IYPT: Efeitos colaterais da participação
Olá, pessoal!
Depois de um mês cheio, com cada segundo sendo valioso, e um fim de semana incrível, finalmente entendendo um pouco do amor da Bárbara pelo IYPT, volto a escrever aqui. Posso dizer que bastante coisa aconteceu, e algumas causaram uma espécie de mudança em mim.
Primeiro, logo que saiu a lista de equipes classificadas para a IYPT, a equipe do meu colégio foi buscar algum novo problema para fazer. Pode parecer meio corrido, mas considerando que tínhamos montado o time de verdade bem pouco tempo antes do prazo de envio dos relatórios finais, parecia certo para nós. Então eu me ofereci para ajudar, já que tinha uma noção de um problema pois já tinha pesquisado sobre ele e o achava perfeito, porém percebi que iria ter que passar o que já sabia e ajudar bastante na experimental que tínhamos em mente. Ou seja, eu iria fazer boa parte do problema. Como um dos membros da equipe não havia feito nada (nada mesmo!) até o momento, eu me ofereci e fui aceita como parte do time Sagan.
Aí começaram as noites acordada por várias horas durante a madrugada, pesquisando tudo que pudesse encontrar sobre os problemas (acabei sendo responsável por parte de um segundo também), ficando horas fazendo experimentais que pareciam não dar certo, e pulando de alegria quando realmente davam certo, fazendo slides e figuras pra apresentar, ufa! Foram semanas cansativas, mas que recompensaram demais.
Nesse meio tempo, ainda tive um pequeno surto de alguns dias por finalmente perceber que estava morando sozinha, longe de todos que me conheciam desde pequena e amigos próximos, e quando estava melhor, recebi a notícia que não tinha sido aceita no YYGS. Fiquei meio triste por isso, mas saber que um amigo meu havia passado melhorou bastante a situação. Foi incrível vê-lo pulando de alegria quando recebeu o e-mail dizendo “Congratulations!”.
Faltando só uma semana para a IYPT, ainda tive a primeira fase da olimpíada mais importante para mim este ano: a OBB. Fiz a prova, e, apesar de não ter caído o conteúdo no qual eu sou melhor (odeio quando isso acontece!), ainda fui bem. É muito provável que esteja na 2º fase, e minha preparação para a mesma já recomeçou. Por ser biologia ser meu foco este ano, também fui chamada para fazer parte do grupo Escola Olímpica, o qual ajudava na preparação de alunos olímpicos para a OBF, principalmente, e agora pretende aumentar a área ensinada, comigo na biologia e outras pessoas em diversas áreas olímpicas. Então, a partir do dia 27 (se nada atrasar) estarei gravando video-aulas preparatórias para a OBB.
E logo, a IYPT já estava ali. Faltando poucos dias para viajarmos treinamos as apresentações e o tempo, fizemos os últimos ajustes, decidimos os problemas a ser apresentados e aqueles para oposição. Logo, estávamos pegando o avião rumo a São Paulo, chegando no hotel, tendo alguns problemas para entrar, but anyway, preparados para competir.
No dia seguinte, começaram os fights, e nosso time, como tinha sido cabeça de chave, começou como relator. Logo no segundo problema desafiado, veio aquele que era a razão por eu ter entrado no time. Meu problema. Foi muito bom ter começado apresentando que foi a razão por você estar ali. Tivemos uma oposição muito boa, o que fez a rodada ficar ainda mais legal pra mim. Recebemos uma nota relativamente alta, e isso nos animou ainda mais.
Nosso 2º PF foi televisionado pela TV Web, e foi nosso melhor fight. Um dos meninos do meu time fez avaliação e oposição muito boas, e pra relação chamaram outro problema que eu apresentaria. Foi muito emocionante apresentar sabendo que meus pais e amigos estavam me vendo, ainda mais com uma boa oposição e avaliação na mesma rodada. Fiquei ainda mais feliz com a nota, a mais alta que nossa equipe recebeu.
À noite, junto com discussões sobre o juri, que rendeu muitas reclamações de equipes em geral devido a discrepâncias entre notas (uma equipe chegou a receber um 1 e um 10 no mesmo problema), tivemos um breve momento para relaxarmos, jogando máfia com a equipe Dynamis (1º lugar do torneio) e a Café com Leite (1º lugar entre as escolas públicas). Foi aí que conheci melhor a Vitória, pessoa muito legal pra quem eu torci em boa parte do torneio, e todo o povo da dynamis, que mostrou ser não só uma equipe forte, mas também pessoas divertidas e humildes, que realmente mereceram esse ouro.
No 3º fight pegamos o juri que todos diziam estar sendo “carrasco”. Logo de cara, acabamos opositores de um problema que nunca tínhamos visto antes. Assumi o problema, e, incrivelmente, tive uma nota comparável às nossas dos últimos fights. Considerando a fama do júri, fiquei extremamente feliz. Nas outras rodadas continuamos tendo notas nesse nível, o que nos animou bastante.
Sabíamos que nossas notas não eram boas o suficiente para conseguirmos ir pra final, mas estávamos torcendo por uma medalha. No anúncio dos finalistas, a Dynamis, Pokebola, e Quebra-Nozes foram chamadas. Dynamis e Pokebola mostraram para os presentes o porquê de estarem ali, fazendo uma 3º rodada emocionante quando assumiram papeis de opositora e relatora, respectivamente. Quanto à equipe Quebra-nozes, bom, tanto na minha opinião quanto na de diversos presentes, ela estava um pouco fraca para a final, considerando as outras equipes e anos anteriores.
Na premiação, a tensão nos grupos era visível. Eu estava muito nervosa, procurando saber as notas das outras equipes para comparar, e etc. Quando começaram a chamar as Menções Honrosas, vi equipes com notas menores do que o nosso sendo premiadas, e fiquei torcendo muito para que não nos chamassem, não ainda. Comemorei loucamente quando chamaram a última menção! Ganharíamos uma medalha! Fomos o 8º lugar da competição, garantindo uma linda medalha de bronze. Para nós, esse bronze foi como um ouro.
Também achei muito merecida a colocação da final, com a Dynamis em 1º lugar, Pokebola em 2º, e Quebra-nozes em 3º. Estou torcendo demais para o time brasileiro deste ano.
E então nós nos despedimos, marcamos os contatos dos amigos feitos durante a competição, e, enfim, fomos embora. Neste momento, estou em casa, a de verdade. Volto para o Ceará em uma semana, e agora é só aproveitar o tempo em casa, curtir a família e os amigos, sempre estudando, porque a OBB já está logo ali.
Ps: O efeito IYPT funciona mesmo, ano que vem eu com certeza volto pra competição!
Até logo!
Parabéns por mais essa medalha, Letícia!
Que tal dar uma passada pela Tailândia no ano que vem? xD
Obrigada!
Hahaha, ideia interessante…kkkk
Qual ano você está Leticia?
2º ano
“finalmente entendendo um pouco do amor da Bárbara pelo IYPT” <3