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Canadá

Posted in Sem categoria on março 15th, 2015 by Vitória Barim Pacela – Be the first to comment

Fiquei devendo a mim mesma um post sobre a minha viagem pro Canadá, e ele saiu um pouco maior do que o planejado, mas de qualquer forma, pode ser útil pra alguém que passe por uma experiência de intercâmbio parecida.

“So welcome to Canada! Would you like some hot chocolate? Have a seat and let’s talk!” Esse foi o jeito comum de uma “well-traveled grandma” se apresentar para a sua mais nova guest. Em menos de dez minutos eu já havia tomado o meu chocolate quente (aquela manhã estava muito cinzenta e chuvosa, não tinha como recusar a oferta), conhecido o apartamento todo e visto as fotografias da família inteirinha da Joanne, que, aliás, tinha um nome parecido com o da minha avó Joana.

Logo descobri a minha rotina (e também a minha sorte de ficar naquela homestay). Acordar às 6h30 com o melhor café da manhã possível me esperando. Waffles com mapple syrup, French toast com mapple syrup, bacon com torradas e mapple syrup… E então eu começava a minha longa jornada em direção à escola de intercâmbio, no centro da cidade. 20 Cliffside bus pra Kennedy Station (que era literalmente a última estação da linha verde) – não esquecer de pegar o jornal Metro com as notícias da manhã –, descer na St. George Station, mudar para a linha amarela – ufa, a linha amarela era mais rápida e curta!! –, e finalmente chegar à St. Patrick Station – não esquecer de pegar o caminho da esquerda duas vezes, caso contrário eu teria que atravessar ruas à toa. Ok, essa ainda era a Main Building da ILSC, de onde eu precisaria seguir na direção do banco, encontrar restaurantes asiáticos no caminho e virar à direita assim que avistasse o Starbucks. Pronto, Elizabeth Street! Elizabeth St. Building, por onde era só sair da escola, atravessar duas ruas e entrar no Eaton Centre através da porta do Canadian Tires. E Eaton Centre era sinônimo de Tim Hortons que aceitava os tickets da ILSC! Isso significa que eu podia comprar um chocolate quente (ou French Vanilla \o/) e ganhar um donut! :) :)

Dia 1: Depois de conversar sobre a vida, o universo e tudo o mais com a minha host grandma, contei a ela que queria ir ao Ontario Science Centre ainda naquele dia, e ela, com toda a bondade que existe no mundo, preparou bagels para eu comer antes de ir, me deu um kit “minha nova netinha não vai passar fome” e me levou de carro pro OSC, além de passar na Kennedy no caminho pra comprar o meu passe da semana.

A melhor parte do Ontario Science Centre é a Science Arcade, uma ala cheia de experimentos interativos de física. Os experimentos iam desde conceitos básicos de mecânica, até alguns movimentos caóticos em que eu tentei até mesmo filmar as minhas repetições dos movimentos, mas realmente não tinha jeito de entender. Tinha também uma ala infantil onde eu coloquei todas as minhas forças pra conseguir montar um circuito diferente, mas me frustrei nas minhas tentativas. Tudo bem, só os pais das crianças estavam tentando usar aquele brinquedo mesmo… Depois de fuçar em todas as coisas possíveis de lá, minha host grandma foi me buscar e – surprise – me levou pra um tour por toda a cidade!! Com direito a jantar em um restaurante chinês no final (apesar de que o que eu gostei mesmo daquele lugar foram das sobremesas)!

Dia 2: Fui à escola pela primeira vez, onde eu poderia chutar uma composição de 45% de brasileiros, 40% de coreanos, 5% de japoneses, 5% de latinos e 5% de outros povos. Fiz a “entrevista” para escolher o meu programa de aulas e, ainda nesse dia, fui ao Distillery District, uma parte antiga da cidade onde encontrei uma fábrica de chocolates canadenses muito bons, e ao High Park, um parque bem popular principalmente na primavera e no outono.

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LOVEly, Distillery District

Dia 3: espetáculo Kurios: Cabinet of Curiosities, do Cirque du Soleil. Eu nunca tinha assistido ao Cirque du Soleil antes, e fiquei tão impressionada com todas as atrações que nem vi o tempo passar.

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Dia 4: Jogo do Blue Jays, o time de baseball de Toronto! A melhor parte do jogo era dançar a musiquinha que tocava nos lances importantes. E a segunda melhor parte aconteceu antes dele começar, quando ganhei Coca grátis. :) Mas se entendi direito, os Blue Jays não ganharam aquela partida. =/

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Go Blue Jays, go!!

(…)

Dias 7 e 8: French Canada! Com certeza, a melhor parte de toda a minha viagem. Começou com um passeio de barco por A Thousand Islands, onde conheci muitos latinos – o ponto positivo de viajar sozinha é que eu estava sempre conhecendo pessoas de todos os lugares do mundo! Depois voltamos ao ônibus – a.k.a. tempo para fazer essays – e fomos pra Ottawa, a capital do país. Como a parada lá era curta, não tive tempo para ir a um tour de veículo anfíbio que tinha planejado antes, mas a beleza do Parlamento por si só já valeu por tudo. O parlamento expira história, política e equilíbrio. Em Ottawa também conheci a histórica catedral e uma aranha. Isso mesmo, a escultura da aranha (nome oficial: Maman) é uma intervenção que existe em vários países do mundo, como Japão, Reino Unido e Coreia do Sul. Realmente não sei qual é o significado dela, só sei que uma das melhores fotos que já tirei foi a da aranha devorando a catedral. 😛 Ainda naquela região, tinha um mercado estilo Mercadão de São Paulo com uma feirinha em volta onde todos os vendedores ofereciam mapple syrup, e de alguma forma, cada amostra tinha um sabor diferente.

Bus again, essays again, fomos passar a noite em Montreal. Noite, a – única – comida típica canadense: batata frita com gravy (molho gorduroso) e queijo. Apesar de o pessoal do restaurante falar inglês, eles preferiam o francês para manter a originalidade, mas isso não foi problema porque fiz amizade com uma francesa que fez o meu pedido.

Aviso de utilidade pública: Nunca experimente Dr Pepper. Eu estava tão empolgada experimentando coisas novas que acabei desperdiçando o meu dinheiro nesse refrigerante horrível. Nunca. Experimente. Dr. Pepper.

Voltei para o hotel com as minhas colegas de quarto da Suíça. No dia seguinte tive o café da manhã com toda a diversidade canadense possível. Saímos cedo, passamos no Mount Royal, e rumamos para Quebec.

Quebec! <3 <3 <3 De repente eu estava na França ao invés de no Canadá. De repente a maioria das pessoas não falava inglês, mas se esforçava para entender minhas mensagens. De repente eu estava rodeada por uma arquitetura antiga, por portos, por estátuas, por pessoas que se sentam em um banco da praça para simplesmente relaxar.

Cheguei à Cathedral-Basilica of Notre-Dame de Québec no final de um casamento. Tirei uma foto da catedral pelo lado de fora, e então percebi uma fila imensa em direção à porta alternativa da qual eu havia saído há pouco tempo. Perguntei aos últimos da fila o propósito daquilo, mas eles não falavam inglês. Entrei na fila. Descobri que aquela porta se abria apenas de 50 em 50 anos, e que ela estava atraindo muitos turistas por fins religiosos, já que “passar pela porta e encostar na mão de Jesus dá sorte”.  Nunca visitei tantas igrejas e catedrais como fiz durante essa viagem, hahaha. Acho que isso independe de religião, gosto bastante de reparar nas construções e nos vitrais coloridos, de ficar em lugar onde todo mundo está quieto e preso em seus próprios pensamentos.

Continuei explorando Quebec sozinha e tirando fotos. Fui a um tour histórico maravilhoso com um guia que incorporou fielmente um personagem do passado. Minhas lembranças sorteadas sobre o dia são: um prédio do qual muita gente pulava durante a Crise de 1929; explicações sobre um painel que retratava Quebec em todas as estações do ano; uma história sobre um incêndio que aconteceu quando os tetos das casas eram de madeira.

À noite fui ao Mc Donald’s e a um restaurante pra pedir só a sobremesa – um tipo de petit gatteau com um nome diferente –, então voltei pro hotel enquanto todo o resto da excursão foi pra festa. Dormimos em Quebec, acordamos em Montreal. Old Montreal! Dessa vez eu passei o dia com brasileiros. Fomos à Notre-Dame Basilica of Montreal, a catedral mais linda de todas – e olha que fui a muitas catedrais pra poder comparar! (De qualquer forma, foram quatro dólares pra entrar, então tinha que ser bonita mesmo, haha). Ainda melhor do que a catedral era a praça em frente a ela, com uma fonte e uma orquestra.

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Parliament

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Aranha pronta para devorar a catedral

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Old Quebec

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Old Montreal

Dia 9: De volta a Toronto, cheguei à escola e soube que as aulas começariam mais tarde porque a minha sala tinha feito um simulado do TOEFL na sexta-feira em que eu faltei para viajar. Aproveitei então para conhecer melhor o centro de Toronto, o Old City Hall, o City Hall atual, a Dundas Square, e para andar pelos arredores da Ryerson University.

Dia 10: Fui à Chinatown, onde encontrei várias lembrancinhas e também me surpreendi ao perceber que várias comunidades chinesas se estabeleceram no Canadá há bastante tempo, mas ainda não falam inglês.

Dia 11: Yorkville, o “bairro nobre” de Toronto. Como tudo lá era absurdamente caro e eu estava sozinha, fiquei só walking around, tirando fotos e reparando na arquitetura do local. Depois fui à Summer’s Ice Cream, a sorveteria que um amigo tinha me recomendado, e tomei as duas melhores bolas de sorvete da minha vida: mapple walnut e (insira o adjetivo que não lembro aqui) brownie. Ainda no mesmo dia, fui ao Rippley’s Aquarium com algumas pessoas da escola e coincidentemente encontrei um amigo brasileiro que tinha conhecido durante a viagem para French Canada. O diferencial de lá é que tem um tipo de túnel de vidro com uma esteira por onde dá para ficar “dentro do aquário” e tirar fotos como se tivesse um tubarão te devorando. Apesar de ter sido legal, acho que não valeu o olho da cara que paguei para entrar. Ao menos valeu o gostinho de vitória por ter conseguido passar da Union Station e voltar pra casa. A Union é a maior e mais confusa estação que existe na cidade e praticamente todos os pontos turísticos estão ao redor dela.

Dia 12: University of Toronto :) :) :)

Minhas aulas iam até o meio-dia, então almocei às pressas e segui a pé com o mapa que fizeram para mim na escola. Avistei alguns institutos de pesquisa, hospitais, e logo em seguida o Queen’s Park, que é bem bonito e verde. Não sei exatamente onde terminava o parque e onde começava a universidade, já que a universidade em si parecia um parque. Ao entrar lá, tive a sensação que mais precisava no momento: toda a loucura do application que decidi fazer de última hora fazia sentido e me senti muito motivada para continuar a corrida contra o tempo.

Depois de ir ao visitors centre e ganhar muitos panfletos, fui ao tour, onde conheci o sistema de residential colleges: do St. Michael’s College ao Trinity College – que tem jardins muito bonitinhos e um dining hall muito top –, passando pelo Victoria’s College – que é grande e tem o mesmo nome que eu, isso foi suficiente pra me conquistar :P.  Passamos por duas bibliotecas, pelo gym, e à Hart House, um prédio que fica exatamente no centro da universidade e foi idealizado para os estudantes fazerem qualquer coisa divertida que não inclua estudar (por exemplo, tem todos os livros literários possíveis, exceto livros didáticos). Quando o tour terminou, conversei com um dos admissions officers de lá e vi a minha imagem de universidade perfeita se desfazer, ao passo em que ele me dizia que são concedidas no máximo três bolsas por ano para international students. Adeus, application pra U of T.

Ainda assim, como sou muito curiosa e xereta, resolvi visitar o departamento de física. Entrei e saí sem ser notada, hahaha. Aqueles corredores estavam muito movimentados e não dava pra extrair muita informação a partir deles, então resolvi entrar lá de novo e conversar com uma pessoa aleatória, que disse que eu poderia entrar em algum laboratório caso encontrasse algum aberto, mas infelizmente isso não aconteceu. Novamente, não consegui notar a diferença entre a saída da universidade e o início da cidade (dessa vez fui por outro caminho, a universidade é tão grande que ocupa umas cinco estações de metrô). Gostei bastante dessa integração entre cidade e universidade. Já tinha visto isso antes na Finlândia, mas dessa vez pude observar algo mais centralizado.

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Trinity College

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Departamento de Física

Dia 13, sexta-feira, Casa Loma. Visitei o famoso – e único – castelo de Toronto. O exterior tinha fontes e jardins maravilhosos, e todos os cômodos do interior foram mantidos e preservados como eram antes. Recebemos walkie-talkies por onde podíamos colocar o número do cômodo de onde estávamos para ouvir gravações sobre a história do castelo, assim como comentários sobre objetos antigos específicos do lugar.

Tomamos chuva na volta e fomos ao shopping.

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Dia 14, sábado, viagem ao Algonquin Park. Apesar de eu ter pego um dia muito chuvoso e de não ter visto nenhum alce, valeu muito a pena ter ido à reserva natural mais popular de Ontario! Remei, fui a um museu no visitors centre e hiked até chegar a uma clareira muito linda, onde me senti no filme Crepúsculo (essa foi realmente a melhor comparação que encontrei).

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Uma foto no meio do lago momentos antes do barco em primeiro plano bater no obstáculo

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#twilight

Dia 15, domingo, Niagara Falls. Eu estava cheia de expectativas sobre essa viagem, mas vi todas elas se desfazendo na chuva que marcou o dia e destruiu a minha sombrinha. Passamos em uma fábrica de vinhos (fiquei tirando fotos e comendo os snacks que eu tinha levado pra viagem porque eu não tinha o que fazer lá), conhecemos a pequena Niagara On The Lake, e finalmente chegamos às cataratas. O passeio foi legal, mas eu fiquei toda molhada, e como estava muito frio, tinha água realmente congelando sobre a minha pele. Isso significa que eu fiquei praticamente o dia todo entrando em lojas para me secar, me aquecer e me proteger da tempestade que acontecia lá fora.

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Niagara On The Lake

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Cataratas!

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Niagara Falls e suas infinitas coisas para fazer mesmo quando está chovendo

Dias 16 a 20:

  • Royal Ontario Museum, uma das melhores atrações da cidade, onde há relíquias de todas as culturas do mundo, seções de arte, seções de ciência e seções do período ágape – com muitos esqueletos de dinossauros!!
  • Lawrence Market, o melhor mercado do mundo, segundo a National Geographic. Sinceramente, a melhor parte de ter ido ao St. Lawrence foi passar pelo parque que havia nos arredores. O parque era muito bonito, tinha muitos esquilos e, de brinde, uma catedral anglicana para eu visitar.
  • Art Gallery of Ontario. O exterior inovador da galeria já mostra o quão legal é o lugar.
  • CN Tower, o cartão-postal da cidade, porque afinal dava pra ver a cidade toda de lá de cima. :)
  • Toronto Zoo. Foi onde vi ursos polares, pandas, linces e hienas pela primeira vez! O zoológico é muito contextualizado e representa fielmente cada bioma do planeta, já que divide sua área em regiões como “African Rainforest Pavillion” ou “Indomalaya”. Mesmo que eu já conhecesse todos os animais de lá, valeria a visita simplesmente por poder caminhar lá e tirar fotos. A Angela, filha da minha host grandma, foi muito gentil ao me levar lá!
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Dinossauro do ROM

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Parque bonitinho perto do St. Lawrence Market

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Topo da CN Tower :)

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Decoração de Halloween no Toronto Zoo

Dia 21: Fiz o SAT. Apesar do mal-estar causado pela prova, até que o dia foi legal. Fiquei absurdamente surpresa ao descobrir que a escola onde fiz a prova era uma escola pública, tão qualificada era sua infraestrutura. Fazer o SAT em um local onde MUITOS outros alunos estão aplicando é certamente uma experiência completamente diferente de fazer o SAT no Brasil, até mesmo porque o sistema lá é muito mais rígido (okay, o fiscal da minha sala parecia ser nervosinho no começo, mas depois eu percebi que isso era por causa do sotaque asiático dele – bubble it! Bubble it! –, porque até que ele foi bonzinho ao nos dar um minuto de stretching entre as sections e ao me deixar entrar na sala mastigando o chocolate que eu tinha acabado de colocar na boca). Fiz uma das minhas únicas amizades com canadenses ao sair da prova e pegar um ônibus até a Finn Station.

A partir de lá, fui para Toronto Islands! Peguei uma balsa até a Central Island e, após percorrê-la toda, tive a brilhante ideia de ir até às duas outras ilhas a pé. Depois de muito andar, passar por um farol e ficar com medo de estar andando sozinha (não tinha ninguém mesmo por perto num raio de infinitos metros), voltei e descobri que ninguém tenta transitar entre as ilhas a pé porque é muito longe, e é por isso que tem outras balsas que levam até as outras ilhas (o que também não valeria a pena de se fazer no mesmo dia, uma vez que eu teria que sair da Central Island de balsa pra então pegar outra balsa). Ah, fiquei cansada só de escrever isso! 😛 Ainda assim, a Central Island é linda – píer <3 — e foi bem relaxante caminhar por ela depois de fazer uma prova tão importante.

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Vista do píer

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A cidade vista a partir da ilha

Dias 22 a 26 – Despedidas:

  • Canada’s Wonderland! Como não conheço outros parques de diversão fora do Brasil, não sei se isso é comum, mas o Wonderland me surpreendeu pela variedade de atrações (incluindo montanhas russas de todos os tipos) das quais eu poderia usufruir praticamente sem precisar enfrentar filas. Além disso, foi lá onde experimentei o meu primeiro BeaverTail, uma massa frita deliciosa coberta com chocolate, peanut butter, confetes, e pedaços de paçoca (Reese’s <3).
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BeaverTrails

 

  • Thanksgiving Day. O Dia de Ação de Graças é celebrado em uma data diferente da dos EUA. Ainda assim, é uma festa muito comemorada! Todas as lojas, redes de fast food e Starbucks fazem especialidades com abóboras nessa época do ano, e isso se deve tanto ao Thanksgiving, quanto ao Halloween (aliás, todas as lojas já estavam decoradas de dia das bruxas e tinham imensos corredores de fantasias). Minha host grandma querida fez um almoço especial no Thanksgiving Day, e o nosso dia se resumiu a comer e a assistir a um filme depois.
  • Como nos últimos dias eu já tinha conhecido quase tudo na cidade, eu e minha amiga decidimos explorar os cantos inexplorados de Toronto. Fomos a um shopping na última estação da linha roxa (a estação mais desabitada de todas) e acabamos gastando a maior parte da nossa tempo nos trajetos de ida e volta.
  • Minha host grandma me levou para jantar em um restaurante de Greek food no meu penúltimo dia em Toronto. Além de comida grega ser muito boa, essa despedida foi marcante.
  • O último dia foi bem rápido para mim. Tirei uma foto com a minha turma da ILSC, almocei na Main Building com vários amigos que conheci lá, passei no shopping rapidamente para comprar algumas coisas pra levar pro Brasil, e então passei pela Toronto Public Library, um lugar bem legal e que eu gostaria de ter conhecido antes. Terminei de arrumar as minhas malas e logo em seguida já saí em direção ao aeroporto, passando na casa da filha da minha host mother no caminho, pois ela queria me entregar um pen drive com fotos. Estava chovendo muito. Eu via todas as luzes de Toronto pelo carro, da mesma forma que fiz quando cheguei, mas dessa vez o meu olhar era de despedida e ele estava tão embaçado quanto o vidro da janela pela qual eu encarava o caminho que deixava para trás. Há algum tempo desde que não preciso preparar o que vou falar em despedidas (erm, sim, eu costumava fazer isso antes), mas dessa vez eu sempre soube que não conseguiria expressar a minha gratidão pela pessoa que me acolheu tão carinhosamente no Canadá. Ainda assim, como sou uma pessoa teimosa, acabei esperando as palavras até o momento em que eu devia abraçá-la e sair em direção ao check-in. Fiquei com “see you soon” mais uma vez.

O que eu fiz no último semestre, Jornada Espacial e Application

Posted in Sem categoria on fevereiro 15th, 2015 by Vitória Barim Pacela – Be the first to comment

Oi, pessoas! Eu sei que muito tempo se passou desde o meu último post, então vai ser um pouco difícil contar tudo o que aconteceu durante esse período.  Eu pretendia escrever diariamente aqui durante o meu intercâmbio para o Canadá – entre setembro e outubro – mas, pra variar, não deu tempo. A bem da verdade, eu só comecei a escrever sobre a minha viagem alguns dias atrás, depois de me livrar da maior parte dos meus compromissos. Pensei que estaria livre depois do SAT de Janeiro, mas desde então me mantive ocupada enviando documentos para bolsas, fazendo entrevistas de universidades e procurando um lugar para morar perto da Unicamp (sou muito grata a todos os parentes, amigos e veteranos que estão me acolhendo em Campinas e me ajudando nesta etapa).

Não sei como estará a minha vida nem daqui a um mês, nem mesmo daqui a uma semana. E a não ser pelo fato de eu não ter a mínima ideia de onde será a minha casa quando começarem as aulas no dia 25, isso é legal.

Acho que o começo “concreto” de tudo isso foi o Millennium Youth Camp – RIP, mas faremos de tudo para que as outras edições continuem existindo. Quando fui selecionada pro MY Camp e me descobri já aceita na University of Helsinki, comecei a pesquisar sobre essa oportunidade e a considerar a possibilidade de estudar fora, algo que nunca havia passado pela minha cabeça antes. Conforme conheci a Finlândia e absorvi uma cultura voltada à educação, totalmente diferente da qual eu estava acostumada, voltei ao Brasil com novas ideias, decidida a aproveitar a minha oportunidade na Finlândia. Durante o MY Camp, também descobri que além da University of Helsinki, eu também poderia estudar na Aalto University – a universidade de engenharia, tecnologia e artes – ainda que a grande maioria dos cursos de Aalto seja em finlandês.

Além da University of Helsinki ser uma das melhores universidades do mundo, eu me via então com uma oportunidade de trabalhar e estudar com pessoas inovadoras em uma cidade totalmente sustentável, onde a população apresenta os maiores indicadores de felicidade do planeta. Contudo, já que eu estava mesmo disposta a estudar fora, por que não tentar uma vaga em uma daquelas “top 10”? Admito que o ranking seja o primeiro atrativo dessas universidades, mas logo descobri que elas são muito mais do que isso, e que eu correria o alto risco de me arrepender no futuro caso não tentasse estudar em alguma delas.

Em meio às pesquisas para fazer a minha college list e à adaptação ao processo do application, me encontrei MUITO ATRASADA. Eu estava sozinha. As inscrições para o Personal Prep Scholars da Fundação Estudar e para o Opportunity Grants da Education USA já tinham acabado, e de repente eu estava mais perdida do que nunca. Eu quase desisti. Eu tinha que estudar para o SAT I, II e para o TOEFL. Eu ainda estava fazendo olimpíadas e em setembro eu estaria voando para o Canadá. Eu não sabia por onde começar.

Primeiro, decidi abandonar o vestibular de vez. Por um momento, não fazia sentido deixar algo que até então era a minha única perspectiva. Por tudo o que eu tinha estudado nas férias de quando acabou o meu 1º ano, por todo o meu esforçado 2º ano… Entretanto, percebi/decidi que eu já havia estudado o suficiente, que o vestibular seria uma forma de segurança no Brasil, mas que eu iria para a Finlândia de qualquer forma. A partir de então, eu me dedicaria exclusivamente à meta de estudar nos EUA. (Fiz isso porque eu realmente estava sem tempo, mas foi uma decisão ousada que eu NÃO recomendo a ninguém.)

As provas foram a pior parte de tudo isso. Aliás, ainda não sei se a pior parte é conseguir fazer as provas, ou alcançar notas decentes nelas. Porque sim, o começo foi muito confuso para mim, eu quase perdi vagas para o SAT algumas vezes, perdi uma vez, fiz de waitlist… e isso sem falar sobre o TOEFL, no qual vagas sumiam e reapareciam rapidamente e consegui o meu lugar em Campinas em uma vaga que apareceu milagrosamente uma semana antes da prova. Estudar para as provas era a outra luta, luta com a falta de tempo, luta contra tudo. Principalmente no SAT. Luta contra os dois livros de vocabulário que eu estudei e aparentemente não contribuíram para elevar a minha nota. E durante a prova, a luta contra o tempo novamente. Foi por pouco que não desisti.

Luckily, desde junho eu tinha os brasileiros fofos do MYC para me apoiarem nisso tudo <3, e então, em setembro, fui premiada pelo Mentoring Program do BSCUE com a melhor mentora que existe na Terra! A Bárbara tornou tudo mais fácil e tranquilo (no sentido de calma mesmo, haha), eu sou muito, muito, muito grata por tudo o que ela tem feito por mim! <3

Ainda em setembro, fui para o Canadá e tive a certeza de que eu estava fazendo a coisa certa ao aplicar. Foi a minha primeira vez viajando de fato sozinha e essa experiência em si fez com que eu me sentisse mais madura em relação ao meu futuro também. Além disso, conheci a University of Toronto, onde vi a college life na sua forma mais vívida em todos os lugares do campus, o que me encorajou a continuar working hard nos meus planos, para um dia estar pronta para frequentar um ambiente acadêmico tão vibrante como aquele. Trarei mais detalhes sobre a minha viagem no próximo post!

Depois que voltei de Toronto, o evento mais marcante que aconteceu foi a Jornada Espacial, em novembro. Encarei aquela semana como uma despedida da minha “vida de olímpico” (felizmente, um mês depois, descobri que ganhei medalha de ouro na OBMEP, o que significa que eu vou pro Rio e vou reencontrar muitos amigos na premiação nacional!! 😀 ), que por sinal já estava aos poucos se tornando mais passiva =/.

Tivemos palestras com o coordenador da OBA, Canalle, com professores e profissionais do ITA, do INPE e do DCTA. Aprendemos todo o conteúdo sobre satélites que é possível de ser aprendido em uma semana. E claro, não se pode esquecer do lançamento de foguetes de garrafa pet que fizemos em uma das oficinas! O Buzz Lightyear da minha equipe voou alto toda vida! 😀 Aqueles dias começavam às 6h e as atividades se estendiam até cerca de 21h, com pausas apenas para as – fartas – refeições. Mal tínhamos tempo para ficar cansados, e assim que o nosso cronograma era liberado, fazíamos nossa própria programação, indo ao shopping ou jogando qualquer coisa na cobertura. Mímica, áfrica e poker nunca foram tão divertidos antes! 😀

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Porque é isso o que as pessoas fazem quando elas vão ao ITA participar de uma Jornada Espacial :)

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Despedida

Depois da Jornada vieram as primeiras fases dos vestibulares, e a seguir, todas as preocupações de quem está em cima do prazo do application: cartas de recomendação, históricos escolares antecipados a serem traduzidos, essays, revisões de essays… e a minha formatura no meio do caminho. Eu estava tão afobada com tudo o que eu tinha a fazer que mal notei a simbólica “divisão de águas” do momento, entre os meus sete anos estudando na mesma escola, conhecendo praticamente todo mundo da minha cidade pequena, e a página em branco que 2015 representaria para mim. Mal percebi o Natal passar, muito menos a virada do ano (fortunately, eu tinha pessoas muito queridas e amadas me mantendo calma, dividindo as preocupações e me ajudando com tudo no dia 31 ♥♥♥). Acordei em 2015 pensando em tudo o que eu tinha enviado no CommonApp e nas mudanças que tinha feito de última hora. Contudo, segui o ano fazendo as segundas fases da USP e da UNICAMP e com todo o resto que eu descrevi no começo deste post. Começarei estudando Engenharia Elétrica na Unicamp e não tenho a mínima ideia de onde terminarei a minha graduação. Não sei se vou passar nas universidades para as quais eu apliquei, mas ao menos tenho a certeza de que fiz tudo o que pude na minha tentativa. :)

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Final de férias, novo ano e divagações

Posted in Sem categoria on janeiro 26th, 2014 by Vitória Barim Pacela – 2 Comments

Olá, pessoas! Finalmente vou escrever o meu primeiro post de 2014, quando já correram 26 dias desse ano… não sei como fiquei tanto tempo sem postar… Ou, talvez eu saiba, sim.

Comecei o ano em família em um sítio em Itu, foi bem divertido. E logo no início, fui pra Campinas encontrar os amigos da OBMEP e afins, eu não via alguns deles há muito tempo, acho que um pouco mais de um ano, foi bem legal também.

Mas desde então, não parei de estudar. Eu não sou daquelas que têm rotina, uma vez, pouco antes de começar o Ensino Médio, fiz uma tabela da semana toda, dividi as matérias que estudaria e os períodos de descanso. Quanta inocência, nunca peguei naquilo, o papel deve estar até hoje esquecido no fundo de alguma gaveta por aí. Acho que sou muito imprestável pra essas coisas, no horário de Biologia eu tenho vontade de estudar História e fico enrolando até acabar o tempo e me arrepender, pois é…

Enfim, voltando ao foco, gosto de ir a fundo nas coisas, até enjoar delas. Por exemplo, eu postava 20 mensagens em um dia no fórum e depois ficava o resto da semana sem entrar. Foi assim que, desde final do ano passado, comecei a terminar matérias e estudar pra Unicamp, não parei pra fazer outra coisa até o dia 14. Nesse mesmo dia, dei continuidade nos relatórios do IYPT e… bem, to fazendo isso até agora.

Também comecei a estudar Cálculo, to revezando entre as duas coisas, até que cheguei à crise “cansei de estudar, agora vou comer banana com aveia e mel porque não tem paçoca em casa sou saudável” e comecei a escrever este post, então espero que ele seja bem longo, hahaha, a não ser que fique chato.

Hoje é o meu último dia de férias e nesses 26 dias já tive um prefácio do agito que terei neste ano. É meio depressivo chegar ao terceiro, parece que ainda tenho uma infinidade de coisas a fazer e meu tempo acabou, que to apegada e acomodada com a vida de agora, com a família e os amigos daqui, e que não vai ser fácil deixar tudo e começar do zero em outro lugar… mas ao mesmo tempo, deve ser muito bom se livrar de algumas pressões e essas coisas de sempre.

Não dá pra acreditar que daqui a menos de três meses ~ eu ~ terei 17 anos. Dezessete anos. Quando eu era pequena, olhava pras pessoas de 12 anos como elas tivessem 18, e pras de 18 como se elas tivessem 30. Mas parece que eu ainda tenho cara de criança e… (?) Agora não tem nenhuma turma mais velha do que a nossa na escola, definitivamente, como dizem, somos os exemplos pros mais novos, isso é estranho. Mesmo. Ainda no ano passado eu estava à tarde na escola e praticamente uma sala toda da 5ª série me parou perguntando se eu era a Vitória Pacela, a menina que passou na olimpíada de geografia e que é o exemplo deles. Isso é legal, mas bizarro também, porque… eu não chego nem perto de ser um exemplo, hahaha.

Mas vamos lá, ainda estou esperando os resultados dos quais tinha comentado no outro post, mas espero que todos saiam até o final de fevereiro. Foi aberto na minha cidade o Anglo, e vou participar das aulas de cursinho que tiverem à tarde lá. Gostei da escola, a diretora gostou das minhas medalhas e me deu bolsa. To me sentindo mais segura fazendo isso, porque to muito desgastada de matérias que não são meu forte, nem minha prioridade, acho que ao menos ter aulas a mais e professores que ajudam vai tirar um pouco dessa tensão.

Ah, tem a OBB também! Nunca participei da olimpíada, na verdade, pretendia participar neste ano, mais pra eu tentar desenvolver meu gosto pela Biologia do que qualquer outra coisa. E justo no dia em que eu tinha recrutado uma interessada pra olimpíada, descobri que as verbas foram suspensas. Espero que consigam o apoio de volta, estou divulgando o abaixo assinado por onde posso.

O que mais? Não gosto do ENEM, mas passei em Engenharia Elétrica e Engenharia Física na UFSCar pelo Sisu, que são os cursos que quero mesmo, e isso me acalmou um pouco pro ano que vem.

Não li metade dos livros que pretendia nessas férias, nem comecei nenhuma série, que frustrada.

Meu amigo começou um blog comigo, já que gostamos de escrever, mas infelizmente, também não deu tempo de postar lá, quando tiver mais posts, posso divulgar aqui.

Tive uns momentos nostálgicos do ano passado, revi muitas fotos, o vídeo do EHH que a Renata fez, e as gravações minhas e do Fernando da Viagem do Conhecimento, com a entrevista do daltônico, nosso trio cantando The Only Exception, o Fernando tocando Stairway to Heaven no piano, as apresentações do AfroReggae, o Wilker tocando A Thousand Years com o irmão dele no violão e violino, a melhor máfia do mundo, e o governadôh. Enquanto ainda não temos o vídeo do completo da Viagem, quero fazer um vídeo reunindo todas as nossas gravações.

Bom, é isso! :) O ano tá aí, um livro aberto do qual morro de vontade de ler sua última frase.

Até mais, see YA.

Pessoas

Posted in Sem categoria on dezembro 19th, 2013 by Vitória Barim Pacela – Be the first to comment

Acho que cai bem especialmente no fim do ano um post sobre pessoas. Afinal, a vida (ao menos a minha) é movida por pessoas e suas ações, e minha trajetória nas olimpíadas também.

Pra começar, pessoas que me inspiram. Acho que as primeiras pessoas a realmente me inspiraram foram as do BHH (um chat da OBMEP), João Lucas, Mateus… depois os tops da OBMEP, como a Maria Clara. Então eu conheci outras olimpíadas e soube de pessoas incríveis, Murilo, Gustavo Haddad… Finalmente, descobri o OC e as pessoas daqui me inspiraram e inspiram muito, Bárbara, Ivan… sem eles eu nem estaria aqui agora, haha, e os posts também me motivaram muito!

Agora, falando sobre outro tipo de inspiração: os organizadores de olimpíadas. Todos os que conheci foram muito carinhosos e incentivadores. Na Viagem do Conhecimento tinham as Gabis, o Dante… que são muito, muito legais! A Cristina, coordenadora da ONHB, também é muito simpática, motivadora e humilde. Na OBFEP, quando pedimos para fazerem um polo em Campinas, a Wilma foi muito atenciosa, conseguiu e ainda me desejou boa sorte pela persistência. E na OBMEP, a Claudia é a encarnação da bondade, haha. Quero ser assim algum dia, ajudar alguém, inspirar alguém, motivar alguém… deve ser muito gratificante!

Mudando o foco, sobre as pessoas que me ajudam e me suportam. Meus pais me levaram para tudo quanto é lugar pra fazer provas e vestibulares, não posso deixar de agradecê-los. E meu irmão que me acompanha em tudo e às vezes é o único que me coloca na realidade “Vitória você não vai dar conta de tudo isso de uma vez só”.

Depois, os meus amigos que aguentam toooodas as minhas lamentações, pessimismos por causa de provas, situações ruins, que enfrentaram tudo comigo nesse ano e ainda ficam fazendo gabaritos em hangouts pra provas que não têm. Esses são o João e o Marcos. Mas também tem o restante dos amigos incríveis que fazem tudo valer a pena! (:

Também tem o pessoal da escola que é legal comigo. A Simone, que me acompanha desde a 5ª série (ah céus, desde quando eu era uma pirralha ambulante, que vergonha! Hahaha), que nem é mais minha professora, mas lê todas as redações que faço e dá dicas (: A Solange que sempre me ajuda quando preciso, por mais que esteja ocupada, e ainda me consola quando to triste, haha (: O pessoal da limpeza que me tá junto comigo desde a 5ª série, a D. Divina, o Seu Zé… desde a primeira OBMEP que fiz eles perguntam na saída “Foi bem? Tava difícil? Tenho certeza de que você vai ganhar” (: A Heloá, que foi a primeira pessoa a dar total atenção e crédito às olimpíadas, que depois se entusiasmou ainda mais quando fomos pra Viagem do Conhecimento, e que também me ouve sempre que preciso (: O Carlão que foi o primeiro a incentivar a participação na OBMEP e foi quem desenvolveu meu gosto pela matemática (: As pessoas que dão atenção pros meus projetos e aulas, Carol, Portuga, Xandy… (:

Bem, eu realmente não seria nada sem essas pessoas, provavelmente não teria me levantado em alguma queda; mas felizmente, sempre tinha alguém pra me manter em pé! 😀 Queria deixar aqui meus agradecimentos por tudo isso.

 

Vou aproveitar o post pra falar sobre o dia-a-dia, faz tempo que não faço isso. Peguei bronze na OBMEP. De novo. É como se eu não tivesse avançado, mas considerando que antigamente eu pensava que não medalharia no Nível 3… tudo bem, vou considerar, mas trabalhar muito, muito, pra algo melhor no ano que vem.

A premiação da OMU foi muito divertida, conversei com várias pessoas lá e conheci pessoalmente o ***JESUS***, aka Lucas. Depois fiz o Virando Bixo e adorei a redação, mas minha prova foi regular, então talvez não dê…

Também to fazendo o IYPT — com minha equipe inter-estadual — e realmente espero que a gente passe pra final, porque tá sendo muito trabalhoso, na véspera de enviar os relatórios preliminares, tinha acabado de voltar de viagem da Unicamp, fiquei acordada até às 2h e acordei às 6h do outro dia pra ir à aula — tá, sou fraquinha pra essas coisas, não estranhem.

E essas férias estão sendo preciosas pra mim, estou colocando em dia os livros de vestibular e tentando adiantar algumas matérias. Apliquei pro MYC, parece muito divertido e difícil, mas não custa tentar (: A Natália (hey, Nat-nat o/) da Viagem do Conhecimento também tá aplicando, seria demais se nós duas fôssemos, até porque estaríamos na mesma equipe.

Escolhas

Posted in Sem categoria on novembro 26th, 2013 by Vitória Barim Pacela – Be the first to comment

O ano passado foi bem complicado pra mim, por diversas razões, mas parte significante delas remetia à escola, aos estudos e consequentemente ao meu futuro.

E tudo isso podia ser resumido em uma palavra: escolhas. Primeiro, a escolha da escola. Eu estava muito indecisa sobre o que seria prioridade para mim, olimpíadas, vestibular, ou até mesmo coisas menores que não deviam estar confundindo a minha cabeça, como cotas. É, quando se trata de decisões, coisas mínimas podem influenciar…

Eu estava muito insatisfeita com o sistema da minha escola e queria mudar. Mas deveria considerar que se fosse a uma escola particular, perderia a OBMEP — coloquei muito peso nisso, sim, porque a OBMEP representa, além dos meus estudos, a minha vida sócia l—, além de que as escolas particulares da minha pequena cidade não são lá impressionantes… e as outras escolas públicas estavam no mesmo nível da minha, se não piores. E também não compensaria repetir um ano para entrar na escola federal da cidade vizinha.

Fato é que me demorei muito nessa escolha. Pedia opiniões a todos, minha cabeça estava uma verdadeira Torre de Babel! E cada dia a mais nessa demora significava um dia a mais de sofrimento e inquietação. 2012 acabou e eu não tinha a mínima noção de como seria meu 2013.

Por fim, cheguei a comprar uniforme de outra escola e tive que trocá-lo depois. Chantagens me influenciaram, eu não me orgulho disso. Mas o que importa é que a escolha feita! Porque a conclusão a que cheguei foi que é possível alcançar o mesmo feito por vários caminhos diferentes. As escolhas em si não são importantes, mas sim o empenho dedicado à consequência de cada uma delas.

Acabei ficando na mesma escola. Fiz todo aquele rebuliço para permanecer na mesma situação. Porém, não é a mesma escola que eu não queria ficar de modo algum: agora eu estava em outra sala (2º B ♥), com outros professores e principalmente, novas atitudes. A promessa que tinha feito a mim mesma no Ano Novo era de que nada me faria cair.

E funcionou! Não vou dizer que não tentei essas estratégias no ano passado, como aproveitar aulas “vagas” para se afundar nos livros… Mas o jeito que encarei as coisas foi diferente: ao passo que antes eu via os problemas e ficava louca com eles, hoje eu trabalho na tentativa de solucioná-los.

Aliás, que meu amigo estará usando essa estratégia, saindo de uma escola boa e indo para outra “não tão boa” (?) para aproveitar essas aulas vagas estudando o que ele realmente precisa.

Estou escrevendo isso para quem sabe ajudar alguém. Claro, esse foi só um exemplo dentre vários outros que presenciei principalmente neste ano, mas espero realmente poder ajudar alguém com isso, é algo que seria útil nessa minha fase. E bem, acho que escrever isso também ajuda a reafirmar o que penso, porque com tudo o que vem acontecendo, novas oportunidades surgindo, as escolhas voltam a querer me deixar indecisa, haha.

Ah, eu costumava (costumo) entrar no site do OC todo dia e esperava sempre ter um post do Vida de Olímpico para ler, mas agora percebo o quanto é difícil manter esse fluxo, haha. É algo como 15 minutos que acaba voando sem percebermos…

Sábado (7) será a premiação da OMU, estou ansiosa, principalmente porque percebi que o limite regional da OMU é bem grande, tem premiados até do Rio de Janeiro! No mesmo sábado terei a Segunda Fase do Virando Bixo, espero não precisar correr tanto para dar conta de ambos os compromissos…

Até mais, pessoal!

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Aproveitando a oportunidade, vou deixar aqui alguns links dos vídeos do meu amigo Incrível, enjoy it!

http://www.youtube.com/watch?v=NeGGPCM8OL8

http://www.youtube.com/watch?v=6hyiiuEVgiA

Idas e vindas

Posted in Sem categoria on outubro 11th, 2013 by Vitória Barim Pacela – Be the first to comment

Meu último post foi há algum tempo, e desde então muita coisa aconteceu: alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo…  O resultado da ONHB saiu no dia 26 e minha equipe foi classificada para a final! \o/ Esse provavelmente foi o maior alto, fiquei muito feliz, vi que tanto esforço realmente vale a pena, não importa o que ninguém diga. Além disso, vou voltar pra Unicamp e finalmente vou conhecer pessoalmente alguns amigos e rever ainda outros.

Aí no dia 30 eu recebi o resultado e não fui finalista do Jovens Embaixadores… Confesso que fiquei bem triste, colocava bastante esperança no programa, ou mais, colocava parte do meu futuro nas mãos desse resultado… ainda que soubesse que isso não é algo que exatamente depende de mim. Na verdade, antes mesmo de me inscrever, era preocupada com o critério da renda, mas como as coisas foram fluindo e comecei a conhecer melhor o projeto, acabei esperançosa demais. Bem, mas não para por aí, ano que vem tentarei de novo! Afinal, valeu muito ter participado, conheci pessoas incríveis, aperferçoei-me (digamos, viciei) ainda mais um pouquinho no meu inglês e tive mais contato com um “futuro social”.

Social… ciências humanas… ah, também passei alguns dias pensando nisso.  Eu realmente gosto de humanas, e a partir deste ano meu gosto fica cada vez maior. Fiquei muito preocupada pensando como será minha vida se eu realmente fizer Engenharia Física. Exatas é a minha paixão de infância, mas talvez eu enjoe se não tiver nada “humano” pra equilibrar. E quanto à profissão? Sempre tive a pretensão – ainda que clichê, válida e ardente – de mudar o mundo. Já estou tentando, começando, que seja. E foi isso que tirou minha incerteza: meus objetivos não dependem de minha profissão, posso me envolver em projetos sociais, por exemplo. Espero que isso seja útil para alguém, porque cheguei à essa conclusão com um amigo que passava o mesmo que eu e é horrível ter essa incerteza…

Voltando aos problemas: a final da ONHB cai no mesmo dia da OBFEP, como já estava previsto e já tínhamos enviado e-mails, porém, sem receber respostas. Com um pouco de persistência, conseguimos um polo da OBFEP em Campinas (Wilma, somos eternamente gratos a você!) e vamos conseguir fazer as duas olimpíadas no mesmo dia =)

Porém, tivemos outras dificuldades relacionadas ao transporte e à escola. Minha escola não tem tradição olímpica e temos que nadar contra a correnteza para podermos participar. E essa correnteza é forte… envolve toda a “hierarquia” da escola, além da falta de interesse da maioria… Por isso às vezes dá vontade de desistir, como se não a pressão nos estudos por si só não bastasse. Isso não é uma crítica (ainda farei um post sobre escolas e escolhas), mas os moldes da escola pública são rígidos e restritos;  Às vezes interesses pessoais se misturam ao meio de trabalho e em outras, pode ser simplesmente má fé. Felizmente, ainda há pessoas ótimas que nos ajudam nesses casos, tanto a vencer a correnteza, quanto a suportar a pressão que vem depois.

Por fim, a parte boa desses dias de novo. No sábado fiz a OMU na Unicamp e no domingo a OPF em Rio Claro. Foi ótimo sentir de novo que valia a pena. Vi amigos, conheci outros, e viajei. E ainda me senti aliviada por essas olimpíadas terem passado, haha. Acho que tenho boas chances na OMU, minha meta é voltar pra lá em dezembro na premiação. Quanto à OPF, fiquei satisfeita com meu desempenho, não fico arrependida pelo que fiz ou não fiz (ok, só de ter derrubado um pouco da água da experimental, haha), mas sinceramente acho que não serei premiada… BTW, estamos trabalhando em soluções pras OPFs passadas, esperamos terminar até o final do ano.

Faltam 9 dias pra final da ONHB!

Resultados, provas e resultados

Posted in Sem categoria on setembro 19th, 2013 by Vitória Barim Pacela – Be the first to comment

Oi, tudo bem? Não posto sobre o que ando fazendo desde as férias, e muita coisa aconteceu até então: o primeiro resultado que recebi foi o da OMU, passei para a Terceira Fase com nota máxima, o que pode me ajudar bastante na classificação geral, já que consideram a nota das duas últimas fases. Passei para a Segunda Fase da OPF também, mas farei a prova em Rio Claro e não conhecerei o ITA… estou trabalhando para ser premiada, mas sei que é um pouco complicado…

Perdi a OPM porque tinha PIC no dia, do mesmo que perdi a OBF desde a Primeira Fase, pois todas as fases coincidiam com os encontros, mas nesse caso fiquei bem mais arrependida. Ganhei medalha de ouro na OBA 😀 Fiz as provas do Youth Ambassadors  e estou aguardando os resultados, esse projeto é muito legal! Também estou fazendo a ONHB e estamos na 5ª fase, agora só precisamos de um pouco de sorte (devido ao sistema de correção por pares da tarefa) para chegarmos à fase presencial na Unicamp.

E finalmente, fiz a Segunda Fase da OBMEP! Embora tenha conseguido realizar todo o meu cronograma de estudos, também consegui passar pelo pico máximo de preocupação, medo e angústia com as coisas da ONHB e do YA na véspera da OBMEP; mas isso não foi o que me atrapalhou… A prova estava mais difícil e cansativa em relação aos anos passados, fiquei sem tempo e já me acostumei com a ideia de passar bem longe da medalha de ouro (e dos amigos, e do Rio de Janeiro, e do Windsor, e)…

Agora vou me focar na OPF, OBFEP e OMU, além dos problemas do IYPT. A partir do final de outubro, meu calendário olímpico será trocado pelo calendário vestibulando.

BTW, o vídeo da cerimônia de premiação da Viagem do Conhecimento foi divulgado, espero que ele toque o coração de vocês assim como tocou o meu ♥. É ótimo ouvir a voz dessas pessoas que não vemos há tanto tempo, sentir exatamente as mesmas sensações que senti há 5 meses, relembrar de tudo e imaginar reencontros :) Nem imagino quando o vídeo longo e oficial for divulgado, hahaha.

Enquanto me preparava para as provas do YA, resolvi ler um caderninho que tinha, inspirado no Caderninho da Bel. A proposta é todo dia, antes de dormir, escrevermos em um caderninho alguma coisa que aprendemos durante o dia. Fiz essa “terapia” durante aproximadamente um mês, no começo realmente foi difícil, tinha preguiça de escrever e não sabia exatamente o que poderia contar como aprendizado; mas depois que se entra no ritmo é difícil parar, e eu ainda tinha uma motivação extra, já que escrevia em inglês e isso funcionava como um treinamento para mim. Parei de escrever (por causa da pressa com o ritmo de estudos) exatamente um dia depois da prova da Segunda Fase da Viagem do Conhecimento – “Mas você nunca se cansa de falar dessa olimpíada?” “Não, uma vez Viagem do Conhecimento, sempre Viagem do Conhecimento!” – e é interessante reparar nas minhas expectativas e emoções pós-prova, hahaha, eu nunca imaginaria que daria certo.

Até breve!

Presente

Posted in Sem categoria on julho 30th, 2013 by Vitória Barim Pacela – Be the first to comment

Pausa para o presente.

Amanhã vou para o Encontro do Hotel de Hilbert (EHH), em Nova Friburgo =) Para o EHH são selecionados os 200 alunos que tiveram melhor desempenho no PIC. Acho isso muito legal, porque além de termos conceitos bons, também devemos participar do fórum, e eu realmente aprendi muito com isso. Mas aprender e ainda ser recompensado desse modo é ainda melhor! Estou ansiosa pela viagem, minha mala está pronta há algumas semanas, hahaha. Recebemos a programação, vou conhecer o SC Coutinho e o Malagutti, autores de livros/apostilas que utilizamos  (e que pretendo que voltem autografados); o Claudio Landim, coordenador do IMPA e da OBMEP, além de várias pessoas tops! Gostei bastante dos temas das palestras, entre eles, a Teoria dos Nós e “Roda quadrada também anda sem solavanco”.  Mas acredito que o melhor de tudo será rever amigos e conhecer pessoas novas. ^^

Falando sobre as férias, eu queria ter feito muito mais coisas, sabia que era impossível realizar tudo, mas até que estou satisfeita por ter cumprido boa parte delas. Além do mais, também fiz coisas que não esperava e que foram boas, uma delas este blog.

Comecei três livros, mas ainda não terminei nenhum, é isso o que acontece quando você lê para o vestibular… Fiz provas do Virando Bixo;  fiz um texto para um concurso, que após tantas alterações, acho que finalmente tenho alguma chance; estudei bastante física e matemática, especialmente pra OBFEP, OPF, OMU, OPM e pro PIC. Também tenho um amigo ex-olímpico, Gambiarra, me ajudando a conseguir as almejadas medalhas de ouro, haha. E como devemos ter um tempo pra relaxar nas férias, comecei a acompanhar uma série.

O mês de agosto vai começar da melhor maneira possível com o EHH, mas depois vai ser bem corrido, além das olimpíadas já citadas, tem a ONHB, o TVQ e alguns simulados, além de um curso de espanhol online e outro de astrofísica que têm consumido bastante, sem falar do fórum… Este é o primeiro ano em que participo de tantas olimpíadas (antes era apenas da OBMEP, OBA e Viagem do Conhecimento) – devido a algumas razões a serem comentadas em outro post – e não sei como estou dando conta.

Saí em uma matéria sobre o Brilliant da UOL na semana passada. O Brilliant é muito bom, tenho aprendido bastante e ainda acabo tendo esse destaque.  Já tinha aparecido na foto de divulgação do Brilliant em português, já dei um depoimento para o Brilliant e minha foto ficou na página principal da Competição, agora não sei onde está… E o Marcio identificou minha sutil aparição em um vídeo do Brilliant na TEDxUChicago (4:34) \o/ Aliás, o vídeo é muito bom!

Carne nova pra família

Posted in Sem categoria on julho 16th, 2013 by Vitória Barim Pacela – 2 Comments

Oi, olá, bom dia, boa tarde, boa noite! Tudo bem? Ah, sou péssima com apresentações… Mas vamos lá!

Meu nome é Vitória Barim Pacela. Não, não é “Parcela”, como muitos insistem, hahaha. Aproveitar-me-ei de um trecho da entrevista da OBMEP Depressão para completar tantas lacunas:

A garota de 17 decímetros de altura, olhos e cabelos castanhos da cor do mar (?) é moradora de Espírito Santo do Pinhal (Acre… Só que não) e possui reconhecido destaque em olimpíadas nacionais e regionais: 2 medalhas de bronze na OBMEP, 2 medalhas de prata na OBA, algumas Menções Honrosas, como na OBL, e a sua conquista mais recente: ser finalista da Viagem do Conhecimento, a.k.a.* Olimpíada de Geografia. Com a longeva e tenra idade (16 anos), Vitória sabe muito bem como aproveitar a vida. As sensações que sentiu no Rio de Janeiro, na disputa da finalíssima da Viagem do Conhecimento, alteraram suas percepções acerca da raça humana.

Vocês podem usufruir da entrevista completa aqui.

No mais, é isso, tenho alguma experiência com olimpíadas e seria bom compartilhá-las. Também seria bom não precisar falar aleatoriedades ou desabafos para as paredes \o/

É uma honra participar do Vida de Olímpico, ao lado de blogs tão bons!

Enquanto isso, curtam fazendas verticais  e hortas urbanas em tetos  e paredes. ^^

Até mais!