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Falta só uma semana! Aaaaaaaaaa!

Posted in Sem categoria on agosto 11th, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – 2 Comments

Dá pra acreditar? Daqui a uma semana eu estarei rumo aos EUA, onde eu vou me acomodar naquela que será minha casa pelos próximos 4 anos (como assim?!) e só vou voltar pro meu país daí 4 meses nas férias, pra passar 20 dias e voltar pra outro país. Eu nunca fiquei tanto tempo longe de casa. Nunca.

Eu estava me sentindo inútil, desprezada ou desrespeitada (ou os dois, ainda não sei ao certo), com falta de conquistas recentes (more on that later, maybe), fora situações indefinidas na minha vida pessoal que eu queria deixar arrumadas antes de ir embora pra não ficar mais enrolado (mas parece que não vai rolar…) que estavam/estão me deixando profundamente irritada. Daí eu decidi aumentar minha produtividade pra conseguir encher a cabeça e deixar o máximo de coisas (“impessoais”) prontas e não ter que me preocupar com elas em Yale. Não que eu não seja produtiva quando eu estou contente, na realidade eu fico extremamente produtiva quando eu estou feliz haha, mas esse era o ponto, estava mais que na hora de me forçar a isso pra “produzir” de novo. Passo 1: comecei a entrar menos no Facebook haha. Desde anteontem eu até que consegui fazer bastante coisa em comparação com os dias anteriores.

Consegui terminar um livro que faltavam 200 páginas pra ler que eu tinha parado no mês passado; atualizei tudo que faltava até agora no meu CV Lattes, que aparentemente não teve as atualizações publicadas até agora (por que tão lerda, plataforma Lattes?); arrumei algumas coisas e fiz alguns posts no IYPT BR; fiz uma página de mídia pra este blog (porque a falta de conquistas estava me irritando, então decidi tentar me lembrar do que eu já tinha feito); busquei o pessoal do IYPT no aeroporto (ok, isso faz tempo, mas falo disso mais à frente); fui na reunião anual da Fundação Estudar; visitei meus avós, afinal de contas, eu vou passar 4 meses longe; criei um perfil no Instagram pra ficar postando fotos em especial pro pessoal da minha família quando eu viajar; arrumei parte da minha mala; recomecei a revisar um pouco de cálculo hoje (que eu tinha parado na quinta passada por algum motivo) pra fazer prova de placement; ah, fiz umas coisas aí haha.

Pois bem, a semana começou buscando a equipe brasileira do IYPT deste ano no aeroporto (sério, é muito engraçado ficar acompanhando o torneio do outro lado, ficando de comentarista haha, esperando o pessoal etc… aliás, não é engraçado, é estranho mesmo). Eu recebi um pin fofo de agradecimento pela ajuda prestada à equipe (não foi muita, mas o que eu pude ao menos). \o/ Esse vai pra coleção IYPTeica que eu tenho aqui em casa haha. Depois, fizemos uma festa do pijama a la IYPT minha, da minha irmã e da Denise (estava na equipe este ano) e a gente ficou “trocando figurinha” sobre casos bizarros que acontecem na fase internacional, em sua maioria relacionados a times do leste europeu kkkkk.

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O pin \o/

O meio tempo disso até anteontem foi razoavelmente improdutivo, mas deu pra arrumar as malas e fazer várias seções novas no IYPT BR. Então, anteontem eu fui pra Reunião Anual da Fundação Estudar. Foi divertido e um tanto vergonhoso. Eu tinha que dar um discurso de exatos 2 minutos cronometrados sobre Prep Program/Crowdfunding e hm… eu não tenho medo de falar em público (medo nenhum mesmo), estava com tudo esquematizado a sequência do que eu ia falar mas foi só eu pisar no primeiro degrau pra subir no palco, olhar a primeira fila com algumas das pessoas mais importantes do país e eu simplesmente esqueci tooooodo o esquema do que eu ia falar, até agora eu não sei quanto tempo eu fiquei lá em cima nem o que eu falei hahahahaha. Mas, ah, conheci gente legal de verdade (inclusive pessoas com interesses em comum que estudam em Yale \o/) e revi alguns amigos. E, de certa forma, algumas pessoas que vieram falar comigo conseguiram amenizar um pouco meu “sentimento de  falta de conquistas recentes”.

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Bolsistas 2013 da FE

Quando eu voltei pra casa no dia seguinte, tinha um cartãozinho do meu International Peer Liaison me esperando. Ok, vou usar esse parágrafo pra explicar “brevemente” como funciona orientação em Yale. Eu sou associada a um residential college (Pierson no meu caso) que tem um Master e um Dean, que são dois professores que coordenam o meu college e tem como função ajudar os alunos em qualquer tipo de dificuldade (acadêmica ou pessoal) que eles tenham. Também tenho um Advisor, que eu ainda não sei quem é, mas que tem função de ajudar um número infinitamente menor de alunos em áreas específicas, especialmente relacionadas á oportunidades acadêmicas. Para dificuldades em geral durante meu primeiro ano de faculdade (em especial pessoais, de toda e qualquer tipo), eu tenho uma Freshman Counselor, que é uma moça do último ano que ajuda a mim e mais uns 10 alunos (acho que deve ser isso) do meu college e que vai morar no mesmo prédio que eu pelo próximo ano, junto comigo e os outros freshmen. Pierson tem também um programa de Big/Little Sibling, que são 4 pessoas do próprio college escolhidas por interesses em comum pra “formar uma família”, sendo dois upperclassmen e dois freshmen; como meus interesses acadêmicos são meio “exóticos”, minha “família” também é um tanto “exótica”, pois só tem meninos em vez de ter mais uma menina como seria o normal… E, finalmente, eu tenho um Peer Liaison (PL) e um International Peer Liaison (IPL), que são pessoas que devem me orientar na transição para a universidade e na transição para a universidade em um país que não é o meu, respectivamente. Mas, por sorte, meus dois PLs são alunos internacionais (de Gana e da Jamaica), então quase dá na mesma, com a exceção de que eu já conheço meu IPL pessoalmente porque ele veio pro Brasil com um grupo num intercâmbio de Yale e eu fui conhecê-los em São Paulo e andar com eles (o que foi super divertido também 😀 ).

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Cartão do IPL

Enfim, quando eu chegar em Nova York, vai ter um pessoal da Orientation for International Students (OIS) me esperando no aeroporto pra me levar pra New Haven. A OIS é um programa de pré-orientação para alunos internacionais que acontece 4 dias antes da Orientation Week (ou Camp Yale, como queira), que é uma semana de orientação para todo mundo que está chegando agora. Como se não bastasse todas aquelas pessoas que estão ali pra me ajudar, durante a OIS eu vou ter também um OIS Counselor, que no meu caso é um cara de Hong Kong. Eu acho melhor eu falar disso depois, em outro post, possivelmente quando eu já estiver lá, pra não deixar este aqui muito comprido. Mas o que interessa: OMG! Falta só uma semana! É tão pouco tempo pra tanta coisa que eu ainda tenho que arrumar. :O Posto mais depois, quando der e se der haha. Até! :)

Vida de ex-olímpico

Posted in Sem categoria on julho 23rd, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – 2 Comments

Anteontem partiu o time brasileiro do IYPT 2013. Eu não estava nele. Simplesmente, não estava nele. Depois desses anos, é estranho ver o time brasileiro partir; dá uma sensação de vazio, como se finalmente caísse a ficha de que essa etapa realmente acabou pra mim. Fora que eu realmente estou morrendo de inveja hahahaha. Não inveja daquela maléfica, mas com vontade de ser um ano mais nova e poder ir uma última vez. Meu feed de notícias no Facebook nos últimos 2 dias basicamente tem sido fotos e posts de vários amigos a respeito do IYPT: o último experimento do time da Suíça, a partida do time do Brasil, os crachás do time da Áustria, o voo da equipe da Nova Zelândia, a saída de alguns da Suécia, os preparativos dos ex-participantes voluntários de Taiwan e por aí vai. Finalmente me toquei que eu fiquei pra trás, que toda vez que chega um “Hey, Barbara, are you coming to IYPT this year?”, a resposta é “No, unfortunately I’m already too old to participate…”.

Desde o início do ano, eu não fiz uma prova de olimpíada que fosse. De fato, eu sequer vi com atenção as provas das olimpíadas de 2013. Não por falta de interesse, mas por, feliz ou infelizmente, ter outras coisas a fazer. Na semana passada, eu tentei ajudar com o que eu pude nos últimos preparativos da equipe brasileira, eu sei que não foi muita ajuda, mas ver a preparação de perto e lembrar de como eu estava nessa mesma época nos dois últimos anos me deu uma sensação de nostalgia absurda. Tinha um problema que precisavam retomar a teoria por completo, eu abri o meu antigo caderno de rascunhos depois de quase um ano sem tocar nele, coloquei o nome do problema e comecei a elencar as hipóteses do fenômeno, fazer diagramas de forças, esboçar gráficos e formular matematicamente alguns aspectos dele. Sério, é como andar de bicicleta, você nunca esquece como é começar a desvendar um problema. Mas é por causa disso que eu acho que estou indo pelo caminho correto, afinal de contas, eu estou saindo daqui pra estudar algo que vai me fazer ter um novo caderno de rascunho, mas para problemas da ciência de verdade, certo?

Eu saí das olimpíadas, mas elas não saíram de mim. Assim, por mais ínfimo que tenha sido meu envolvimento com olimpíadas se comparado com quando eu estava no ensino médio, eu vou continuar escrevendo para o IYPT BR,  pretendo continuar ajudando no que der os próximos times brasileiros e agora eu estou me envolvendo com uma competição chamada Science Olympiad, que existe nos EUA e é uma mistura de feira de ciência com olimpíada tradicional e vai ter sua primeira edição especial em Yale no começo de 2014.

Uma vez, eu perguntei pro líder de equipe do Irã do IYPT 2012, que por acaso também tinha participado do IYPT um zilhão de vezes, porque ele ia deixar de ser líder de equipe do Irã logo depois de conseguir a melhor colocação que o país dele já conseguiu no torneio. A resposta foi: eu gosto do IYPT, mas tem a vida real e a pesquisa de verdade me esperando lá fora também. Então, da mesma forma, talvez um dia eu abandone este blog por um tempo, talvez eu me desconecte por um período das olimpíadas, já que a vida real está me esperando, mas eu acho que eu nunca vou conseguir me livrar completamente delas haha.

No fim das contas, essa transição é natural. Apesar de que eu vou continuar postando coisas sobre olimpíadas (afinal de contas, uma vez olímpico, sempre olímpico), em especial sobre o IYPT, porque tem um monte de novidades dele que vão ser publicadas principalmente esta semana, acho que este blog, pelo menos pelo próximo ano, vai parecer mais um “vida de freshman” do que um “vida de olímpico”. De qualquer forma, essa “vida de freshman” nada mais é do que a continuação de uma “vida olímpica”, não? E, como a Poli parece ter ficado um século para trás no tempo, tudo parece novo pra mim, como se eu só tivesse entrando na faculdade agora. Assim: bem-vindo ao novo blog “vida de ex-olímpico”. :)

Fearless

Posted in Sem categoria on junho 16th, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – 2 Comments

O título deste post pode parecer meio estranho. E é realmente. Na verdade o título veio de uma música que eu ouvi algumas vezes semana passada (apesar de a ideia do post ter vindo de outros lugares completamente diferentes). Não, a música não tem nada a ver com o assunto de que este post vai tratar muito provavelmente (eu nunca tenho certeza de como meus posts vão terminar quando eu os começo, só uma leve noção e algumas ideias que eu acho legais). O ponto é “I’ve been fearless about lots of things in my personal, academic and even professional (?) lives these days”, então achei que um título que inspirasse coragem seria o mais adequado para um post como esse. Mas não, este post também não é sobre as coisas que me exigiram coragem nos últimos dias, é mais sobre como algo que me exigiu coragem nos últimos anos me mudou bastante.

Eu sempre fui uma criança muito tímida. Muuuito tímida. Sabe, daquelas que se escondem atrás dos pais no elevador quando entra alguém (sim, eu fazia isso haha). Quando eu tinha meus 10 anos, eu inventava maneiras de faltar nas aulas em que era necessário apresentar trabalhos só por causa de medo de falar na frente da sala. Quando eu já tinha lá meus 13 anos, eu sofria pra conseguir recitar alguma coisa na frente dos meus colegas nas “sessões poesia” que tinham no colégio. Em parte, as coisas do colégio estavam relacionadas ao fato de que eu era muito diferente do resto da minha turma e, de certa forma, isso me deixava bastante oprimida, por outro lado, era uma vergonha inerente a mim que eu sentia descontroladamente. Bom, as coisas mudam (e ainda bem que mudam)…

Nas últimas semanas eu fui exposta a diversas situações em que eu tive que me apresentar em público. Foi então que eu pus tudo em perspectiva e vi como as coisas mudaram na maneira como eu me imponho perante o resto das pessoas. O que isso tem a ver com olimpíadas? Muita coisa. Acredite, este post não vai ser totally off topic haha.

O que foi o estopim pra eu começar a pensar em escrever este texto? Pois bem, estava eu apresentando simplesmente a minha vida no Outback outro dia num evento do Prep Program; na hora que eu sentei, a pessoa sentada do meu lado virou e falou “foi bom, você fala bem, Bárbara”. Não que eu ache que eu fale bem realmente, mas não foi a primeira vez que eu ouvi isso, nem a única vez em tempos bastante recentes. Depois, veio uma repórter aqui em casa e falou “nossa, eu esperava uma pessoa tímida”.

Tudo bem que esperar uma pessoa tímida é uma visão estereotipada (muito equivocada por sinal) que as pessoas carregam contra pessoas que estudam um pouquinho acima da média geral. Contudo, pensando bem, o fato de eu conseguir falar com as pessoas e talvez até soltar algum tipo de piada numa conversa é um fenômeno um tanto recente pra mim; alguém que tenha me conhecido há mais de 2 ou 3 anos atrás certamente não me reconheceria se me encontrasse hoje.

DSC_2209A que eu devo tudo isso? A um conjunto de fatores. Porém, se eu tivesse que escolher um fator principal, eu com certeza escolheria o IYPT. Na minha primeira apresentação, eu lembro que eu tremia absurdamente, fiz uma apresentação péssima, mal saí da minha posição para ir até a frente apresentar meu trabalho. Nos meus primeiros anos, quando eu ia escolher a roupa que eu ia usar nas minhas apresentações, eu só tinha uma regra muito fixa: minha calça tinha que ter bolsos. Bolsos? Sim, bolsos, porque eu precisava esconder em algum lugar as minhas mãos enquanto elas estivessem tremendo. Isso porque eu precisava passar a imagem de que eu estava completamente segura e certa do que eu estava falando (e não tremer fazia parte daquilo tudo). Eu adotei essa imagem de segurança a ponto de usar aquilo para colocar medo nos meus concorrentes haha. Eu gostava daquela imagem; na verdade, ainda gosto. Porém, no fim das contas, a imagem se tornou minha figura real na maior parte do tempo. Não que isso seja ruim, isso me tornou mais forte de certa forma. :) Se você me ver colocando as mãos nos bolsos hoje em dia, tenha certeza de que não é para escondê-las, foi só uma mania que eu adquiri mesmo, eu não tremo mais quando eu vou falar algo na frente dos outros.

Se eu for comparar aquela primeira apresentação com a última que eu fiz, não dá nem para imaginar que as duas são a mesma pessoa. No meu último vídeo, eu pareço alguém que tinha certeza do que estava falando, que articulava as palavras com as mãos (sem ter que escondê-las haha), que falava em inglês sem se preocupar com a língua estrangeira. De fato, eu acho que era a verdade, eu realmente não estava com medo. Eu havia me acostumado. Assim, cheguei a conclusão de que habilidades sociais são totalmente aprendíveis.

Se eu não tivesse aprendido com o IYPT a me portar na frente das pessoas, eu não conseguiria passar por entrevistas, sejam elas para processos seletivos ou para reportagens; eu sequer conseguiria falar com pessoas diferentes daquelas do meu círculo de amizade (que até então era extremamente restrito) ou mesmo de maneira mais simples em conversas cotidianas com pessoas como o meu vizinho que eu encontro no elevador ou porteiro do prédio. Ou seja, se impor diante dos outros, conversar e falar em público exige uma coisa muito simples: prática.

Um exemplo mais concreto é a última etapa do processo de bolsas da Fundação Estudar de quatro dias atrás. Lá estava eu em um painel que poderia definir muita coisa na minha vida. Era uma espécie de entrevista coletiva, com a diferença de que os entrevistadores eram meia-dúzia de pessoas das mais importantes do país, de que tinha uma plateia atrás delas e de que tinham mais 5 candidatos competindo pelas mesmas vagas que eu sendo postos a prova ao meu lado. Enquanto eu via alguns candidatos tremendo absurdamente e morrendo de medo na hora de falar, eu não senti medo nem me senti pressionada pelas perguntas completamente inesperadas (o que é outro resquício de IYPT que ainda há dentro de mim). :)

Ao mesmo tempo em que eu odeio me expor, no sentido de colocar a minha vida em uma matéria de jornal por exemplo (de verdade, é terrível), eu aprendi a dar minha cara a tapa, a usar um pouco de um “lado cara-de-pau” que eu não tinha haha. Foi assim que eu consegui gravar o vídeo da minha página de crowdfunding, por exemplo. Aprender a me comunicar, de certa forma, me tornou mais independente, de modo que eu consigo falar por mim mesma e isso interfere na minha vida como um todo, e nos limites do que eu ainda posso alcançar de uma maneira bastante positiva. Ainda há algumas situações, em geral quando o assunto é mais pessoal e afeta meu lado emocional, em que eu tenho vários receios na hora de transmitir o que quer que seja que eu tenha para falar. Porém, hoje, eu até sinto falta de enfrentar alguém em um PF, porque eu perdi o medo dos jurados ou das pessoas que possam estar julgando em volta de tal maneira que aquilo se tornou até divertido para mim. Sinceramente, os PFs finais com apresentação para mais de uma centena de pessoas eram os mais amedrontadores, mas certamente os mais divertidos, porque eu tinha chegado a um estágio em que eu conseguia esquecer completamente da plateia pra me focar e me divertir exclusivamente com a discussão.

Assim, eu termino este post, feliz por conseguir escrever coisas desse tipo sem vergonha de que outras pessoas leiam este texto e deixo abaixo um dos vídeos referentes ao Physics Fight mais marcante da minha (não foi pela discussão certamente, mas pelo resultado; ainda assim, acho que está valendo haha). Até a próxima! E boas práticas de socialização. :)

Gente que inspira

Posted in Sem categoria on maio 10th, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – Be the first to comment

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Essas fotos, com exceção de algumas pessoas iguais que aparecem nelas, parecem não ter nada a ver uma com a outra, certo? Pois bem, a semelhança que eu vejo nelas, na realidade, está longe de serem as pessoas que se repetem, mas sim as que não aparecem em ambas. Mas… como assim, Bárbara? (O assunto deste post é meio random, but there we go).

Enfim, vamos às explicações. Está vendo a primeira foto? Tem duas pessoas ao centro segurando um hipopótamo de pelúcia (por curiosidade, ele é o mascote fofo da equipe brasileira no IYPT). Uma dessas pessoas é o criador/fundador/idealizador do IYPT, da época de quando ele ainda era uma competição pequena realizada na URSS. :) O outro é russo também, atualmente o tesoureiro do IYPT, mas ele representa muito mais do que isso para o torneio e para os competidores do mundo inteiro. Na outra foto, estamos segurando umas plaquinhas com dois nomes (dá para ver?). Os nomes das plaquinhas são das pessoas que ajudaram na preparação da equipe brasileira em todos os dias de preparação; muitas vezes a organização não estava presente ou até mesmo parte da equipe não estava na preparação, mas eu nunca deixava de ver os dois por lá.

Então, o que as duas pessoas da foto de cima e das plaquinhas da foto de baixo tem em comum? Elas são quatro das pessoas mais incríveis que eu já conheci na vida. Por quê? A maioria delas nunca ganhou uma competição internacional ou foi capitão da seleção nacional do país deles no IYPT (está certo que dois já chegaram a participar da versão internacional, e um até ganhou uma bela medalha, mas não, não é por isso que eles são demais), mas são grandes símbolos para todos os participantes (ou especificamente para a equipe do Brasil). O grande motivo pelo qual eu admiro profundamente essas pessoas é o empenho que elas botaram em ajudar os outros a chegarem mais longe.

Se Evgeny Yunosov não tivesse criado o IYPT, eu provavelmente não estaria escrevendo este texto e algumas centenas de pessoas hoje apaixonadas por física, jamais teriam cogitado estudá-la. Se não fosse o Ilya Martchenko, algumas centenas de alunos jamais teriam acesso ao Reference Kit, que aumentou e muito o nível das competições relacionadas ao IYPT, e boa parte da história do torneio nunca seria descoberta, já que uma grande porção dela se encontra hoje no IYPT Archive por ele criado, com infinitos documentos históricos e soluções passadas que dão vida ao IYPT. Se não fosse o Hugo, eu jamais teria ganhado um 10 na competição internacional ano passado, pois ele me ajudou muito a dar os ajustes finais na minha solução. E, se não fosse o Vignon, nós jamais teríamos encontrado problemas nas soluções de 2011 e 2012 da equipe brasileira que somente a experiência dele conseguiu perceber.

Essas pessoas são importantes não pelos prêmios que elas já ganharam, e sim por causa dos prêmios que elas ajudaram outros a ganhar. Não é qualquer pessoa que tem a coragem e a generosidade de gente assim. Quando eu estava na etapa do “painel de bolsistas” da Fundação Estudar esses dias atrás, uma coisa que muito me chamou atenção ao ouvir de um dos bolsistas que estavam entrevistando os candidatos foi “uma das coisas que eu mais gosto na vida é poder ajudar outras pessoas a serem melhores do que eu jamais vou ser”. Acho que são essas pessoas que me inspiram e são elas que eu quero usar de espelho para minha vida.

É por causa de exemplo de gente como um dos meus professores de física do ensino médio que eu quero ser quem eu procuro ser hoje. Ele nunca foi líder da minha equipe sequer na fase nacional do IYPT, mas que gastava o mísero tempo que lhe restava da rotina pesada de aulas para me ajudar nas minhas soluções o pouco que ele podia e nos meus estudos de astronomia tarde da noite, sendo o professor que mais me ajudou nos últimos anos sem nunca ganhar qualquer coisa em troca, só o simples fato de fazer com que eu pudesse atingir um pouco mais na minha vida do que eu conseguiria sem ele.

Gente como essas pessoas que eu citei aí em cima são culpadas por eu hoje escrever aqui, redigir pro IYPT BR, tentar ajudar a fase internacional a conseguir fundos para as suas despesas com o escasso tempo que me resta e pretender continuar colaborando com as próximas seleções brasileiras (por mais que eu não concorde com o time que foi selecionado este ano, mas isso é assunto para um próximo post, sobre tudo que passou na minha cabeça desde o IYPT Brasil deste ano etc etc).

Em resumo, pessoas como aquelas são as grandes inspirações para eu fazer muitas das coisas que eu faço hoje e espero que um dia eu possa servir como inspiração para que outros façam o mesmo, pois acho que, se cada um ajudar outra pessoa a ser melhor do que eles próprios ou do que o ajudado em si é na realidade, um dia o mundo não vai nem se aguentar de tanta gente boa que vamos ter por aqui. :)

O IYPT Brasil começa em algumas horas!

Posted in Sem categoria on maio 3rd, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – Be the first to comment

Essa semana eu sai nuns negócios aí:

http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/jornal-tribuna-1edicao/videos/t/edicoes/v/moradora-de-santos-precisa-arrecadar-r116-mil-para-ir-estudar-nos-estados-unidos/2541797/

http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/04/jovem-usa-internet-para-arrecadar-r-116-mil-e-estudar-nos-eua.html

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-05-02/passei-em-uma-renomada-universidade-no-exterior-me-financia.html

http://www.tvbband.com.br/tvbbandcidade/videos-exibe.asp?v=8187#.UYKeM2tWCjI.facebook

http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/05/cresce-numero-de-brasileiros-aceitos-por-universidades-dos-eua.html

O resultado disso? Eu não quero e não estou afim de me expor nunca mais. Foi necessário para que a plataforma de doações da Fundação Estudar tivesse o destaque que merecia, mas agora eu só quero começar meu curso de física em paz e produzir algo que seja útil pra ciência daqui para frente, mais nada; eu não faço a menor questão dessa exposição, muito pelo contrário. Aliás, mentira, eu quero outra coisa também, mas do que tudo por enquanto: passar em uma das universidades que me botaram em waitlist, ganhar uma bolsa e ser feliz estudando a matéria que eu mais amo no mundo. De qualquer forma, uma coisa já está bem definida na minha cabeça, depois de algumas visitas ao Instituto de Física da USP (IFUSP), já estou decidida a me transferir pro IF ou pra Ciências Moleculares caso eu fique no Brasil.

Enfim, vamos para a parte legal da semana: o IYPT Brasil começa em algumas horas! E, sim, tem uma coisa boa de estudar aqui na Poli: ficar perto do local onde vai ser a abertura do torneio nacional haha. Estou aqui desde de manhã esperando as coisas começarem pra ajudar um pouquinho a arrumar o auditório que vai receber mais de uma centena de jovens físicos no fim do dia de hoje. É estranho passar pelos locais que sediaram o IYPT ao longo dos últimos anos e lembrar de tudo todos os dias e finalmente ver eles cheio de gente vai ser divertido. Em resumo, eu vou me sentir completamente estranha esse ano só assistindo pessoas fazerem o que eu fiz ao longo dos últimos três anos sem poder interferir. Eu já tinha escrito sore isso ano passado, e percebo que vai ser estranho realmente. De qualquer maneira, vamos fazer o seguinte: depois que o fim de semana passar, eu escrevo sobre quão estranho (mesmo que muito divertido) foi o meu fim de semana. :) Uma coisa é certa: no domingo um novo time vai ser selecionado para o Brasil e, mesmo que dessa vez eu não esteja nele (o que é bastante estranho pra mim também haha), eu já vou saber quem vai compor o time que eu faço questão de ajudar para que traga a prata que nos foi tirada ano passado.

Por enquanto, se alguém se interessar em acompanhar o que acontece no IYPT Brasil neste fim de semana, criei um Twitter para o IYPT BR (o meu blog sobre o IYPT) e ele publicará notícias constantes sobre o que acontece nos fights e nos bastidores da competição nacional. Yaaay! Sim, tem uma parte boa de não ser competidora: poder registrar tudo nos mínimos detalhes! \o/

Anyway, vou terminando por aqui pra poder ir correndo pro auditório da administração da Poli ver os preparativos para os grandes acontecimentos de hoje. 😀 Aos que vão participar: vejo vocês mais tarde! Aos outros: até mais!

Aniversário, semana de provas, plataforma de crowdfunding, IYPT, cartas e outras cositas más

Posted in Sem categoria on abril 21st, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – 2 Comments

Olá! Como vão todos vocês? :) Tem bastante coisa acontecendo nos últimos dias, ou semanas, como preferirem, nem deu tempo pra respirar. Então, acho que vou começar pelo dia 7 de abril (estrategicamente, meu aniversário haha). Sim, eu fiz 18 anos; não, não mudou nada na minha vida haha. Principalmente pelo fato de que a semana de provas da Poli começou no dia seguinte; então, não se enganem pela foto aí em baixo, eu literalmente assoprei a velinha e fui correndo pro meu quarto terminar de estudar Química Tecnológica Geral.

DSCN2531Pois é, no dia seguinte, começaram as minhas provas. Esses primeiros meses de faculdade foram infinitamente atribulados por resultados, mudança de cidade, de vida, projetos novos etc. O fato é que isso tudo junto prejudicou um pouco meus estudos, então eu tive que correr contra o tempo. Por sorte, ainda consegui me dedicar a outras matérias e arriscar ir pras provas de física e cálculo sem estudar. Enfim, com exceção da prova de desenho gráfico, na qual eu me ferrei por determinar uma tangente interna em vez de uma externa (maldita, maldita, maldita falta de atenção!) num exercício que valia literalmente metade da nota da prova, de resto foi sussa. O problema foi dormir meia-noite e acordar todos os dias da semana às 3 da manhã pra recuperar o tempo perdido. Foi que nem o gif aí em baixo:

Ok, não vou mais arriscar isso, por mais caótico que tudo ainda esteja. Minha saúde agradece. Pelo menos no dia antes da prova de física eu consegui dormir até as 7, mas isso porque era o último dia, eu estava exausta, não ouvi o despertador e cheguei atrasada na prova, o que me tirou o tempo pra metade do último exercício, mas tudo bem, minhas notas todas vão vir bem decentes. (Ei, pessoal do instituto de física, para de por inveja que vocês só tem 3 provas enquanto a gente tem a semana inteira com 2 por dia!)

Passada a semana de provas, eu só pensava em uma coisa: eu tenho 36h pra por tudo em dia! É, mas eu estava tão aliviada que nem liguei haha. Na semana seguinte à correria das provas, lançaram a plataforma de Crowdfunding da Fundação Estudar pra que os mentees do Prep Program que não ganharam bolsas de estudos possam arrecadar o dinheiro do primeiro ano de faculdade nos EUA que ainda lhes falta. E, entre esses mentees, eu me incluo (também tem outra pessoa lá que vocês conhecem). Essa plataforma funciona, em resumo, da seguinte maneira: cada aluno tem a sua própria página com um vídeo contando sua história e porque quer estudar nos EUA com uma mini biografia em baixo; para cada R$1 doado, R$0,50 são acrescentados às doações pelo banco BTG Pactual; fora isso, o BTG se comprometeu em dar mais R$200 em doação para cada mil “likes” que a página pessoal de crowdfunding do aluno receber no Facebook. Então, galera, todo mundo compartilhando as páginas aí e dando like! haha. Mas, além disso, todos os mentees se comprometeram em retornar todo o dinheiro que receberem em até 20 anos, doando o dinheiro de volta para que outros alunos também possam estudar e realizar seus sonhos. :) Para mais explicações, tem nesse link aqui, deixa eu voltar pra minha semana haha.

Sexta-feira passada e nesse fim de semana, fui no Objetivo da Paulista ajudar o pessoal com o IYPT. Foi divertido, fazia muito tempo que eu não mexia nas coisas do IYPT e eu sinto muita falta da época em que isso era um constante na minha vida. :) Foi beeeem divertido matar as saudades do local onde infinitas preparações pras internacionais ocorreram, do pessoal, dos problemas, dos relatórios, das planilhas, dos gráficos bizarros, das teorias malucas, das apresentações e até mesmo do clima de tensão e correria em véspera de nacional (sim! O IYPT Brasil está chegando! Todo mundo está convidado a ir assistir, só checar os horários e locais).

No fim das contas, acabei terminando duas cartas pras listas de espera. Mentira, estou fazendo a última revisão neste minuto para poder enviar duas já essa semana (e espero terminar as outras duas ainda nesta semana também). Eu  não sei o que pensar a respeito das listas de espera, eu sei que eu quero conseguir uma vaga e vou continuar correndo atrás dela, principalmente que eu já vi gente se matriculando em outras universidades essa semana, sem mais.

Aliás, anteontem saiu a lista dos aprovados pro Prep Program deste ano! Parabéns aos classificados e welcome to one of the most stressing period of your lives hahaha. Brincadeira, torço pra que vocês tenham uma mentora tão incrível quanto a minha. :) Aos que não passaram, não desistam, pensem no que podem melhorar e boa sorte! Fora que, esse ano, todo o material do Prep Program vai ser disponibilizado a todos por meio do Prep Course, então aproveitem!

Ontem, a noite foi razoavelmente estressante, aí eu me acalmei e me estressei de novo antes de dormir. Acho melhor eu fazer tudo logo pra conseguir arrumar as coisas hoje. Assim, álgebra linear e tarefas do alemão (é, eu comecei a estudar alemão :)) me esperam. Até mais!

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Edit (21/04/2013 16:35):

Esqueci de falar! Eu sai no G1. :)

A bandeira verde-amarela

Posted in Sem categoria on janeiro 19th, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – Be the first to comment

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Eu estava pensando… Na página “sobre mim” que eu fiz esses dias eu realmente tinha que colocar uma coisa: eu amo meu país. Se essa afirmação veio do nada? Não. Mas eu já explico o porque dela. Se você acompanha esse blog, sabe que eu estou no meio do processo de applications e que eu quero ir estudar fora do país. Só que, sinceramente, isso não acaba com o fato de que eu gosto do lugar onde eu nasci e de que eu tenho vontade de fazer com que ele melhore um dia.

De onde veio esses pensamentos desconexo? Talvez você tenha percebido que algumas páginas sobre o IYPT andaram sendo feitas/modificadas no OC e que algumas fotos de equipes passadas do torneio foram publicadas entre os álbuns do site no Facebook. Para fazer isso, eu andei revirando páginas na internet sobre os times passados e fazendo uma pesquisa geral. Depois que as fotos foram publicadas, outros ex-participantes entraram em contato com a gente e, além de conseguir mais fotos, eu também recebi mensagens que diziam o quão importante o IYPT foi na vida daquelas pessoas. Isso me fez sentir pertencente a algo maior, a algo que tem um passado e, muito provavelmente, um grande futuro (ou pelo menos eu assim espero). E sabe o que me unia a tudo isso? Não era simplesmente o IYPT, era também a bandeira verde-amarela.

Ajudar o IYPT a conseguir apoio, auxiliar o OC e ajudar a equipe brasileira do IYPT (ou qualquer outro futuro participante) são causas para mim, e assim também é defender o Brasil. Quando você segura junto com seu time aquele pedaço de pano, é como se vocês todos fossem um só, lutando por um mesmo fim e assim também são os participantes de outros países: começamos a enxergá-los como pequenos grupos representados por uma bandeira. Na realidade, em geral, nós costumamos nos referir a todas as pessoas como o indivíduo de país X que é assim e assado. A bandeira que você carrega numa dessas competições vira tanto o escudo que te protege quanto o objeto que você deve proteger. Ela pode estar no meio das outras dezenas de bandeiras em cima do palco da competição, mas aquela em especial vai ser sempre o centro das suas atenções.

Uma das maiores emoções da minha vida foi ver o nome do Brasil ser falado entre os nomes dos medalhistas em julho de 2012 na Alemanha. É algo único, porque você finalmente percebe que tem uma nação inteira sendo representada por você na frente de pessoas que vão levar suas impressões pro resto do mundo (ou pelo menos pra algumas dezenas de países). Eu senti que finalmente nós podíamos começar a tirar a imagem de que o Brasil só tem forró e futebol (apesar de ser engraçado os outros times dançando e cantando “Ai se eu te pego” e um repórter no Irã te perguntar no meio da coletiva de imprensa se sua física é tão boa quanto seu futebol haha). Não estou dizendo que só quem ganha medalha em fases internacionais merece tal crédito, eu mesma não ganhei medalha em uma das duas únicas duas internacionais para que eu fui e tenho amigos pelos quais eu tenho profunda admiração que também não conseguiram medalhas em suas respectivas internacionais (mas eu tenho certeza de que eles tentaram nos representar da melhor forma possível). Muito menos quero dizer que só quem vai para uma olimpíada internacional tem algum impacto, até porque algumas das pessoas mais inteligentes e dedicadas que eu conheço nunca foram para uma.

De qualquer forma, essa coisa toda de equipes passadas e tudo mais me fez montar páginas específicas para cada um dos times anteriores no IYPT BR, porque eu achei que cada uma dessas pessoas mereciam. Aliás, se alguém tiver links ou arquivos sobre elas, eu ficaria extremamente feliz em recebê-los. :)

Enfim, este post foi meio do nada, mas é sobre algo que realmente passou pela minha cabeça nos últimos dias. Sou muito grata ao IYPT por ter me dado a oportunidade de realmente enxergar isso tudo e não me arrependo do cansaço nem do esforço para chegar até lá. Espero que eu possa contribuir de alguma forma para que a nossa bandeira seja cada vez melhor representada. :)

A arte de “blogar”

Posted in Sem categoria on janeiro 2nd, 2013 by Bárbara Cruvinel Santiago – 2 Comments

Eu começo vários posts que eu escrevo aqui porque pensei em um jeito muito legal de iniciar um texto. Outros, como este que você está lendo, eu tenho uma noção de o que eu quero transmitir, mas nenhuma ideia de como começar. É, acho que eu acabei de arranjar um jeito de começar este post: falando sobre como eu começo um post. Não foi muito criativo, mas a postagem já está mostrando o jeitinho metalinguístico que eu queria que ela tivesse. Hoje, no dia em que meu blog do Vida de Olímpico bateu recorde de visualizações, resolvi blogar sobre blogs.

Nesta semana, o Cássio começou a escrever um Vida de Olímpico (espero que vocês possam seguir, porque eu particularmente acho que ele tem muito a compartilhar sobre a trajetória olímpica vitoriosa dele) e, muito provavelmente, o Lapinha vai começar a escrever também (acho que vale seguir quando começar). Enfim, esses são novos blogs Vida de Olímpico, fora os que vocês já devem ler com certa frequência, como o do Ivan, do Davi e da Liara. Paralelamente, eu recebi um relatório de fim de ano do wordpress.com com as estatísticas finais do IYPT BR, o blog onde eu escrevo especificamente sobre o IYPT. Aliás, eu fiquei feliz com o relatório. Apesar de ele ser modesto se comparado às estatísticas de fim de ano do OC, por exemplo, são bons indicadores pra um blog sobre um tema tão específico que tem menos de um ano ainda. Enfim, vou compartilhar alguns números e fatos que me deixaram feliz:

  • Foram mais de 10 mil acessos.
  • Mais de 700 fotos do IYPT upadas.
  • O blog alcançou leitores em 32 países, alguns até bastante frequentes, como da Suécia e da Alemanha (e, obviamente, do Brasil).
  • Os termos de busca mais usados para chegar ao blog são ou o meu nome ou assuntos relacionados ao IYPT (pena que eu não consigo ver de onde eles vêm), o que indica que não são pessoas aleatórias que caem lá e que o blog está ajudando quem estiver se preparando.
  • 65 posts totais em um ano, o que é mais de um post por semana.

Eu acho que blogs são sempre motivadores, apesar de eu só ter virado leitora frequente deles mais recentemente. Quando eu estava começando a planejar como eu ia fazer minhas aplicações pra universidades americanas, eu sempre me guiava pelos sites delas. A lista das universidades pras quais eu terminei de aplicar esta semana foi toda baseada nas minhas pesquisas pelos respectivos sites, afinal de contas eu só tenho como chegar até essas universidades virtualmente, pelo menos por enquanto. Uma das coisas que mais me chamou atenção, inicialmente, foi o blog de admissões do MIT. Teve uma época em que eu passei noites seguidas lendo os posts de uma única menina, ao ponto de a minha mãe entrar às 7 da manhã no meu quarto durante as férias e eu não ter dormido ainda de tanto que eu estava entretida lendo os posts dela, o site sobre os aspecto mais específicos ou aleatórios da universidade etc. O primeiro contato “efetivo” que eu tive com o processo de admissões ou com a parte acadêmica/pessoal de uma universidade americana foi através desses blogs, então eles foram bastante importantes, por isso uma postagem recente sobre o que é ser um admission blogger fez tanto sentido pra mim. A minha virada de ano 2011/2012 (há um ano atrás) por exemplo foi gasta lendo sites de outras universidades, como Yale, Stanford, Harvard, Caltech ou Princeton. Eu queria saber o que eu faria do futuro, então a internet me ajudou um pouco. E claro, universidades com blogs ou videos de admissões, como essas que eu já citei, ou BU, Duke, Cornell etc, me influenciaram bastante.

Além disso, quando eu estava prestes a participar da minha primeira nacional do IYPT, eu fiquei muito feliz ao achar um blog do time da Áustria em que eles falavam do dia a dia deles no IYPT 2009 na China. Eles falavam de coisas aleatórias, desde como tinham sido os Physics Fights deles até dos passeios. Aquilo me deixou com mais vontade ainda de ir pra internacional e de trabalhar mais duro pra conseguir o que eu queria. Embora eu não tenha achado aqueles posts antigos mais, vocês podem acessar o blog novo deles se for de algum interesse. Em 2011, quando a gente estava no aeroporto em Teerã esperando nosso voo, o time da Alemanha estava esperando com a gente e comentou sobre o blog que eles tinham a respeito do torneio. A gente não conseguiu acessar o blog por lá pela falta de internet e possibilidade de acesso no Irã, mas eu comecei a segui-lo assim que eu cheguei no Brasil. Lá eu vi posts muito interessantes sobre aquilo que eu também tinha passado, incluindo situações engraçadas, como o que eles chamaram de problema 18 (by the way, para os não-acostumados com linguagem IYPTeica, o IYPT tem 17 problemas e a gente chama de problema 18 alguma coisa esquisita que acontecer no torneio). Enfim, eu gostei dos dois blogs, mas eu sempre achava pouca coisa sobre o que eu queria a respeito, por exemplo, das equipes passadas do Brasil. Existia pouco material sobre o IYPT em português, então eu pensei: bom, eu tenho algum material sobre as últimas nacionais e a internacional mais recente, vou eu mesma criar um blog. A ideia era fazer algo parecido com os outros dois blogs que eu mencionei aqui, onde eu pudesse reunir e compartilhar várias informações para auxiliar e incentivar novos participantes do torneio. No fim das contas, depois da minha última participação, foi até uma forma de me manter relacionada à competição de alguma forma.

O IYPT BR é o blog do qual eu tenho mais orgulho, porque eu demoro pra escrever o que está lá, é um exercício de paciência e de memória também, fora que organizar as informações a respeito do torneio deu um bom trabalho. Depois veio este blog aqui, que você está lendo. Eu gosto de escrever aqui também porque eu posso usá-lo para fins diversos (escrever o que aconteceu no meu dia, desabafar, compartilhar algum aspecto de alguma olimpíada, falar sobre o processo de admissão em universidades brasileiras e americanas etc). Mas, de qualquer forma, esses não foram meus primeiros blogs. Quando eu tinha uns 12 anos, eu queria criar um simplesmente pra poder ter um site meu. Aí eu criei um blog sobre português, mas já que o assunto não era muito interessante pra mim, o blog acabou morrendo. Depois, entre meus 13 e 14 anos, eu criei outro blog pra um projeto da escola, mas que acabou morrendo também assim que o ano acabou. Eu espero que os que eu escrevo agora não morram; se bem que eu realmente acho que isso não vá acontecer, porque eu sempre tenho algo pra escrever neles.

Ontem, eu quase comecei outro blog, só que dessa vez sobre viagens, porque se tem uma coisa que eu gosto tanto quanto olimpíadas, ciência, pesquisa e falar com os meus amigos, essa coisa é viajar. Mas eu tenho outro blog além do IYPT BR e do Vida de Olímpico com o qual eu já me comprometi (e comento daqui uns tempos quando ele for lançado), então seria coisa demais. Eu ia seguir a minha irmã; ela criou um blog sobre viagens esses dias pra trás. Ela não viajou muito ainda (por isso ainda nem tem nenhum post por lá), mas diz que viajar é uma das coisas que ela mais vai fazer na vida conforme for tendo oportunidades. Aliás, acho que ela já vai ter algo pra postar este mês, já que ela vai comigo pro Rio quando eu for fazer o SAT (longa história relacionada a prazos, inscrições e falta de disponibilidade de vagas em São Paulo). Eu meio que já usei o IYPT BR pra propósitos semelhantes. Eu uso ele como uma forma de manter um registro sobre as minhas atividades IYPTeicas em algum lugar pra eu poder lembrar quando eu crescer, aí surgem vários posts com detalhes sore as viagens do torneio (claro, tem coisas que acontecem e ficam por lá pela integridade e honra dos membros da equipe hahaha). É por isso que mesmo que tenha passado muito tempo, eu ainda faço questão de deixar registrado por lá algo que eu ainda não postei sobre alguma parte do torneio: pra que eu não esqueça desse detalhe daqui alguns anos.

Anyway, parabéns pela coragem de chegar ao fim deste post! Eu vou aproveitar que eu ganhei algum tempo livre com o fim dos essays pra ler mais blogs sobre olimpíadas, ciências, tecnologia, viagens, admissões etc, colocar minhas coisas mais em ordem, adiantar o processo de application pra Financial Aid, revisar um pouquinho alguns assuntos pra Fuvest e, claro, atualizar meus blogs. Então, até a próxima com mais um post gigante daqueles que você quer me matar por ter escrito haha. :)

 

IYPT stuff

Posted in Sem categoria on dezembro 8th, 2012 by Bárbara Cruvinel Santiago – Be the first to comment

Oi! :) Tudo bem?

Então, tem umas coisas legais acontecendo por aí. Acho que todo mundo que lê esse blog com certeza já leu sobre o IYPT, certo? Ok, eu falo demais dele. Então, recentemente, a organização internacional começou a fazer pedidos a patrocinadores, desde pequenas até grandes empresas. Aí eles lançaram um booklet super legal com algumas informações sobre o torneio e com as propostas para patrocínio no final. Se alguém quiser ler, é interessante pelo menos pra entender a importância do IYPT no cenário científico mundial. Aliás, se alguém aí for de alguma empresa interessada, no booklet tem infinitas razões pra você ser um patrocinador de um super torneio mundial com algumas das melhores cabelas pensantes do planeta, porque patrocinar boas ideias nunca deve ser um fardo :). O IYPT em si não tem patrocinadores fixos e o caixa deles é muito restrito. Eu sinceramente propago isso porque eu acredito no bom trabalho que o torneio tem feito com a juventude mundial em relação às ciências, além de que ele é uma boa vitrine pra qualquer patrocinador, já que o torneio recebe visitas de prêmios Nobels, Ministros de Educação e Ciência, Embaixadores, alguns dos cientistas mais renomados do mundo etc.

Fora isso, lançaram vários vídeos de divulgação do torneio. Um dos vídeos eu já postei o link aqui em algum post anterior, eu acho. Mas enfim, ver ele quase me faz chorar lembrando da melhor semana do meu ano :). É um vídeo de divulgação do IYPT da Alemanha desse ano. O outro é um vídeo sobre a bobina de Tesla para promover o IYPT 2016 na Rússia, país onde o torneio nasceu. Mas pra quem quiser ver outros vídeos, tem uns vídeos e divulgação para a candidatura da Rússia para 2014 e 2016 que eu achei ainda mais legais. Todos eles se encontram na coleção do IYPT Archive na área destinada ao IYPT 2016. Outro vídeo legal foi o do time da Suécia, tudo bem que está em sueco e não dá pra entender muita coisa, mas o vídeo é divertido.

Além disso, alguém já viu o vídeo de bloopers que a minha irmã tinha feito pra esse IYPT? :) Ela tava no eu time da nacional esse ano. Aí, quando a gente (meu time da nacional) se reunia no laboratório de vez em quando, ela ficava perturbando a gente com a câmera dela haha; é meio que um vídeo de bastidores. Eu já tinha postado no IYPT BR em um outro post, mas agora coloquei um link com ele ai em cima. Ah, esse vídeo tá na coleção do Archive também. Aliás, tem um monte de notícias brasileiras sobre o IYPT lá agora também, principalmente de 2012, se alguém tiver interesse.

Enfim, espero que as informações tenham sido úteis, ou ao menos divertidas, pra quem tiver se preparando agora. Até a próxima! :)

Historinha sobre último dia de relatórios e fim de semana

Posted in Sem categoria on novembro 5th, 2012 by Bárbara Cruvinel Santiago – 2 Comments

Eu deveria começar esse post falando sobre a tal historinha em vez de falar sore o fim de semana pela lógica do título. Mas meu objetivo aqui não é ter lógica mesmo. So there we go…

O fim de semana foi bizarro, divertido, constrangedor, corrido, brisante e várias outras coisas. Ele começou com o feriado de sexta. Eu acordei, fiz duas horas de simulado pro SAT, almocei, fui pra São Paulo, recebi uma visita inesperada no hotel (durma com um olho aberto a partir de agora ser, isso é uma ameaça kkkkkk), tive que ouvir minha mãe me trollando de forma razoável (pelo menos ela parece ter parado agora \o/), acordei no sábado, fui fazer o SAT, saí do SAT à 1 da tarde, não deu pra fazer o ENEM (nem se a minha sede fosse em São Paulo daria pra sair correndo do SAT pro ENEM). Saindo do SAT, voltando pra Santos, minha mãe decidiu passar em Santo André pra ir no shopping que tinha sido minha entrevista pro MIT pra ela comprar um negócio que ela tinha visto lá, comemos esfiha, pegamos a Anchieta (e um congestionamento monstro junto com ela), cheguei em casa, dei uma cochilada. No domingo, dormi beeem tarde, fui acordada às 11 da manhã, levei minha irmã pra almoçar no Mc Donald’s pra ela não perder o horário do ENEM, levei ela pra prova, voltei pra casa, fiquei pensando e organizando minhas coisas porque essa semana eu tenho que fazer drafts de algumas dezenas de essays.

O SAT Reasoning Test é corrido pacas, mas eu acho que eu fui melhor dessa vez. Logo, eu fiquei bem feliz com isso. Hm… que mais? Ah! Eu sei que eu vou ter que pegar mais uma carta de recomendação, porque a do meu professor não estava muito boa, hoje eu respondi alguns e-mails, terminei os primeiros drafts de todas as partes escritas do suplemento de Princeton (uhul! 4 less drafts to go! tá, foram só os primeiros drafts, depois tem que ficar arrumando e tem mais essays pra fazer…) e mandei pra minha mentora. Outras coisa bem chata é que tá naquela época de maratona de vestibulares, o que é bem estressante. Aliás, é engraçado, toda vez que eu começo a falar que vai dar tudo errado, minha irmã começa a cantar “did you ever know that you’re my hero”, de um dos episódios de Gilmore Girls (que pode ser visto neste link em 0:20), o que me lembra que eu reagi da mesma forma que a Rory todas as vezes que a minha mãe tentou me trollar desde sexta.

Ok, melhor eu partir pra história de entrega de relatórios. Primeiro, hoje foi o último dia pros times do IYPT Brasil 2013 enviarem seus relatórios pra ainda ganharem bônus na nota depois da data final de envio. Eu tava lembrando dos últimos três anos. A última semana antes do envio de relatório e antes do torneio eram as mais desesperadoras. Mas a semana pré-envio que mais me deixou louca foi a de  2011.

Eis a história: última semana, só dois relatórios prontos. Até ano passado, não tinha data de envio com bônus, então eu precisava de 5 relatórios, porque já era a data final. Enfim, faltava experimento de três e um trecho da parte teórica de um desses. O combinado era: no fim de semana, eu podia ficar responsável por dois experimentos e fechar a parte teórica do último, alguém no time ia ter que fazer, mesmo que meia boca, algum experimento, porque eu não ia dar conta daquela vez de fazer tudo. A escola colocou o laboratório em reforma pra criar uma sala de pintura pro maternal (u.u, sério mesmo), não dava pra usar, meu material todo lá dentro, o negócio tava de pernas pro ar. Trouxe as coisas pra minha casa na sexta, tinha o fim de semana pra fazer as coisas. Pois bem, fiz tudo que eu fiquei responsável por fazer, só que sobrou uma pequena parte da teoria do terceiro que eu não tinha conseguido resolver. Com a parte experimental feita, pelo menos teria como salvar. Ha! segunda-feira do envio de relatórios, 3 da tarde (o correio fecha às 5h), descubro que ninguém tinha feito era nada pro experimento do problema 14 (cilindro em movimento). Pois é, tinha mais 4 pessoas no time, ou era pra ter. E aí? Desespero, pensei em jogar tudo pro alto, eu tava tão nervosa com tudo que não conseguia nem pensar pra calcular as coisas. Ainda faltava imprimir e encadernar os relatórios (porque eu estava esperando esse relatório pra mandar encadernar tudo junto). Eu sei que quando era 4:30, eu ainda tava tentando me controlar. Ahhhh! É, inventei uns experimentos, imprimi correndo, a Isabella correu com eles pra encadernar numa papelaria aqui perto e foi todo mundo aqui de casa correndo no correio. 5 minutos antes do correio fechar, entro eu feito uma louca. Relatórios impressos com versão digital em CD despachados. No caminho pro correio, eu tinha descoberto uns erros muito bestas nos relatórios, aí eu fiquei triste pra caramba, aquele dia foi um dos dias mais críticos de preparação pro IYPT que eu já tive. Quando eu voltei pra casa fiquei lamentando que eu não ia passar, que tava tudo errado.

O bem da verdade é que aquele estava ruim, um estava médio, mas os outros três estavam muito bons e eu não conseguia enxergar isso. Acabou que esses três últimos salvaram minha média e eu consegui ser cabeça de chave. No fim das contas, eu agradeço profundamente que eu não tenha desistido naquele dia, pois foi nesse ano que eu fui pra minha primeira internacional (claro que eu tive que melhorar vááárias coisas até o dia da nacional). Então é o seguinte: se você não conseguiu enviar os relatórios pra bônus hoje ou acha que eles estavam ruins, relaxa, esse foi só o envio de relatório pra bônus, ainda tem a data final e a nacional pra melhorar tudo isso :) . Quer saber qual é a moral da história? Às vezes a gente pensa que vai tudo dar errado e se dá por vencido, mas no fim das contas pode estar tudo bem. É, só escrevendo isso agora que eu percebi que meu último post pode ter sido desesperado, que pode dar tudo certo no fim das contas. Quem sabe?…