Idas e vindas

Meu último post foi há algum tempo, e desde então muita coisa aconteceu: alto, baixo, alto, baixo, alto, baixo…  O resultado da ONHB saiu no dia 26 e minha equipe foi classificada para a final! \o/ Esse provavelmente foi o maior alto, fiquei muito feliz, vi que tanto esforço realmente vale a pena, não importa o que ninguém diga. Além disso, vou voltar pra Unicamp e finalmente vou conhecer pessoalmente alguns amigos e rever ainda outros.

Aí no dia 30 eu recebi o resultado e não fui finalista do Jovens Embaixadores… Confesso que fiquei bem triste, colocava bastante esperança no programa, ou mais, colocava parte do meu futuro nas mãos desse resultado… ainda que soubesse que isso não é algo que exatamente depende de mim. Na verdade, antes mesmo de me inscrever, era preocupada com o critério da renda, mas como as coisas foram fluindo e comecei a conhecer melhor o projeto, acabei esperançosa demais. Bem, mas não para por aí, ano que vem tentarei de novo! Afinal, valeu muito ter participado, conheci pessoas incríveis, aperferçoei-me (digamos, viciei) ainda mais um pouquinho no meu inglês e tive mais contato com um “futuro social”.

Social… ciências humanas… ah, também passei alguns dias pensando nisso.  Eu realmente gosto de humanas, e a partir deste ano meu gosto fica cada vez maior. Fiquei muito preocupada pensando como será minha vida se eu realmente fizer Engenharia Física. Exatas é a minha paixão de infância, mas talvez eu enjoe se não tiver nada “humano” pra equilibrar. E quanto à profissão? Sempre tive a pretensão – ainda que clichê, válida e ardente – de mudar o mundo. Já estou tentando, começando, que seja. E foi isso que tirou minha incerteza: meus objetivos não dependem de minha profissão, posso me envolver em projetos sociais, por exemplo. Espero que isso seja útil para alguém, porque cheguei à essa conclusão com um amigo que passava o mesmo que eu e é horrível ter essa incerteza…

Voltando aos problemas: a final da ONHB cai no mesmo dia da OBFEP, como já estava previsto e já tínhamos enviado e-mails, porém, sem receber respostas. Com um pouco de persistência, conseguimos um polo da OBFEP em Campinas (Wilma, somos eternamente gratos a você!) e vamos conseguir fazer as duas olimpíadas no mesmo dia =)

Porém, tivemos outras dificuldades relacionadas ao transporte e à escola. Minha escola não tem tradição olímpica e temos que nadar contra a correnteza para podermos participar. E essa correnteza é forte… envolve toda a “hierarquia” da escola, além da falta de interesse da maioria… Por isso às vezes dá vontade de desistir, como se não a pressão nos estudos por si só não bastasse. Isso não é uma crítica (ainda farei um post sobre escolas e escolhas), mas os moldes da escola pública são rígidos e restritos;  Às vezes interesses pessoais se misturam ao meio de trabalho e em outras, pode ser simplesmente má fé. Felizmente, ainda há pessoas ótimas que nos ajudam nesses casos, tanto a vencer a correnteza, quanto a suportar a pressão que vem depois.

Por fim, a parte boa desses dias de novo. No sábado fiz a OMU na Unicamp e no domingo a OPF em Rio Claro. Foi ótimo sentir de novo que valia a pena. Vi amigos, conheci outros, e viajei. E ainda me senti aliviada por essas olimpíadas terem passado, haha. Acho que tenho boas chances na OMU, minha meta é voltar pra lá em dezembro na premiação. Quanto à OPF, fiquei satisfeita com meu desempenho, não fico arrependida pelo que fiz ou não fiz (ok, só de ter derrubado um pouco da água da experimental, haha), mas sinceramente acho que não serei premiada… BTW, estamos trabalhando em soluções pras OPFs passadas, esperamos terminar até o final do ano.

Faltam 9 dias pra final da ONHB!

Idas e vindas
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