Posts com a tag ‘Física’

Novembro… já?

Posted in Sem categoria on novembro 5th, 2013 by Cassio dos Santos Sousa – Be the first to comment

Esse ano está passando muito rápido. Isso não diminui o número de cobranças nem facilita as tarefas, pelo contrário: esse sentimento que chega próximo do fim do ano pode significar que todas as tarefas foram adiadas para agora (pouco trabalho = tempo passa rápido). E já é novembro.

Primeiro, o meu salto (veja o post anterior para mais detalhes). Consegui terminar o artigo, mas ele ainda precisa ser revisado um pouco mais (como um amigo sugeriu, a parte explicativa sobre a órbita estar contida num plano está muito cheia de palavras, com pouca dedução matemática). Mas fiquei feliz que o artigo saiu. Mais de 20 páginas sobre um único tema significa que o tema, por mais simples (sim, simples) que tenha sido a abordagem, é amplo e cheio de outros temas a serem vistos (o PDF que eu escrevi aborda uma parte ínfima do tema).

O artigo já está no meu portfólio, e vocês já podem vê-lo. Ele deve sofrer algumas alterações (ou acréscimos) em algum momento (mas se for o caso, aviso pelo blog mesmo). Mandem suas críticas e sugestões nos comentários, para saber como lidar com algum artigo que também escreva no futuro.

O salto foi 100% concluído? Não. Mas ele já significa um passo gigantesco. Queria ter acabado de escrever os primeiros artigos sobre as minhas antigas aulas para a IPhO (com professores sensacionais) desde 2011, para que mais pessoas possam ter acesso a um material teórico mais profundo sobre a Física cobrada pela IPhO (ou, ao menos, ter as aulas documentadas, para que as próximas gerações tenham um ponto de partida).

O que esperar de novembro? Quais os próximos saltos? Isso é algo difícil de responder. Estou trabalhando na escrita de um artigo científico antes do fim do ano, mas nada ainda é seguro. Fiquem atentos aos próximos capítulos.

Um pouco do passado: OPF

Posted in Olimpíadas, Passado on julho 30th, 2013 by Cassio dos Santos Sousa – Be the first to comment

Ouro da OPF e a Prata da IJSO 2008 + Ana Paula

Já faz um tempo que eu não escrevo sobre a minha participação numa olimpíada (escrevi sobre a OPM no início do blog). Direi a vocês sobre a olimpíada que me trouxe mais ouros, e a história desta foto. Para muitos dos comentários que farei, sugiro que olhe primeiro o post que fiz  da OPM (ele é longo, mas ficou bom, prometo), quando tinha decidido que participaria de Olimpíadas Científicas de fato.

2006

A Olimpíada Paulista de Física (OPF) não foi a minha primeira olimpíada (foi a OBA), mas foi a minha primeira Olimpíada de Física. E isso ainda aconteceu na sétima série, em 2006, quando não tinha tido aulas de Física em momento algum (nem me arriscava a ir para as aulas à tarde).

Na minha primeira participação, não me surpreendi com o resultado: 8 pontos de 20. Não passei nem da primeira fase (de duas). Mas isso já era o segundo semestre de 2006, então meu ânimo para aprender o que eu errei e ver as matérias com mais detalhes estava a mil. Aproveitei o fim do ano para aprender um basicão daquilo que caía na prova (com a prof. Márcia, super legal).

2007

A olimpíada já tinha me intrigado o suficiente para voltar a participar em 2007. Na minha oitava série, já apareciam as primeiras aulas de Física e Química (que também me intrigaram para a OQSP, mas que ainda não estavam na hora certa) no colégio, então já dava para ficar afiado desde o início do ano. Aproveitei também para ter as primeiras aulas à tarde, uma parte delas com o prof. Gromov (quando conheci a Carla Bove – e sua mãe – e a Gabi Ueno – minhas amigas de mais longa data), outra parte com o prof. Guilherme (acho).

No meio do caminho, conheci a OBF, cuja última fase veio antes da última fase da OPF (bem mais tranquila de se atingir desta vez). Em nome da última aula que tive com o Guilherme, aprendi pêndulo simples, e em nome das últimas aulas de Matemática do colégio, aprendi a escrever gráficos. Ambos os aprendizados me renderam uma incrível prata na OBF – os gráficos facilitaram as provas teórica e prática, e o pêndulo simples foi o tema da prova prática (o/).

Em nome da fase final da OBF e da OPF, acabei conhecendo o prof. Ronaldo Fogo. Fui apresentado a uma de suas aulas, que estava REVISANDO temas em geral. Nunca boiei tanto numa aula de Física (mesmo nas aulas do Ardê que via sem querer, eu aceitava mais as coisas). Não voltei a ver mais aquelas aulas em 2007.

Na final da OPF (quando visitei o ITA pela segunda vez – a primeira foi com a Jornada Espacial, quando conheci a Ana Paula da foto), estava empolgado por conta da OBF e tudo mais. No entanto, tive em 2007 um recorde de brancos, erros e péssimas leituras de enunciado exatamente naquela prova. Resultado: NADA novamente. Mas eu esperava que isso acontecesse, mesmo.

A medalha na OBF foi o que eu precisava para continuar investindo cada vez mais na Física, então não desisti nem dela (a qual poderia – e acabaria por – me levar à IPhO), nem da OPF. E sinto que foi uma decisão perfeita.

2008

Foi em 2008 que entrei de cabeça nas aulas de Física após a aula, agora somente com o prof. Ronaldo. Como regra de todos os alunos iniciantes do Ronaldo (mesmo os medalhistas de anos anteriores da OBF e da OPF), você precisava acompanhar e fazer as aulas e folhetos em diversas tardes da semana – e também em sábados e em alguns domingos (?) – para ter um bom nível no final do ano.

Antes da 1ª fase da OPF, ainda nos folhetos de Mecânica, eu já conseguia ter insights sobre aceleração aparente na aula de força resultante. Ele olhou isso com olhos de futuro promissor para o meu lado, e começou a me oferecer folhetos mais pesados (dentre eles, um livro cheio de questões do ITA de Física – eu achei ele muito WTF naquela época).

Na primeira fase, eu estava manjando bizarro, sério. Fiz a prova tendo um controle incrível da situação desta vez. O resultado me surpreendeu incrivelmente: gabaritei a primeira fase. Mais incrível ainda? Após ver as notas com o Ronaldo, descobri que fui o único do primeiro ano do estado inteiro a gabaritar. O Ronaldo já sabia disso na segunda-feira – pois os professores já recebem o gabarito no mesmo dia, então já aproveitam e corrigem no mesmo dia – e já começou a conversar comigo sobre uma tal de IJSO – que, na época, ainda estava selecionando alunos pela 1ª fase da OPF. Ele não falou só comigo, claro: conversou também com o Matheus Tulio – também amigo de longa data – e com a Gabi Ueno.

Não estragarei as surpresas sobre a IJSO, pois ela foi uma divisora de águas em termos de olimpíadas – o meu eu olímpico pré-IJSO e o meu eu pós-IJSO são seres visivelmente diferentes -, mas estava estudando Física cada vez mais – considerando OBF, OPF e IJSO. Fiquei muito mais tardes estudando Física, a ponto de não fazer a 2ª fase da OBM para treinar para as provas experimentais. Era nesse nível.

No fim de agosto, ocorreu a seletiva da IJSO. Já sabia que seria selecionado, de acordo com o Ronaldo, então estudei afiadamente Física, Química e Biologia – naquela época, os livros do Objetivo que usei para estudar já estavam perdendo a capa. Fiz a prova com um nervosismo inevitável, mas com todo o cuidado do mundo. Resultado: 3º lugar geral, e uma vaga na equipe brasileira da IJSO 2008. Foi ultra foda essa notícia, só posso dizer isso.

A fase final da OPF de 2008 foi um mês depois, um dia depois da 2ª fase da OBF (a OBF foi num sábado, a OPF num domingo). Não sei quão útil foi isso, mas fiz as provas do domingo bem mais tranquilo, atentando para enunciados estranhos, contas com vírgula e repetições de experimento. Aproveitei também para conhecer os demais membros da equipe brasileira, como o Gustavo Haddad.

Lembro de ter saído da prova teórica – a última do dia – feliz pra caramba, de tão bem que achava ter ido. Lembro que a Gabi também voltou super feliz de lá, e o nosso grupo de participantes da seletiva da IJSO (o Matheus – que foi comigo para a Coreia -, a Gabi, o Rodrigo Paroni – que também é bolsista ISMART – e eu) foi conversando pra caramba na ida e na volta – eu acabei cochilando na volta, mas foi super legal anyway.

Desta vez, eu tinha maiores esperanças de que meu nome fosse aparecer nos medalhistas, pois a OPF libera esta lista antes da premiação – pois eles colocam o seu nome atrás da medalha. E ele apareceu, junto com o da Gabi e de diversos outros amigos. Foi muito daora, e isso porque não tinha nem ido para a IJSO.

Na premiação, lembro que a Gabi pegou medalha de Prata – um dos momentos mais felizes ever para ela, eu lembro – e eu peguei medalha de Ouro. Eu fiquei feliz pra caramba, pois já tinha voltado de uma conquista incrível da IJSO – como mostrado na foto, consegui uma Prata muito linda – e concluiria minhas conquistas de 2008 com mais esta surpresa.

Ah, história da foto: a Ana Paula foi uma das amizades que fiz quando fui à São José dos Campos em 2007 por conta da I Jornada Espacial, evento proporcionado aos melhores participantes da OBA na parte de Astronáutica. Na época da foto, no início de 2009, ela já estava na FEI e não tinha ganhado nada na OPF, mas foi ao ITA só para rever os amigos (awn).

2009

Desde que tinha visto meu nome na lista de premiados da OBF, logo que voltei da IJSO no fim de 2008, já tinha começado a estudar Física bizarramente – eu queria ir para a IPhO. Ficava a maior parte do tempo, agora em 2009, com o Bruno Arderucio e o Rafael Parpinel – os melhores monitores que poderia ter na vida -, e pensava em Física praticamente 24/7.

A OPF já não trazia mais internacionais no meu futuro, mas era uma competição estranha em todos os sentidos. Ainda nem falei dela direito, mas sinto que este é o melhor momento para isso. Vamos lá.

A OPF tem uma 1ª fase nada absurda, relativamente justa com seu gabarito e num nível justo para cada série – desde a 5ª série do EF até o 3º EM, cada um faz a sua prova. A 2ª fase dela costuma(va, pelo menos) ser bem aleatória, ao menos para mim.

O pessoal do EF tinha questões teóricas bizarras – “Como obter água num deserto?” -, e nas questões do EM, quando o enunciado não falhava ou pedia detalhes demais – como DERIVADAS super estranhas -, tudo tinha conta com mais de três ou quatro casas decimais, e isso multiplicando e dividindo – sem usar calculadora.

Na 1ª fase, acabei gabaritando novamente. Foi daora.

Na 2ª fase, fiz a prova com o máximo de cuidado. Lembro também que estava num dos momentos em que mais sabia Física do meu EM, então não ligava de ficar na sala até o fim da prova quando todos já tinham saído da minha sala do 2º ano, pois revisar aquelas questões foi algo muito necessário – a prova do 2º ano estava bem mais difícil que a do 3º ano.

Por algum momento, achei que tivesse fechado a prova. Não fechei, mas consegui medalha de Ouro e obtive a melhor nota do EM inteiro (algo em torno de 98 pontos de 100). Fui descobrir depois que, na questão com o enunciado mais estranho ever da prova do EM, eu tinha sido a única pessoa a acertá-la completamente. Achei isso bizarramente foda

Não obtive a Medalha César Lattes, pois, naquele ano, ela ainda tinha como regra que o melhor aluno do 3º ano do EM iria recebê-la (tinha conseguido 3 pontos a mais que o ganhador da César Lattes). Mas sinto que a Malu discutiu bizarro com o Marim e a organização para mudar esta situação. Nisso, algo mais justo – e legal – foi determinado para 2010.

O melhor aluno do EM ganharia a Medalha César Lattes, e o melhor aluno do EF ganharia a medalha Shigueo Watanabe – criador da OPM (se você gabaritar a prova, você agora ganha um troféu de “gabaritador”). Antes, as melhores notas poderiam não receber nada mais do que um outro certificado – como foi o caso de 2009. Livros e prêmios bonitos ficavam só para os medalhistas especiais. Achei estas novas regras perfeitas.

2010

Em 2010, fiz a OPF depois da IPhO – de onde voltava com medalha de Bronze. Já não tomava nenhuma olimpíada nacional com tanta seriedade, mas foi um ano com recorde de participação olímpica – deem uma olhada no meu histórico depois. Na época da OPF, já não lembrava como usar as leis de Kirchhoff num circuito SIMPLES.

Não gabaritei a 1ª fase desta vez – por uma questão. Em teoria. Discuti o gabarito com o Matheus, que desta vez tinha gabaritado, e ambos concordamos que a questão que estava diferente para nós – sobre Relatividade Restrita – aparentava dar num gabarito que batia com a minha prova. Na prática, não mudou muita coisa para a 2ª fase, óbvio.

Na 2ª fase, eu me achei bem mais burro do que em 2009, mesmo tendo voltado da IPhO. Duvidei que, se viesse medalha, viria muita coisa. No entanto, como o Lucas Colucci, que foi comigo na IJSO, acabou dizendo uma vez: “A única coisa que se espera da OPF é que o Cássio ganhe ouro”.

Acabei ganhando o terceiro ouro na premiação em 2011 (droga!). Para minha surpresa total (sério), ganhei também a Medalha César Lattes, tendo tirado 92,5 de 100 (eu disse que estava mais burro). De novo, achei este resultado super foda. Ah, e ganhei dois livros novinhos do Halliday (conto nos dedos quantos dos meus livros não são xerox). Foi uma tarde sensacional aquela (também porque depois começava a minha primeira semaninha).

A OPF é bizarra (pelo que pude acompanhar nestes últimos anos, ela continua sendo). Ganhei medalhas por usar de extrema cautela em cada passo que fazia. Ganhava Ouro porque, aparentemente, tomava MUITO cuidado. Mas a OPF me trouxe coisas muito boas.

Foi a OPF a minha primeira olimpíada de Física. Foi por ela que cheguei a minha primeira olimpíada internacional. Foi com ela que peguei meu primeiro ouro numa olimpíada de Física. Foi nela que vi que era realmente bom nesta matéria, a ponto de ser chamado mais de uma vez para receber um prêmio especial, o qual é também a minha medalha mais pesada.

Agradeço por todos os cinco anos incríveis de OPF que tive.

Olimpíadas para universitários

Posted in Olimpíadas on janeiro 5th, 2013 by Cassio dos Santos Sousa – 13 Comments

–(Há modificações)–

Vem sendo pedido por amigos e visitantes do site alguma coisa que também abordasse possíveis olimpíadas abertas a universitários. E eu sou um universitário, então deveria saber sobre elas. Então, resolvi fazer este post especial para vocês, queridos o/

Não vou mentir: são VÁRIAS as competições a se participar. Mas as ramificações são muitas, por muitas delas se especializarem em temas muito fechados. Logo, lembre-se sempre de buscar aquelas que forem de seu interesse. Não poderei satisfazer todos.

Abaixo uma lista (incompleta e gigante) de competições abertas para universitários de que me lembro, ou que consegui achar, ou de que pude participar.

 

— Aqui, as competições mais teóricas, mais ligadas às olimpíadas do Ensino Médio —

Na área de Matemática, temos:

» OBM Nível Universitário (OBMU), aberta para todos que cursam ainda a primeira graduação aqui no Brasil. Seu modelo é o mesmo da OBM para os demais níveis, mas tendo apenas 2 fases dissertativas, começando na 2ª fase dos demais níveis;

» Olimpíada Iberoamericana de Matemática Universitária (OIMU), aberta a todos os universitários que fizeram 1ª fase da OBMU do respectivo ano, independente do resultado;

» Internacional Mathematical Competition for University Students (IMC), aberta a todos os medalhistas da OBMU. O nível não difere tanto assim da OBMU;

» Competição Iberoamericana Interuniversitária de Matemática (CIIM), também aberta apenas para medalhistas da OBMU (não confundir com a OIMU).

Na área da Física, temos:

» Prêmio IFT-ICTP para Jovens Físicos (antigo Prêmio FIFT): um conjunto de seis provas com temas que varrem praticamente toda a Física universitária (Mecânica Clássica, Mecânica Quântica, Mecânica Estatística, Física Matemática, Eletromagnetismo e Relatividade Restrita), todas em 3 horas. Há prêmios para os 5 melhores colocados;

» University Physics Competition (sem abreviação oficial): competição online aberta a universitários. Times de até 3 integrantes e um professor podem participar. O objetivo é escolher um dentre dois problemas e criar uma resposta em formato de artigo científico para ela, no prazo de 48 horas contínuas a partir do lançamento das questões;

» Rudolf Ortvay Competition in Physics: esta é uma das competições mais difíceis que vi dentro da Física. Aberta para universitários e alunos de pós-graduação. Também online, porém individual. Dentre diversos problemas (houve 29 problemas no ano passado), você precisa escolher e resolver até 10 problemas em 10 dias contínuos de competição. Há grandes prêmios em dinheiro para os três primeiros colocados de cada categoria, além de menções honrosas e prêmios especiais para as melhores soluções;

» Online Physics Brawl: competição também online e com duas categorias, uma para Ensino Médio e outra aberta. A competição dura 3 horas, e o prêmio maior é fama.

» World Physics Olympiad (WoPhO): competição voltada ao Ensino Médio e a alunos do 1º ano da faculdade. O seu intuito é achar o melhor aluno do mundo em Física. Sua prova é tomada como mais difícil que a IPhO e a APhO. Alunos podem se inscrever na competição pagando sua entrada (Guest), resolvendo problemas enviados pela equipe da WoPhO (Problem Competition), sendo medalhista de Prata ou de Ouro na IPhO ou na APhO do respectivo ano, ou sendo convidado pelo Comitê Internacional.

» International Zhautykov Olympiad (IZhO): competição aberta a alunos do Ensino Médio e do 1º ano da faculdade. Ela é uma competição meio obscura para mim, mas é considerada internacional, e há uma sede no Peru para quem fizer a prova.

Na área da Informática, temos:

» OBI: no caso, aberta apenas para quem estiver cursando o 1º semestre da faculdade no momento da competição. A competição segue da mesma maneira que para os participantes do Nível 2 de Programação, podendo concorrer à IOI do mesmo ano;

» Maratona de Programação: abertas para todos os estudantes de graduação, comumente feita em equipes. Na etapa nacional, universidades mandam suas equipes para competirem na resolução contínua de problemas envolvendo matemática, lógica e programação, e as melhores equipes são chamadas para maratonas internacionais;

» Hackaton: são 48 horas seguidas de programação envolvendo desde a criação de jogos e aplicativos até a construção de negócios online. A participação é feita por times de até 3 pessoas, com prêmios diversos (dinheiro, smartphones, videogames, etc).

Na área da Robótica (todas envolvendo a participação de equipes, com atividades desde simulações até a construção de robôs autônomos), temos:

» Winter/Summer Challenge: há diversas categorias (sumô, guerra, Soccer 2D, resgate, etc) a se participar, e são oferecidos prêmios em dinheiro para os três melhores colocados. Apesar do nome, a competição é nacional, e promovida pela Robocore;

» Latin American Robotics Competition (LARC): a maior competição da América Latina, motivando o desenvolvimento de tecnologias e códigos avançados para robôs autônomos;

» Robocup: aberta aos melhores times da LARC, a maior competição de robótica do mundo para robôs simulados.

— Aquelas mencionadas a seguir são mais voltadas à Engenharia, na minha caminhada —

Na área de Aeronáutica, a mais conhecida é o AeroDesign, em âmbitos nacional e internacional (a primeira selecionando para a segunda). Há diversas categorias envolvidas, mas o intuito principal é construir aviões e planadores de pequeno porte que possam voar com o uso de controle remoto. A participação é por equipes.

Na área de Automobilismo, conheço a Formula e o Baja, competições para construção de carros (organizadas pela SAE). A primeira considera carros construídos para corrida (como na Fórmula 1), e a segunda considera carros off-road (como na Fórmula Indy). Os carros passam por uma série de testes além de serem testados em pistas de corrida. Também para equipes.

Na área Aeroespacial, existe a Intercollegiate Rocket Engineering Competition (IREC), aberta a todas as universidades do mundo, para a construção de foguetes que possam voar mais alto com seus propelentes e serem recuperados após o voo.

— Estas são para competições de negócios em geral, podendo haver restrições de cursos (também, apenas que vivenciei) —

Na área dos negócios, as competições mais comuns são as Resoluções de Cases, orientadas por grandes grupos e empresas. Os modelos podem diferir, mas, tradicionalmente, equipes de várias universidades resolvem casos de negócio dos mais diversos, e prêmios (comumente em dinheiro) são dados às equipes com a melhor estratégia de solução. Uma das competições mais conhecidas do gênero é a Battle of Concepts.

Na área de empreendedorismo, há também competições envolvendo a criação e apresentação de startups. Há várias delas, VÁRIAS mesmo, bastando uma rápida busca do termo “startup” para encontrá-las. Uma das mais conhecidas é o Prêmio Startup Universitária, voltada para startups já no mercado.

 

A lista é incompleta, e quem conhecer mais algumas pode mandar sugestões. Conforme se entra cada vez mais nas competições universitárias, o limiar entre a disseminação do conhecimento e a utilização deles para negócios cada vez mais específicos é cada vez menor, conforme as competições e os interesses vão também se especificando.

Para limitar a lista, evitei competições esportivas (inacreditavelmente mais comuns e frequentadas por universitários do que estas aqui em cima) e coisas envolvendo apenas iniciação científica (simpósios, seminários, conferências e workshops também valem). Não posso motivar todos os cursos do mundo, então se procura alguma competição mais específica para o seu curso de interesse, talvez precisará procurar um pouco mais. Os murais da sua faculdade serão ótimos pontos de partida, não se engane.

 

Se tiver mais alguma boa competição para me mostrar (e que posso ficar muito feliz em participar), mande uma sugestão nos comentários. O mundo de competições universitárias cresce muito, e dele não posso dar conta sozinho.

Enquete aos meus leitores: o que vocês acham de um site semelhante ao OC, mas voltado às competições acadêmicas universitárias?

[Atualização de 26 de abril de 2014]

O site foi criado (o/). Não é intuito dele ser um blog, mas tem gente demais querendo saber mais sobre eles. Ele está aí:

olimpiadascientificas.com/universitarias

Há mais competições neste site do que neste post (descobri algumas no caminho), e o texto presente nelas está bem mais dedicado. Divirtam-se!