tempo passaram a ser 13), mas parecia muito utópico… Voltei a fazer a 1ª Fase no ano passado, 1º ano do EM. Sendo classificada, tinha as férias todas para estudar, já que a fase regional seria só em março do outro ano. Embora tenha estudado um pouco do conteúdo de geografia, sabia que esse não era o foco, então li algumas reportagens da Revista National Geographic e procurei me manter por dentro das atualidades. O que me garantiu mesmo na final foi a minha redação.

Bem, voltando àquele domingo, a Gabi disse que enviaria um e-mail com mais instruções no dia seguinte. Eis que tinha uma olimpíada naquele dia, um motivo para esfriar minha cabeça… ou não. Comecei a procurar provas reais (estou falando sério) de que não estava vivendo um sonho, e isso até foi bom porque me lembrou do que li em O Mundo de Sofia, um de meus livros favoritos. Certificada de que era realidade, talvez aquilo fosse trote… Realmente, aquela Gabi era simpática demais! E esse e-mail não chegava nunca…

Volto da olimpíada que tive já à noite, e advinha? Lá estava o e-mail, exatamente na caixa de spams! Ufa, não era um trote!

Aquele um mês (sim, por isso digo que a Viagem do Conhecimento é a olimpíada mais organizada da qual participei, fomos avisados com um mês exato de antecedência!) foi ao mesmo tempo demorado e rápido. Demorado porque eu estava muuuuuuuuuuuuuuuuuito ansiosa para conhecer tudo e todos. Rápido porque queria conhecer bastante o Rio de Janeiro e todas as edições anteriores da Viagem do Conhecimento antes de ir para lá, e realmente era muita coisa!

Antes de irmos, fizemos vídeos. Lá, fizemos Diários de Bordo; tudo para deixar a experiência visivelmente registrada. Tudo foi maravilhoso e só me dei conta de que tudo aquilo era real quando olhei pela janela de meu quarto no hotel e vi aquele movimento característico do Rio: táxis amarelos transitando, pessoas atravessando as ruas em conjuntos, prédios altíssimos juntos a arquiteturas clássicas e uma breve vista para o mar. Falando nisso, foi divulgado o vídeo em que o Laurentino Gomes leu para nós um trecho de 1889, uma ótima lembrança.