O começo – OBMEP

Onze anos, escola nova, pessoas diferentes, sensação de ser pequena, ou de tudo ser grande. É geralmente isso o que se espera da 5ª série (6º ano) mesmo. Às sete treze horas da manhã tarde do dia errado: “Então, amanhã vocês farão a olimpíada de matemática”. Huuummm… olimpíada de matemática? Na 2ª série (ou 3ª, o começo do Ensino Fundamental é um pouco indistinguível para mim) a professora fez uma “Competição Relâmpago” de tabuada, aquele que lembrasse mais e mais rápido ganharia colantes – ah, esse era o melhor prêmio do mundo! Melhor até do que o “Parabéns” com três estrelinhas, hahaha.

Bem, essa olimpíada de matemática… deve ser algo parecido, vou dormir mais cedo e amanhã eu acordo e reviso a matéria que vimos até agora.

Acho que é assim que todos dos alunos de 5ª série fazem OBMEP, salvo os que têm pais professores ou irmãos mais velhos que ajudam. E foi assim que me ferrei bem legal. Sabia que não tinha ido bem na prova, era uma matemática muito diferente da que eu estava acostumada, e muito legal por sinal, parecida com aqueles probleminhas que via em livros de curiosidades. Meu maior desespero foi não ter passado para a Segunda Fase e ver tantas pessoas que admitiram que chutaram a prova toda passando.

Decidi que não passaria pelo mesmo novamente, tanto pela “humilhação” quanto por querer conhecer mais aquela matemática tão divertida. Em 2009 estava bem mais preparada para a prova. Quando procurei “olimpíada de matemática” no Google, comecei a fazer provas anteriores da OBM para só depois de um bom tempo perceber que a olimpíada da qual participo é a OBMEP.

Soube da data da prova com antecedência e fiz diversas provas anteriores. Gritei de alegria quando o resultado dos classificados para a segunda Fase saiu, hahahaha, quanta inocência…  No final consegui Menção Honrosa com uma boa colocação no estado de SP, um resultado razoavelmente bom e estimulante.

Comecei a me descobrir na OBMEP cada vez mais. Comunidades do Orkut foram muito úteis para maiores informações e debate de ideias. Também conheci outras pessoas e entrei em chats no MSN (BHH \o/). Aliás, foi através delas que descobri a abrangência do PIC. O PIC é o Programa de Iniciação Científica Jr, curso e bolsa oferecidos aos medalhistas da OBMEP, no qual temos encontros presenciais e participamos de um fórum para resolução de problemas (este último, um pouco mais recente).

Exatamente um ano após eu ter ganhado minha Menção Honrosa, a edição contou com 100 medalhas a mais. Oh damn, por que não antes? Eu teria feito o PIC…

Consegui medalhas de bronze na OBMEP em 2011 e 2012. Sobre as provas, posso dizer que nunca devemos deixar a ansiedade, nervosismo ou medo do tempo acabar nos dominarmos, aprendi isso da pior forma em 2010, eu tinha todas as chances… Tinha.

Comecei a participar do PIC em 2011, e foi maravilhoso! Todas as minhas expectativas se confirmaram: this could be paradise. O polo do PIC era a Unicamp e foi incrível conhecê-la. Em um dia já tinha novos horizontes. Conheci muitas pessoas legais e com os mesmos interesses que eu (alguns ainda são hoje meus melhores amigos), tudo era novo para mim. A matéria que aprendíamos lá também era muito instigante, ia além do que eu estava até então acostumada nas provas da OBMEP, era mais abstrato e fascinante. Aprendi coisas que nem estavam diretamente ligadas à matemática, essa pode ser considerada uma das melhores partes.

E foi isso. Com o PIC, a obrigação de passar em todas as OBMEPs futuras, querendo sempre superar o resultado anterior. A OBMEP também me levou ao conhecimento de outras olimpíadas, assim que soube de algumas comecei a participar. Ganhei medalhas de prata na OBA em 2010 e 2011. Minha primeira medalha foi da OBA, e não da OBMEP… frustrante, mas ao menos é prateada, hahaha. De qualquer modo, medalhas de prata são mais bonitas do que as de ouro. Ou não.

 

PIC 2010

PIC 2010

PIC 2011

Amigo Secreto – PIC 2011

Lousa do PIC 2011

 

PIC 2012

PIC 2012

O começo – OBMEP
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