Posts de agosto, 2013

Viagem do Conhecimento

Posted in Viagem do Conhecimento on agosto 22nd, 2013 by Vitória Barim Pacela – Be the first to comment

Voltando para casa com meu irmão em um domingo sem graça por diversos motivos, meus pais, como imaginava, não estão em casa. Retomo minhas atividades normalmente, ligo o computador, verifico algumas coisas… Quando minha mãe chega, pergunta se alguém ligou e eu digo que não. Alguns minutos depois o telefone toca e ela me manda atender: “É a Vitória? Vitória, aqui é a Gabi e eu trabalho na Viagem do Conhecimento. Você fez a prova, o Desafio?” “Eu fiz…” “E você lembra se foi bem? Lembra do seu desempenho?” “Eu… ah, eu até que fui bem… mas… é muita concorrência, né? São muitas pessoas inteligentes, o Brasil é muito grande… nossa, é, fui bem, mas é bem concorrida mesmo” “Vitória, você é uma das finalistas do Desafio National Geographic!!” “Eu…? Aaaaaaaaaahhh… Eu sou…? Meeeeesmo? Aaaaaaaaaaaahhhh…” Olho ao meu redor e vejo minha mãe me olhando como quem já sabia de tudo, porque a Gabi tinha ligado antes, quando estava na escola dando aulas no Clube de Matemática, um assunto pra outro post. Bem, eu não sabia o que fazer, se ria, se chorava, se gritava… o que eu devia fazer? Aliás, ainda estava ao telefone, e fiquei mais uns 20 minutos lá depois disso, hahaha.

Começo a falar – provavelmente frases inacabadas e sem muito sentido – com a voz entrecortada, misturando todas as minhas emoções. “Vitória, você tá chorando??” “Eu… acho… que to, haha” “Vitória, aproveite esse momento, como está a sua família? Pode comemorar!” É, eu realmente precisava dessa autorização!

E foi assim. Tinha feito a prova no começo do mês e os resultados sairiam no site na próxima terça-feira. Queria ver os nomes que estariam lá, com o mínimo de esperança possível de o meu estar entre eles. A esperança era pouca realmente por causa da concorrência, além de que eu tinha comparado respostas e textos com alguns amigos e imaginava que qualquer um tinha mais chances que eu.

Por pouco eu deixaria essa prova passar, porque a escola arranjou transporte de última hora… Participei do Desafio pela primeira vez em 2011, na 8ª série, cheguei à fase regional, mas… apenas à regional. Isso foi bom, adquiri bastante experiência. Certa vez vi o vídeo da fase final e fiquei muito admirada, queria muito estar entre aqueles 20 alunos (que com o tempo passaram a ser 13), mas parecia muito utópico… Voltei a fazer a 1ª Fase no ano passado, 1º ano do EM. Sendo classificada, tinha as férias todas para estudar, já que a fase regional seria só em março do outro ano. Embora tenha estudado um pouco do conteúdo de geografia, sabia que esse não era o foco, então li algumas reportagens da Revista National Geographic e procurei me manter por dentro das atualidades. O que me garantiu mesmo na final foi a minha redação.

Bem, voltando àquele domingo, a Gabi disse que enviaria um e-mail com mais instruções no dia seguinte. Eis que tinha uma olimpíada naquele dia, um motivo para esfriar minha cabeça… ou não. Comecei a procurar provas reais (estou falando sério) de que não estava vivendo um sonho, e isso até foi bom porque me lembrou do que li em O Mundo de Sofia, um de meus livros favoritos. Certificada de que era realidade, talvez aquilo fosse trote… Realmente, aquela Gabi era simpática demais! E esse e-mail não chegava nunca…

Volto da olimpíada que tive já à noite, e advinha? Lá estava o e-mail, exatamente na caixa de spams! Ufa, não era um trote!

Aquele um mês (sim, por isso digo que a Viagem do Conhecimento é a olimpíada mais organizada da qual participei, fomos avisados com um mês exato de antecedência!) foi ao mesmo tempo demorado e rápido. Demorado porque eu estava muuuuuuuuuuuuuuuuuito ansiosa para conhecer tudo e todos. Rápido porque queria conhecer bastante o Rio de Janeiro e todas as edições anteriores da Viagem do Conhecimento antes de ir para lá, e realmente era muita coisa!

Antes de irmos, fizemos vídeos. Lá, fizemos Diários de Bordo; tudo para deixar a experiência visivelmente registrada. Tudo foi maravilhoso e só me dei conta de que tudo aquilo era real quando olhei pela janela de meu quarto no hotel e vi aquele movimento característico do Rio: táxis amarelos transitando, pessoas atravessando as ruas em conjuntos, prédios altíssimos juntos a arquiteturas clássicas e uma breve vista para o mar. Falando nisso, foi divulgado o vídeo em que o Laurentino Gomes leu para nós um trecho de 1889, uma ótima lembrança.

EHH

Posted in EHH, OBMEP, PIC on agosto 15th, 2013 by Vitória Barim Pacela – 2 Comments

Terça-feira fez uma semana que voltei do EH2 (e ainda estou com a pulseirinha do hotel, haha). É, o EH2 (exceto por algum incidente pessoal e pelo meu moletom não ter o cordão comprido) foi perfeito! 😀 Nada melhor do que acordar 5h, tomar banho até dar 5h30 para podermos descer e ir para o outro prédio conversar e jogar máfia até às 7h, para depois do café fazer qualquer coisa no parque, como jogar golf (uhules \o/). E então, as palestras… algumas delas superaram as minhas expectativas, enquanto outras não foram tudo o que eu imaginava, mas ao menos dava pra pensar no problema do dia, haha.

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Café da manhã com o pessoal do RS

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Máfia!

Uma coisa muito interessante é que são nesses encontros que descobrimos o verdadeiro significado da disciplina que estudamos. Ou, ao menos é como acontece comigo: foi na fase final da Viagem do Conhecimento que passei a ver a área de humanas com olhos totalmente diferentes; e foi no EHH, com palestras fascinantes e tanta persistência no problema do dia que vi a verdadeira magia da matemática. Quando comecei a participar das olimpíadas e estudar com afinco, minha percepção acerca das matérias já havia melhorado muito, mas esses encontros trazem muita novidade, seja por termos bons profissionais nos dando exemplos, ou pelas boas companhias desfrutando dos mesmos momentos, cada um com seu jeitinho diferente, mas que têm muito mais em comum conosco do que pessoas de nossa própria escola/cidade.

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Depois da palestra, lanche, depois palestra, depois almoço, depois palestra, depois lanche, depois palestra, depois… (adivinhe?) tempo livre! Também tivemos jogos noturnos que deveriam ser assustadores, karaokê, Calipso observação astronômica, briga de galo piscina, elevador espaçonave… Até dar 22h e eu ficar presa pra fora do 601 a sirene começar a tocar: toque de recolher. Poxa, sinto falta até da sirene…970682_608663272507070_1460476816_n

No último dia, tivemos um número incontável de piadinhas com o meu nome a baladinha, quando O Balão Mágico foi interrompido pela sirene e fomos obrigados a nos apressar para conseguirmos nos despedir de todos, o que claro, foi impossível e nem nossos choros afrouxaram a regra… Pois é, mas ao menos compensei uma parte de tudo isso quando perdi o medo de vagar pelos quartos das meninas, que por sinal, ficam em um prédio separado dos meninos. Sem contar a depressão, aquela deve ter sido a melhor noite, não deixei ninguém dormir, MUAHAHAHA.

Agora só me resta ralar para ir ao 4º EH2 e para outras olimpíadas reencontrar os amigos… E ter esperanças para rever os outros que foram para escolas particulares ou pra faculdade.