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Escolhas

Posted in Sem categoria on janeiro 31st, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – 4 Comments

No final do último post, eu comentei que ia escrever para um amigo, alguém que estava passando por escolhas muito difíceis e talvez pudesse deixar de lado algo que significasse muito pra ele. Pois bem, a vida é cheia de escolhas e elas fazem de você aquilo que você é neste exato momento. Alguns aspectos da vida da pessoa que eu gostaria que lesse este texto são muito semelhantes aos da minha própria vida, guardadas as devidas proporções. Então, eu resolvi escrever sobre as minhas próprias escolhas e como eu não me arrependo delas.

Havia muito tempo que eu falava por aí que eu queria porque eu queria entrar em determinada universidade aqui no Brasil (quem acompanha este blog sabe do que eu estou falando). Quando eu estava pra fazer 15 anos de idade, descobri que eu não tinha altura pra entrar nessa faculdade. É, isso mesmo, no alto (só que não) dos meus então 1,5 m de altura (agora eu tenho 1,53 m, antes que comecem a me zoar por aí), eu literalmente não tinha estatura física pra entrar na instituição com a qual eu tinha sonhado até então haha.

Nesse meio tempo, também surgiu também o evento que mais mudou minha vida até agora (ah não, Bárbara… Você vai falar de novo do IYPT? Sim, vou, deal with that). Eu já falei bastante disso por aqui, então tentarei ser breve. Quando eu participei da minha primeira fase nacional do IYPT, eu me senti finalmente em algum lugar ao qual eu pertencia. Era a primeira vez que a nacional estava sendo reorganizada aqui no Brasil após um hiato de 4 anos e, portanto, não selecionaria time algum naquele ano para a fase internacional. O que eu ganhei em 2010 me motivou, eu queria realmente estar nas equipes brasileiras que se seguiriam. No meio tempo de preparação a nacional, eu comecei a me envolver com algum tipo de pesquisa, nada me deixava mais envolvida do que ficar estudando para aquilo, fazendo meus rascunhos no meio da madrugada para as minhas teorias ou ficar horas no laboratório (ou na cozinha da minha casa na maioria das vezes haha) montando experimentos e os reproduzindo centenas de vezes até que funcionassem. É, as coisas mudam e, internamente, eu já sabia que o que eu queria para a minha vida seria estudar física e continuar pesquisando pro resto dos meus dias.

Pois bem, aqueles foram os primeiros sinais de mudança e, junto com algumas coisas que já passavam na minha cabeça, eu decidi que queria estudar fora do país (ok, tinha/tem uma universidade específica), já chego lá. Certo, deixa eu dar uma pausa pra explicar o que aconteceu nesse meio-tempo. Em 2010, eu já tinha surtado dezenas de vezes. Tudo daria errado, correto? Mas alguma coisa, a visão de algo maior no meu futuro, me impulsionava a continuar. Em 2011, não foi diferente. Mais ainda, foi pior. Eu tinha chegado ao meu limite físico e mental, ao ponto de ter que ficar uma semana inteira de cama ainda na preparação para a nacional; eu estava desidratando do tanto que eu tinha negligenciado minha saúde em prol dos meus objetivos. O fato é,  passada a nacional, fui selecionada para a minha primeira internacional, o IYPT 2011 no Irã, uma das maiores e melhores experiências da minha vida. Foi a minha primeira grande experiência internacional; eu sofri um choque cultural absurdo que fez minha cabeça mudar bastante, mas o melhor de tudo, apesar de eu não ter conseguido uma medalha, era que eu tinha conhecido gente do mundo inteiro e viaje pra lugares que eu jamais pensei que eu fosse visitar (pelo menos não tão cedo); eu realmente queria participar de novo. Acho que um ex-participante do IYPT, pra não querer voltar, tem que ter motivos realmente muito fortes…

Mas, voltemos ao foco desse post: escolhas. Início de 2012. Eu fui oferecida uma bolsa num grande colégio em São Paulo, no qual eu tinha sonhado em estudar desde o começo do meu ensino médio e que me daria a certeza de que eu entraria naquela universidade que eu comentei no início do post, pois dedicação da minha parte acredito que não faltaria. Mas então eu me deparei com uma pegunta que não queria calar: o que eu queria realmente pro meu futuro? Quais eram as minhas prioridades? Eu queria com todas as minhas forças ir para a Alemanha no IYPT 2012, mas eu ainda estava com uma grande dúvida interna sobre o que eu queria fazer da minha vida. Ficar no colégio que eu estava significaria poder continuar o IYPT e ter alguma chance que fosse nas universidades estadunidenses. Mudar de colégio significaria ter que abandonar IYPT porque as aulas seriam em período integral (e também o meu sonho de uma universidade fora), mas a quase certeza de entrar em uma universidade brasileira excelente (desde que eu tivesse um bom advogado por causa daquele problema com a estatura). Eu me decidi, e creio que você leitor já sabe que eu escolhi a primeira opção. E eu não me arrependo, por uma série de motivos.

De fato, o terceiro ano foi puxado, como também foi o de vários olímpicos que eu conheço. Comecei o ano com uma seletiva de astronomia e com o IYPT. Na minha cabeça, eu tinha que ganhar de qualquer maneira o IYPT Brasil, afinal de contas, eu era a única pessoa que estava voltando da internacional. Eu me cobrei até demais por causa disso. Juntando seletiva, IYPT e vestibular, eu chegava dormir só 3 h por dia, era difícil me manter “de pé” nas aulas na parte da manhã. Eu fiz minhas escolhas e priorizei aquilo que pra mim era mais importante, o IYPT e as universidades estrangeiras. Na manhã do último dia da nacional, eu estava tão ansiosa, que demorei 40 min pra engolir meia barra de cereal, nada descia e pouca gente sabe disso (pelo menos sabia até agora, não tem porque eu esconder isso mais). Por fim, eu só fiquei com a prata na nacional, não passei da seletiva e, quanto ao vestibular, ainda estou esperando os resultados. Ainda assim, consegui me classificar entre os 5 primeiros, o que me garantia uma vaga no time brasileiro. Eu quase desisti por uma série de motivos não somente relacionados a minha saúde, cheguei a pensar que tinha perdido meu ano com os resultados que tinha alcançado, mas não me arrependo de ter escolhido permanecer no time. Aquela internacional me deu alguns dos melhores dias da minha vida! Tudo bem que para chegar até eles, eu passei uma quantidade muito maior de dias penando pra deixar tudo pronto, mas aqueles poucos dias foram únicos.

Eu tive que faltar vários dias de aula no segundo e no terceiro bimestre ou por causa da preparação ou porque eu tinha que voltar a colocar as coisas em dia.Isso não me prejudicou os estudos, pois eu continuei a minha rotina em casa, mas me tirou a chance de ir a minha colação de grau, já que segundo as outras salas, eu não conseguiria representá-los como oradora da turma tal qual a minha própria sala tinha escolhido. Como eu tinha vestibular muito cedo no dia seguinte em São Paulo e nada mais me prendia à cerimônia, preferi nem ir. Mas tudo bem, escolhas são escolhas. Eu escolhi as olimpíadas em vez das experiências de um último ano na escola, na verdade de forma bem mais suave que outras pessoas que eu conheço, porque eu ainda cheguei a participar de alguns trotes, ainda que não tão integrada a minha turma quanto nos outros anos: dia da fantasia, dia das crianças etc.

Ainda assim, eu não me arrependo de ter deixado as coisas que eu deixei de lado pra priorizar o IYPT. Se não fosse por isso, eu não teria tido os melhores dias da minha vida, conhecido as pessoas mais incríveis do mundo, visitado alguns dos lugares mais bonitos que eu já vi, saído na TV, no jornal ou na revista (mesmo que locais, porque foi engraçado haha) e não teria nem uma mínima chance de entrar na universidade que hoje eu quero entrar. Não fosse pelas olimpíada em geral, eu não teria passado por momentos como os do vídeo abaixo (escolhido a dedo pra pessoa que eu queria que lesse este texto; by the way, recomendo o vídeo em 6:02), nem pelos das fotos que vêm em seguida, que são momentos que eu devo direta ou indiretamente a essas competições.

Em resumo, esses são alguns dos momentos que as olimpíadas me proporcionaram e que marcaram a minha vida. Já agradeci a elas por isso, mas nunca é demais falar um outro “obrigada”. :) Eu não me arrependo de ter gasto meu tempo nisso, de ter me esforçado, perdido minhas noites etc, mas eu com certeza teria me arrependido se eu não tivesse feito isso. Eu não teria perdido só os momento divertidos, mas também diversas outras oportunidades. No entanto, cada um tem as sua própria vida, as suas próprias prioridades, e eu não devo me meter nelas.

Assim, cara pessoa, eu espero que você leia isso e faça a melhor decisão possível para o ano que pode determinar sua vida. Você será bem sucedido em qualquer uma delas, mas não custa tentar fazer algo de que você não se arrependa depois. Boas decisões! :)

Abraços,

Bárbara

Liberdade!

Posted in Sem categoria on janeiro 27th, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – 4 Comments

Oi! Eu estou feliz! 😀 Eu estou muuuito feliz hahaha. Sabe por que? Porque eu não tenho mais vestibular ou qualquer outro tipo de prova de admissão pra universidade desde ontem! AAAAHHH! Estou definitivamente livre! Desde o dia 15 de setembro, eu consegui acumular um total de 27 dias de provas importantes (lê-se:olimpíada/vestibular/SAT), o que significa que cerca de 20% do meu tempo nos últimos 133 dias foram gastos olhando pra um papel e eu chutaria que dentre os outros 80%, pelo menos 60 ou 65% foram gastos estudando/revisando pra essas provas. Como eu não fui pra minha colação de grau, fazer minha última prova foi meio que um rito de passagem, porque isso me livra quase que completamente do processo seletivo de universidades  e é basicamente pra isso que minha vida foi dedicada se vista em perspectiva. Em resumo, isso basicamente me desliga, em teoria, da escola e do ensino médio. Ainda falta processo de bolsa, entrevista e coisas do gênero, mas não tem prova \o/ (*dancinha da felicidade*). Sério, missão almost accomplished haha.

Eu nunca imaginei que esse dia fosse realmente chegar: o dia em que eu falaria “sério, os vestibulares já eram” O.o. Mas o sentimento é de pura liberdade. Ao contrário do que seria normal, como ter menos coisas pra fazer agora ou ficar sem objetivos, o que eu estou sentindo é que eu nunca tive tanta coisa (legal) pra fazer na vida. :) Agora eu posso fazer posts que eu deixei de fazer por causa do tempo, escrever textos que eu estou devendo pra mais do que uma pessoa/organização, mandar e-mails importantes que eu estou precisando mandar há tempos, terminar o álbum de fotos do IYPT 2011 (não, eu ainda não terminei mesmo quase 2 anos depois O.o), começar o álbum do IYPT 2012, arrumar uma viagem que eu fiquei devendo pra uns amigos no Piauí, convencer a minha mãe a me deixar ir pra certo lugar no Carnaval, revisar coisas que eu queria de cálculo, separar “intocáveis” (lê-se: apostilas do terceiro ano) pra doação, ver o processo de financial aid de todas as universidades pras quais eu estou aplicando e blá blá blá. Tem mais coisa, mas são coisas divertidas e ahhh (!) é isso. Montei uma lista com 33 coisas que eu preciso desatolar essa semana ainda, algumas vão me tomar uma tarde ou mais, outras são mais rápidas, como este post que você está lendo (e que estava na lista também haha) ou as outras 9 coisas que eu consegui fazer desde as 9 da manhã de hoje. \o/

É legal ter essa sensação de “eu tenho vários objetivos/metas que são awesome pra atingir nos próximos dias e eu posso decidir o que fazer com os meus prazos” (ou quase isso, tem coisas que têm que ser mais rápidas porque dependem de outras pessoas também ou têm data limite de submissão).

E claro, eu viajei pro Rio pra fazer essa última prova. \o/ Eu não conhecia o Rio, foi divertido. Eu cheguei uns dias antes com a minha família por lá, aí deu pra conhecer boa parte da cidade. :) Agora quando alguém de fora me perguntar como é o Rio, eu não preciso mais falar que eu não faço ideia haha. Só por isso que a viagem valeu a pena… Só que não haha, foi legal mesmo. Tive minha mala totalmente destroçada pela companhia aérea (tá, isso não foi legal), vi micos no Pão de Açúcar, minha mãe estérica ao entrar na Confeitaria Colombo, tirei a famosa foto na frente do Cristo, ouvi marchinhas no Forte de Copacabana, não cheguei nem a entrar na praia, continuo branquela (como andaram me caracterizando aí kkk), fiquei triste com a degradação da Quinta da Boa Vista, fui no planetário, entrei num submarino, vi um monte de obras que eu não consigo entender no museu de Belas Artes, fiquei olhando pro teto do Teatro Municipal, atravessei os arcos da Lapa, comi o melhor bolinho de chocolate da minha vida, me entupi de sorvete num dos almoços (porque é pra isso que serve a vida haha) e, lógico fiz minha última prova da temporada! Aee!

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Enfim, não vou ficar postando fotos aqui. Até porque o tópico do próximo post que eu pretendo fazer vai exigir algumas já (não do Rio, mas algumas). Vai ser um post um pouco estranho, na verdade vai ser uma tentativa de convencer um amigo meu a não desistir de uma coisa. Anyway, vocês ão acabar lendo depois. Inté mais!

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Edit: Parabéns, Isabella, minha irmã preferida (ou quase isso haha), pela UFSCar. :)

 

A bandeira verde-amarela

Posted in Sem categoria on janeiro 19th, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – Be the first to comment

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Eu estava pensando… Na página “sobre mim” que eu fiz esses dias eu realmente tinha que colocar uma coisa: eu amo meu país. Se essa afirmação veio do nada? Não. Mas eu já explico o porque dela. Se você acompanha esse blog, sabe que eu estou no meio do processo de applications e que eu quero ir estudar fora do país. Só que, sinceramente, isso não acaba com o fato de que eu gosto do lugar onde eu nasci e de que eu tenho vontade de fazer com que ele melhore um dia.

De onde veio esses pensamentos desconexo? Talvez você tenha percebido que algumas páginas sobre o IYPT andaram sendo feitas/modificadas no OC e que algumas fotos de equipes passadas do torneio foram publicadas entre os álbuns do site no Facebook. Para fazer isso, eu andei revirando páginas na internet sobre os times passados e fazendo uma pesquisa geral. Depois que as fotos foram publicadas, outros ex-participantes entraram em contato com a gente e, além de conseguir mais fotos, eu também recebi mensagens que diziam o quão importante o IYPT foi na vida daquelas pessoas. Isso me fez sentir pertencente a algo maior, a algo que tem um passado e, muito provavelmente, um grande futuro (ou pelo menos eu assim espero). E sabe o que me unia a tudo isso? Não era simplesmente o IYPT, era também a bandeira verde-amarela.

Ajudar o IYPT a conseguir apoio, auxiliar o OC e ajudar a equipe brasileira do IYPT (ou qualquer outro futuro participante) são causas para mim, e assim também é defender o Brasil. Quando você segura junto com seu time aquele pedaço de pano, é como se vocês todos fossem um só, lutando por um mesmo fim e assim também são os participantes de outros países: começamos a enxergá-los como pequenos grupos representados por uma bandeira. Na realidade, em geral, nós costumamos nos referir a todas as pessoas como o indivíduo de país X que é assim e assado. A bandeira que você carrega numa dessas competições vira tanto o escudo que te protege quanto o objeto que você deve proteger. Ela pode estar no meio das outras dezenas de bandeiras em cima do palco da competição, mas aquela em especial vai ser sempre o centro das suas atenções.

Uma das maiores emoções da minha vida foi ver o nome do Brasil ser falado entre os nomes dos medalhistas em julho de 2012 na Alemanha. É algo único, porque você finalmente percebe que tem uma nação inteira sendo representada por você na frente de pessoas que vão levar suas impressões pro resto do mundo (ou pelo menos pra algumas dezenas de países). Eu senti que finalmente nós podíamos começar a tirar a imagem de que o Brasil só tem forró e futebol (apesar de ser engraçado os outros times dançando e cantando “Ai se eu te pego” e um repórter no Irã te perguntar no meio da coletiva de imprensa se sua física é tão boa quanto seu futebol haha). Não estou dizendo que só quem ganha medalha em fases internacionais merece tal crédito, eu mesma não ganhei medalha em uma das duas únicas duas internacionais para que eu fui e tenho amigos pelos quais eu tenho profunda admiração que também não conseguiram medalhas em suas respectivas internacionais (mas eu tenho certeza de que eles tentaram nos representar da melhor forma possível). Muito menos quero dizer que só quem vai para uma olimpíada internacional tem algum impacto, até porque algumas das pessoas mais inteligentes e dedicadas que eu conheço nunca foram para uma.

De qualquer forma, essa coisa toda de equipes passadas e tudo mais me fez montar páginas específicas para cada um dos times anteriores no IYPT BR, porque eu achei que cada uma dessas pessoas mereciam. Aliás, se alguém tiver links ou arquivos sobre elas, eu ficaria extremamente feliz em recebê-los. :)

Enfim, este post foi meio do nada, mas é sobre algo que realmente passou pela minha cabeça nos últimos dias. Sou muito grata ao IYPT por ter me dado a oportunidade de realmente enxergar isso tudo e não me arrependo do cansaço nem do esforço para chegar até lá. Espero que eu possa contribuir de alguma forma para que a nossa bandeira seja cada vez melhor representada. :)

Cara pessoinha pequena…

Posted in Sem categoria on janeiro 11th, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – 2 Comments

Eu ia escrever um post hoje sobre determinado tipo de pessoa, um tipo que eu detesto e que me fez parar pra pensar seriamente em coisas diversas durante a manhã. Só que eu decidi deixar esse post pra depois e dedicar o que eu fosse escrever hoje a uma pessoa muito próxima a mim e que está passando por situações semelhantes as que eu estava passando há exatamente um ano atrás.

Cara pessoinha pequena (ou nem tão pequena, omg você tem que parar de crescer), esse post é pra você (é, você mesmo).

O ano vai ser difícil, acredite, muito difícil. O 3º ano é complicado, cheio de altos e baixos, seja você aluno olímpico ou não. Você é uma mescla dos dois e a pressão é grande por causa de quem veio antes, mas esqueça isso, a competição é com você mesma agora (por mais hipócrita que isso pareça vindo de mim). Quando você não resolver um exercício de vestibular, vai se desesperar e falar “omg! eu não presto nem vou passar”, é normal também (mas no fim dá tudo certo, posso te garantir, aquele exercício do intocável de química não vai te tirar da universidade haha). Vixi… você vai chorar, e gritar, e chutar a parede, e ficar louca, e querer queimar todos os livros em cima da sua escrivaninha, sejam eles pro vestibular ou pra uma olimpíada (se você decidir ir por esse caminho também no fim das contas), e querer desistir, e ah… fazer um monte de coisa desse tipo. Se tiver com muita vontade, faça isso mesmo (só não queime os livros, porque disso você vai se arrepender), que no dia seguinte as coisas vão estar menos piores.

Crises de identidade são comuns, especialmente quando você tem que decidir aquilo que vai fazer pro resto da vida em pouco tempo. 12 anos é muita pouca idade pra decidir o seu sonho real. Eu bem sei disso (você sabe que eu sei), seja seu “sonho” engenharia ou medicina. O tempo passa, você descobre novas oportunidades. Abre o site de uma universidade e vê que aquilo sim é tudo o que você sempre sonhou (porque isso sempre acontece próximo ao ano novo pré 3º ano? Não me pergunte, eu não sei a resposta). Você só descobriu isso recentemente, mas vai se acostumar com a ideia (sério).

Deixar de querer uma coisa é normal. Mas, mesmo que ela não seja mais sua primeira opção, não custa tentar, nem que seja pros outros não encherem a paciência (simplesmente pra ir lá e poder dizer que tentou). Sabe o que eu descobri há um tempo atrás? Que não adianta fazer outras coisas porque virou uma espécie de verdade absoluta pra você e pros outros que te cercam. Fazer algo que você goste é muito mais prudente (pense no resto da sua vida e como você vai poder mostrar pros outros que você conseguiu tudo por um caminho bem diferente do que eles imaginavam, em como no fim vai dar tudo certo). E sim, esses primeiros meses vão ser um living hell, com infinitas coisas desse tipo te atormentando. Só que vai chegar uma hora, espero que seja cedo tal qual aconteceu comigo, em que você vai tomar um choque de realidade (seja por causa de uma pessoa estúpida, de um artigo que você leu, um programa que você descobriu ou qualquer coisa do gênero), determinar suas prioridades e seguir o caminho que leve até elas.

Você lembra quando eu falei que a minha primeira opção tinha mudado? E todo mundo começou a me julgar? Falando que eu estava fugindo e querendo o mais fácil? Você com certeza vai passar por isso, bem mais do que eu aliás. Muita gente vai virar e falar que a sua “nova” primeira opção não é sua “real” primeira opção. Mas acho que você também deve lembrar de quando as pessoas começaram a perceber que eu na verdade estava tomando o caminho mais complicado, a me apoiar minimamente e a me dar um pouquinho de crédito que fosse por isso. Mais cedo ou mais tarde, essa segunda etapa vai ocorrer com você também e a visão dos outros vai mudar (não se preocupa muito com isso agora, porque torna a situação toda muito pior, acredite).

Enfim, em menos de um mês, sua jornada vai começar o seu fim, apesar de isso ser até um pouco paradoxal. Boa sorte.

ps.: se aquele exercício chato do intocável de química continuar a te infernizar, just give me a call, eu termino com ele (sim, nos dois sentidos, eu posso bater nele se você quiser também haha).

 

Choosing a college

Posted in Sem categoria on janeiro 9th, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – Be the first to comment

Yay! Hoje eu recebi um e-mail da minha entrevistadora de Princeton. Isso quer dizer que eu já já tenho mais uma entrevista. Dessa vez vai ser por Skype e aparentemente minha entrevistadora é uma moça americana muito atenciosa. Hm… e vai ser em inglês também, acho que eu vou adotar minhas táticas IYPTeicas de ensaiar apresentações em inglês falando pra parede pra treinar pra entrevista.

Mas não era sobre isso o post de hoje. No meio desses e-mails diários que nós aplicantes recebemos de várias universidades com assuntos diversos — desde newsletters até updates sobre o application ou agendamentos de entrevistas — eu comecei a pensar em como a minha lista de universidades veio tão naturalmente até mim. Várias pessoas têm o sonho de estudar uma universidade no exterior e saem a caça de diversas universidades que as fariam felizes. Já eu fui pelo caminho inverso: eu queria oportunidades X, vi que universidades me ofereceriam-nas e precisar sair do país foi só uma consequência.

Antes de começar a divagar aleatoriamente, o que me motivou a escrever este texto foi um post da minha mentora que eu vi ontem antes de ir pra Fuvest no Facebook. Nele, estava o link de um artigo de opinião publicado no The New York Times de nome “How to Choose a College“. O artigo fala de como a universidade ser algo para o que você olha e pensa em quanto dinheiro você vai ter ou quão bonito o nome dela soa junto ao seu, mas sim algo a ser pensado no quesito oportunidades de crescimento: quanto você vai aprender, qual lhe oferece a melhor educação possível, qual parece com o seu perfil, qual fica no local que mais tem a sua cara e, claro, qual tem os melhores programas acadêmicos e cursos na sua área.

Pensar nisso me levou a montar minha lista das 10 universidades que eu acho que mais atendem às minhas necessidades e me dão espaço para agarrar grandes oportunidades na esperança de ser admitida e uma delas. Acabou que no fim, eu consegui uma lista com uma grande gama de locais diferentes e bem distribuída quanto a vários quesitos, o que pode me dar mais opções caso eu seja admitida em mais do que uma fora a(s) minha(s) preferida(s). Se eu tenho uma preferida? Hm… deixa essa resposta pra depois haha. Mas por que 10? Porque ninguém tem garantia de admissão em lugar nenhum, já que as estatísticas estão cada vez mais assustadoras pra brasileiros que querem estudar fora do país, como eu já escrevi em outro post, então, vou só colar aí em baixo:

Em geral, para alunos internacionais, é mais complicado, pois as vagas são escassas. As melhores universidades, geralmente, não admitem mais do 2 a 4 brasileiros por ano (já que só há, em geral, menos de 100 vagas para internacionais e mais de 50 países pra elas), e a concorrência é de mais de 400 conterrâneos nossos aplicando a cada application season para elas, o que significa que menos de 1% do aplicantes brasileiros realmente entrarão nas mais concorridas. Pra piorar a situação, já contamos aqui mais do que 10 brasileiros olímpicos internacionais aplicando este ano…

Enfim, de vez em quando eu recebo mensagens ou e-mails de gente perguntando como são os applications e perguntas do tipo “vale a pena aplicar pra outras universidades mesmo meu foco sendo X?” (e a resposta é “sim!”) ou “por onde eu começo?”. Bem… um bom começo é saber mais ou menos como o processo funciona. Pra isso, vários sites podem ajudar: o Estudar nos EUA, uma reportagem (mesmo que um pouco superficial) do G1, o The Choice e outros sites que eu pretendo mencionar no resto do texto.

Eu comecei a me informar na verdade pelo site do MIT e, a partir daí, as outras universidades vieram. Porém, não é a melhor forma se você não tiver um plano já em mente (como eu disse, o meu processo foi o contrário do “quero estudar fora, então vou pesquisar universidades”, foi do tipo “tenho um plano acadêmico em mente, tais universidades me oferecem isso, ops, vou ter que ir pra fora”). Sabendo mais ou menos como funciona o processo, hora de selecionar a lista de universidades, um bom passo é ir até o College Board (onde também dá pra ter algumas informações sobre o application), se cadastrar (até porque você vai precisar fazer isso pra prestar os SATs)  e utilizar a ferramenta de College Search, onde você salva suas preferências e encontra as universidades que mais se parecem com você. O ideal é ter uma lista com universidades bem distribuídas entre diferentes localidades e, principalmente, diferentes taxas de admissões (pra ter mais segurança de que uma vai te admitir).

Agora que o plano está mais ou menos feito, hora de conseguir ajuda. Teoricamente, você não precisa ter um mentor para te auxiliar, mas isso ajuda infinitamente. Assim, existem os programas de orientação para alunos brasileiros (que também têm informações sobre o application em seus respectivos sites), que podem ser encontradas nas seguintes organizações: ILRIO (essa foi incrivelmente útil pra mim), EducationUSA (na Alumni Advising) e BSCUE (que pode ser útil também pelo fórum deles no Facebook).

É necessário se registrar no site do TOEFL, do Common Application e das universidades da sua lista que não aceitam o Common App, como o MyMIT e de universidades públicas. Assim, você pode se registrar pras provas (TOEFL no ETS e SAT no College Board) e, claro, começar a estudar pra elas, bem como começar a preencher os formulários e a fazer os essays. Aí, vêm as entrevistas; a maioria das universidades te contatam para marcá-las, mas algumas, como o MIT, pedem que você contate seu entrevistador. E, depois, vem o application de Financial Aid. Até onde eu sei, o principal formulário é o CSS Profile, que a maioria das universidades requerem e cujo preenchimento é um verdadeiro teste de paciência (ele é muito chato de responder! e longo…), mas o resto do processo depende de cada uma das universidades.

Claro, também há instituições que dão bolsas para alunos brasileiros, apesar de o número de vagas ser limitado, como a Fundação Estudar, que ajuda alunos há mais de uma década, e o EduqueMe, que ainda não iniciou suas atividades.

Enfim, espero que este post seja útil pra alguém. Boa sorte aos applicants que estão esperando os tão sonhados resultados que devem sair em março/abril e àqueles que vão começar o processo agora! :)

 

A arte de “blogar”

Posted in Sem categoria on janeiro 2nd, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – 2 Comments

Eu começo vários posts que eu escrevo aqui porque pensei em um jeito muito legal de iniciar um texto. Outros, como este que você está lendo, eu tenho uma noção de o que eu quero transmitir, mas nenhuma ideia de como começar. É, acho que eu acabei de arranjar um jeito de começar este post: falando sobre como eu começo um post. Não foi muito criativo, mas a postagem já está mostrando o jeitinho metalinguístico que eu queria que ela tivesse. Hoje, no dia em que meu blog do Vida de Olímpico bateu recorde de visualizações, resolvi blogar sobre blogs.

Nesta semana, o Cássio começou a escrever um Vida de Olímpico (espero que vocês possam seguir, porque eu particularmente acho que ele tem muito a compartilhar sobre a trajetória olímpica vitoriosa dele) e, muito provavelmente, o Lapinha vai começar a escrever também (acho que vale seguir quando começar). Enfim, esses são novos blogs Vida de Olímpico, fora os que vocês já devem ler com certa frequência, como o do Ivan, do Davi e da Liara. Paralelamente, eu recebi um relatório de fim de ano do wordpress.com com as estatísticas finais do IYPT BR, o blog onde eu escrevo especificamente sobre o IYPT. Aliás, eu fiquei feliz com o relatório. Apesar de ele ser modesto se comparado às estatísticas de fim de ano do OC, por exemplo, são bons indicadores pra um blog sobre um tema tão específico que tem menos de um ano ainda. Enfim, vou compartilhar alguns números e fatos que me deixaram feliz:

  • Foram mais de 10 mil acessos.
  • Mais de 700 fotos do IYPT upadas.
  • O blog alcançou leitores em 32 países, alguns até bastante frequentes, como da Suécia e da Alemanha (e, obviamente, do Brasil).
  • Os termos de busca mais usados para chegar ao blog são ou o meu nome ou assuntos relacionados ao IYPT (pena que eu não consigo ver de onde eles vêm), o que indica que não são pessoas aleatórias que caem lá e que o blog está ajudando quem estiver se preparando.
  • 65 posts totais em um ano, o que é mais de um post por semana.

Eu acho que blogs são sempre motivadores, apesar de eu só ter virado leitora frequente deles mais recentemente. Quando eu estava começando a planejar como eu ia fazer minhas aplicações pra universidades americanas, eu sempre me guiava pelos sites delas. A lista das universidades pras quais eu terminei de aplicar esta semana foi toda baseada nas minhas pesquisas pelos respectivos sites, afinal de contas eu só tenho como chegar até essas universidades virtualmente, pelo menos por enquanto. Uma das coisas que mais me chamou atenção, inicialmente, foi o blog de admissões do MIT. Teve uma época em que eu passei noites seguidas lendo os posts de uma única menina, ao ponto de a minha mãe entrar às 7 da manhã no meu quarto durante as férias e eu não ter dormido ainda de tanto que eu estava entretida lendo os posts dela, o site sobre os aspecto mais específicos ou aleatórios da universidade etc. O primeiro contato “efetivo” que eu tive com o processo de admissões ou com a parte acadêmica/pessoal de uma universidade americana foi através desses blogs, então eles foram bastante importantes, por isso uma postagem recente sobre o que é ser um admission blogger fez tanto sentido pra mim. A minha virada de ano 2011/2012 (há um ano atrás) por exemplo foi gasta lendo sites de outras universidades, como Yale, Stanford, Harvard, Caltech ou Princeton. Eu queria saber o que eu faria do futuro, então a internet me ajudou um pouco. E claro, universidades com blogs ou videos de admissões, como essas que eu já citei, ou BU, Duke, Cornell etc, me influenciaram bastante.

Além disso, quando eu estava prestes a participar da minha primeira nacional do IYPT, eu fiquei muito feliz ao achar um blog do time da Áustria em que eles falavam do dia a dia deles no IYPT 2009 na China. Eles falavam de coisas aleatórias, desde como tinham sido os Physics Fights deles até dos passeios. Aquilo me deixou com mais vontade ainda de ir pra internacional e de trabalhar mais duro pra conseguir o que eu queria. Embora eu não tenha achado aqueles posts antigos mais, vocês podem acessar o blog novo deles se for de algum interesse. Em 2011, quando a gente estava no aeroporto em Teerã esperando nosso voo, o time da Alemanha estava esperando com a gente e comentou sobre o blog que eles tinham a respeito do torneio. A gente não conseguiu acessar o blog por lá pela falta de internet e possibilidade de acesso no Irã, mas eu comecei a segui-lo assim que eu cheguei no Brasil. Lá eu vi posts muito interessantes sobre aquilo que eu também tinha passado, incluindo situações engraçadas, como o que eles chamaram de problema 18 (by the way, para os não-acostumados com linguagem IYPTeica, o IYPT tem 17 problemas e a gente chama de problema 18 alguma coisa esquisita que acontecer no torneio). Enfim, eu gostei dos dois blogs, mas eu sempre achava pouca coisa sobre o que eu queria a respeito, por exemplo, das equipes passadas do Brasil. Existia pouco material sobre o IYPT em português, então eu pensei: bom, eu tenho algum material sobre as últimas nacionais e a internacional mais recente, vou eu mesma criar um blog. A ideia era fazer algo parecido com os outros dois blogs que eu mencionei aqui, onde eu pudesse reunir e compartilhar várias informações para auxiliar e incentivar novos participantes do torneio. No fim das contas, depois da minha última participação, foi até uma forma de me manter relacionada à competição de alguma forma.

O IYPT BR é o blog do qual eu tenho mais orgulho, porque eu demoro pra escrever o que está lá, é um exercício de paciência e de memória também, fora que organizar as informações a respeito do torneio deu um bom trabalho. Depois veio este blog aqui, que você está lendo. Eu gosto de escrever aqui também porque eu posso usá-lo para fins diversos (escrever o que aconteceu no meu dia, desabafar, compartilhar algum aspecto de alguma olimpíada, falar sobre o processo de admissão em universidades brasileiras e americanas etc). Mas, de qualquer forma, esses não foram meus primeiros blogs. Quando eu tinha uns 12 anos, eu queria criar um simplesmente pra poder ter um site meu. Aí eu criei um blog sobre português, mas já que o assunto não era muito interessante pra mim, o blog acabou morrendo. Depois, entre meus 13 e 14 anos, eu criei outro blog pra um projeto da escola, mas que acabou morrendo também assim que o ano acabou. Eu espero que os que eu escrevo agora não morram; se bem que eu realmente acho que isso não vá acontecer, porque eu sempre tenho algo pra escrever neles.

Ontem, eu quase comecei outro blog, só que dessa vez sobre viagens, porque se tem uma coisa que eu gosto tanto quanto olimpíadas, ciência, pesquisa e falar com os meus amigos, essa coisa é viajar. Mas eu tenho outro blog além do IYPT BR e do Vida de Olímpico com o qual eu já me comprometi (e comento daqui uns tempos quando ele for lançado), então seria coisa demais. Eu ia seguir a minha irmã; ela criou um blog sobre viagens esses dias pra trás. Ela não viajou muito ainda (por isso ainda nem tem nenhum post por lá), mas diz que viajar é uma das coisas que ela mais vai fazer na vida conforme for tendo oportunidades. Aliás, acho que ela já vai ter algo pra postar este mês, já que ela vai comigo pro Rio quando eu for fazer o SAT (longa história relacionada a prazos, inscrições e falta de disponibilidade de vagas em São Paulo). Eu meio que já usei o IYPT BR pra propósitos semelhantes. Eu uso ele como uma forma de manter um registro sobre as minhas atividades IYPTeicas em algum lugar pra eu poder lembrar quando eu crescer, aí surgem vários posts com detalhes sore as viagens do torneio (claro, tem coisas que acontecem e ficam por lá pela integridade e honra dos membros da equipe hahaha). É por isso que mesmo que tenha passado muito tempo, eu ainda faço questão de deixar registrado por lá algo que eu ainda não postei sobre alguma parte do torneio: pra que eu não esqueça desse detalhe daqui alguns anos.

Anyway, parabéns pela coragem de chegar ao fim deste post! Eu vou aproveitar que eu ganhei algum tempo livre com o fim dos essays pra ler mais blogs sobre olimpíadas, ciências, tecnologia, viagens, admissões etc, colocar minhas coisas mais em ordem, adiantar o processo de application pra Financial Aid, revisar um pouquinho alguns assuntos pra Fuvest e, claro, atualizar meus blogs. Então, até a próxima com mais um post gigante daqueles que você quer me matar por ter escrito haha. :)

 

Carta de agradecimento

Posted in Sem categoria on dezembro 22nd, 2012 by Bárbara Cruvinel Santiago – 2 Comments

Este post é uma carta de agradecimento às pessoas que me ajudaram neste fim de ano a terminar minhas aplicações para o exterior.

 

Caras pessoas que me ajudaram,

Acabei de submeter minha nona application pro exterior. A semana foi corrida, vários essays sendo finalizados, cartas de recomendação e material suplementar enviado pelo correio, entre outras coisas. No momento em que só falta apertar mais uma vez o grande botão amarelo de “submit” do Common App pro meu último application, eu comecei a lembrar do que eu comecei há pouco mais de quatro meses e de como esse processo foi complicado e burocrático, porém criativo e cheio de aprendizados. É por isso, que eu gostaria de que vocês soubessem o quanto eu sou grata a tudo que fizeram por mim até agora.

Primeiramente, Shen e Laila, eu não poderia achar melhores mentora/coordenadora do Prep Program (you’re the best!). Ninguém me ajudou tanto quanto vocês nos últimos meses. Vocês revisaram minhas dezenas de essays (dezenas de vezes cada um), me deram os parabéns pelas boas notas nos testes, me ajudaram quando os resultados não eram os mais positivos possíveis, tiraram as minhas dúvidas, me aturaram mandando e-mails no meio da noite com os mais diversos assuntos relacionados ao application, contataram a coordenação do colégio para resolver meus problemas e sempre me ajudaram com a maior boa vontade. O processo nem terminou ainda e eu já não sei como agradecer por tudo que fizeram.

Um obrigada aos meus pais, que me carregaram pra umas cinco provas de SAT/TOEFL e ainda vão me carregar pra mais uma, e a minha irmã, que leu todos os meus essays sem exceção e me ajudou quando algum resultado ruim vinha. Agradeço à coordenação do colégio (Linita, Ana Paula e Sueli), que de uma forma ou de outra, me apoiou com as minhas maluquices (como as viagens pro IYPT) que contam infinito na minha candidatura e me ajudou a conseguir a documentação de que eu precisei até agora dentro do prazo. Ainda em relação ao colégio, muito obrigada Linita, Rodrigues, Giba e Gromov por gastarem seu tempo precioso nas minhas cartas de recomendação. Obrigada a Nuricel, que me ajudou com o processo de seleção da ILRIO. Obrigada a minha prima, Letícia, que me pôs em contato com gente que ela conhecia e que tinha passado pelo processo de application. Obrigada também aos meus entrevistadores, por tirarem minhas dúvidas em relação a universidades específicas. Valeu, Ivan, por revisar meus essays, me ajudar com a entrevista que ia dar errado e por me aturar no geral. Aliás, muito, muito obrigada a todos os meus amigos que até agora me apoiaram pra conseguir ir pra frente e a todos aqueles que eu nem conhecia pessoalmente, mas que mandaram alguma mensagem por Facebook, comentário ou e-mail como forma de apoio, porque isso também foi extremamente importante.

Enfim, o processo ainda não terminou. Falta um application com dois essays, aplicar pra financial aid, me candidatar pra programas de bolsa diversos de instituições brasileiras, fazer mais algumas entrevistas, fazer mais um SAT Reasoning Test, terminar de escrever e submeter algumas folhas de material suplementar e, claro, não esquecer das segundas fases dos vestibulares que vêm vindo. Agora vou me manter torcendo e esperando os resultados que vão chegar em março/abril de 2013.

Em resumo, muito obrigada. 😀

Abraços!

Bárbara

P.S.: desculpa se eu esqueci de alguém. =\

IYPT stuff

Posted in Sem categoria on dezembro 8th, 2012 by Bárbara Cruvinel Santiago – Be the first to comment

Oi! :) Tudo bem?

Então, tem umas coisas legais acontecendo por aí. Acho que todo mundo que lê esse blog com certeza já leu sobre o IYPT, certo? Ok, eu falo demais dele. Então, recentemente, a organização internacional começou a fazer pedidos a patrocinadores, desde pequenas até grandes empresas. Aí eles lançaram um booklet super legal com algumas informações sobre o torneio e com as propostas para patrocínio no final. Se alguém quiser ler, é interessante pelo menos pra entender a importância do IYPT no cenário científico mundial. Aliás, se alguém aí for de alguma empresa interessada, no booklet tem infinitas razões pra você ser um patrocinador de um super torneio mundial com algumas das melhores cabelas pensantes do planeta, porque patrocinar boas ideias nunca deve ser um fardo :). O IYPT em si não tem patrocinadores fixos e o caixa deles é muito restrito. Eu sinceramente propago isso porque eu acredito no bom trabalho que o torneio tem feito com a juventude mundial em relação às ciências, além de que ele é uma boa vitrine pra qualquer patrocinador, já que o torneio recebe visitas de prêmios Nobels, Ministros de Educação e Ciência, Embaixadores, alguns dos cientistas mais renomados do mundo etc.

Fora isso, lançaram vários vídeos de divulgação do torneio. Um dos vídeos eu já postei o link aqui em algum post anterior, eu acho. Mas enfim, ver ele quase me faz chorar lembrando da melhor semana do meu ano :). É um vídeo de divulgação do IYPT da Alemanha desse ano. O outro é um vídeo sobre a bobina de Tesla para promover o IYPT 2016 na Rússia, país onde o torneio nasceu. Mas pra quem quiser ver outros vídeos, tem uns vídeos e divulgação para a candidatura da Rússia para 2014 e 2016 que eu achei ainda mais legais. Todos eles se encontram na coleção do IYPT Archive na área destinada ao IYPT 2016. Outro vídeo legal foi o do time da Suécia, tudo bem que está em sueco e não dá pra entender muita coisa, mas o vídeo é divertido.

Além disso, alguém já viu o vídeo de bloopers que a minha irmã tinha feito pra esse IYPT? :) Ela tava no eu time da nacional esse ano. Aí, quando a gente (meu time da nacional) se reunia no laboratório de vez em quando, ela ficava perturbando a gente com a câmera dela haha; é meio que um vídeo de bastidores. Eu já tinha postado no IYPT BR em um outro post, mas agora coloquei um link com ele ai em cima. Ah, esse vídeo tá na coleção do Archive também. Aliás, tem um monte de notícias brasileiras sobre o IYPT lá agora também, principalmente de 2012, se alguém tiver interesse.

Enfim, espero que as informações tenham sido úteis, ou ao menos divertidas, pra quem tiver se preparando agora. Até a próxima! :)

Prep Program da ILRIO

Posted in Sem categoria on dezembro 5th, 2012 by Bárbara Cruvinel Santiago – Be the first to comment

Olá de novo. Agora que está tudo mais calmo e eu estou cansada de essays, resolvi fazer um post que a Milla pediu num comentário em um post anterior, sobre o Prep Program da ILRIO, como ele funcionava e tudo mais.

Pra quem não sabe ainda, para entrar em uma universidade americana, é necessário mais do que uma prova de vestibular. Na verdade, não existe vestibular por lá. Sua vida inteira é analisada. Em geral, o processo de admissão é constituído de um formulário com seus dados, uma lista de atividades extracurriculares, uma lista de prêmios que você já tenha recebido, suas notas da escola e ranking na sala de aula, 3 cartas de recomendação (de dois professores e do seu coordenador), algumas redações chamadas essays, entrevistas, algum material adicional que você possa ter (como um site, um artigo publicado ou um suplemento artístico) e pontuações de vários testes padronizados americanos (que entram como parte do application e não como fator decisivo tal qual seria com o vestibular). Em geral, para alunos internacionais, é mais complicado, pois as vagas são escassas. As melhores universidades, geralmente, não admitem mais do 2 a 4 brasileiros por ano (já que só há, em geral, menos de 100 vagas para internacionais e mais de 50 países pra elas), e a concorrência é de mais de 400 conterrâneos nossos aplicando a cada application season para elas, o que significa que menos de 1% do aplicantes brasileiros realmente entrarão nas mais concorridas. Pra piorar a situação, já contamos aqui mais do que 10 brasileiros olímpicos internacionais aplicando este ano… Mas quem não tenta, não passa, certo? :)

Enfim, isso aí era só uma explicação geral pra introduzir o assunto deste post. Algumas instituições e ONGs ajudam brasileiros a entrarem nessas universidades americanas com programas de mentoring, como o EucationUSA, o BSCUE e a instituição assunto deste texto aqui, a ILRIO. Ela é uma instituição cuja missão é “ajudar jovens brasileiros talentosos a entrarem nas melhores universidades dos Estados Unidos”, como está na descrição do site do Prep Program. Todo ano, eles fazem um processo de seleção para conseguir alguns dos melhores alunos que estão tentando aplicar para universidades estrangeiras e auxiliá-los a montar o application da maneira mais forte possível. Para entrar para o programa, o aluno tem que se candidatar de maneira semelhante ao app de uma universidade: deve preencher um formulário com dados pessoais, prêmios, atividades extracurriculares e short answers sobre a própria vida, experiências e aspirações, escrever um essay, mandar uma carta de recomendação e o histórico escolar e, depois, passar por uma entrevista via Skype. Esse ano parece que cerca de 250 alunos se candidataram e mais ou menos 30 entraram para o programa.

Passada essa etapa, sendo selecionado, você é designado a um mentor. Esse mentor te auxilia principalmente via e-mail, mas também por Skype, a revisar seus essays, a preencher o application, a se organizar com os deadlines e até mesmo te dá uma força quando os resultados dos testes não forem os mais positivos possíveis haha. A gente (selecionados do programa) conversa e troca informações num grupo do Facebook quando têm palestras online ou presenciais sobre o assunto, sites de interesse e outras coisas do tipo. A coordenação do programa de mentoring costuma mandar esse  tipo de informação via e-mail e Facebook, com documentos de brainstorming, preparação para os testes e com dicas para essays, entrevistas, additional information etc. É realmente muito proveitoso fazer parte do programa, principalmente pra se manter calmo nessa época tão complicada. Falo isso porque eu não poderia ter pessoas melhores que a Shen, minha mentora, e a Laila, coordenadora do programa, me ajudando nos applications. Elas são realmente duas das pessoas mais cuidadosas e atenciosas que eu conheço. :)

Enfim, pra quem pediu este post, está aí. Se alguém estiver interessado em aplicar para universidades americanas ano que vem, eu realmente posso afirmar que me candidatar ao Prep Program foi uma das melhores coisas que eu fiz este ano. Qualquer informação,  tem o site deles também que tem algumas informações sobre application.

Até depois!

Semanas de humanas

Posted in Sem categoria on novembro 18th, 2012 by Bárbara Cruvinel Santiago – Be the first to comment

Oi! Tudo bem? Eu tô me estranhando… Ultimamente eu não tenho estudado nada de exatas quase e muito de humanas, acho que eu tô meio que tentando recuperar o tempo perdido.

Esse fim de semana, eu estudei bastante literatura. Eu odiei terem mudado a lista de livros obrigatórios da Fuvest, porque eu já tinha lido quase que inteira e o que mudaram foi justo uma parcela do que já tinha lido nos outros anos pra não ter que ler agora. Enfim, isso significa que agora é: read all the books! \o/

Além disso, eu andei estudando bastante geopolítica e atualidades. No início desse ano, eu não consegui acompanhar as notícias direito porque eu tava lotada até o último fio de cabelo de coisas pra fazer, agora eu to tendo literalmente que estudar atualidades pro vestibular. Mas, ao contrário de literatura, eu realmente gosto de geopolítica e atualidades, se eu tivesse que desistir de todas as carreiras de exatas (que isso não aconteça, senão eu morreria haha), eu com certeza escolheria algo relacionado à geopolítica, relações internacionais etc. Acho que isso meio que vem das minhas férias de julho de 2009, porque eu deixei tudo de lado pra estudar pra uma olimpíada de geografia. No final, as coisas deram errado, porque eu deixei de fazer uma viagem que eu queria muito pras cidades históricas de Minas pra poder ficar estudando em casa e não passei da segunda fase (passavam 20 de 18000). Anyway, foi bom, eu estudei toda a matéria de geografia do 6º ano do fundamental ao 3º ano do médio em um só mês e isso tem resultados até hoje :). Dificilmente eu erro uma questão de geografia no vestibular e ela passou a ser minha matéria de humanas preferida \o/.

Enfim, era isso, eu lembrei dessa historinha essa semana quando eu tava estudando e resolvi compartilhar. Té depois!