The Deadline Effect
Posted in Sem categoria on março 12th, 2013 by Cassio dos Santos Sousa – Be the first to commentAlgo que fica claro a cada nova atividade que faço é que, não importando quanto tempo esteja dedicado a uma determinada atividade, há algo de muito especial reservado ao deadline, a data e/ou horário limite de toda atividade, em que tudo pode acontecer. Se pesquisar pelo título do post no Google, conseguirá achar fácil pesquisas feitas em centros renomados mundo afora, que não duvidam da “mágica do último minuto”.
Talvez seja mal do brasileiro ou espaço amostral pequeno, mas a impressão geral é que muitas pessoas funcionam sob pressão. No caso do deadline, essa pressão é muito mais psicológica, e está envolvida com o fato de termos feito um compromisso, e a pior desfeita que poderíamos dar, independentemente dos eventos ocorridos durante o processo, é não ter nada para mostrar.
O deadline é também o momento em que, por experiência, você deve tomar ou já ter tomado as decisões. O tempo restante costuma ser tão curto que não há tempo para refletir, divagar ou mesmo pensar: é hora de fazer, e fazer o melhor que puder naquele tempo. Mesmo tendo tido bem mais tempo. Como alguém já disse antes, “nada acontece até o último minuto”.
Enfim, agir sobre deadlines pode fazer muita atividade travada render. Como há pouco tempo para se fazer ou pensar em qualquer coisa, você optará pelo menor esforço, e agirá por instinto na maioria dos casos, maximizando a produtividade num tempo curtíssimo.
Mas isso vicia. No momento em que você se dispuser a fazer tudo no limite, seu cérebro dará prioridade a agir sob urgência e sob acúmulo de atividades, e você ficará a mercê de prioridades mal colocadas e desesperos evitáveis. Em suma, você irá se desesperar com atividades que poderiam ter sido concluídas antes e com, no mínimo, o mesmo nível de sucesso.
Tudo na vida envolverá prioridades. No entanto, comprometimento é algo que depende apenas de você. Um bom resultado a ser mostrado não pode depender do tempo que lhe sobra, mas sim de todo o tempo que lhe deram, e do melhor que você pode fazer com ele.
Dá para se divertir, descansar e ainda fazer várias atividades proveitosas e desenvolvedoras de habilidades e de caráter. O sufoco vem quando você deixa uma delas atrasar demais. Pode-se produzir muito no deadline, mas os custos são altos, e nem sempre valerão a pena.