Não tenho uma foto da gente no quarto quando houve o jogo, então vai essa mesmo haha. Semana olímpica 2012
Dando continuidade ao texto que explica o jogo, segue uma de minhas partidas favoritas :). (traduzida de um email que mandei para uma amiga de outro país, com quem já joguei mafia hahaha)
Havia 9 pessoas jogando e o narrador. 1 médico, 1 detetive, 5 vítimas e 2 assassinos
Entre os jogadores, 3 eram experientes: eu, Victor (que vou chamar de V), Michel (que vou chamar de M); 1 era médio, Lucas (L), ele conseguia ver alguns dos detalhes (se alguém estava nervoso, mentindo, etc), mas ele não conseguia manipular as pessoas; e a minha parceira assassina — Maria Julia (J) — e os outros era só vítimas convencionais (pessoas que merecem morrer no jogo haha)
Dia zero:
7 cidadãos vivos, 2 assassinos vivos.
Primeira noite:
Eu apenas movi minha cabeça e minha mão, para não fazer nenhum barulho. Vejo minha parceira J, e aponto para matar V. Ela concorda da forma “mate quem você quiser, eu vou concordar toda rodada” haha. Isso era legal, eu podia usar minha própria estratégia :)
Primeiro dia:
V está morto. L estava um pouco nervoso e eu e M manipulamos todo mundo para que matassem L. M começou votando. Todos votaram em L.
Ele era o detetive! Muito bom! Agora eu apenas tinha que matar M, e então o jogo estaria ganho para os assassinos; ele é o único que não conseguiríamos manipular.
Bônus! Como V estava morto e ele era experiente, ele assumiu o lugar do narrador. Como ele não fala olhando na direção das pessoas ao narrar, para não dedurar a posição delas, eu não seria descoberto durante a noite.
5 cidadãos vivos. 2 assassinos vivos.
Segunda noite:
Eu escolho, obviamente, matar M. J concorda. Tudo muito rapidamente, nenhum barulho conseguiria dedurar onde estavam os assassinos. :)
Segundo dia:
Ninguém morreu. O que? O QUE? O médico salvou M. Nada bom… M pensou que eu era o assassino. Eu convenci ele e os outros que eu não era, e convenci eles a votarem em um cara aleatório. Esse cara fala que ele é o médico (!), e antes que as pessoas começassem a votar em mim, eu convenço eles a votarem em outro cara aleatório. Outra vítima morre.
4 cidadãos vivos. 2 assassinos vivos.
Terceira noite.
Eu apontei para a vítima mais inútil do jogo. Ele votava na pessoa na qual todos estavam votando (maria vai com as outras). Ninguém salvaria ele.
Terceiro dia.
Esse cara aleatório morre. Eu falo: eu acho que M é o assassino, ele está manipulando a todos, e, na primeira rodada, ele quem começou a votar para matar o detetive. O médico fala “não! não votem nele, eu salvei ele nas rodadas anteriores, inclusive naquela na qual ninguém morreu! Logo ele deve ser do bem.”.
Nada bom, nada bom, nada bom!
As pessoas acreditaram nele. Agora todos iriam me matar. Eu tinha apenas uma chance: durante meus últimos momentos, fazer todos acreditarem que o meu parceiro assassino era o último cara aleatório do jogo, e não J.
Eu pensei por um momento no que fazer… Eu dei alguns argumentos idiotas de por que eu era vítima, para que todos pensassem que eu estava desesperado, ou algo assim, e então apontei para J dizendo: “Ela que é a verdadeira assassina!”
Ela, o médico e M votarão em mim. Eu e o “cara aleatório” votamos em J (adoro caras aleatórios… eles são tão manipuláveis e prestam tão pouca atenção no jogo haha, que você faz eles fazerem qualquer coisa).
Eu morri e mostrei minha carta.
Um assassino!
Nesse momento, M e o narrador disseram: “Narrador, se você quiser, pode terminar o jogo já nessa rodada. Já descobrimos quem é o outro assassino, ele é o ‘cara aleatório’. Como ainda há 4 pessoas vivas, mesmo que ele mate alguém, ainda teremos 2 do bem vivos para matar ele. ”
E o médico disse: “pode deixar Michel! Vou te salvar hoje a noite!” (adoro médicos bobos que não blefam hahaha)
Um assassino, três cidadãos
Meu plano funcionou!
Quarta noite.
J apontou para matar o médico. MELHOR ESCOLHA!
O médico salvou M.
Quarto dia.
O médico está morto.
M diz “agora a cidade vence! Todo mundo está votando em você ‘cara aleatório’, quais são suas últimas palavras?”
“Eu sou uma vítima… Apenas uma vítima! Por que vocês estão votando em mim?”
“haha, todo mundo diz isso. Mostre sua carta, ninguém vai mudar o voto.”
O narrador (V) pergunta, “Ninguém vai mudar seu voto?”
“Não! Mostre sua carta!”
E ele era… uma vítima. Os assassinos vencem!
E esse foi o melhor jogo de máfia que já joguei :).
Vocês não imaginam o quão difícil foi não olhar para meu parceiro durante o dia, não dar risada nem sorrir quando tudo está funcionando, e apenas fingir ser mais uma vítima. E então, quando morto, ainda fingir que eu não sei quem é minha parceira, e não ficar feliz quando começaram a votar no ‘cara aleatório’ ! Eles poderiam ver meu rosto e mudar seus votos! Mas valeu a pena haha. O pessoal deu parabéns pela estratégia no final :).
1 assassino, e uma vítima (morta).