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O mito do herói

Posted in Sem categoria on abril 6th, 2013 by Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho – 2 Comments

TheHeroWithAThousandFaces

Lendo The Hero with a Thousand Faces [O Herói com Mil Faces] , por Joseph Campbell, edição comemorativa, me prendi a certos trechos na introdução do livro.

“With regard to the heroic, so much is unpredictable; but there are two matters, above all, about which a person can be certain—struggle on the journey is a given, but also there will be splendor.”[Com relação ao heróico, muito é imprevisível; mas há duas coisas, que, acima de tudo, a pessoa pode estar certa — haverá um grande esforço na jornada, mas também haverá esplendor] — Clarissa Pinkola Estes

E logo a frente havia tal citação sobre o conto “The Conference of the Birds” [A Conferência dos Pássaros]

“The thousand birds endure increasingly hos­tile conditions, terrible hardships, and torments—including hor­rifying visions, lacerating doubts, nagging regrets. They long to turn back. They are filled with despair and exhaustion. The creatures receive no satisfaction, nor rest, nor reward for a very long time.” [Os milhares de pássaros suportaram condições cada vez mais hostis, dificuldades e tormentas — incluindo visões terríveis, duvidas lascerantes, arrependimentos enervarntes. As criaturas não viam a hora de voltar atrás. elas estavam preenchidas com desespero e exaustão. As criaturas não receberam satistfação, descanso ou recompensa por um longo tempo.]  — Clarissa Pinkola Estes

Mas como lido na primeira citação, você já sabe o que houve com os poucos que completaram essa jornada. E para aqueles que querem ir e seguir esses caminhos?

“Whosoever desires to explore The Way— Let them set out—for what more is there to say?” [Aqueles que querem explorar O Caminho — deixem-nos ir — pois o que mais há para se dizer]?

 

O livro aparenta ser extremamente interessante e instrutivo. Ele influenciou diversas histórias, como por exemplo, Star Wars, filmes da Disney, entre outros.

Mas, mais que isso, ele explica e exemplifica certos aspectos da mente humana… Mas por que estou comentando sobre esse livro?

Percebi que as pessoas por vezes tomam as outras por herói, como um certo ídolo a ser imitado, mas que não é possível pois nunca há o início da jornada… Nunca fui picado por uma aranha radioativa, nunca chegou minha carta de Hogwarts, entre outras… Ou mesmo nunca tive um grande momento de epifania que mostrasse qual o meu verdadeiro talento.

As pessoas começam então a falar muito de sonhos e pouco de objetivos…

Se alguém conseguiu completar uma jornada, chegando em um ponto em que já é possível colher frutos dela, essa pessoa passa a ser tratada como herói ou qualquer outro termo que tente separar essa pessoa do resto das pessoas. Passam a tratar ela como se ela tivesse nascido com um dom ou com habilidades já desenvolvidas. Ignoram o esforço e a grande jornada que a pessoa teve que passar, ou quando não ignoram, consideram como se fosse parte do “enredo” – “claro que a pessoa passou por essas dificuldades, pois você precisa passar por elas para chegar lá. Mas essas dificuldades só aconteceram pois de certa forma já se sabia que a pessoa iria superá-las e portanto se destacar.”

Não. Esse não é o mundo. Sim, o mundo pode ter heróis, mas eles não são diferentes dos outros. São pessoas que resolveram seguir uma jornada, pois, “o que mais há pra se fazer?”.  São pessoas que sabem que não viverião para sempre, por isso tentaram fazer algo que dure mais que elas mesmas. Pessoas que assim como os pássaros de “A Conferência dos Pássaros” que foram até o fim, seguiram em frente. Pessoas que olhavam o caminho tortuoso e que depois que chegaram ao outro lado perceberam que ganharam ao menos auto-conhecimento.

E se você pensa em seguir alguma jornada, sair de onde está, acredito que só há uma coisa que pode ser dito:

“E se não for agora, quando?”, Hillel.

I was admitted in Harvard, MIT, Yale and Princeton :)

Posted in Sem categoria on março 29th, 2013 by Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho – 1 Comment

Hey there! Today’s post will be in English; I really hope my usual readers won’t mind that.

Now that all the university results were released, I wanted to share my essays – maybe some day they will help someone. And even if they don’t help, I hope someone will find them interesting :).

Sadly I won’t share every essay – some of them are too personal; it wouldn’t be nice if other people read them haha.

Common App :)
FETECMS revision1.0

motivation final final

MIT :)

1 – background revision 2
2 – Extra activity- people revision
6- challenge revision 2
5 -world revision3
4 – personality revision 2.1
3 – program – UROP – revision 2

E o que houve então?

Posted in Sem categoria on março 25th, 2013 by Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho – 2 Comments

É, dia 23 de março chegou e passou. E que coisa incrível acontceu esse dia? Acabou a água do galão e eu tive que ir comprar mais, e eu comi brigadeiro. Em poucas palavras, nada de mais haha.

Para os curiosos, a notícia no jornal era na página de falecimentos, o que obviamente não aconteceu. Mas meu passaporte antigo expirava naquele mesmo dia, o que poderia explicar o motivo de eu sonhar com aquela data….

Tantas aventuras com ele :). Dá pra se dizer que eu comecei a levar a sério as olimpíadas quando ele foi feito, e que a expiração dele marca o fim de um ciclo…

Ah, e dia 14 de março eu passei no MIT :). Não é legal? até mais!

[fora do tópico] 23 de março

Posted in Sem categoria on março 8th, 2013 by Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho – 4 Comments

Em 2011 eu tive um sonho. Todos aqueles que já tentaram ler algum livro, placa ou jornal em um sonho devem se lembrar que isso foi uma tarefa bem dificil.

Nesse sonho que eu tive, eu peguei um jornal e consegui ler duas coisas: uma notícia sobre mim e a data: 23 de março de 2013.   Hahaha, eu não acredito que algo irá acontecer, nem que a notícia especifica (que eu escrevo aqui depois do dia 23) vai acontecer, mas ainda assim eu estou ansioso :). É legal se enganar as vezes, pensar que você de alguma forma conseguiu ver algo no futuro, que de alguma forma você não é responsável pelos seus atos, que tudo não passa de algum plano feito pelos astros, ou que tudo é culpa do seu signo.  Uma sensação que parece que faz com que o mundo tenha um pouco de ordem

 

http://letras.mus.br/fleet-foxes/1850265/

I’d say I’d rather be
A functioning cog in some great machinery
Serving some thing beyond me

Mas se você se enganar demais você vai fechar seus olhos pro que está na sua frente, se recusando a ver a própria realidade. Vivendo num mundo de fantasia sem querer acordar, e se tornando uma pessoa não útil por causa disso. Mas fantasia sempre é bom em doses controladas. Minha dose diária de um pouco de veneno que me mantém vivo :)

Conselhos

Posted in Sem categoria on março 2nd, 2013 by Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho – 3 Comments

É… eu fiquei muito tempo sem escrever nada aqui :/. E eu vou dar uns conselhos que eu acho que eu precisava ouvir. Pouca coisa, mas quem sabe seja útil motivacionalmente para alguém?

Você é fruto das escolhas que você fez. Não faz sentido você se sentir mal pelas escolhas que fez no passado, nem se flagelar por causa delas. É apenas o presente que vai fazer alguma diferença. O seu eu de amanhã (dia de amanhã mesmo, e não do futuro), ficaria feliz com o que o seu eu de hoje fez?  Se não, há algo muito errado que você está fazendo.

Não diminua o seu rítmo por muito tempo. Se você está acostumado a estudar pra caramba, não fique 2 meses sem fazer nada. É difícil retomar o pique depois.

Tenha um ambiente que promova um pouco de pressão pra cima de você. Isso vai empurrar você mais pra frente. Claro que você pode ficar em casa estudando (ou fazendo coisas produtivas em geral) o que você quiser, totalmente isolado do mundo, e pensar que seria equivalente a ir de vez quando em um lugar em que outras pessoas também estudam e ficar estudando lá o que você quiser. Mas no geral não é equivalente. Se você vê outras pessoas sendo úteis, você vai querer ser mais útil, dar o melhor de si, dar uma competitidinha pra conseguir melhor seu rendimento e rítmo. Ficando isolado sem saber do que os outros fazem, seria igual não ver a luz do dia e querer que seu relógio biológico ficasse ajustado. Não vai dar muito certo.  (Essas visitas podem até ser onlines — inclusive espero que o meu blog sirva de suprir essa parte de fazer um pouco de pressão haha)

Sempre haverão pessoas que discordaram de você e acharam motivo pra sentirem vergonha de você. Isso não deveria fazer diferença. Veja a dica 1.

E é isso… coisas que eu precisava ter ouvido mais cedo / ter pensado mais cedo. Até mais :)

 

 

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p.s.  Se alguém quiser perguntar no meu askfm, sinta-se muito bem vindo haha.   Vou tentar responder a maioria  :) http://ask.fm/itadeufa

Entrevista

Posted in Sem categoria on março 1st, 2013 by Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho – 5 Comments

Saiu uma pequena entrevista minha na revista mundo estranho :).  Mas segue abaixo respostas que eu dei na Íntegra :)

 

Em vermelho estão perguntas feitas depois que as respostas foram feitas. O texto está confuso, mas tudo bem haha.

 

Segredo e motivação pra participar em olimpíadas?

 

O único segredo é dedicação. As vezes você vai querer desistir e jogar tudo para oalto. E você tem que conseguir forças para seguir em frente. – no que você pensava nessas horas que tinha vontade de desistir? como arrumava forças pra seguir em frente?
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Cada hora eu tentava arranjar  força de vontade de uma maneira diferente. As vezes erao pensamento de “eu não vim até aqui pra desistir agora”, assim como dizia a música dos engenheiros do Hawaii. As vezes era a promessa de reencontrar uma pessoa nas competições, ou só a vontade de cumprir o desafio e crescer como pessoa.
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Mas o que seria essa dedicação?
Cada aluno tem um método de estudo diferente, e não existe um que seja o melhor para todos os estudantes, então não faz sentido dizer qual a maneira correta de estudar. Osegredo para ir bem chega até a ser óbvio, mas poucos o fazem:

 

1) Saber todo o programa da competição. Você tem que saber toda a matéria que pode cair na competição. –Cai muito conteúdo fora de ensino médio? Como vc estudou o que não era dado na sua escola? Aulas particulares? Pegou livros e estudou por conta?

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Cai muito, muito assunto além do ensino médio. Cada competição é diferente… Nas de física caem matéria da faculdade, nas de matemática, alguma matérias especializadas que costumam ser vistas em mestrado. Astronomia ou linguística, nem sequer temos no currículo da escola. Eu estudava por livros de faculdade, pegava material na internet (você não tem ideia de quanto material é distribuido de forma gratuita, sem nem ser pirata, na internet), resolvida provas passadas lendo as resoluções, etc. Tirava algumas dúvidas com professores fora do período de aula, e entrava em contato com ex-participantes das competições.

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2) Resolver provas passadas. Você tem que estar acostumado com o nível de dificuldade das questões e com as estratégias de solução. De nada adianta você saber a matéria se você não souber aplicar, ou se você não tiver prática o suficiente, a ponto de cometer erros de distração.

3) Treinar velocidade. Além de saber a matéria e resolver os exercícios, você também tem que treinar velocidade, pois o tempo de prova é curto frente a dificuldade das questões. E além disso, você tem que ser capaz de resolver com velocidade e precisão, sem cometer erros. e como você fazia isso? chegava a cronometrar? o tempo dado nas provas é relativamente pequeno pra dificuldade do enunciado?

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Eu me cronometrava sim. O tempo de cada questão é bem grande, algumas competiçõeschegam a dar quase duas horas por questão, porém, você acaba escrevendo mais de 6 páginas só de resolução, o que faz com que o tempo seja curto.

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4) Treinar as habilidades extras / treinar a parte experimental. Em algumas competições, como as de física, você terá que realizar experimentos. Para isso, você deve treinar as habilidades que são pedidas na prova experimental, como manejo de equipamento, minimizar as incertezas, plotar pontos em um gráfico rapidamente, etc.

– quais coisas você chegou a treinar na prática?

Eu fiz 10 dias de treinamento experimental na USP de São Carlos, organizado pela SBF (sociedade brasileira de física) para a equipe da olimpíada internacional de física. Treinei lógica resolvendo provas da olimpíada de linguística, e aumentei muito a minha velocidade em traçar gráficos, fazer tabelas, e plotar dados em geral.
– Como foi sua preparação especial para as olimpíadas de Linguística? 
Eu resolvi as provas passadas da olimpíada internacional, da olimpíada norte americana, algumas desafios de linguística que achei na internet; li um livro de linguística introdutório de faculdade, e enquanto estudava as resoluções das questòes, fui escrevendo um manual com as principais técnicas de solução ( e conforme ele foi sendo escrito, eu disponibilizava gratuitamente na internet). Você pode ver ele nesse link: http://ivan.olimpiadascientificas.com/?download=Linguistica.   Como não havia nenhum premiado na IOL brasileiro, eu tive que criar minhas próprias técnicas de estudo e resolução, pois nãohavia em quem me espelhar.
 
– Quanto tempo antes dos exames você costumava se preparar?
Depende muito. Para a Internacional de física, eu comecei a estudar focado nela 1 ano e meio antes da competição. Mas quando eu comecei a estudar para ela, eu já havia estudado anteriormente todo o conteúdo do ensino médio de física ao me preparar para a Olimpíada Internacional de Ciências Junior. Em cada competição o tempo de preparo foi bem diferente e variado.

Se você for capaz de fazer tudo isso, você irá bem na prova. Ou traduzindo de outra maneira: se você for capaz de resolver a prova, você é capaz de resolver a prova. Não há segredo.

Eu participei da olimpíada internacional de física duas vezes. Na primeira vez, eu estudei todo o conteúdo, e não me foquei em resolução de questões. Cheguei na prova, e cometi diversos erros de distração, além de não conseguir resolver tudo no tempo limite, o que me fez ganhar uma medalha de bronze. Na minha segunda participação, eu me foquei na resolução de problemas, que era a área que eu não havia treinado. Resultado: não cometi mais erros por distração e consegui resolver o conteúdo no tempo necessário, conseguindo uma medalha de ouro.
Existem diversas pessoas que ficam nervosas no dia da prova, mas isto só ocorre, pois, para elas, fazer a prova será algo que irá tirá-las da rotina, algo com que elas não estãoacostumadas. Se você fizer provas como algo rotineiro, e sempre exigir o máximo de si mesmo em cada uma delas, ao chegar em uma prova importante você estará habituado, não será algo que você ou seu organismo estranhará.

A diferença de uma prova dessas competições acadêmicas para as provas escolares é onível de aprofundamento. Na olimpíada internacional de física, é pedido conteúdo que normalmente só e visto no terceiro ano de um curso de física, além de exigir oconhecimento básico de cálculo, mas por vezes sendo necessário até o uso de cálculo vetorial. Um aluno de ensino médio em geral não verá o conteúdo com tal profundidade pela escola, sendo necessário que ele se aprofunde, mergulhe nessa jornada sozinho. Ele pode, até, por diversas vezes não ter quem o ajude, ficando preso em um mesmo exercício ou conteúdo por semanas a fio.

Diante dessas dificuldades, o segredo do sucesso é a perseverança e o foco. A primeira para não desistir, e a segunda para saber o que fazer.

E frente a tanta dificuldade, e a tanto esforço, alguém pode se perguntar o que motiva os estudantes. Quase sem exceção, o crescimento pessoal, o aprendizado e o desafio é oque mais os motiva. O estudo pode ser cansativo, mas a sensação que se aprendeu a fundo uma matéria é gratificante. Assim como a sensação de superar um desafio. Desta forma, estas competições se tornam divertidas.

Além disto, há diversas vantagens para aqueles que se dedicam a fundo nessas competições. O estudantes costumam receber ofertas de bolsa de estudo nos melhores colégios brasileiros. Elas abrem diversas portas, você conhece pessoas que são destaque no Brasil, e estes contatos podem se mostrar muitos úteis em sua vida profissional. Você faz diversas amizades, com pessoas que em geral atuarão em uma área próxima a sua, aumentando ainda mais sua rede de contatos. Você melhora o seu currículo, o que pode te permitir realizar coisas que você não conseguiria de outra maneira, como ser aprovado nas melhores universidades do planeta. Elas te diferenciam, te destacando do meio da multidão. Elas são um treinamento para o vestibular e melhoram seu rendimento escolar, pois você se aprofunda nas matérias em um nível mais que suficiente para a realizaçãodas provas de aptidão que ocorrem no final do ensino médio.

Além dessas vantagens, ao participar de olimpíadas internacionais, os estudantes conhecem outros países, culturas e pessoas, tendo uma despesa virtualmente nula. Ogoverno brasileiro através do CNPQ e das sociedades brasileiras de física, matemática, entre outras, pagam a ida dos alunos. Eles, ao irem representar o país são recebidos muitas vezes por pessoas de alta influência no país, como presidentes, ministros e até mesmo prêmios nobéis, o que demonstra a importância destes eventos.

As vantagens são muitos, mas para aproveitá-las você não pode desistir perante as dificuldades.

E essa foi a entrevista inteira.  :)

Stress

Posted in Sem categoria on fevereiro 7th, 2013 by Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho – 2 Comments

Períodos muito estressantes me deixam bem antissocial.  Períodos estressantes podem ser usados para te tornar altamente produtivo.

Assim como jogar jogos em flash e fazer coisas semelhantes vão ocupar sua mente e te fazer esquecer de seus problemas, estudar feito um louco vai te deixar tão mentalmente exausto que você não vai nem se lembrar dos seus problemas.

Indo estudar física. até

Janeiro

Posted in Sem categoria on janeiro 29th, 2013 by Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho – Be the first to comment

Nesse mês de janeiro eu me mudei de São Paulo pra Lins, tirei um novo passaporte, titulo de eleitor; fui para a Semana Olímpica da OBM, tirei infinitas fotos (estão todas no album da página do olimpíadas científicas no facebook :) ). Na semana olímpica, ensinei o pessoal a jogar konitchua, ensinei um sistema de votação pro jogo de máfia que aprendi na WoPhO, tive meu quarto invadido por dezenas e dezenas de pessoas quase todas as noites; dormi 20 horas em 7 dias; revi velhos amigos e fiz alguns novos, joguei pembolim, fui chamado de hiperativo diversas vezes haha.

O quarto 234 entrou pra história da semana olímpica. Duvido que algum quarto já tenha ficado com mais de 30 pessoas ao mesmo tempo :). Entre elas, pessoas escolhendo as fotos que seriam postadas naquela mesma noite, pessoas jogando mafia, poker, estudando matemática, fazendo origamis, etc. \o/

E hoje pela primeira vez em 1 ano e pouco eu joguei videogame! Joguei vigilant 8 second offense no modo survival, e bati meu recorde! De matar 12 inimigos fracos no modo survival, matei 34 inimigos medianos no modo survival! :D

Também estudei bastante eletromagnetismo e aprendi cosas legais de matemática nesse mês :).

E espero que eu tenha alguma ideia pra escrever algum post legal nos próximos dias.

 

p.s. muitas outras coias aconteceram, mas aí já é privado ;)

(Falta de) tempo

Posted in Sem categoria on janeiro 8th, 2013 by Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho – 6 Comments

Reparem como é possível perceber simultaneamente as nuvens no céu e os detalhes dos prédios.

Muitas pessoas me perguntam: Ivan, como você consegue fazer tanta coisa? Tem tão pouco tempo em um dia…

Então… vou começar falando sobre o que fiz hoje: Fiz a prova da fuvest, aprendi sobre “exposure fusion” em fotografias, tirei algumas fotos aplicando essa técnica para aprender, aprendi algumas técnicas de solução de equações diferenciais usando complexos (http://www-thphys.physics.ox.ac.uk/people/JamesBinney/complex.pdf), li 2 capítulos do segundo volume de palestras de física do Feynman, arrumei algumas páginas do OC, enviei alguns emails, passei tempo vadiando no facebook, li algumas tirinhas na internet, durmi, fiz uma prova da segunda fase da fuvest e estou escrevendo esse post. Na verdade não estou só escrevendo esse post: estou escrevendo ele enquanto reviso algumas partes de eletrostática e escrevo um email pra uma professora universitária que está na Austrália.

E agora deve estar pensando:

Parabéns pra você. Você deve achar que faz coisa demais :p

Muito pelo contrário… Eu quase me sinto inútil pois sei que meu tempo poderia ser ainda melhor aproveitado. Gastei muito tempo lendo tirinhas e no facebook hoje, poderia ter lido um pouco mais.  E mesmo se assim o tivesse feito, saberia que ainda não teria aproveitado todo o meu potencial.

Vou contar a história de uma pessoa que conheci na última competição que fui, na WoPhO.

Ela é uma menina, de 14 anos, no segundo semestre de medicina, que sabe falar 5 línguas, já morou por um ano na indonésia longe da família para aprender a língua de lá, participou da IJSO no ano passado. Ah, e não se esqueça que a WoPhO é uma competição de física para alunos de até primeiro ano da universidade.  Ela disse que matava as aulas para estudar por conta própria pois dessa forma ela rendia mais. Ia de um canto para o outro lá em Jakarta de ônibus sozinha.

E ela não é o único exemplo que eu conheci, é apenas o mais recente. E ela é estranha, exótica, etc? Na minha opinião não, pelo menos não enquanto brincávamos de pega-pega na piscina do hotel com o resto dos participantes.

Agora me diz: eu aproveito meu tempo bem? Não, eu poderia ter feito muitas coisas a mais nesses últimos anos, poderia ter me aprofundado muito em diversas matérias, poderia ter começado projetos, poderia ter aprendido outras línguas. Mas o passado já foi.

 

Agora é aproveitar o presente e fazer dele o melhor possível.

Um dia tem 24 horas, se você dormir 8 horas, comer por 2, descansar por 2, e usar o banheiro, tomar banho, etc em 1 hora, você ainda tem 11 horas em um dia.

Se você lê cerca de 1 página por minuto (o que não é uma velocidade exageradamente rápida), e reservar umas 4 horas para isso, você já terá lido 240 páginas por dia.

Se você resolver questões por mais 2 horas, você terá feito pelo menos metade de uma prova estilo fuvest por dia.

Ainda tem 5 horas por dias nessas férias. Pode-se gastar 1 horas arrumando suas coisas, 2 horas praticando esportes, 1 hora saindo com colegas e ainda sobra 1 hora para imprevistos.

E em nenhum momento você teve que fazer nada na pressa.

 

Aproveite seu tempo.

Eu falhei, e agora?

Posted in Sem categoria on janeiro 6th, 2013 by Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho – Be the first to comment

Você estava em um mau dia, você não teve sorte, etc?  Não.

A culpa é sua, você falhou. Não é culpa do destino nem de outra pessoas, nem de ninguém.

Mas o que você quer dizer? Você quer que eu lide com essa enorme pressão de me sentir responsável pelos meus próprios atos?

Sim, é exatamente isso que eu quero.

Falhar é algo normal, e não deve ser tratado como se fosse. Você deve aprender a lidar com as falhas para ser capaz de seguir em frente. Se em vez de enfrentar os erros e falhas você tentar transformar eles em vitórias (eu não consegui ganhar X, mas em compensação eu fiz Y), você não estará crescendo nem aprendendo a lidar com os problemas da vida.

Você teve uma vitória por Y, mas isso não muda o fato de ter tido uma derrota em X. Se você tivesse estudado/treinado/se esforçado mais, teria provavelmente conseguido, então o melhor que se tem a fazer é aceitar que não conseguiu e focar em um novo objetivo. As pessoas que foram melhores que você não são diferentes de você, nem mais especiais nem menos. Elas apenas se esforçaram mais. Se esforce também, e assim conseguirá ter um bom resultado também. Aprenda com seus erros, mas não deixe eles te corroerem, pois não há como mudar eles. Os erros são aprendizados pra como você deve agir no presente.

 

Eu mesmo já falhei em diversas competições e projetos que fiz… No início, todos me tratavam: ahh… o que você fez não foi realmente uma falha, e bla bla bla….você já é vitorioso por chegar até aqui, e etc…. Fazendo aparentar que o fato de errar fosse algo não natural, algo que não pudesse acontecer, o que, de certa forma, me desestimulava de tentar coisas novas com o medo que elas não corressem como eu esperava. Depois começaram a me tratar como: tudo que acontece e todas as suas falhas são apenas culpa sua. Sim, é uma baita pressão em um adolescente / pré-adolescente, mas mais cedo ou mais tarde todos terão que passar por isso, e só então eu comecei a levar os meus erros como uma maneira de aprendizado, como algo que não impediria meu caminho.
Nessa última competição que eu fiz, eu tinha certeza que não ganharia nada. Então estava com a atitude: não ganhei nada, vou estudar mais para o ano que vem, existem pessoas muito melhores que eu. E para facilitar os estudos, vou criar contatos aqui para poder tirar dúvidas com outras pessoas. No final, acabei por ganhar uma medalha de prata.   Mas o fato é: se eu ainda estivesse acostumado ao que me diriam no passado, minha reação não teria sido positiva, teria sido semelhante a:
Eu não tive sorte o suficiente, os outros alunos tiveram uma preparação melhor por seus professores, eu estive em um mal dia, etc.  E ia acabar me sentindo mal durante a competição e nem aceitar a situação que eu mesmo criei.
Eu simplesmente não enfrentaria os erros e falhas e não seria quem eu sou agora.