Canadá

Fiquei devendo a mim mesma um post sobre a minha viagem pro Canadá, e ele saiu um pouco maior do que o planejado, mas de qualquer forma, pode ser útil pra alguém que passe por uma experiência de intercâmbio parecida.

“So welcome to Canada! Would you like some hot chocolate? Have a seat and let’s talk!” Esse foi o jeito comum de uma “well-traveled grandma” se apresentar para a sua mais nova guest. Em menos de dez minutos eu já havia tomado o meu chocolate quente (aquela manhã estava muito cinzenta e chuvosa, não tinha como recusar a oferta), conhecido o apartamento todo e visto as fotografias da família inteirinha da Joanne, que, aliás, tinha um nome parecido com o da minha avó Joana.

Logo descobri a minha rotina (e também a minha sorte de ficar naquela homestay). Acordar às 6h30 com o melhor café da manhã possível me esperando. Waffles com mapple syrup, French toast com mapple syrup, bacon com torradas e mapple syrup… E então eu começava a minha longa jornada em direção à escola de intercâmbio, no centro da cidade. 20 Cliffside bus pra Kennedy Station (que era literalmente a última estação da linha verde) – não esquecer de pegar o jornal Metro com as notícias da manhã –, descer na St. George Station, mudar para a linha amarela – ufa, a linha amarela era mais rápida e curta!! –, e finalmente chegar à St. Patrick Station – não esquecer de pegar o caminho da esquerda duas vezes, caso contrário eu teria que atravessar ruas à toa. Ok, essa ainda era a Main Building da ILSC, de onde eu precisaria seguir na direção do banco, encontrar restaurantes asiáticos no caminho e virar à direita assim que avistasse o Starbucks. Pronto, Elizabeth Street! Elizabeth St. Building, por onde era só sair da escola, atravessar duas ruas e entrar no Eaton Centre através da porta do Canadian Tires. E Eaton Centre era sinônimo de Tim Hortons que aceitava os tickets da ILSC! Isso significa que eu podia comprar um chocolate quente (ou French Vanilla \o/) e ganhar um donut! :) :)

Dia 1: Depois de conversar sobre a vida, o universo e tudo o mais com a minha host grandma, contei a ela que queria ir ao Ontario Science Centre ainda naquele dia, e ela, com toda a bondade que existe no mundo, preparou bagels para eu comer antes de ir, me deu um kit “minha nova netinha não vai passar fome” e me levou de carro pro OSC, além de passar na Kennedy no caminho pra comprar o meu passe da semana.

A melhor parte do Ontario Science Centre é a Science Arcade, uma ala cheia de experimentos interativos de física. Os experimentos iam desde conceitos básicos de mecânica, até alguns movimentos caóticos em que eu tentei até mesmo filmar as minhas repetições dos movimentos, mas realmente não tinha jeito de entender. Tinha também uma ala infantil onde eu coloquei todas as minhas forças pra conseguir montar um circuito diferente, mas me frustrei nas minhas tentativas. Tudo bem, só os pais das crianças estavam tentando usar aquele brinquedo mesmo… Depois de fuçar em todas as coisas possíveis de lá, minha host grandma foi me buscar e – surprise – me levou pra um tour por toda a cidade!! Com direito a jantar em um restaurante chinês no final (apesar de que o que eu gostei mesmo daquele lugar foram das sobremesas)!

Dia 2: Fui à escola pela primeira vez, onde eu poderia chutar uma composição de 45% de brasileiros, 40% de coreanos, 5% de japoneses, 5% de latinos e 5% de outros povos. Fiz a “entrevista” para escolher o meu programa de aulas e, ainda nesse dia, fui ao Distillery District, uma parte antiga da cidade onde encontrei uma fábrica de chocolates canadenses muito bons, e ao High Park, um parque bem popular principalmente na primavera e no outono.

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LOVEly, Distillery District

Dia 3: espetáculo Kurios: Cabinet of Curiosities, do Cirque du Soleil. Eu nunca tinha assistido ao Cirque du Soleil antes, e fiquei tão impressionada com todas as atrações que nem vi o tempo passar.

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Dia 4: Jogo do Blue Jays, o time de baseball de Toronto! A melhor parte do jogo era dançar a musiquinha que tocava nos lances importantes. E a segunda melhor parte aconteceu antes dele começar, quando ganhei Coca grátis. :) Mas se entendi direito, os Blue Jays não ganharam aquela partida. =/

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Go Blue Jays, go!!

(…)

Dias 7 e 8: French Canada! Com certeza, a melhor parte de toda a minha viagem. Começou com um passeio de barco por A Thousand Islands, onde conheci muitos latinos – o ponto positivo de viajar sozinha é que eu estava sempre conhecendo pessoas de todos os lugares do mundo! Depois voltamos ao ônibus – a.k.a. tempo para fazer essays – e fomos pra Ottawa, a capital do país. Como a parada lá era curta, não tive tempo para ir a um tour de veículo anfíbio que tinha planejado antes, mas a beleza do Parlamento por si só já valeu por tudo. O parlamento expira história, política e equilíbrio. Em Ottawa também conheci a histórica catedral e uma aranha. Isso mesmo, a escultura da aranha (nome oficial: Maman) é uma intervenção que existe em vários países do mundo, como Japão, Reino Unido e Coreia do Sul. Realmente não sei qual é o significado dela, só sei que uma das melhores fotos que já tirei foi a da aranha devorando a catedral. 😛 Ainda naquela região, tinha um mercado estilo Mercadão de São Paulo com uma feirinha em volta onde todos os vendedores ofereciam mapple syrup, e de alguma forma, cada amostra tinha um sabor diferente.

Bus again, essays again, fomos passar a noite em Montreal. Noite, a – única – comida típica canadense: batata frita com gravy (molho gorduroso) e queijo. Apesar de o pessoal do restaurante falar inglês, eles preferiam o francês para manter a originalidade, mas isso não foi problema porque fiz amizade com uma francesa que fez o meu pedido.

Aviso de utilidade pública: Nunca experimente Dr Pepper. Eu estava tão empolgada experimentando coisas novas que acabei desperdiçando o meu dinheiro nesse refrigerante horrível. Nunca. Experimente. Dr. Pepper.

Voltei para o hotel com as minhas colegas de quarto da Suíça. No dia seguinte tive o café da manhã com toda a diversidade canadense possível. Saímos cedo, passamos no Mount Royal, e rumamos para Quebec.

Quebec! <3 <3 <3 De repente eu estava na França ao invés de no Canadá. De repente a maioria das pessoas não falava inglês, mas se esforçava para entender minhas mensagens. De repente eu estava rodeada por uma arquitetura antiga, por portos, por estátuas, por pessoas que se sentam em um banco da praça para simplesmente relaxar.

Cheguei à Cathedral-Basilica of Notre-Dame de Québec no final de um casamento. Tirei uma foto da catedral pelo lado de fora, e então percebi uma fila imensa em direção à porta alternativa da qual eu havia saído há pouco tempo. Perguntei aos últimos da fila o propósito daquilo, mas eles não falavam inglês. Entrei na fila. Descobri que aquela porta se abria apenas de 50 em 50 anos, e que ela estava atraindo muitos turistas por fins religiosos, já que “passar pela porta e encostar na mão de Jesus dá sorte”.  Nunca visitei tantas igrejas e catedrais como fiz durante essa viagem, hahaha. Acho que isso independe de religião, gosto bastante de reparar nas construções e nos vitrais coloridos, de ficar em lugar onde todo mundo está quieto e preso em seus próprios pensamentos.

Continuei explorando Quebec sozinha e tirando fotos. Fui a um tour histórico maravilhoso com um guia que incorporou fielmente um personagem do passado. Minhas lembranças sorteadas sobre o dia são: um prédio do qual muita gente pulava durante a Crise de 1929; explicações sobre um painel que retratava Quebec em todas as estações do ano; uma história sobre um incêndio que aconteceu quando os tetos das casas eram de madeira.

À noite fui ao Mc Donald’s e a um restaurante pra pedir só a sobremesa – um tipo de petit gatteau com um nome diferente –, então voltei pro hotel enquanto todo o resto da excursão foi pra festa. Dormimos em Quebec, acordamos em Montreal. Old Montreal! Dessa vez eu passei o dia com brasileiros. Fomos à Notre-Dame Basilica of Montreal, a catedral mais linda de todas – e olha que fui a muitas catedrais pra poder comparar! (De qualquer forma, foram quatro dólares pra entrar, então tinha que ser bonita mesmo, haha). Ainda melhor do que a catedral era a praça em frente a ela, com uma fonte e uma orquestra.

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Parliament

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Aranha pronta para devorar a catedral

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Old Quebec

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Old Montreal

Dia 9: De volta a Toronto, cheguei à escola e soube que as aulas começariam mais tarde porque a minha sala tinha feito um simulado do TOEFL na sexta-feira em que eu faltei para viajar. Aproveitei então para conhecer melhor o centro de Toronto, o Old City Hall, o City Hall atual, a Dundas Square, e para andar pelos arredores da Ryerson University.

Dia 10: Fui à Chinatown, onde encontrei várias lembrancinhas e também me surpreendi ao perceber que várias comunidades chinesas se estabeleceram no Canadá há bastante tempo, mas ainda não falam inglês.

Dia 11: Yorkville, o “bairro nobre” de Toronto. Como tudo lá era absurdamente caro e eu estava sozinha, fiquei só walking around, tirando fotos e reparando na arquitetura do local. Depois fui à Summer’s Ice Cream, a sorveteria que um amigo tinha me recomendado, e tomei as duas melhores bolas de sorvete da minha vida: mapple walnut e (insira o adjetivo que não lembro aqui) brownie. Ainda no mesmo dia, fui ao Rippley’s Aquarium com algumas pessoas da escola e coincidentemente encontrei um amigo brasileiro que tinha conhecido durante a viagem para French Canada. O diferencial de lá é que tem um tipo de túnel de vidro com uma esteira por onde dá para ficar “dentro do aquário” e tirar fotos como se tivesse um tubarão te devorando. Apesar de ter sido legal, acho que não valeu o olho da cara que paguei para entrar. Ao menos valeu o gostinho de vitória por ter conseguido passar da Union Station e voltar pra casa. A Union é a maior e mais confusa estação que existe na cidade e praticamente todos os pontos turísticos estão ao redor dela.

Dia 12: University of Toronto :) :) :)

Minhas aulas iam até o meio-dia, então almocei às pressas e segui a pé com o mapa que fizeram para mim na escola. Avistei alguns institutos de pesquisa, hospitais, e logo em seguida o Queen’s Park, que é bem bonito e verde. Não sei exatamente onde terminava o parque e onde começava a universidade, já que a universidade em si parecia um parque. Ao entrar lá, tive a sensação que mais precisava no momento: toda a loucura do application que decidi fazer de última hora fazia sentido e me senti muito motivada para continuar a corrida contra o tempo.

Depois de ir ao visitors centre e ganhar muitos panfletos, fui ao tour, onde conheci o sistema de residential colleges: do St. Michael’s College ao Trinity College – que tem jardins muito bonitinhos e um dining hall muito top –, passando pelo Victoria’s College – que é grande e tem o mesmo nome que eu, isso foi suficiente pra me conquistar :P.  Passamos por duas bibliotecas, pelo gym, e à Hart House, um prédio que fica exatamente no centro da universidade e foi idealizado para os estudantes fazerem qualquer coisa divertida que não inclua estudar (por exemplo, tem todos os livros literários possíveis, exceto livros didáticos). Quando o tour terminou, conversei com um dos admissions officers de lá e vi a minha imagem de universidade perfeita se desfazer, ao passo em que ele me dizia que são concedidas no máximo três bolsas por ano para international students. Adeus, application pra U of T.

Ainda assim, como sou muito curiosa e xereta, resolvi visitar o departamento de física. Entrei e saí sem ser notada, hahaha. Aqueles corredores estavam muito movimentados e não dava pra extrair muita informação a partir deles, então resolvi entrar lá de novo e conversar com uma pessoa aleatória, que disse que eu poderia entrar em algum laboratório caso encontrasse algum aberto, mas infelizmente isso não aconteceu. Novamente, não consegui notar a diferença entre a saída da universidade e o início da cidade (dessa vez fui por outro caminho, a universidade é tão grande que ocupa umas cinco estações de metrô). Gostei bastante dessa integração entre cidade e universidade. Já tinha visto isso antes na Finlândia, mas dessa vez pude observar algo mais centralizado.

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Trinity College

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Departamento de Física

Dia 13, sexta-feira, Casa Loma. Visitei o famoso – e único – castelo de Toronto. O exterior tinha fontes e jardins maravilhosos, e todos os cômodos do interior foram mantidos e preservados como eram antes. Recebemos walkie-talkies por onde podíamos colocar o número do cômodo de onde estávamos para ouvir gravações sobre a história do castelo, assim como comentários sobre objetos antigos específicos do lugar.

Tomamos chuva na volta e fomos ao shopping.

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Dia 14, sábado, viagem ao Algonquin Park. Apesar de eu ter pego um dia muito chuvoso e de não ter visto nenhum alce, valeu muito a pena ter ido à reserva natural mais popular de Ontario! Remei, fui a um museu no visitors centre e hiked até chegar a uma clareira muito linda, onde me senti no filme Crepúsculo (essa foi realmente a melhor comparação que encontrei).

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Uma foto no meio do lago momentos antes do barco em primeiro plano bater no obstáculo

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#twilight

Dia 15, domingo, Niagara Falls. Eu estava cheia de expectativas sobre essa viagem, mas vi todas elas se desfazendo na chuva que marcou o dia e destruiu a minha sombrinha. Passamos em uma fábrica de vinhos (fiquei tirando fotos e comendo os snacks que eu tinha levado pra viagem porque eu não tinha o que fazer lá), conhecemos a pequena Niagara On The Lake, e finalmente chegamos às cataratas. O passeio foi legal, mas eu fiquei toda molhada, e como estava muito frio, tinha água realmente congelando sobre a minha pele. Isso significa que eu fiquei praticamente o dia todo entrando em lojas para me secar, me aquecer e me proteger da tempestade que acontecia lá fora.

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Niagara On The Lake

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Cataratas!

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Niagara Falls e suas infinitas coisas para fazer mesmo quando está chovendo

Dias 16 a 20:

  • Royal Ontario Museum, uma das melhores atrações da cidade, onde há relíquias de todas as culturas do mundo, seções de arte, seções de ciência e seções do período ágape – com muitos esqueletos de dinossauros!!
  • Lawrence Market, o melhor mercado do mundo, segundo a National Geographic. Sinceramente, a melhor parte de ter ido ao St. Lawrence foi passar pelo parque que havia nos arredores. O parque era muito bonito, tinha muitos esquilos e, de brinde, uma catedral anglicana para eu visitar.
  • Art Gallery of Ontario. O exterior inovador da galeria já mostra o quão legal é o lugar.
  • CN Tower, o cartão-postal da cidade, porque afinal dava pra ver a cidade toda de lá de cima. :)
  • Toronto Zoo. Foi onde vi ursos polares, pandas, linces e hienas pela primeira vez! O zoológico é muito contextualizado e representa fielmente cada bioma do planeta, já que divide sua área em regiões como “African Rainforest Pavillion” ou “Indomalaya”. Mesmo que eu já conhecesse todos os animais de lá, valeria a visita simplesmente por poder caminhar lá e tirar fotos. A Angela, filha da minha host grandma, foi muito gentil ao me levar lá!
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Dinossauro do ROM

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Parque bonitinho perto do St. Lawrence Market

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Topo da CN Tower :)

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Decoração de Halloween no Toronto Zoo

Dia 21: Fiz o SAT. Apesar do mal-estar causado pela prova, até que o dia foi legal. Fiquei absurdamente surpresa ao descobrir que a escola onde fiz a prova era uma escola pública, tão qualificada era sua infraestrutura. Fazer o SAT em um local onde MUITOS outros alunos estão aplicando é certamente uma experiência completamente diferente de fazer o SAT no Brasil, até mesmo porque o sistema lá é muito mais rígido (okay, o fiscal da minha sala parecia ser nervosinho no começo, mas depois eu percebi que isso era por causa do sotaque asiático dele – bubble it! Bubble it! –, porque até que ele foi bonzinho ao nos dar um minuto de stretching entre as sections e ao me deixar entrar na sala mastigando o chocolate que eu tinha acabado de colocar na boca). Fiz uma das minhas únicas amizades com canadenses ao sair da prova e pegar um ônibus até a Finn Station.

A partir de lá, fui para Toronto Islands! Peguei uma balsa até a Central Island e, após percorrê-la toda, tive a brilhante ideia de ir até às duas outras ilhas a pé. Depois de muito andar, passar por um farol e ficar com medo de estar andando sozinha (não tinha ninguém mesmo por perto num raio de infinitos metros), voltei e descobri que ninguém tenta transitar entre as ilhas a pé porque é muito longe, e é por isso que tem outras balsas que levam até as outras ilhas (o que também não valeria a pena de se fazer no mesmo dia, uma vez que eu teria que sair da Central Island de balsa pra então pegar outra balsa). Ah, fiquei cansada só de escrever isso! 😛 Ainda assim, a Central Island é linda – píer <3 — e foi bem relaxante caminhar por ela depois de fazer uma prova tão importante.

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Vista do píer

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A cidade vista a partir da ilha

Dias 22 a 26 – Despedidas:

  • Canada’s Wonderland! Como não conheço outros parques de diversão fora do Brasil, não sei se isso é comum, mas o Wonderland me surpreendeu pela variedade de atrações (incluindo montanhas russas de todos os tipos) das quais eu poderia usufruir praticamente sem precisar enfrentar filas. Além disso, foi lá onde experimentei o meu primeiro BeaverTail, uma massa frita deliciosa coberta com chocolate, peanut butter, confetes, e pedaços de paçoca (Reese’s <3).
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BeaverTrails

 

  • Thanksgiving Day. O Dia de Ação de Graças é celebrado em uma data diferente da dos EUA. Ainda assim, é uma festa muito comemorada! Todas as lojas, redes de fast food e Starbucks fazem especialidades com abóboras nessa época do ano, e isso se deve tanto ao Thanksgiving, quanto ao Halloween (aliás, todas as lojas já estavam decoradas de dia das bruxas e tinham imensos corredores de fantasias). Minha host grandma querida fez um almoço especial no Thanksgiving Day, e o nosso dia se resumiu a comer e a assistir a um filme depois.
  • Como nos últimos dias eu já tinha conhecido quase tudo na cidade, eu e minha amiga decidimos explorar os cantos inexplorados de Toronto. Fomos a um shopping na última estação da linha roxa (a estação mais desabitada de todas) e acabamos gastando a maior parte da nossa tempo nos trajetos de ida e volta.
  • Minha host grandma me levou para jantar em um restaurante de Greek food no meu penúltimo dia em Toronto. Além de comida grega ser muito boa, essa despedida foi marcante.
  • O último dia foi bem rápido para mim. Tirei uma foto com a minha turma da ILSC, almocei na Main Building com vários amigos que conheci lá, passei no shopping rapidamente para comprar algumas coisas pra levar pro Brasil, e então passei pela Toronto Public Library, um lugar bem legal e que eu gostaria de ter conhecido antes. Terminei de arrumar as minhas malas e logo em seguida já saí em direção ao aeroporto, passando na casa da filha da minha host mother no caminho, pois ela queria me entregar um pen drive com fotos. Estava chovendo muito. Eu via todas as luzes de Toronto pelo carro, da mesma forma que fiz quando cheguei, mas dessa vez o meu olhar era de despedida e ele estava tão embaçado quanto o vidro da janela pela qual eu encarava o caminho que deixava para trás. Há algum tempo desde que não preciso preparar o que vou falar em despedidas (erm, sim, eu costumava fazer isso antes), mas dessa vez eu sempre soube que não conseguiria expressar a minha gratidão pela pessoa que me acolheu tão carinhosamente no Canadá. Ainda assim, como sou uma pessoa teimosa, acabei esperando as palavras até o momento em que eu devia abraçá-la e sair em direção ao check-in. Fiquei com “see you soon” mais uma vez.
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