Cara pessoinha pequena…
Eu ia escrever um post hoje sobre determinado tipo de pessoa, um tipo que eu detesto e que me fez parar pra pensar seriamente em coisas diversas durante a manhã. Só que eu decidi deixar esse post pra depois e dedicar o que eu fosse escrever hoje a uma pessoa muito próxima a mim e que está passando por situações semelhantes as que eu estava passando há exatamente um ano atrás.
Cara pessoinha pequena (ou nem tão pequena, omg você tem que parar de crescer), esse post é pra você (é, você mesmo).
O ano vai ser difícil, acredite, muito difícil. O 3º ano é complicado, cheio de altos e baixos, seja você aluno olímpico ou não. Você é uma mescla dos dois e a pressão é grande por causa de quem veio antes, mas esqueça isso, a competição é com você mesma agora (por mais hipócrita que isso pareça vindo de mim). Quando você não resolver um exercício de vestibular, vai se desesperar e falar “omg! eu não presto nem vou passar”, é normal também (mas no fim dá tudo certo, posso te garantir, aquele exercício do intocável de química não vai te tirar da universidade haha). Vixi… você vai chorar, e gritar, e chutar a parede, e ficar louca, e querer queimar todos os livros em cima da sua escrivaninha, sejam eles pro vestibular ou pra uma olimpíada (se você decidir ir por esse caminho também no fim das contas), e querer desistir, e ah… fazer um monte de coisa desse tipo. Se tiver com muita vontade, faça isso mesmo (só não queime os livros, porque disso você vai se arrepender), que no dia seguinte as coisas vão estar menos piores.
Crises de identidade são comuns, especialmente quando você tem que decidir aquilo que vai fazer pro resto da vida em pouco tempo. 12 anos é muita pouca idade pra decidir o seu sonho real. Eu bem sei disso (você sabe que eu sei), seja seu “sonho” engenharia ou medicina. O tempo passa, você descobre novas oportunidades. Abre o site de uma universidade e vê que aquilo sim é tudo o que você sempre sonhou (porque isso sempre acontece próximo ao ano novo pré 3º ano? Não me pergunte, eu não sei a resposta). Você só descobriu isso recentemente, mas vai se acostumar com a ideia (sério).
Deixar de querer uma coisa é normal. Mas, mesmo que ela não seja mais sua primeira opção, não custa tentar, nem que seja pros outros não encherem a paciência (simplesmente pra ir lá e poder dizer que tentou). Sabe o que eu descobri há um tempo atrás? Que não adianta fazer outras coisas porque virou uma espécie de verdade absoluta pra você e pros outros que te cercam. Fazer algo que você goste é muito mais prudente (pense no resto da sua vida e como você vai poder mostrar pros outros que você conseguiu tudo por um caminho bem diferente do que eles imaginavam, em como no fim vai dar tudo certo). E sim, esses primeiros meses vão ser um living hell, com infinitas coisas desse tipo te atormentando. Só que vai chegar uma hora, espero que seja cedo tal qual aconteceu comigo, em que você vai tomar um choque de realidade (seja por causa de uma pessoa estúpida, de um artigo que você leu, um programa que você descobriu ou qualquer coisa do gênero), determinar suas prioridades e seguir o caminho que leve até elas.
Você lembra quando eu falei que a minha primeira opção tinha mudado? E todo mundo começou a me julgar? Falando que eu estava fugindo e querendo o mais fácil? Você com certeza vai passar por isso, bem mais do que eu aliás. Muita gente vai virar e falar que a sua “nova” primeira opção não é sua “real” primeira opção. Mas acho que você também deve lembrar de quando as pessoas começaram a perceber que eu na verdade estava tomando o caminho mais complicado, a me apoiar minimamente e a me dar um pouquinho de crédito que fosse por isso. Mais cedo ou mais tarde, essa segunda etapa vai ocorrer com você também e a visão dos outros vai mudar (não se preocupa muito com isso agora, porque torna a situação toda muito pior, acredite).
Enfim, em menos de um mês, sua jornada vai começar o seu fim, apesar de isso ser até um pouco paradoxal. Boa sorte.
ps.: se aquele exercício chato do intocável de química continuar a te infernizar, just give me a call, eu termino com ele (sim, nos dois sentidos, eu posso bater nele se você quiser também haha).
Primeiro: pequena é você, vá se catar.
Segundo: você é a única que me entende, ou, ao menos, me apoia
Terceiro: obrigada, mas não vou dizer que te amo porque não façuessazcoizaz
kkkkkkkkkkkkkkk ok