Posts de janeiro, 2013

Interesses

Posted in Sem categoria on janeiro 7th, 2013 by Cassio dos Santos Sousa – 1 Comment

Grandes dilemas com os quais convivo envolvem jogos de interesse, principalmente em termos de carreira. Algo muito interessante aparece no meio do seu caminho, puxa sua atenção, e você começa a investir um pouco (do seu tempo, dinheiro ou ambos) nele.

Não posso mentir: existem muito mais coisas chamando nossa atenção do que nunca. Você pode até tirar os outdoors daqui de São Paulo, mas as propagandas estão ficando cada vez mais apelativas. Até aquelas do YouTube estão sabendo tirar cada vez mais sua atenção nos cinco segundos que eles normalmente tem. Celulares e smartphones estão cada vez mais cheios de acessórios e funcionalidades em formatos cada vez mais chamativos, para que você compre sempre mais e mais deles.

Atividades extracurriculares são outras das coisas mais cheias de apelos: seja uma olimpíada, um clube Glee da vida ou o que for, todo tempo livre presente na vida de um estudante ou de um adolescente (aqui, até 25 anos é tempo) será coberto por coisas de seu interesse. E esse interesse, se acabar coletivo, acabará por perpetuar pela própria força da atividade. E claro, toda atividade neste meio acaba levando você para frente, seja por facilitar uma application, seja por fazer você estudar, seja por descontrair e distrair.

Enfim, há muita coisa em nossa vida que nos puxará interesse, muita mesmo. No entanto, cada um desses interesses pede algum investimento (de tempo, dinheiro ou seja o que for), e nem sempre há moedas de troca suficientes para se cobrir todos eles. Se eles pedirem muito dinheiro, é muito fácil de ele acabar (principalmente para universitários). Se eles pedirem muito tempo, é muito fácil de você se acabar (seu corpo possui necessidades básicas a serem supridas, como boas horas de sono – e não se compensa tão facilmente uma noite mal dormida). Claro que existem exceções (você pode ser rico ou um super herói), mas não será possível abraçar todo esse “mundo” de interesses que nos rodeiam, ou não de forma proveitosa.

No entanto, se as atividades não forem destrutivas ou perigosas, muitos destes interesses oferecem um “test-drive”, um período e/ou uma versão mais simples/barata/fácil/grátis que consiga ser suficiente para você ver se são de fato interessantes. E durante o test-drive, você pode analisar custos, verificar parcerias, apertar botões, etc, e então tirar conclusões. Sempre aproveite o período de testes, pois talvez o interesse seja de fato algo a levar investimento, ou então esconda algo não muito legal de se levar.

Mesmo assim, haverá um determinado interesse que não terá test-drive, e que poderá ser um grande investimento de risco. Dentre eles, estão muitas das chamadas oportunidades, chances únicas de você obter um item ou fazer determinada atividade relevante (note) com os recursos que você tem, e para elas darei um foco maior.

Nem sempre será possível identificar uma oportunidade. No entanto, quando você puder observá-la, ela fará você pensar. Algumas serão de fácil (ou mesmo facílima, trivial) decisão, e você iniciará por seu caminho sem olhar para trás. Mas haverá outras, de real risco, que farão você pensar duas vezes. Seja um “dobro ou nada”, uma mudança abrupta de carreira, uma escolha de curso ou o que for, haverá algo a se escolher, mas haverá um risco ou rejeição a se aceitar.

Conforme se caminha na vida, o caminho das oportunidades diminui ou afunila bastante, e apenas você será responsável por decidir seguir ou não por elas. Não haverá quem diga se o caminho é certo ou errado: como eu tomo para mim, não há caminhos errados, há caminhos que não levam para um certo fim (todo caminho levará você para algum lugar, mas não necessariamente suprirá seus interesses).

É nesse “pensar duas vezes”, no entanto, que a mágica realmente acontece.

Acho difícil alguém nunca ter passado por um dilema. Como disse no início, estamos cada vez mais rodeados de interesses, mas nem sempre há moedas suficientes para investir. Mas nem sempre é possível fazer uma escolha plena, pois junto com as oportunidades, pode haver muita pressão externa. E, como o Ivan comentou, um caminho mais tortuoso não poderá levar mais culpados além de quem decidiu atravessá-lo. E como fazer essa decisão? Eu sinceramente não sei.

Mas sei que nem toda oportunidade é aproveitável de uma só forma. Também sei que nem toda oportunidade é um caminho sem volta, e que, se você acabar se ferindo (figurativamente, mas espero que não severamente) no caminho, o tempo é perfeito para cicatrizar tudo. O caminho alternativo deixado para trás ficará lá, e não poderá impedir você de aproveitar o melhor do caminho que você escolheu. E posso dar alguns conselhos, de quem já quebrou muito a cabeça com dilemas.

Não faça escolhas de cabeça cheia. Se estiver estressado, cansado, ocupado e/ou pressionado demais, por menos tempo que sobre para fazer uma decisão, tente meditar e respirar um pouco mais profundamente antes de escolher. É nesse momento que sua cabeça acaba te enganando com facilidade.

Não deixe pessoas tomarem decisões por você. O caminho é seu, e a culpa será sua.

E, após decidir, aproveite ao máximo mesmo. Não sei se fiz o melhor conjunto de escolhas até agora, mas sei que vivi o melhor de muitas delas, e aprendi sempre um pouco mais com cada caminho e oportunidade.

Não dá para viver e ficar se lamentando. Eu escolhi viver.

Olimpíadas para universitários

Posted in Olimpíadas on janeiro 5th, 2013 by Cassio dos Santos Sousa – 13 Comments

–(Há modificações)–

Vem sendo pedido por amigos e visitantes do site alguma coisa que também abordasse possíveis olimpíadas abertas a universitários. E eu sou um universitário, então deveria saber sobre elas. Então, resolvi fazer este post especial para vocês, queridos o/

Não vou mentir: são VÁRIAS as competições a se participar. Mas as ramificações são muitas, por muitas delas se especializarem em temas muito fechados. Logo, lembre-se sempre de buscar aquelas que forem de seu interesse. Não poderei satisfazer todos.

Abaixo uma lista (incompleta e gigante) de competições abertas para universitários de que me lembro, ou que consegui achar, ou de que pude participar.

 

— Aqui, as competições mais teóricas, mais ligadas às olimpíadas do Ensino Médio —

Na área de Matemática, temos:

» OBM Nível Universitário (OBMU), aberta para todos que cursam ainda a primeira graduação aqui no Brasil. Seu modelo é o mesmo da OBM para os demais níveis, mas tendo apenas 2 fases dissertativas, começando na 2ª fase dos demais níveis;

» Olimpíada Iberoamericana de Matemática Universitária (OIMU), aberta a todos os universitários que fizeram 1ª fase da OBMU do respectivo ano, independente do resultado;

» Internacional Mathematical Competition for University Students (IMC), aberta a todos os medalhistas da OBMU. O nível não difere tanto assim da OBMU;

» Competição Iberoamericana Interuniversitária de Matemática (CIIM), também aberta apenas para medalhistas da OBMU (não confundir com a OIMU).

Na área da Física, temos:

» Prêmio IFT-ICTP para Jovens Físicos (antigo Prêmio FIFT): um conjunto de seis provas com temas que varrem praticamente toda a Física universitária (Mecânica Clássica, Mecânica Quântica, Mecânica Estatística, Física Matemática, Eletromagnetismo e Relatividade Restrita), todas em 3 horas. Há prêmios para os 5 melhores colocados;

» University Physics Competition (sem abreviação oficial): competição online aberta a universitários. Times de até 3 integrantes e um professor podem participar. O objetivo é escolher um dentre dois problemas e criar uma resposta em formato de artigo científico para ela, no prazo de 48 horas contínuas a partir do lançamento das questões;

» Rudolf Ortvay Competition in Physics: esta é uma das competições mais difíceis que vi dentro da Física. Aberta para universitários e alunos de pós-graduação. Também online, porém individual. Dentre diversos problemas (houve 29 problemas no ano passado), você precisa escolher e resolver até 10 problemas em 10 dias contínuos de competição. Há grandes prêmios em dinheiro para os três primeiros colocados de cada categoria, além de menções honrosas e prêmios especiais para as melhores soluções;

» Online Physics Brawl: competição também online e com duas categorias, uma para Ensino Médio e outra aberta. A competição dura 3 horas, e o prêmio maior é fama.

» World Physics Olympiad (WoPhO): competição voltada ao Ensino Médio e a alunos do 1º ano da faculdade. O seu intuito é achar o melhor aluno do mundo em Física. Sua prova é tomada como mais difícil que a IPhO e a APhO. Alunos podem se inscrever na competição pagando sua entrada (Guest), resolvendo problemas enviados pela equipe da WoPhO (Problem Competition), sendo medalhista de Prata ou de Ouro na IPhO ou na APhO do respectivo ano, ou sendo convidado pelo Comitê Internacional.

» International Zhautykov Olympiad (IZhO): competição aberta a alunos do Ensino Médio e do 1º ano da faculdade. Ela é uma competição meio obscura para mim, mas é considerada internacional, e há uma sede no Peru para quem fizer a prova.

Na área da Informática, temos:

» OBI: no caso, aberta apenas para quem estiver cursando o 1º semestre da faculdade no momento da competição. A competição segue da mesma maneira que para os participantes do Nível 2 de Programação, podendo concorrer à IOI do mesmo ano;

» Maratona de Programação: abertas para todos os estudantes de graduação, comumente feita em equipes. Na etapa nacional, universidades mandam suas equipes para competirem na resolução contínua de problemas envolvendo matemática, lógica e programação, e as melhores equipes são chamadas para maratonas internacionais;

» Hackaton: são 48 horas seguidas de programação envolvendo desde a criação de jogos e aplicativos até a construção de negócios online. A participação é feita por times de até 3 pessoas, com prêmios diversos (dinheiro, smartphones, videogames, etc).

Na área da Robótica (todas envolvendo a participação de equipes, com atividades desde simulações até a construção de robôs autônomos), temos:

» Winter/Summer Challenge: há diversas categorias (sumô, guerra, Soccer 2D, resgate, etc) a se participar, e são oferecidos prêmios em dinheiro para os três melhores colocados. Apesar do nome, a competição é nacional, e promovida pela Robocore;

» Latin American Robotics Competition (LARC): a maior competição da América Latina, motivando o desenvolvimento de tecnologias e códigos avançados para robôs autônomos;

» Robocup: aberta aos melhores times da LARC, a maior competição de robótica do mundo para robôs simulados.

— Aquelas mencionadas a seguir são mais voltadas à Engenharia, na minha caminhada —

Na área de Aeronáutica, a mais conhecida é o AeroDesign, em âmbitos nacional e internacional (a primeira selecionando para a segunda). Há diversas categorias envolvidas, mas o intuito principal é construir aviões e planadores de pequeno porte que possam voar com o uso de controle remoto. A participação é por equipes.

Na área de Automobilismo, conheço a Formula e o Baja, competições para construção de carros (organizadas pela SAE). A primeira considera carros construídos para corrida (como na Fórmula 1), e a segunda considera carros off-road (como na Fórmula Indy). Os carros passam por uma série de testes além de serem testados em pistas de corrida. Também para equipes.

Na área Aeroespacial, existe a Intercollegiate Rocket Engineering Competition (IREC), aberta a todas as universidades do mundo, para a construção de foguetes que possam voar mais alto com seus propelentes e serem recuperados após o voo.

— Estas são para competições de negócios em geral, podendo haver restrições de cursos (também, apenas que vivenciei) —

Na área dos negócios, as competições mais comuns são as Resoluções de Cases, orientadas por grandes grupos e empresas. Os modelos podem diferir, mas, tradicionalmente, equipes de várias universidades resolvem casos de negócio dos mais diversos, e prêmios (comumente em dinheiro) são dados às equipes com a melhor estratégia de solução. Uma das competições mais conhecidas do gênero é a Battle of Concepts.

Na área de empreendedorismo, há também competições envolvendo a criação e apresentação de startups. Há várias delas, VÁRIAS mesmo, bastando uma rápida busca do termo “startup” para encontrá-las. Uma das mais conhecidas é o Prêmio Startup Universitária, voltada para startups já no mercado.

 

A lista é incompleta, e quem conhecer mais algumas pode mandar sugestões. Conforme se entra cada vez mais nas competições universitárias, o limiar entre a disseminação do conhecimento e a utilização deles para negócios cada vez mais específicos é cada vez menor, conforme as competições e os interesses vão também se especificando.

Para limitar a lista, evitei competições esportivas (inacreditavelmente mais comuns e frequentadas por universitários do que estas aqui em cima) e coisas envolvendo apenas iniciação científica (simpósios, seminários, conferências e workshops também valem). Não posso motivar todos os cursos do mundo, então se procura alguma competição mais específica para o seu curso de interesse, talvez precisará procurar um pouco mais. Os murais da sua faculdade serão ótimos pontos de partida, não se engane.

 

Se tiver mais alguma boa competição para me mostrar (e que posso ficar muito feliz em participar), mande uma sugestão nos comentários. O mundo de competições universitárias cresce muito, e dele não posso dar conta sozinho.

Enquete aos meus leitores: o que vocês acham de um site semelhante ao OC, mas voltado às competições acadêmicas universitárias?

[Atualização de 26 de abril de 2014]

O site foi criado (o/). Não é intuito dele ser um blog, mas tem gente demais querendo saber mais sobre eles. Ele está aí:

olimpiadascientificas.com/universitarias

Há mais competições neste site do que neste post (descobri algumas no caminho), e o texto presente nelas está bem mais dedicado. Divirtam-se!

Ah, o COB…

Posted in Olimpíadas on janeiro 4th, 2013 by Cassio dos Santos Sousa – Be the first to comment

Antiga imagem da OBA

Para aqueles que nunca viram esse logo antes, esta era a imagem impressa junto com as letras da OBA. Era, pois agora o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), ligado apenas aos Jogos Olímpicos, decidiu tirá-lo do site de divulgação deles ano passado.

Já fizemos algum debate desses nas comunidades do OC assim que as primeiras notícias saíram, por volta de outubro. Resultado da discussão: é besteira o que eles estão tentando, e se continuassem com a aparente palhaçada, não chegariam a lugar algum (já não chega um supermercado local ter ganhado causa em 2008 por mencionar “olimpíadas” em suas propagandas) . E daí chegou esta notícia há algumas horas, entre outras copiadas e coladas em todos os lugares. E as discussões voltaram lá nas comunidades.

Finalmente resolveram atacar a OBM e sua Semana Olímpica. Eu veria esse ataque como uma coisa comum já deles, se não fosse pelo fato de a Semana Olímpica ser feita nas férias de janeiro, enquanto os Jogos Olímpicos são feitos em julho. What the heck?

Alguns amigos já mencionaram as conhecidas piadas em cima dos nomes que iriam no lugar, como “Gincana”. Mas isso não vem ao caso.

Em termos de conquistas, nós alunos olímpicos fazemos muito mais barulho, nacional e internacionalmente, do que qualquer participação brasileira em Jogos Olímpicos, ou ao menos tenho esta impressão. Não desvalorizo os atletas que nos representam lá fora, de modo algum, pois alguns fazem rifa para conseguir viajar e representar o Brasil, e apenas assistimos na TV cobrando deles o melhor resultado (e agora, COB?)

Em termos de relevância, por mais que a educação ainda esteja engatinhando quando países do mundo todo parecem correr contra o tempo, é por meio da nossa participação olímpica que podemos bater de frente com essas potências. O estudo, o compartilhamento de conhecimento e todo um conjunto claro de bons valores são transmitidos ao se participar de olimpíadas científicas.

Em termos de tradição, desde a nossa primeira olimpíada aqui no país (a OPM, já em sua 36ª edição), alguns poucos se esforçam para ver alunos com cada vez mais brilho nos olhos e vontade de estudar. Desde os esforços do Shigueo Watanabe, tirando dinheiro do próprio bolso para ver a OPM acontecer, até as homenagens feitas nas cerimônias de premiação para professores e entusiastas da Educação e da Ciência – elas existem por mais de um motivo.

O termo “olimpíada” utilizado nestas competições está lá para inspirar. Uma medalha que se conquiste é a representação física de todo um conjunto de esforços enfim valorizados, e que o olímpico levará para o resto de sua vida. Desde a Antiguidade, uma olimpíada representava todo um conjunto de esforços de atletas e países para mostrar sua cultura e excelência frente aos melhores dos melhores. Se o Brasil investe nelas, é por acreditar que há muito a se valorizar no país.

Para finalizar, se for possível transmitir uma mensagem diretamente ao COB e a estas procurações:

Por mais esforços que vocês coloquem para ver estes impedimentos acontecerem, não haverá quem efetivamente o valorize, mesmo entre vocês. Se vocês ainda não fazem mídia sobre isso, é porque vocês não confiam plenamente que isso possa funcionar. Se vocês acham que o termo “olimpíada” causa efetivamente alguma dúvida na cabeça de alguém, não causa. Mudar as coisas que só poderão fazer algum sentido em 2016 e num espaço específico demais do ano não me parece correto agora, mais de três anos antes. Se vocês conseguirem de fato fazer volume e ganhar causa (campo no qual vocês já perderam mais de uma vez), eu deixarei de acreditar num bom futuro para o país, pois não saberei o que os nossos líderes valorizam, mas saberei, com certeza, o que eles não valorizam.

Sinto que vocês nunca viram com quanto amor e dedicação um organizador de olimpíadas constrói estes eventos, muitas vezes do zero e sem ajuda alguma. Ou nunca viram a felicidade nos rostos de um aluno buscando sua medalha. Ou quanto esforço um aluno faz para chegar a uma olimpíada internacional. Ou mesmo nunca viram o nosso site, e quanta gente realmente boa o acessa e nos manda as mensagens mais motivadoras possíveis, por um trabalho que fazemos de coração.

Resoluções

Posted in Sem categoria on janeiro 1st, 2013 by Cassio dos Santos Sousa – Be the first to comment

Boa parte das tarefas que normalmente nos propomos a fazer em nossas listinhas de fim de ano começaram, ou assim espero que aconteça. Seja uma nova dieta, academia, um novo livro/mangá para ler, uma nova série para assistir ou um hobby qualquer para começar e se divertir. Gostamos de fazer planos, pois isso nos trará alguma responsabilidade em mãos.

Estar de férias seria algo muito mais legal, se não fosse por elas, as tarefas inacabadas. Não que sejam ruins, mas lembrarão você de que o mundo não para, e você também não, como o Ivan comentou em outro post (muito interessante, BTW).

A maioria dos meus amigos (também blogueiros) aqui do site estão com algum afazer em mãos, ou essays inacabados, mas certamente preocupações. É a época da vida acadêmica em que você muda radicalmente seus pensamentos, pois é quando começam a sair os resultados de vestibulares e applications, e muitas das carreiras dão seu primeiro grande passo.

No meu caso, vou logo mais para o terceiro ano da universidade. Em praticamente todos os cursos com 3 anos de duração ou mais, é nele que ocorre a maior das transições dentro do curso. Para futuros engenheiros (meu caso), é agora que começa o Curso Profissional, e então as aulas mais voltadas à teoria se tornam mais práticas e específicas. Para futuros médicos, acaba também a parte básica e já se aborda tópicos mais ligados a especializações e afins. Cursos como ADM ou Economia já pedem estágios obrigatórios a essa altura, e é também agora que muitos intercâmbios e estágios no exterior ocorrem (como em RI). Para quem ingressa na universidade sem decidir o curso, é também o momento de rumar para um caminho certo.

Enfim, começa mais um ano cheio de transições. No entanto, antes de tudo, começa mais um ano. Como vi no Projeto Impulso (mais especificamente aqui), 2013 é o primeiro ano desde 1987 com os quatro dígitos diferentes, e também o primeiro de 3 anos com exatamente 3 fatores primos em sua decomposição:

2013 = 3*11*61

2014 = 2*19*53

2015 = 5*13*31

Isso é algo comum de se fazer no início de cada ano, pois o ano de uma olimpíada de Matemática pode dar uma brecha para qualquer tipo de questão (mesmo na IMO). Enfim, o ano está cheio de coisas para adiantar, e mais um monte para descobrir. Uma delas é organizar os arquivos do meu computador e do meu quarto (com tudo que usei para ler/estudar em 2012), que complica bastante quando você vai adiando (ou juntando com os arquivos dos demais anos, ou com um backup).

Enfim, uma série de coisas esperam para serem iniciadas e, espero eu, terminadas.

E você, o que planejou fazer agora em 2013?