Canadá

Postado em 15 de março de 2015 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

Fiquei devendo a mim mesma um post sobre a minha viagem pro Canadá, e ele saiu um pouco maior do que o planejado, mas de qualquer forma, pode ser útil pra alguém que passe por uma experiência de intercâmbio parecida.

“So welcome to Canada! Would you like some hot chocolate? Have a seat and let’s talk!” Esse foi o jeito comum de uma “well-traveled grandma” se apresentar para a sua mais nova guest. Em menos de dez minutos eu já havia tomado o meu chocolate quente (aquela manhã estava muito cinzenta e chuvosa, não tinha como recusar a oferta), conhecido o apartamento todo e visto as fotografias da família inteirinha da Joanne, que, aliás, tinha um nome parecido com o da minha avó Joana.

Logo descobri a minha rotina (e também a minha sorte de ficar naquela homestay). Acordar às 6h30 com o melhor café da manhã possível me esperando. Waffles com mapple syrup, French toast com mapple syrup, bacon com torradas e mapple syrup… E então eu começava a minha longa jornada em direção à escola de intercâmbio, no centro da cidade. 20 Cliffside bus pra Kennedy Station (que era literalmente a última estação da linha verde) – não esquecer de pegar o jornal Metro com as notícias da manhã –, descer na St. George Station, mudar para a linha amarela – ufa, a linha amarela era mais rápida e curta!! –, e finalmente chegar à St. Patrick Station – não esquecer de pegar o caminho da esquerda duas vezes, caso contrário eu teria que atravessar ruas à toa. Ok, essa ainda era a Main Building da ILSC, de onde eu precisaria seguir na direção do banco, encontrar restaurantes asiáticos no caminho e virar à direita assim que avistasse o Starbucks. Pronto, Elizabeth Street! Elizabeth St. Building, por onde era só sair da escola, atravessar duas ruas e entrar no Eaton Centre através da porta do Canadian Tires. E Eaton Centre era sinônimo de Tim Hortons que aceitava os tickets da ILSC! Isso significa que eu podia comprar um chocolate quente (ou French Vanilla \o/) e ganhar um donut! :) :)

Dia 1: Depois de conversar sobre a vida, o universo e tudo o mais com a minha host grandma, contei a ela que queria ir ao Ontario Science Centre ainda naquele dia, e ela, com toda a bondade que existe no mundo, preparou bagels para eu comer antes de ir, me deu um kit “minha nova netinha não vai passar fome” e me levou de carro pro OSC, além de passar na Kennedy no caminho pra comprar o meu passe da semana.

A melhor parte do Ontario Science Centre é a Science Arcade, uma ala cheia de experimentos interativos de física. Os experimentos iam desde conceitos básicos de mecânica, até alguns movimentos caóticos em que eu tentei até mesmo filmar as minhas repetições dos movimentos, mas realmente não tinha jeito de entender. Tinha também uma ala infantil onde eu coloquei todas as minhas forças pra conseguir montar um circuito diferente, mas me frustrei nas minhas tentativas. Tudo bem, só os pais das crianças estavam tentando usar aquele brinquedo mesmo… Depois de fuçar em todas as coisas possíveis de lá, minha host grandma foi me buscar e – surprise – me levou pra um tour por toda a cidade!! Com direito a jantar em um restaurante chinês no final (apesar de que o que eu gostei mesmo daquele lugar foram das sobremesas)!

Dia 2: Fui à escola pela primeira vez, onde eu poderia chutar uma composição de 45% de brasileiros, 40% de coreanos, 5% de japoneses, 5% de latinos e 5% de outros povos. Fiz a “entrevista” para escolher o meu programa de aulas e, ainda nesse dia, fui ao Distillery District, uma parte antiga da cidade onde encontrei uma fábrica de chocolates canadenses muito bons, e ao High Park, um parque bem popular principalmente na primavera e no outono.

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LOVEly, Distillery District

Dia 3: espetáculo Kurios: Cabinet of Curiosities, do Cirque du Soleil. Eu nunca tinha assistido ao Cirque du Soleil antes, e fiquei tão impressionada com todas as atrações que nem vi o tempo passar.

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Dia 4: Jogo do Blue Jays, o time de baseball de Toronto! A melhor parte do jogo era dançar a musiquinha que tocava nos lances importantes. E a segunda melhor parte aconteceu antes dele começar, quando ganhei Coca grátis. :) Mas se entendi direito, os Blue Jays não ganharam aquela partida. =/

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Go Blue Jays, go!!

(…)

Dias 7 e 8: French Canada! Com certeza, a melhor parte de toda a minha viagem. Começou com um passeio de barco por A Thousand Islands, onde conheci muitos latinos – o ponto positivo de viajar sozinha é que eu estava sempre conhecendo pessoas de todos os lugares do mundo! Depois voltamos ao ônibus – a.k.a. tempo para fazer essays – e fomos pra Ottawa, a capital do país. Como a parada lá era curta, não tive tempo para ir a um tour de veículo anfíbio que tinha planejado antes, mas a beleza do Parlamento por si só já valeu por tudo. O parlamento expira história, política e equilíbrio. Em Ottawa também conheci a histórica catedral e uma aranha. Isso mesmo, a escultura da aranha (nome oficial: Maman) é uma intervenção que existe em vários países do mundo, como Japão, Reino Unido e Coreia do Sul. Realmente não sei qual é o significado dela, só sei que uma das melhores fotos que já tirei foi a da aranha devorando a catedral. 😛 Ainda naquela região, tinha um mercado estilo Mercadão de São Paulo com uma feirinha em volta onde todos os vendedores ofereciam mapple syrup, e de alguma forma, cada amostra tinha um sabor diferente.

Bus again, essays again, fomos passar a noite em Montreal. Noite, a – única – comida típica canadense: batata frita com gravy (molho gorduroso) e queijo. Apesar de o pessoal do restaurante falar inglês, eles preferiam o francês para manter a originalidade, mas isso não foi problema porque fiz amizade com uma francesa que fez o meu pedido.

Aviso de utilidade pública: Nunca experimente Dr Pepper. Eu estava tão empolgada experimentando coisas novas que acabei desperdiçando o meu dinheiro nesse refrigerante horrível. Nunca. Experimente. Dr. Pepper.

Voltei para o hotel com as minhas colegas de quarto da Suíça. No dia seguinte tive o café da manhã com toda a diversidade canadense possível. Saímos cedo, passamos no Mount Royal, e rumamos para Quebec.

Quebec! <3 <3 <3 De repente eu estava na França ao invés de no Canadá. De repente a maioria das pessoas não falava inglês, mas se esforçava para entender minhas mensagens. De repente eu estava rodeada por uma arquitetura antiga, por portos, por estátuas, por pessoas que se sentam em um banco da praça para simplesmente relaxar.

Cheguei à Cathedral-Basilica of Notre-Dame de Québec no final de um casamento. Tirei uma foto da catedral pelo lado de fora, e então percebi uma fila imensa em direção à porta alternativa da qual eu havia saído há pouco tempo. Perguntei aos últimos da fila o propósito daquilo, mas eles não falavam inglês. Entrei na fila. Descobri que aquela porta se abria apenas de 50 em 50 anos, e que ela estava atraindo muitos turistas por fins religiosos, já que “passar pela porta e encostar na mão de Jesus dá sorte”.  Nunca visitei tantas igrejas e catedrais como fiz durante essa viagem, hahaha. Acho que isso independe de religião, gosto bastante de reparar nas construções e nos vitrais coloridos, de ficar em lugar onde todo mundo está quieto e preso em seus próprios pensamentos.

Continuei explorando Quebec sozinha e tirando fotos. Fui a um tour histórico maravilhoso com um guia que incorporou fielmente um personagem do passado. Minhas lembranças sorteadas sobre o dia são: um prédio do qual muita gente pulava durante a Crise de 1929; explicações sobre um painel que retratava Quebec em todas as estações do ano; uma história sobre um incêndio que aconteceu quando os tetos das casas eram de madeira.

À noite fui ao Mc Donald’s e a um restaurante pra pedir só a sobremesa – um tipo de petit gatteau com um nome diferente –, então voltei pro hotel enquanto todo o resto da excursão foi pra festa. Dormimos em Quebec, acordamos em Montreal. Old Montreal! Dessa vez eu passei o dia com brasileiros. Fomos à Notre-Dame Basilica of Montreal, a catedral mais linda de todas – e olha que fui a muitas catedrais pra poder comparar! (De qualquer forma, foram quatro dólares pra entrar, então tinha que ser bonita mesmo, haha). Ainda melhor do que a catedral era a praça em frente a ela, com uma fonte e uma orquestra.

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Parliament

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Aranha pronta para devorar a catedral

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Old Quebec

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Old Montreal

Dia 9: De volta a Toronto, cheguei à escola e soube que as aulas começariam mais tarde porque a minha sala tinha feito um simulado do TOEFL na sexta-feira em que eu faltei para viajar. Aproveitei então para conhecer melhor o centro de Toronto, o Old City Hall, o City Hall atual, a Dundas Square, e para andar pelos arredores da Ryerson University.

Dia 10: Fui à Chinatown, onde encontrei várias lembrancinhas e também me surpreendi ao perceber que várias comunidades chinesas se estabeleceram no Canadá há bastante tempo, mas ainda não falam inglês.

Dia 11: Yorkville, o “bairro nobre” de Toronto. Como tudo lá era absurdamente caro e eu estava sozinha, fiquei só walking around, tirando fotos e reparando na arquitetura do local. Depois fui à Summer’s Ice Cream, a sorveteria que um amigo tinha me recomendado, e tomei as duas melhores bolas de sorvete da minha vida: mapple walnut e (insira o adjetivo que não lembro aqui) brownie. Ainda no mesmo dia, fui ao Rippley’s Aquarium com algumas pessoas da escola e coincidentemente encontrei um amigo brasileiro que tinha conhecido durante a viagem para French Canada. O diferencial de lá é que tem um tipo de túnel de vidro com uma esteira por onde dá para ficar “dentro do aquário” e tirar fotos como se tivesse um tubarão te devorando. Apesar de ter sido legal, acho que não valeu o olho da cara que paguei para entrar. Ao menos valeu o gostinho de vitória por ter conseguido passar da Union Station e voltar pra casa. A Union é a maior e mais confusa estação que existe na cidade e praticamente todos os pontos turísticos estão ao redor dela.

Dia 12: University of Toronto :) :) :)

Minhas aulas iam até o meio-dia, então almocei às pressas e segui a pé com o mapa que fizeram para mim na escola. Avistei alguns institutos de pesquisa, hospitais, e logo em seguida o Queen’s Park, que é bem bonito e verde. Não sei exatamente onde terminava o parque e onde começava a universidade, já que a universidade em si parecia um parque. Ao entrar lá, tive a sensação que mais precisava no momento: toda a loucura do application que decidi fazer de última hora fazia sentido e me senti muito motivada para continuar a corrida contra o tempo.

Depois de ir ao visitors centre e ganhar muitos panfletos, fui ao tour, onde conheci o sistema de residential colleges: do St. Michael’s College ao Trinity College – que tem jardins muito bonitinhos e um dining hall muito top –, passando pelo Victoria’s College – que é grande e tem o mesmo nome que eu, isso foi suficiente pra me conquistar :P.  Passamos por duas bibliotecas, pelo gym, e à Hart House, um prédio que fica exatamente no centro da universidade e foi idealizado para os estudantes fazerem qualquer coisa divertida que não inclua estudar (por exemplo, tem todos os livros literários possíveis, exceto livros didáticos). Quando o tour terminou, conversei com um dos admissions officers de lá e vi a minha imagem de universidade perfeita se desfazer, ao passo em que ele me dizia que são concedidas no máximo três bolsas por ano para international students. Adeus, application pra U of T.

Ainda assim, como sou muito curiosa e xereta, resolvi visitar o departamento de física. Entrei e saí sem ser notada, hahaha. Aqueles corredores estavam muito movimentados e não dava pra extrair muita informação a partir deles, então resolvi entrar lá de novo e conversar com uma pessoa aleatória, que disse que eu poderia entrar em algum laboratório caso encontrasse algum aberto, mas infelizmente isso não aconteceu. Novamente, não consegui notar a diferença entre a saída da universidade e o início da cidade (dessa vez fui por outro caminho, a universidade é tão grande que ocupa umas cinco estações de metrô). Gostei bastante dessa integração entre cidade e universidade. Já tinha visto isso antes na Finlândia, mas dessa vez pude observar algo mais centralizado.

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Trinity College

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Departamento de Física

Dia 13, sexta-feira, Casa Loma. Visitei o famoso – e único – castelo de Toronto. O exterior tinha fontes e jardins maravilhosos, e todos os cômodos do interior foram mantidos e preservados como eram antes. Recebemos walkie-talkies por onde podíamos colocar o número do cômodo de onde estávamos para ouvir gravações sobre a história do castelo, assim como comentários sobre objetos antigos específicos do lugar.

Tomamos chuva na volta e fomos ao shopping.

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Dia 14, sábado, viagem ao Algonquin Park. Apesar de eu ter pego um dia muito chuvoso e de não ter visto nenhum alce, valeu muito a pena ter ido à reserva natural mais popular de Ontario! Remei, fui a um museu no visitors centre e hiked até chegar a uma clareira muito linda, onde me senti no filme Crepúsculo (essa foi realmente a melhor comparação que encontrei).

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Uma foto no meio do lago momentos antes do barco em primeiro plano bater no obstáculo

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#twilight

Dia 15, domingo, Niagara Falls. Eu estava cheia de expectativas sobre essa viagem, mas vi todas elas se desfazendo na chuva que marcou o dia e destruiu a minha sombrinha. Passamos em uma fábrica de vinhos (fiquei tirando fotos e comendo os snacks que eu tinha levado pra viagem porque eu não tinha o que fazer lá), conhecemos a pequena Niagara On The Lake, e finalmente chegamos às cataratas. O passeio foi legal, mas eu fiquei toda molhada, e como estava muito frio, tinha água realmente congelando sobre a minha pele. Isso significa que eu fiquei praticamente o dia todo entrando em lojas para me secar, me aquecer e me proteger da tempestade que acontecia lá fora.

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Niagara On The Lake

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Cataratas!

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Niagara Falls e suas infinitas coisas para fazer mesmo quando está chovendo

Dias 16 a 20:

  • Royal Ontario Museum, uma das melhores atrações da cidade, onde há relíquias de todas as culturas do mundo, seções de arte, seções de ciência e seções do período ágape – com muitos esqueletos de dinossauros!!
  • Lawrence Market, o melhor mercado do mundo, segundo a National Geographic. Sinceramente, a melhor parte de ter ido ao St. Lawrence foi passar pelo parque que havia nos arredores. O parque era muito bonito, tinha muitos esquilos e, de brinde, uma catedral anglicana para eu visitar.
  • Art Gallery of Ontario. O exterior inovador da galeria já mostra o quão legal é o lugar.
  • CN Tower, o cartão-postal da cidade, porque afinal dava pra ver a cidade toda de lá de cima. :)
  • Toronto Zoo. Foi onde vi ursos polares, pandas, linces e hienas pela primeira vez! O zoológico é muito contextualizado e representa fielmente cada bioma do planeta, já que divide sua área em regiões como “African Rainforest Pavillion” ou “Indomalaya”. Mesmo que eu já conhecesse todos os animais de lá, valeria a visita simplesmente por poder caminhar lá e tirar fotos. A Angela, filha da minha host grandma, foi muito gentil ao me levar lá!
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Dinossauro do ROM

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Parque bonitinho perto do St. Lawrence Market

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Topo da CN Tower :)

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Decoração de Halloween no Toronto Zoo

Dia 21: Fiz o SAT. Apesar do mal-estar causado pela prova, até que o dia foi legal. Fiquei absurdamente surpresa ao descobrir que a escola onde fiz a prova era uma escola pública, tão qualificada era sua infraestrutura. Fazer o SAT em um local onde MUITOS outros alunos estão aplicando é certamente uma experiência completamente diferente de fazer o SAT no Brasil, até mesmo porque o sistema lá é muito mais rígido (okay, o fiscal da minha sala parecia ser nervosinho no começo, mas depois eu percebi que isso era por causa do sotaque asiático dele – bubble it! Bubble it! –, porque até que ele foi bonzinho ao nos dar um minuto de stretching entre as sections e ao me deixar entrar na sala mastigando o chocolate que eu tinha acabado de colocar na boca). Fiz uma das minhas únicas amizades com canadenses ao sair da prova e pegar um ônibus até a Finn Station.

A partir de lá, fui para Toronto Islands! Peguei uma balsa até a Central Island e, após percorrê-la toda, tive a brilhante ideia de ir até às duas outras ilhas a pé. Depois de muito andar, passar por um farol e ficar com medo de estar andando sozinha (não tinha ninguém mesmo por perto num raio de infinitos metros), voltei e descobri que ninguém tenta transitar entre as ilhas a pé porque é muito longe, e é por isso que tem outras balsas que levam até as outras ilhas (o que também não valeria a pena de se fazer no mesmo dia, uma vez que eu teria que sair da Central Island de balsa pra então pegar outra balsa). Ah, fiquei cansada só de escrever isso! 😛 Ainda assim, a Central Island é linda – píer <3 — e foi bem relaxante caminhar por ela depois de fazer uma prova tão importante.

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Vista do píer

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A cidade vista a partir da ilha

Dias 22 a 26 – Despedidas:

  • Canada’s Wonderland! Como não conheço outros parques de diversão fora do Brasil, não sei se isso é comum, mas o Wonderland me surpreendeu pela variedade de atrações (incluindo montanhas russas de todos os tipos) das quais eu poderia usufruir praticamente sem precisar enfrentar filas. Além disso, foi lá onde experimentei o meu primeiro BeaverTail, uma massa frita deliciosa coberta com chocolate, peanut butter, confetes, e pedaços de paçoca (Reese’s <3).
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BeaverTrails

 

  • Thanksgiving Day. O Dia de Ação de Graças é celebrado em uma data diferente da dos EUA. Ainda assim, é uma festa muito comemorada! Todas as lojas, redes de fast food e Starbucks fazem especialidades com abóboras nessa época do ano, e isso se deve tanto ao Thanksgiving, quanto ao Halloween (aliás, todas as lojas já estavam decoradas de dia das bruxas e tinham imensos corredores de fantasias). Minha host grandma querida fez um almoço especial no Thanksgiving Day, e o nosso dia se resumiu a comer e a assistir a um filme depois.
  • Como nos últimos dias eu já tinha conhecido quase tudo na cidade, eu e minha amiga decidimos explorar os cantos inexplorados de Toronto. Fomos a um shopping na última estação da linha roxa (a estação mais desabitada de todas) e acabamos gastando a maior parte da nossa tempo nos trajetos de ida e volta.
  • Minha host grandma me levou para jantar em um restaurante de Greek food no meu penúltimo dia em Toronto. Além de comida grega ser muito boa, essa despedida foi marcante.
  • O último dia foi bem rápido para mim. Tirei uma foto com a minha turma da ILSC, almocei na Main Building com vários amigos que conheci lá, passei no shopping rapidamente para comprar algumas coisas pra levar pro Brasil, e então passei pela Toronto Public Library, um lugar bem legal e que eu gostaria de ter conhecido antes. Terminei de arrumar as minhas malas e logo em seguida já saí em direção ao aeroporto, passando na casa da filha da minha host mother no caminho, pois ela queria me entregar um pen drive com fotos. Estava chovendo muito. Eu via todas as luzes de Toronto pelo carro, da mesma forma que fiz quando cheguei, mas dessa vez o meu olhar era de despedida e ele estava tão embaçado quanto o vidro da janela pela qual eu encarava o caminho que deixava para trás. Há algum tempo desde que não preciso preparar o que vou falar em despedidas (erm, sim, eu costumava fazer isso antes), mas dessa vez eu sempre soube que não conseguiria expressar a minha gratidão pela pessoa que me acolheu tão carinhosamente no Canadá. Ainda assim, como sou uma pessoa teimosa, acabei esperando as palavras até o momento em que eu devia abraçá-la e sair em direção ao check-in. Fiquei com “see you soon” mais uma vez.
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O que eu fiz no último semestre, Jornada Espacial e Application

Postado em 15 de fevereiro de 2015 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

Oi, pessoas! Eu sei que muito tempo se passou desde o meu último post, então vai ser um pouco difícil contar tudo o que aconteceu durante esse período.  Eu pretendia escrever diariamente aqui durante o meu intercâmbio para o Canadá – entre setembro e outubro – mas, pra variar, não deu tempo. A bem da verdade, eu só comecei a escrever sobre a minha viagem alguns dias atrás, depois de me livrar da maior parte dos meus compromissos. Pensei que estaria livre depois do SAT de Janeiro, mas desde então me mantive ocupada enviando documentos para bolsas, fazendo entrevistas de universidades e procurando um lugar para morar perto da Unicamp (sou muito grata a todos os parentes, amigos e veteranos que estão me acolhendo em Campinas e me ajudando nesta etapa).

Não sei como estará a minha vida nem daqui a um mês, nem mesmo daqui a uma semana. E a não ser pelo fato de eu não ter a mínima ideia de onde será a minha casa quando começarem as aulas no dia 25, isso é legal.

Acho que o começo “concreto” de tudo isso foi o Millennium Youth Camp – RIP, mas faremos de tudo para que as outras edições continuem existindo. Quando fui selecionada pro MY Camp e me descobri já aceita na University of Helsinki, comecei a pesquisar sobre essa oportunidade e a considerar a possibilidade de estudar fora, algo que nunca havia passado pela minha cabeça antes. Conforme conheci a Finlândia e absorvi uma cultura voltada à educação, totalmente diferente da qual eu estava acostumada, voltei ao Brasil com novas ideias, decidida a aproveitar a minha oportunidade na Finlândia. Durante o MY Camp, também descobri que além da University of Helsinki, eu também poderia estudar na Aalto University – a universidade de engenharia, tecnologia e artes – ainda que a grande maioria dos cursos de Aalto seja em finlandês.

Além da University of Helsinki ser uma das melhores universidades do mundo, eu me via então com uma oportunidade de trabalhar e estudar com pessoas inovadoras em uma cidade totalmente sustentável, onde a população apresenta os maiores indicadores de felicidade do planeta. Contudo, já que eu estava mesmo disposta a estudar fora, por que não tentar uma vaga em uma daquelas “top 10”? Admito que o ranking seja o primeiro atrativo dessas universidades, mas logo descobri que elas são muito mais do que isso, e que eu correria o alto risco de me arrepender no futuro caso não tentasse estudar em alguma delas.

Em meio às pesquisas para fazer a minha college list e à adaptação ao processo do application, me encontrei MUITO ATRASADA. Eu estava sozinha. As inscrições para o Personal Prep Scholars da Fundação Estudar e para o Opportunity Grants da Education USA já tinham acabado, e de repente eu estava mais perdida do que nunca. Eu quase desisti. Eu tinha que estudar para o SAT I, II e para o TOEFL. Eu ainda estava fazendo olimpíadas e em setembro eu estaria voando para o Canadá. Eu não sabia por onde começar.

Primeiro, decidi abandonar o vestibular de vez. Por um momento, não fazia sentido deixar algo que até então era a minha única perspectiva. Por tudo o que eu tinha estudado nas férias de quando acabou o meu 1º ano, por todo o meu esforçado 2º ano… Entretanto, percebi/decidi que eu já havia estudado o suficiente, que o vestibular seria uma forma de segurança no Brasil, mas que eu iria para a Finlândia de qualquer forma. A partir de então, eu me dedicaria exclusivamente à meta de estudar nos EUA. (Fiz isso porque eu realmente estava sem tempo, mas foi uma decisão ousada que eu NÃO recomendo a ninguém.)

As provas foram a pior parte de tudo isso. Aliás, ainda não sei se a pior parte é conseguir fazer as provas, ou alcançar notas decentes nelas. Porque sim, o começo foi muito confuso para mim, eu quase perdi vagas para o SAT algumas vezes, perdi uma vez, fiz de waitlist… e isso sem falar sobre o TOEFL, no qual vagas sumiam e reapareciam rapidamente e consegui o meu lugar em Campinas em uma vaga que apareceu milagrosamente uma semana antes da prova. Estudar para as provas era a outra luta, luta com a falta de tempo, luta contra tudo. Principalmente no SAT. Luta contra os dois livros de vocabulário que eu estudei e aparentemente não contribuíram para elevar a minha nota. E durante a prova, a luta contra o tempo novamente. Foi por pouco que não desisti.

Luckily, desde junho eu tinha os brasileiros fofos do MYC para me apoiarem nisso tudo <3, e então, em setembro, fui premiada pelo Mentoring Program do BSCUE com a melhor mentora que existe na Terra! A Bárbara tornou tudo mais fácil e tranquilo (no sentido de calma mesmo, haha), eu sou muito, muito, muito grata por tudo o que ela tem feito por mim! <3

Ainda em setembro, fui para o Canadá e tive a certeza de que eu estava fazendo a coisa certa ao aplicar. Foi a minha primeira vez viajando de fato sozinha e essa experiência em si fez com que eu me sentisse mais madura em relação ao meu futuro também. Além disso, conheci a University of Toronto, onde vi a college life na sua forma mais vívida em todos os lugares do campus, o que me encorajou a continuar working hard nos meus planos, para um dia estar pronta para frequentar um ambiente acadêmico tão vibrante como aquele. Trarei mais detalhes sobre a minha viagem no próximo post!

Depois que voltei de Toronto, o evento mais marcante que aconteceu foi a Jornada Espacial, em novembro. Encarei aquela semana como uma despedida da minha “vida de olímpico” (felizmente, um mês depois, descobri que ganhei medalha de ouro na OBMEP, o que significa que eu vou pro Rio e vou reencontrar muitos amigos na premiação nacional!! 😀 ), que por sinal já estava aos poucos se tornando mais passiva =/.

Tivemos palestras com o coordenador da OBA, Canalle, com professores e profissionais do ITA, do INPE e do DCTA. Aprendemos todo o conteúdo sobre satélites que é possível de ser aprendido em uma semana. E claro, não se pode esquecer do lançamento de foguetes de garrafa pet que fizemos em uma das oficinas! O Buzz Lightyear da minha equipe voou alto toda vida! 😀 Aqueles dias começavam às 6h e as atividades se estendiam até cerca de 21h, com pausas apenas para as – fartas – refeições. Mal tínhamos tempo para ficar cansados, e assim que o nosso cronograma era liberado, fazíamos nossa própria programação, indo ao shopping ou jogando qualquer coisa na cobertura. Mímica, áfrica e poker nunca foram tão divertidos antes! 😀

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Porque é isso o que as pessoas fazem quando elas vão ao ITA participar de uma Jornada Espacial :)

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Despedida

Depois da Jornada vieram as primeiras fases dos vestibulares, e a seguir, todas as preocupações de quem está em cima do prazo do application: cartas de recomendação, históricos escolares antecipados a serem traduzidos, essays, revisões de essays… e a minha formatura no meio do caminho. Eu estava tão afobada com tudo o que eu tinha a fazer que mal notei a simbólica “divisão de águas” do momento, entre os meus sete anos estudando na mesma escola, conhecendo praticamente todo mundo da minha cidade pequena, e a página em branco que 2015 representaria para mim. Mal percebi o Natal passar, muito menos a virada do ano (fortunately, eu tinha pessoas muito queridas e amadas me mantendo calma, dividindo as preocupações e me ajudando com tudo no dia 31 ♥♥♥). Acordei em 2015 pensando em tudo o que eu tinha enviado no CommonApp e nas mudanças que tinha feito de última hora. Contudo, segui o ano fazendo as segundas fases da USP e da UNICAMP e com todo o resto que eu descrevi no começo deste post. Começarei estudando Engenharia Elétrica na Unicamp e não tenho a mínima ideia de onde terminarei a minha graduação. Não sei se vou passar nas universidades para as quais eu apliquei, mas ao menos tenho a certeza de que fiz tudo o que pude na minha tentativa. :)

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Felicidade olímpica: cursos de férias

Postado em 10 de agosto de 2014 por Vitória Barim Pacela – 2 Comentários

Hey! Vim para contar sobre duas semanas muito legais que eu tive no mês passado: a primeira foi na Escola de Física Contemporânea, um evento em que você respira física das 8h às 22h (ou, dependendo, até a meia-noite), aproveitando o dia com várias palestras, aulas e experimentos de física.  E além de tudo isso, também tínhamos monitores de física! Isso mesmo, pessoinhas muito legais que, durante os intervalos (saudades, coffee breaks!), esclareciam todas as dúvidas e curiosidades de física que você tivesse na vida, que almoçavam e jantavam com você falando de física como de futebol — o que esclareceu muitas das minhas dúvidas sobre áreas de pesquisa –, ou até mesmo discussões aleatórias, indo desde discussões sobre especulação até insultos à engenharia, haha.

Logo no primeiro dia, tivemos uma palestra muito inspiradora, com o professor Bagnato, sobre Biofotônica no diagnóstico e tratamento de doenças, com a aplicação de um tratamento não cirúrgico que cura o câncer de pele. Já na segunda-feira, acredito que o mais marcante tenha sido a aula prática de física geral, com direito a experimentos do IYPT (canhão gaussiano e freios magnéticos \o/) e um choque elétrico coletivo (ok, essa foi a parte não tão legal do dia). Outro dia foi todo gasto com física moderna, visitamos os laboratórios do IFSC, e terminamos com uma super (realmente, foi até a meia-noite) palestra sobre “Buracos Negros: abismos do tempo e espaço” com o Vanzella, o físico teórico tão legal quanto um físico experimental :P.

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Tivemos, então, os dois tão esperados dias de trabalho — e que tanto nos lembravam do IYPT. No primeiro, fizemos os experimentos no laboratório, e o meu grupo (pessoas que eu escolhi aleatoriamente no primeiro dia e deram muito certo, Leonardo e Gabriel!) ficou responsável pela Constante de Planck, que eu não imaginava que seria tão legal, e acabou sendo até melhor para que eu pudesse visualizar o fenômeno da difração. Já o segundo dia foi inteiramente gasto na biblioteca do IFSC, onde ficamos pesquisando teorias em uns 1283791287 livros, fizemos gráficos, um deles com um fitting bem trabalhoso (ou melhor, que não teria saído ainda sem a ajuda de nossos queridos monitores, a.k.a. Pé de Pano :)) e preparamos nosso seminário. Todos os grupos atrasaram e não conseguiram terminar os slides no tempo limite, então pudemos ficar na universidade até meia-noite, mas sem antes assistir à palestra “The Power of Quantum: From Information to Life” do Gerardo Adesso, da University of Nottingham, que, em minha opinião, foi uma das melhores, pois eu tinha finalmente conseguido associar tudo o que tinha aprendido naqueles dias com o que ele falava. E, por fim, aquela semana incrível se encerrou com a apresentação de nossos trabalhos, seguida da premiação.

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Minha próxima aventura foi o EHH: encontro do qual eu não tinha lá grandes expectativas, mas que foi essencial para passar por cima da depressão pós-EFC, haha. Brincadeira, mais do que isso, achei a edição deste ano ainda melhor do que a do ano passado, seja por eu estar no nível 3 e ter palestras mais legais, pelas pessoas que estavam lá, ou pelo lugar, porque Floripa é demais (ainda que a minha delegação não tenha ido à praia =/)! Hoje, uma semana depois, tenho muitas saudades de acordar cedo, encontrar todo mundo no café da manhã após a looooooooonga caminhada até o salão de convenções, fazer alguma coisa na sala de jogos, voltar correndo — aquela maratona que parece interminável pras pessoas sedentárias — ao salão para pegar lugar bom para a palestra, depois correr mais ainda para pegar um lugar na frente na sala do nível 3, enfim correr novamente pra fila do almoço e pegar uma sobremesa antes de se formar outra fila, e claro, correr de novo pra pegar uma mesa, até o ciclo reiniciar com a volta do minicurso e o jantar.

Mas além de tanta correria, no final do dia nós também tínhamos tempo livre \o/ — eu não lembrava mais o que era isso depois da EFC — pra jogar vôlei de areia, tênis, ping pong, pebolim, máfia, sinuca, *aquele jogo estranho e dinâmico de pegar as cartas do seu parceiro que joguei com o pessoal do PECI*, o jogo alemão do Diego, ou… jogos matemáticos! O hotel também tinha uma piscina muito bonita pros corajosos, da qual usufruí — graças à boa vontade do Robson, o “monitor” super gente boa que, felizmente, era gente boa comigo —  no meio tempo que não existia entre a palestra, que terminou às 17h, e a confraternização, que começou às 17h. Além disso, neste ano o EHH teve várias festas ao redor da piscina: um churrasco, a festa não oficial depois do festival de massas, e a baladinha oficial.

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Pessoal do nível 3

Como já disse, as oficinas (agora rebatizadas de minicursos) foram exponencialmente mais legais do que as do ano passado. A mais extraordinária foi a do Eduardo Wagner, que escreveu um dos livros que usamos no PIC e nos ensinou vetores! Eu nunca tinha visto uma lousa tão organizada e uma oratória tão envolvente como aquela, e me tornei ainda mais fã dele quando ele deu a palestra do dia seguinte, com uma abordagem histórica das olimpíadas de matemática e educação, com um desfecho um tanto quanto interessante: o Brasil, ainda que continue ocupando as últimas posições no ranking do PISA, teve um crescimento significante na área de matemática (e apenas na de matemática) nos últimos anos, em que a principal responsável por esse avanço é a classe baixa… … … tirem suas próprias conclusões. 😉

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Aula de vetores

 

Percebi que este blog fez 1 ano no mês passado 😀 Dei uma olhada nos meus posts antigos e percebi que mudei bastante o meu jeito de escrever, mas isso foi naturalmente, então não sei se, afinal, a qualidade melhorou ou decaiu.

Agora, após duas semanas surreais, intensas e decisivas, preciso voltar à realidade e tentar adiantar as coisas por aqui.

Até mais!

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Millennium Youth Camp: See you

Postado em 15 de junho de 2014 por Vitória Barim Pacela – 2 Comentários

Sinto como se os últimos dias tivessem sido um só, afinal, o Sol nunca se punha, e eu dormia uma média de quatro horas por dia. Mas paradoxalmente, já tenho história pra contar pelo resto da minha vida! Citando o meu amigo argentino:

It lasted only a week.
But even if it lasted two weeks, or a month or a year, I would still never get enough of it.

Percebi a receptividade daquelas pessoas logo quando cheguei — vantagem de perder a welcome party: todo mundo vai querer te conhecer no outro dia e lembrar de você; desvantagem: você não vai lembrar de todas as pessoas. Cada grupo tem geralmente dois guias, e eu tive a sorte de ter os melhores guias do mundo: aqueles que perguntam se você dormiu bem e te dão um abraço quando você precisa! Nunca vou esquecer do Samuel, que sabia um pouco de tudo, e que no dia da despedida me levantou até o teto; ou da Aino, que entendia muito sobre o nosso projeto e foi realmente uma guia para todos em Helsinki. Também tivemos muito contato com os guias dos outros grupos: o Victor foi o melhor guia que os brasileiros poderiam ter, ele nos ajudou muito, e tenho conversado e pedido ajuda a ele desde antes de o camp começar. Quanto ao organizador, Saku, ele é o tipo de pessoa que guardo como exemplo a seguir, por ser tão divertido, responsável e genial.  O sentimento de comunidade que encontrei é envolvente, todos os MY Campers que estudam em Helsinki acabam formando um grupo de acolhimento e proteção. Eu tinha uma noção muito vaga de como fazer um mundo melhor até conhecer as atitudes e os perfis de cada um.

No primeiro dia fomos ao Kumpula campus e tivemos a cerimônia de abertura, que contou com a presença da antiga presidenta da Finlândia, além do show de um músico não convencional. Quando chegou a hora do almoço, eu pensei que não conseguiria sobreviver por mais 8 dias naquele lugar, mas aquele foi o único almoço que não gostei de todo o camp, os outros tinham muito salmão, batata, salmão, sobremesas gostosas, salmão, camarão e salmão. Ainda naquele dia, iniciamos as pesquisas do projeto, participamos da amazing race of science — oh, tivemos trocentas gincaninhas como aquela, engana-se quem pensa que vai encontrar nerds sedentários por lá… Às vezes eu só queria ficar em uma sala de tomar café do instituto de física, tentando decifrar os infinitos cálculos espalhados nas infinitas lousas daquele lugar — e depois fomos ao Sauna Demo Day, que na verdade não era uma sauna (como todo mundo pensava), mas sim um evento que premiava iniciativas e apoiava o desenvolvimento delas.

Urban planning team + Jasper na Amazing Race of Science

Urban planning team + Jasper na Amazing Race of Science

Já no dia 5, os grupos visitariam companhias como Nokia e Rovio, enquanto nós do Urban Planning, que não temos companhia, ficamos caminhando nos arredores de Helsinki para captar ideias que poderíamos inserir no nosso projeto. O Rami, um de nossos experts (o único a realmente apoiar e se envolver no projeto), era muito inteligente e estava sempre disposto a compartilhar o conhecimento com nós. Ele também foi o meu entrevistados na última fase, por isso foi ainda mais incrível conhecê-lo. :)

No topo do prédio de um dos estádios olímpicos

No topo do prédio de um dos estádios olímpicos de Helsinki

De volta ao passeio, Helsinki é perfeita e tem vários parques, tanto que dá para comparar com um modelo de “dedos conectados”, no qual é possível atravessar toda a cidade apenas passando por esses parques, que aliás, são um ótimo meio de interação e transporte, há muitas bicicletas e fácil acesso ao transporte público, especialmente trens (a maravilha que deveria existir no Brasil!). Desse modo, não foi difícil realizar a tarefa de chegar ao ponto principal através dos mapas que eles nos forneceram, mesmo que às vezes ficássemos perdidos nas instruções das placas locais, que são dadas primeiro em finlandês, depois em sueco, e por fim em inglês. No final da rota, conhecemos um espaço público destinado principalmente para jovens, onde qualquer um pode frequentar, realizar eventos e fazer a sua arte. A mulher que nos apresentou o lugar era muito simpática e fazia questão de nos esclarecer cada detalhe sobre a história e os novos propósitos da construção; foi muito interessante conhecer todas essas ideias, e até mesmo a preocupação com as cores que representariam o projeto, para que não houvesse nenhuma conotação política envolvida.

À noite tínhamos International Evenings, que sempre começavam com as brincadeiras finlandesas bizarras e divertidas, com o tom de Caesar Flickerman do Velkku, e Olen Lumikkis que nos acompanharão pelo resto de nossas vidas. A apresentação brasileira deixou todos com cara de dançarinos, tanto que era preciso explicar o porquê de a maioria dos brasileiros preferir ficar conversando em qualquer lugar do hotel ao invés de dançar nas baladinhas de despedida. Ainda que muita gente pense que nossa língua seja Espanhol ou Brazilian, muitas pessoas sabem falar alguma palavra em português, como “bom dia”, “boa noite”, “olá” ou “obrigado”, então a partir de agora eu também quero aprender palavras aleatórias de outras línguas, e já tive algum progresso em finlandês, alemão e tcheco. :) Percebi também que os países subdesenvolvidos/emergentes em geral admiram muito o Brasil e a cultura brasileira, eles ouvem muito da nossa música popular, e tinham umas duas pessoas aprendendo português. Apesar disso, todo mundo fazia piadas devido aos brasileiros serem tão “conectados” (é, usaram uma palavra dessas) e falarem em português quando querem fofocar, hahaha.

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Os primeiros de todo o MYC a passar a madrugada cozinhando, ensaiando as danças de última hora e fazendo barulho

Dia 6: fomos pra Aalto University, conhecemos o Design Factory — uma instituição muito legal da universidade, que fez até microfones-almofada que eram jogados para a interação entre público e palco –, mostrei ao mundo o que é uma brasileira jogando pebolim (já que eu não podia fazer o mesmo com futebol ou samba :P), e depois do almoço o meu grupo começou a trabalhar no projeto explorando o campus da universidade: recebemos um mapa para marcar as áreas que queríamos modificar e já começamos a fotografar e pensar nas principais ideias que seriam as representantes do campus, da universidade, e até mesmo da cidade, já que uma das propostas era a de criação de uma identidade — e foi aí que surgiu a nossa obsessão por patos, o lema do grupo era “Basically ducks” 😀 . Depois ainda fomos ao departamento de ciência, brincamos com gases, vimos experiências muito legais (uma dela lembrava o freios magnéticos do IYPT) e aprendemos um pouco sobre o avanço da neurociência.

Urban planning em Aalto.

Urban planning em Aalto.

O dia seguinte foi de trabalho duro no projeto, era bem interessante e difícil trabalhar em grupo quando se trata de humanas… Mas afinal, gastamos mais tempo na escolha do título do que no projeto em si. Tivemos ainda as atividades na selva, que citei no outro post, e então mais um dia working hard no projeto, com uma palestra sobre o cérebro humano e algumas atividades. Até então, as International Evenings já tinham acabado, logo, essas últimas noites foram gastas em uma fogueira com marshmallows e dough, histórias, música, hide & seek finlandês, sauna finlandesa e piscina. 😀

fogueira

jump

Foto tradicional. Ocasionalmente, quase todo mundo estava vestindo azul.

Segunda-feira, dia do gala, fazia exatamente uma semana que eu estava viajando. Não tivemos a tão esperada conferência com Stuart Parkin, laureado do Millennium Technology Prize. :( :( :(  O dia todo se resumiu a preparações para o gala e todo o nosso trabalho se resumiu a uma apresentação de três minutos e um poster. Percebi que, desde a publicação dos nossos perfis no MyScience, o gosto pela arte sempre era ressaltado. Quando cheguei lá, algum dos organizadores estava fazendo comparações entre a ciência, o trabalho desenvolvido no MYC, e a arte. Mas no gala, o Velkku me perguntou o que eu estava achando de tudo aquilo e fez um comentário que me chamou a atenção: era como se estivéssemos numa galeria apresentando nossa obra de arte. De fato, estávamos lá, apresentando um trabalho que começou em fevereiro, para embaixadores e pesquisadores do mundo todo. Mas acho que o mais divertido foi ficar visitando e finalmente aprendendo sobre o projeto dos outros grupos :) Desde o começo, eu tinha me interessado pelo projeto de Energia, mas depois de ler os posters e ver as explicações de cada um, é inegável que de repente eu queria ter participado de todos os grupos!

everybody

 

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“Tea time in the garden”

 

Brasileiros

Brasileiros

gala

Apresentando o projeto na cerimônia de gala.
Poster: Proposal for Otaniemi 2020: “Urban heart, campus spirit”

Unfortunately, chega o último dia. Eu já tinha me despedido do Rami na última noite, com lágrimas nos olhos, portanto, já estava preparada pra todas as despedidas que teríamos que enfrentar. Ao mesmo tempo, a terça-feira também era o dia mais esperado, porque estávamos livres dos projetos e teríamos o dia todo de passeios, em Helsinki e na balsa pra ilha de Suomenlinna, um lugar lindo! Nesse contexto, acho que se encaixa bem uma das trilhas sonoras do camp:

Staring at the bottom of your glass

Hoping one day you’ll make a dream last

But dreams come slow and they go so fast

Um trio formado no camp cantou a música mais fofinha do mundo na cerimônia/festa de despedida! O “Goodbye MY Campers, goodbye my friends… you have been the ones for me” nunca vai sair da minha cabeça nem do meu coração (argh, saiu tão meloso que eu tive que riscar). Após mais alguns depoimentos e apresentações, nossos guias entregaram os certificados e diamantes, e também descreveram nosso grupo. No meu caso, recebemos de lembrança um caderno de mensagens, e acho que foi o melhor presente de todos. Aino e Samuel, vocês são os melhores guias possíveis! <3

Créditos: Shahreer

Créditos: Shahreer

Na última noite, nós tínhamos permissão para ficar acordados, então fiquei esperando a primeira turma ir embora, às 4h. Despedidas são muito difíceis pra mim, mas dessa vez tento usar a estratégia da Ping (smiley guide): ela nunca diz “goodbye”, mas sim “see you soon” :). Estou muito feliz por saber o nome e o país de cada um, e por ter conseguido conversar com a maior parte das pessoas (campers e staff), o que eu pensava que era impossível. Tive uma percepção cultual que jamais imaginaria, percebi a diferença de oportunidades, pensamentos e propósitos determinada em cada lugar.

Hoje um menino do meu grupo, Matthew, postou a seguinte mensagem no facebook:

Not looking forward to going back to school tomorrow…

Why couldn’t I still be in FInland with all of you awesome people, MY Campers? I feel like the time of our lives has flown by just as we’d gotten to know each other…

Like they say, this too shall pass.

E agora eu sinto que é a hora de dizer See you!

 

Helsinki by Pancho

Helsinki by Pancho

catedral

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MYC!!!

Postado em 7 de junho de 2014 por Vitória Barim Pacela – 2 Comentários

Olá pessoas! É exatamente 1h aqui em Helsinki e eu deveria estar dormindo ao invés de escrevendo isso… mas de qualquer modo, quero ter alguma recordação do que eu realmente escreveria. E bem, peço desculpas porque essa leitura provavelmente não vai fluir (to falando português só quando estou sozinha com os brasileiros, então é estranho e confuso ficar trocando de linha toda hora), e a intenção é de que o post seja realmente curto e rápido.

A loucura já começou nos dias 2 e 3, com o voo que levou, se não me engano, 18 horas até Frankfurt. Então teríamos 5 horas de aventuras por lá, até  o voo pra Helsinki… e de fato, foram aventuras, porque o aeroporto era realmente gigante! Ficamos perdidos várias vezes, chegamos até mesmo a passar  pelo lugar em que revistam nossa mala de mão duas vezes para um mesmo voo… simplesmente porque achamos uma porta mágica que abria sozinha e andamos em círculos. Depois também tivemos muitas aventuras comento pretzels sem recheio, até descobrirmos que na verdade o voo seria dividido, e nossa viagem atrasaria ainda mais um pouco… Seria frustante dormir menos ainda, além de perder a welcome party, mas o tempo que ficamos falando qualquer besteira de pessoas cansadas realmente superou o nosso desgosto. :)

Bem, eu já andei por toda a University of Helsinki, tivemos uma Amazing Race of Science, awesome International Evenings — aliás, a apresentação brasileira foi um sucesso, e agora o mundo todo ama brigadeiro! –, passeios pela cidade de Helsinki, na Aalto University… além de workshops muito legais (ainda que a maioria de nós estivesse realmente cansada pra ficar de olhos abertos o tempo todo e… ops) e um momento Jogos Vorazes hoje — de verdade, ficamos kinda perdidos na floresta e eu usei até mesmo um arco e flechas!). Finalmente, temos trabalhado no nosso projeto, os experts e guias são muito, muuuuuuuito legais e atenciosos, e eu amo Urban Planning!

Aqui está um link pras fotos oficiais do MY Camp: https://www.flickr.com/photos/myscience/sets/ e logo abaixo uma foto da apresentação do Brasil na International Evening.

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Eu realmente vou sentir muito quando isso acabar, porque já me acostumei com essa rotina doida e não consigo mais imaginar minha rotina antiga…

Até mais!

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Ansiedade

Postado em 28 de maio de 2014 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

Olá! Aqui estou eu, freaking out, a cinco dias do Millennium Youth Camp, e acho que já está na hora de compartilhar essa ansiedade com vocês.

Este mês foi composto por cinco olimpíadas, que eu me lembre, além de que eu também estava fazendo o projeto de Urban Planning, então nem vi o tempo passar. Aliás, esse projeto é o começo do que vai ser apresentado lá — em apenas três minutos =/ –, e continuamos planejando uma nova Aalto University, coletando ideias e agora escrevemos um pouco sobre o espaço urbano na Finlândia.

Bem, eu ainda tive uns dias meio nostálgicos pelo IYPT… e outros de frustração, alguns suficientes pra ter vontade de fazer uma lista de motivos pra não participar; até que eu me dei conta de que isso seria totalmente incoerente, já que a culpa das coisas que acontecem não são dos organizadores — e eu valorizo muito o trabalho deles –, além de que o IYPT, ainda assim, mudou muito a minha vida — ok, isso soa dramático, mas foi mesmo — e o meu modo de ver as coisas. Enfim, não tem como explicar o que acontece a cada vez que algum vídeo do torneio é postado, seja a cerimônia de abertura ou encerramento, mas vou tentar me realizar na próxima edição ajudando o meu irmão.

Só percebi hoje que muitas coisas que eu fizer neste ano serão feitas pela última vez… Ontem eu fiz a Primeira Fase da OBMEP pela primeira vez, após seis anos de tradição. A OBA também foi marcante, participo dela há quatro anos, e lá se foi, pela última vez… Já a ONHB é a olimpíada que marcou o meu Ensino Médio, afinal, aprendi até mesmo a ouvir MPB! Vou sentir muita falta de passar as segundas-feiras lendo questões, documentos, pesquisando… e então as terças-feiras almoçando salgados, ficando o dia inteiro na escola, e arrumando brigas com a equipe na discussão das questões; depois ficar indecisa e arrumando mais um pouco de discussões até sábado e enviar as respostas da semana. E por fim, passar o domingo ansiosa pelo resultado da segunda-feira.  Estamos, novamente, na 5ª fase, no poder de corrigir a tarefa de outras equipes, hahaha, isso é muito divertido, e os novos critérios de correção estão bem melhores. Aprendi muito na realização da tarefa — ou melhor, na ONHB toda, já que eu não tinha conhecimentos tão aprofundados sobre o Regime Ditatorial –, entrevistamos um senhor da minha cidade que vivenciou o período e ficou preso por um mês! É muito diferente e interessante imaginar como foi a época a partir do ponto de vista de alguém que de fato vivenciou o que ocorria.

Entretanto, voltando ao pico de ansiedade: eu deveria estar ouvindo e tentando decorar algumas músicas exatamente agora! Isso mesmo, a abertura dos eventos do MYC acontecem com todo mundo cantando, e a lista de músicas foi sugerida por nós mesmos. Além disso, nós, brasileiros, pretendemos fazer uma apresentação muito divertida — e da qual eu também não ensaiei nada, porque tenho que agir como uma tradicional brasileira e deixar para a última hora — na International Evening.

Já recebemos a programação, e tudo parece muito divertido: passaremos um bom tempo na University of Helsinki, em Aalto, conheceremos Porvoo, Suomenlinna, teremos uma conferência com ganhador do Millennium Technology Prize… 😀 A única parte ruim é que seis de nós brasileiros perderemos a Welcome party… mas isso porque o nosso voo chega em Helsinque mais tarde, uma vez que faremos escala na Alemanha. E teremos cinco horas avulsas na Alemanha de pura felicidade! \o/ Pra alguém que nunca tinha ido ao exterior antes, não poderia ser melhor!

Fizemos um blog não oficial para uma divulgação mais pessoal do MYC, com relatos, fotos e vídeos pessoais, uma reunião dos nossos projetos, e dicas pro application. Tentarei manter alguns resumos aqui, mas o de lá é mais original, então pra quem não ligar de ler em inglês: Millennium Youth Camp.

No mais, pretendo postar algo enquanto estiver lá, mesmo que sejam coisas curtas.

Até!

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Um ano que passou e a melhor máfia do mundo

Postado em 11 de maio de 2014 por Vitória Barim Pacela – 6 Comentários

Estou para fazer o post da máfia há muito, muito tempo, com base no post da partida favorita de máfia do Ivan e da sugestão que a Natália me deu. Mas eu nunca encontrava tempo pra isso, e conforme aconteciam outras coisas, eu postava aqui, e… nunca procrastinei tanto na minha vida (nem mesmo pra estudar invariantes, ainda que os enunciados bizarros do Fomin estavam me forçando a não estudar: amebas marcianas, doutores Pardais, dragões com vida infinita — não estou brincando, enquanto a espada cortava 4 cabeças, nasciam mais 1985 –, e camelos no jogo de xadrez ).

Então eu percebi que a final da Viagem do Conhecimento completaria um ano no dia 24 de abril, e que eu poderia enrolar pra fazer isso (porque é claro que a melhor partida de máfia foi na Viagem do Conhecimento) somente até o dia 27 (quando tudo “terminou”). Pois é, não funcionou… Mas vamos lá, tenho muitos clichês pra escrever! Lembro dos vídeos que eu fiquei fazendo na escola pra enviar à organização antes da viagem, de como tudo passou muito rápido e de como transformamos três dias em trinta. Parece que todo mundo já está mais ou menos com a vida encaminhada agora, mas a melhor parte é que o grupo que criamos foi muito unido, eu lembro de que no ano passado combinávamos de ter ao menos um representante nosso em cada final de olimpíada, e agora não tem nada melhor do que ver que as coisas estão dando certo pra cada um… seja na Vik, que já passou na faculdade de medicina que ela queria, no Romero que está indo representar o Brasil na astronomia, ou pelo Daniel que tem vários projetos que vão longe.

Contudo, vamos voltar àquela última noite, em que mudamos algumas mães de quarto só pra podermos ter nosso momento “estamos todos exaustos, mas vamos ficar falando até a hora de ir embora”. Não foi a melhor máfia do mundo por ser lotada de estratégias ou nada do tipo, na verdade, ninguém lá sabia jogar direito e não tínhamos nenhum personagem a mais além de vítimas, assassinos e médico(s?). Como a sorte me condena, não passei de uma vítima figurante… e acusada!

Aquela foi a melhor máfia do mundo por causa do enredo — que acho que ninguém entendeu direito até agora. O Daniel foi o deus-governador-juiz-líder-revolucionário mais criativo de todos, tivemos muitas mortes acidentais pela Faixa de Gaza, manipulações pela imprensa, Balanços Gerais, movimentos suspeitos provenientes de pessoas quase se pegando suspeitas, e manifestações populares de cúmplices de crimes. É difícil lembrar do jogo em si e tive que pedir ajuda pros meus amiguinhos pra ter certeza de até onde as coisas estavam só na minha imaginação, mas o Erechim era o detetive (a vida realmente dá voltas, ele era o assassino que me acusava na rodada de introdução), a Ana e a Natália eram as assassinas das quais ninguém suspeitava, o Fernando era o câmera, o Romero era o bom cidadão/Datena. A Ana estava ao meu lado e eu não sentia nenhum movimento, enquanto uma vez ela tentou virar o jogo e dizer que sentiu meus movimentos; a Natália estava quietinha e ninguém suspeitava dela… adivinhem quem ganhou, haha (é pra adivinhar mesmo, porque ninguém tem certeza).

Bem, antes de começarem as despedidas nós jogamos mais umas duas vezes, simulamos conflitos indígenas, mas nenhuma partida ganha daquela do “govenadô”. Acho que não compensa incluir mais descrições no texto, então aqui embaixo está o vídeo com um trecho da partida. Aproveitei e reuni com alguns outros vídeos aleatórios e legais meus e do Fernando, só que a qualidade deles não ficou muito boa porque passamos o dia todo tirando fotos e as baterias das câmeras de todos estavam fracas.

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IYPT – Over the river and through the woods

Postado em 17 de abril de 2014 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

E aí?! Eu sei que o post sobre o IYPT vai ser o mais complicado de fazer, por questões éticas e tudo o mais, haha, mas não tem como pular o que foi a melhor parte do ano pra mim até agora!

Todo mundo tem trabalhado nos problemas do IYPT há meses — chuto uns seis — e a ansiedade não poderia ser menor no final dessa etapa. Principalmente porque a quantidade de informações adicionada aos relatórios e apresentações cresce exponencialmente com o tempo – ou ao menos foi assim com a minha equipe, já que essa é a nossa primeira vez e no começo não tínhamos muitas noções de como nossos trabalhos deveriam ser. E logo nessa reta final muitas coisas inventaram de dar errado: estadia no hotel sem acompanhante e sem professor, experimentos incapacitados ou com erros, membro da equipe faltando, e por aí se estende a lista.

Fato é que eu não imaginava que a Bárbara era tão realista quando falava tanto do IYPT. É a olimpíada que realmente leva qualquer um a extremos, e tem boas possibilidades de ser minha olimpíada favorita (tá, exceto por não ser de graça).

Resolvi começar a minha participação tumultuando o sorteio das salas \o/ e isso me garantiu simpatia com parte das pessoas (?) Eu estava muito nervosa com tudo – a começar porque vinha dormindo muito pouco durante a semana toda — e não sabia o que esperar desses três dias, mas o IYPT já tinha tudo pra dar errado desde o começo, então já que chegamos até lá, nem tinha o que piorar.

Já na abertura conhecemos pessoas super legais (com direito a líder não oficial :) )!  O primeiro fight, sábado de manhã, foi o melhor! Como a sorte estava a nosso favor (primeiramente eu tinha pensado que não, mas depois decidi que foi bom), começamos como avaliadores do problema que não tínhamos feito, histerese do chocolate. Tivemos um bom desempenho e parecia que naquele fight tudo acontecia do jeito que queríamos.

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Primeiro PF

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Café com Leite + Hotel de Hilbert

Já o fight da tarde era o que mais nos preocupava, devido às equipes que o compunham, mas acabou sendo bem legal ter ficado naquela sala, ainda que os jurados fossem carrascos. Passamos por altas emoções quando todos os problemas que desafiávamos eram negados, e também quando tínhamos que negar diversos problemas. Estávamos chateados por não podermos apresentar um dos problemas que queríamos, mas depois descobrimos que na verdade foi melhor isso não ter acontecido.

Até então, tínhamos conquistado uma torcida \o/ e estávamos com notas razoavelmente boas. Jogamos duas partidas de máfia à noite com a Sagan e a Dynamis e tínhamos o domingo todo pra ficarmos mais ansiosos. Não estávamos muito preocupados com o último fight e foi exatamente ele que nos destruiu. Não que nós estivéssemos perfeitos, mas tiveram várias incoerências cof-cof-cof-sem-mais-detalhes-por-aqui.

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Último PF

Chegou o anúncio dos finalistas e eu já esperava aquele resultado. Ainda assim, fiquei muito surpresa com a apresentação do Geladeira de potes pela Dynamis, foi um dos problemas que fiz pra deixar de reserva (ainda bem que não precisei apresentar!) e achei que eles realmente mereceram a vitória!

A minha Café com Leite ganhou como melhor equipe de escola pública, e fiquei muito contente com isso, porque tive um fight com uma equipe de escola pública muito boa, e conhecia as outras duas. Mas isso aumentou demais a nossa bola, porque depois tivemos o resultado definitivo e ganhar a primeira menção honrosa é a pior sensação do mundo (sim, vou continuar insistindo que é pior do que o primeiro bronze, porque realmente é).

Mas isso não é um parâmetro relevante para o problema. Em uma análise qualitativa, a visão geral do fight IYPT foi a melhor possível! Não tem adrenalina maior do que escancarar a boca pra um oponente (ou avaliador) e fazer tantas amizades. Falando nisso, foi muito gratificante conhecer tanto as pessoas que estavam lá só pra assistir, quanto as equipes e até mesmo os jurados (Krissiaaaaaaaaaa <3 <3 <3) e organizadores.  Agora sou a pessoa mais depressiva do mundo por não poder participar de novo e não ter participado antes, “a vida não faz mais sentido” haha, eu to me sentindo inútil fazendo qualquer outra coisa.

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Pessoas legais :)

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Café com Leite + Sagan + Ebola 3.0 + Dynamis

Mas a vida continua, agora tenho que arrumar todas as coisas que eu tinha acumulado por causa do IYPT — e eu tinha jogado muitas coisas pra cima –, estudar “pro vestibular” — como acho essa parte ridícula –, planejar viagens, documentos e fazer o projeto do MYC. Falando nisso, adivinhem qual foi o primeiro grupo a ser postado no My Science? Isso mesmo, Urban Planning! 😀

Até mais, pessoas!

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Postado em 23 de março de 2014 por Vitória Barim Pacela – Seja o primeiro a comentar

Oi! Tudo bem?

Este mês tá sendo muito corrido pra mim, mas muito divertido também 😀

Começou quando fui convocada pra entrevista do MYC. Vamos lá, quando eles dizem “the interview will be a short, simple talk”, é porque realmente vai ser curta. Eu tinha me preparado pra falar sobre a minha vida toda, mas a entrevista durou só cinco minutos, isso foi um pouco frustrante. Comecei até pensar que eles não tinham gostado de mim, mas acabei descobrindo que o Team Urban Planning foi rápido com todo mundo, e que tiveram casos até bem bizarros.

No mesmo dia da entrevista, fui à escola do meu irmão, que fica numa cidade vizinha, pra fazermos umas coisas do IYPT. Existia a possibilidade de nem sermos selecionados pra fase presencial, mas decidimos que queríamos terminar aquele problema de qualquer modo, porque estávamos curiosos. Quando voltamos pra casa, descobrimos que os resultados seriam adiantados e ficamos tão ansiosos desde então que esqueci completamente do MYC. No dia 11 ficamos esperando pelo resultado, que saiu meia-noite em ponto, conforme o cronômetro feito pra nos deixar ainda mais nervosos que colocaram no site. Eu ainda tinha um pouco de temor por termos nos esforçado e isso talvez não ter levado a nada, principalmente porque de manhã eles tinham postado no Facebook que “24 equipes representarão 16 cidades e 9 estados no Torneio Nacional deste ano, que será aberto daqui a exatamente um mês…”, e a nossa equipe já ocuparia três cidades e dois estados; mas passamos, e agora estamos fazendo de tudo pra melhorar nossas abordagens.

O resultado do MYC saiu no 17, sem mais nem menos, eu nem estava esperando por isso, e o meu nome estava lá, entre os convocados pro acampamento na Finlândia! Agora eu finalmente vou conhecer as universidades de Helsinque e Aalto! Eu já tinha pesquisado muito sobre elas, e o projeto que fiz foi sobre uma “reforma”, “reurbanização”, ou como quiserem chamar, pra Aalto. Já fizeram um grupo do MYC no Facebook, que aliás eu não consigo acompanhar, e temos muitas coisas pra fazer. Nós brasileiros já vamos começar a planejar nossa apresentação pra International Evening, e o grupo do Urban Planning já tá reunido, estamos apenas esperando as instruções para começar o projeto que vamos apresentar lá. :) É muito legal conhecer pessoas tão diferentes, e ao mesmo tempo tão parecidas conosco! Por exemplo, conheci uma menina que tem três empresas. Conheci uma ucraniana, e isso é fantástico pra saber o que realmente tá acontecendo na Crimeia. Criamos nossas contas no Edmodo, por onde vamos acertar as coisas do projeto, e agora preciso fazer o meu perfil pro My Science (ou melhor, eu já devia ter feito isso).

Posso dizer que comecei a fazer 78645312 coisas no ano passado e não esperava que elas dessem certo. Agora que estão dando, estou bastante confusa, vejo várias opções e ao mesmo tempo muitas coisas a fazer. Eu ainda não sei o que definitivamente vou fazer da minha vida, ou o que quero fazer, e enquanto estou nessa indecisão, to tendo que fazer tudo o que me aparecer pela frente, pra poder ter segurança em ao menos alguma coisa. Falando nisso, eu sei que poderia ter sido mais criativa no título deste post, mas eu realmente to sem criatividade, e minha cabeça tá um “!?”, primeiro eu fico feliz e exaltante, depois fico confusa… So lately I’ve been, I’ve been losing sleep, dreaming about the things that we could be

Enfim, a cerimônia de premiação do Virando Bixo foi no dia 19, rápida, mas bem legal, uma vez que fui recebida pelas pessoas mais bem-humoradas e simpáticas do mundo, que até se lembravam de mim do dia da prova. A TV daqui de Pinhal já tinha vindo fazer uma entrevista comigo e com o meu irmão alguns dias antes, mas dessa vez eu apareci numa emissora mais ampla e que pega em várias cidades de SP e do sul de MG. Agora estou em contato com a agência de intercâmbios, mas ainda não sei quando vou pro Canadá, porque preciso esperar o passaporte e o visto…

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Acho que já deu pra atualizar sobre o que tem acontecido nos últimos dias. O fórum do PIC abriu ontem e estou pessimista quanto a ter tempo pra ele, mesmo que eu queria muito ir pro EHH. Aqui estão os links das reportagens do Virando Bixo:

http://www.virandobixo.com.br/noticias/NOT,0,0,934721,Bruno+ja+esta+de+carro+novo+Vitoria+planeja+a+viagem+para+o+Canada.aspx

http://globotv.globo.com/eptv-sp/jornal-da-eptv-1a-edicao-campinaspiracicaba/v/estudantes-recebem-premio-do-simulado-virando-bixo-2013/3223787/

Até mais!

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Um mês maravilhosamente ocupado e uma semana de liberdade

Postado em 1 de março de 2014 por Vitória Barim Pacela – 4 Comentários

Finalmente, voltei! Tudo bem com vocês? Juro que faz mais de 15 dias que estou tentando postar, mas quando vejo o dia já acabou. :(

Como faz um mês que não posto nada, vou tentar retomar o que aconteceu… Fevereiro foi…

A volta às aulas foi legal, o cursinho também. Ainda não entrei no clima de “terceirão” e hoje perdi o primeiro trote do ano… =/

Eu estava esperando ansiosamente pelo dia 3, já que sairiam os resultados da Unicamp e o top 200 do MYC. Mas no dia 31 já tive uma surpresa ótima: Ligaram do Objetivo de Campinas, dizendo que eu estava entre as três premiadas do treineiro do Virando Bixo (e que não tinham ainda uma classificação, mas na minha intuição isso não era verdade…) e queriam saber se eu aceitaria a bolsa integral. A bolsa eu tive que passar pra outro, porque finalmente me “estabilizei” aqui, e seria muito complicado morar em Campinas… mas fiquei eletrizada esperando o resultado oficial, a ainda 17 dias…

Mas voltando à antiga ansiedade o dia 3 chegaria no espaço de um fim de semana. Conferi primeiro a lista do MYC, e meu nome estava nela! 😀 Na verdade, eu nem estava lá tão esperançosa pra esse resultado, era mais para “se for pra ser desclassificada, que seja agora, para eu poder gastar o meu tempo em outra coisa…”, mas depois do momento as coisas mudam, haha. Enfim, verifiquei a lista da Unicamp e…  eu não estava lá. Eu tava tão contagiada pelo outro resultado que nem deu tempo de ficar triste, mas apenas alguns minutos depois eu descobri que meu nome não constava na lista porque sou treineira, deveria esperar até o dia 7 para ver as notas… e só ver as notas mesmo, sem graça assim, mas ao menos é alguma coisa. Depois eu já fiquei pensando na proposta do MYC — Urban Planning Team! –, fiquei fissurada nas pesquisas e nunca imaginaria que me identificaria tanto com a área.

Aí fiquei apenas esperando pelo dia 17… e realmente passou rápido, o projeto e os relatórios do IYPT preencheram os espaços vazios que eu não tinha até lá.

Até lá… … … Eu não tinha Wi-fi no dia e só pude ver o resultado quando cheguei em casa, depois das 13h. Mas nesse meio tempo eu tinha 21 ligações perdidas. 21. E não sabia o que isso significava. E a internet não funcionava. Eu não sabia se esperava sentada, se almoçava, ou se… quais são as opções restantes mesmo? Funcionou. Abri a página. Conheça os vencedores do Simulado Virando Bixo. Espera, eu quero mesmo ver isso? Acho que vou almoçar primeiro, senão vou perder a fome… Mas ah, eu me preparei por 17 dias para o pior (acho que ficar em 2º é pior do que em 3º nesse caso), vou clicar. “Bruno Luís … … blá-blá-blá, mova os olhos pra frente … e Vitória Barim Pacela, de Espírito Santo do Pinhal, na categoria Treineiro (…)”. Não, pera, vamos começar a ler de novo. Não, pera, vamos até o final. 6590. “AAAAHHH, MÃÃÃE, VOCÊ SABIA E NÃO ME FALOOOOOOOOU!!! NÃO! SIM! AAAHHH!”

E então, eu vou pro Canadá. Finalmente vou ver a água rodar ao contrário :’) — e acho que ninguém nunca vai entender a minha piadinha, poxa. Agora preciso esperar pela premiação pra poder ver os detalhes com a agência de intercâmbios e tudo mais. Mas já falei com o Mateus, que ganhou no ano retrasado, se não me engano — isso é muito legal, eu tinha falado com o ele no próprio dia do Virando Bixo, durante a premiação da OMU, e agora deu certo! –, e já tenho muitas ideias. Estou começando a planejar as coisas desde já, para eu aproveitar melhor o tempo enquanto estiver lá, além de que tem toda a documentação… Hum, vai ser bem corrido por conta de ser um ano de vestibulares e etc., mas estou certa de que a experiência vai valer muito, e o Canadá sempre esteve no top países que eu queria visitar. :)

Nessa última semana ficamos terminando as coisas do IYPT, consegui terminar dois livros de vestibular e fiz uma pintura surrealista com aquarela e uma igreja do barroco, hahaha. O projeto do MYC já estava pronto um pouco antes, foi uma preocupação a menos. Mas hoje o dia foi meio doido por conta de eu ter postado os relatórios do IYPT, vou poupar os detalhes porque eles não são muito relevantes, apenas um pouco cômicos, hahaha, mas resumindo, tinham várias implicações pras coisas darem erradas, mas no final deu certo. :)

Sobre motivação, em alguns dias eu queria parar com tudo, essas coisas são difíceis. Mas aí eu virei de ponta cabeça o IYPT BR, o blog do MyScience e fiquei vendo uns vídeos que eu dava a desculpa a mim mesma de que estavam relacionados ao meu projeto, mas que na verdade nem eram tão importantes, só me deixavam motivada, haha.

Pro fim, tudo passou e terminou hoje, nunca sonhei tanto com um feriado *–* Terei uma semana para estudar e ler o que quiser! E bem, estou indo agora, porque preciso adiantar as coisas — adiantar ao menos o que eu estudaria no mês que estarei viajando, é isso. Até mais e bom carnaval para quem gosta. :)

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