Olá, pessoal!

Talvez vocês pensem que eu vou falar sobre a EOQ, como foi, fazer um resumo sobre todas as coisas legais que aconteceram lá, e pessoas novas que conheci, mas… não. Tive alguns problemas na questão de onde ficar durante o curso, e acabei tendo que deixar pra próxima. Claro que fiquei triste por isso, mas, olhando por outro ângulo, me deu mais tempo para estudar física e biologia, também importantes para a IJSO.

Do que realmente venho falar são daquelas pessoas que sempre estão ali, mesmo naqueles dias em que você está insuportável, ou quando entra em desespero por uma data chegando, que fazem você se sentir melhor com algumas poucas palavras. Esses são os amigos de verdade.

Mas por que eu falaria de algo mais pessoal neste momento? Porque percebi que somos (pelo menos eu sou) dependentes dessas pessoas. Acabei de passar por um período em que muitas notas e resultados saíram e os mais importantes para mim não foram tão bons, e ao mesmo tempo estava no meio da preparação para uma ou mais olimpíadas, tendo que conciliar com a escola em período integral e livros e mais livros para ler e devolver até certa data, de forma que estaria surtando se não fossem eles.

Uma coisa que me fez pensar muito nisso, foi que há algumas semanas tinha acabado de receber dois resultados péssimos e um razoavelmente bom, correndo para entregar alguns exercícios a tempo, quando um colega de classe com quem nem sou tão íntima veio falar que achava muito legal eu ter passado em tal coisa e estava torcendo por mim na próxima fase, tudo isso sobre o resultado com que eu menos me importava. Meu humor melhorou uns 80% depois daquilo, mesmo nada tendo mudado.

Por essas e outras, acredito que visão é tudo. Sempre há um ponto de vista que vai fazer você se sentir melhor com coisas imutáveis e ruins. Só não dá pra usar como desculpa para fazer (ou não fazer) alguma coisa. No filme A Sociedade dos Poetas Mortos, o professor fala para a classe subir nas carteiras, dizendo que há mais de um ponto de vista sobre uma mesma coisa. Os amigos nos ajudam a fazer isso, seguram nossas mãos para subirmos e apontam uma nova visão sobre algo. Mas cabe a nós querer vê-la.