A bandeira verde-amarela
Eu estava pensando… Na página “sobre mim” que eu fiz esses dias eu realmente tinha que colocar uma coisa: eu amo meu país. Se essa afirmação veio do nada? Não. Mas eu já explico o porque dela. Se você acompanha esse blog, sabe que eu estou no meio do processo de applications e que eu quero ir estudar fora do país. Só que, sinceramente, isso não acaba com o fato de que eu gosto do lugar onde eu nasci e de que eu tenho vontade de fazer com que ele melhore um dia.
De onde veio esses pensamentos desconexo? Talvez você tenha percebido que algumas páginas sobre o IYPT andaram sendo feitas/modificadas no OC e que algumas fotos de equipes passadas do torneio foram publicadas entre os álbuns do site no Facebook. Para fazer isso, eu andei revirando páginas na internet sobre os times passados e fazendo uma pesquisa geral. Depois que as fotos foram publicadas, outros ex-participantes entraram em contato com a gente e, além de conseguir mais fotos, eu também recebi mensagens que diziam o quão importante o IYPT foi na vida daquelas pessoas. Isso me fez sentir pertencente a algo maior, a algo que tem um passado e, muito provavelmente, um grande futuro (ou pelo menos eu assim espero). E sabe o que me unia a tudo isso? Não era simplesmente o IYPT, era também a bandeira verde-amarela.
Ajudar o IYPT a conseguir apoio, auxiliar o OC e ajudar a equipe brasileira do IYPT (ou qualquer outro futuro participante) são causas para mim, e assim também é defender o Brasil. Quando você segura junto com seu time aquele pedaço de pano, é como se vocês todos fossem um só, lutando por um mesmo fim e assim também são os participantes de outros países: começamos a enxergá-los como pequenos grupos representados por uma bandeira. Na realidade, em geral, nós costumamos nos referir a todas as pessoas como o indivíduo de país X que é assim e assado. A bandeira que você carrega numa dessas competições vira tanto o escudo que te protege quanto o objeto que você deve proteger. Ela pode estar no meio das outras dezenas de bandeiras em cima do palco da competição, mas aquela em especial vai ser sempre o centro das suas atenções.
Uma das maiores emoções da minha vida foi ver o nome do Brasil ser falado entre os nomes dos medalhistas em julho de 2012 na Alemanha. É algo único, porque você finalmente percebe que tem uma nação inteira sendo representada por você na frente de pessoas que vão levar suas impressões pro resto do mundo (ou pelo menos pra algumas dezenas de países). Eu senti que finalmente nós podíamos começar a tirar a imagem de que o Brasil só tem forró e futebol (apesar de ser engraçado os outros times dançando e cantando “Ai se eu te pego” e um repórter no Irã te perguntar no meio da coletiva de imprensa se sua física é tão boa quanto seu futebol haha). Não estou dizendo que só quem ganha medalha em fases internacionais merece tal crédito, eu mesma não ganhei medalha em uma das duas únicas duas internacionais para que eu fui e tenho amigos pelos quais eu tenho profunda admiração que também não conseguiram medalhas em suas respectivas internacionais (mas eu tenho certeza de que eles tentaram nos representar da melhor forma possível). Muito menos quero dizer que só quem vai para uma olimpíada internacional tem algum impacto, até porque algumas das pessoas mais inteligentes e dedicadas que eu conheço nunca foram para uma.
De qualquer forma, essa coisa toda de equipes passadas e tudo mais me fez montar páginas específicas para cada um dos times anteriores no IYPT BR, porque eu achei que cada uma dessas pessoas mereciam. Aliás, se alguém tiver links ou arquivos sobre elas, eu ficaria extremamente feliz em recebê-los.
Enfim, este post foi meio do nada, mas é sobre algo que realmente passou pela minha cabeça nos últimos dias. Sou muito grata ao IYPT por ter me dado a oportunidade de realmente enxergar isso tudo e não me arrependo do cansaço nem do esforço para chegar até lá. Espero que eu possa contribuir de alguma forma para que a nossa bandeira seja cada vez melhor representada.